Sistema Calculado escrita por Sadah


Capítulo 4
ATO 4




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Nas manhãs ensolaradas o teatro era iluminado por alguns faxes de luz do sol, o que o fazia ficar um pouco bonito e agradável de ver. Eu troquei meu sofá por uma poltrona que tentava ser chegar perto do quase confortável. Anne estava deitada na sua poltrona e fumando um cigarro, às vezes sua presença me agradava, só de saber que ela está sempre ao meu lado onde quer que eu esteja já tira meu medo.

Ela olhava para o teto do teatro, ela olhava sem parar para os morcegos ali. Ela olhou para mim, sua franja cobria seu olho direito, suas olheiras cobriam a parte debaixo de seu olho e sua pupila mais parecia um buraco negro me sugando para o desconhecido. Ela começou a sorrir  e disse:

- Eu tive um sonho ontem a noite ....

Eu pergunto como tinha sido.

- Eu pilotava um  navio que velejava os céus com suas velas brancas. Nele havia uma parte que era terra firme e lá havia um moinho, ele o fazia voar. E ai eu pergunto aos meus tripulantes: ”Todos estão a bordo?” ai eu acordo.

Eu digo que é bem criativo um navio velejar os céus.

Contei um sonho que eu tive para ela, ele era assim: eu estava voando pelos prédios, subia e descia como uma águia faz. De repente eu começo a cair e cair. E tudo começa a ficar escuro. Ai meu sonho acaba.

- Não é um mau sonho – ela diz.

Eu me recordo de meus casos passados, o mais peculiar e interessante foi o do “Assassino em Série de bebês”. Esse caso ocorreu em um dia de verão quando foi registrada a morte consecutiva de crianças em determinadas datas, como: o bebê Jim nasceu no dia 6 de junho, no mês seguinte morreu outra criança na mesma data e assim consecutivamente.

 Neste caso eu necessitei ampliar meus conhecimentos de magia negra e de religiões, minhas habilidades dedutivas foram usadas como passa tempo, pois o modo como as crianças morriam era semelhante-um corte no pescoço provocado por uma faca afiada a com maior pressão sobre o pescoço das crianças- este caso foi resolvido em questão de semanas depois de passar para as minhas mãos depois de 6 meses de morte e confirmação de que era um cirurgião psicopata.

Também me recordo do caso do fetichista estripador: acho que esse foi o caso mais macabro de minha carreira, pois o assassino primeiro sedava suas vítimas com clorofórmio, na maioria suas vitimas eram mulheres jovens entre dezesseis e dezoito anos. Ele as amarrava com meias, depois as envolvia com meias mais largas até formar uma espécie de casulo feito de meias. Ele chegou a matar 6 mulheres, o encontramos morto em um de seus casulos, ele se matou com um bisturi.

Os meus sonhos me perseguiam, pois eu quebrava muito a regra de não se envolver emocionalmente em um caso, eu reagia às cenas do crime com frieza e cautela, mas em raras exceções eu me envolvia emocionalmente quando, por exemplo, o criminoso se mata.  Ou quando eu não consigo salvar um refém de um criminoso.

Houve um caso em que uma menina perdeu seus pais assassinados por um Serial Killer, e ela estava na lista desse Assassino, ela chorava por que sabia que iria morrer uma hora ou outra e eu respondia que não, que ela iria sobreviver e teria uma vida feliz. No final do caso, o Serial Killer cortou a garganta dela na minha frente enquanto ela chorava e pedia para que eu a salvasse. Eu desperdicei todo o meu pente de balas nele de tanta raiva que eu tinha. Conclusão, eu tenho pesadelos até hoje com aquela menina.

Certa noite eu me contorcia na minha cama e falava enquanto dormia, gemia e me batia repentinamente, Anne aparecia no meu quarto e começava a acariciar minha cabeça e me fazer dormir tranquilamente com a minha cabeça em seu colo, e dizia:

- Dorme direito seu bobo.


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