Sistema Calculado escrita por Sadah


Capítulo 15
ATO 15




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Por todo lugar que eu passava eu via homens lutando ou espalhando a palavra de Anne. Ou seja, apenas aumentávamos de numero. O numero de lojas sendo invadidas a noite era exuberante. As pessoas faziam fogueiras e dançavam ao redor delas enquanto queimavam sofás, camas, armários e tudo quanto era tipo de aparelhos. Estávamos agora fazendo diversos tipos de manifestações, contra corrupção, guerras, violência. Anne e eu nunca revelávamos os nossos rostos nas manifestações. Queríamos provocar uma guerra civil em legitima defesa, ma para ser legitima defesa precisávamos da opressão dos policiais.

Foi num belo dia de verão que eu acordei no meu teatro e estava completamente vazio. Só restava um de nossos homens lá.

Eu pergunto onde estavam o resto do pessoal.

- Líder Zero! É uma honra conhece-lo... o senhor mandou que nos reunicimos hoje a noite numa quadra de basquete no final da rua Flowers... o senhor não lembra?

Eu apenas o ignoro e começo a andar pelo teatro... Eu me virei para falar com ele e perguntei onde estava Anne.

- Que Anne, senhor?

A Anne! Você sempre ve ela aqui nesse teatro não vê?

- Senhor...? o senhor está de ressaca?

Como assim você não se lembra da Anne? Você é um dos primeiros membros desse grupo!

- Senhor... essa “Anne” não existe...

Como assim!? Ela sempre existiu! Você não se lembra do que ela falou alí no palco!?

- Senhor... eu apenas lembro do que o senhor falou. Não me lembro de nenhuma Anne.

Ela tem cabelos negros e usava uma boina vermelha como você não se lembra!?

- Senhor... o senhor sempre usou uma boina vermelha...

Eu saí daquele lugar e comecei a andar pelas ruas atrás de mais membros. Me dei conta uma hora que eu estava sozinho e sem a Anne. Procurei ela o dia todo, mas não achava ela. No final das contas tive de desistir. Eu vou no bar do Carl e peço um Uisque, para a minha surpresa eu encontro membros do grupo que trabalham no bar. Eu pergunto a eles se eles viram a Anne por ai.

- Senhor, quem é Anne?

Vocês também não se lembram da Anne? Como assim!? Ela sempre fala coisas revolucionarias e sempre está.... quando eu vejo uma mão feminina toca no meu braço, era a Anne, ela agradeceu aos rapazes e me levou para fora do bar. Ela agarrou a minha mão e disse:

- Por que você está tão irritado Jacob?

Os caras do grupo não sabem quem você é! Acho que todos no grupo devem estar com alguma Aminésia...

- Hum... deve ser um problemão... mas de qualquer forma eu estou aqui. Vamos para a reunião?

Mas estamos sem mascaras.

- Esse é o objetivo mesmo.

Mas nós não tínhamos combinado de não fazer nada que revelasse as nossas identidades...

- Eu sei amor, mas como vamos provar que somos iguais perante todos os seres humanos?

Eu apenas segui com sua ordem, fomos para a quadra de basquete.

Na quadra não havia ninguém, mas sim um cara sentado do lado de uma porta.

Anne entrou lá dentro e lá estava todo mundo do grupo reunidos em um imenso salão de festas abandonado. Anne subiu ao palco e começou a falar em um microfone que havia lá.

Todos a aplaudiram.

 - Caros amigos de briga, todos nós estamos reunidos aqui para anunciar algo importante, o Sistema está caindo, amanhã iremos fazer a manifestação que irá iniciar o nosso conflito com o governo!

Todos aplaudiram de novo.

Um deles gritou da plateia.

- Por que você não se trona nosso Líder!?

Todos concordaram com ele e começaram a repetir a mesma coisa.

Até que Anne também concordou com a cabeça.

Ela falou:

- Sinto muito meus irmãos, não posso governar, este não é o meu oficio. Durante séculos testemunhamos homens bons sucumbirem ao poder, e fazer o mau. Não pretendo me tornar uma líder assim. Vivemos no mundo do futuro agora, onde consumir foi a nossa única razão de viver, temos que ser melhor do que os outros para nos sentirmos melhor. Não precisamos de liderança de um homem que promete nas eleições, fazer o bem a sociedade mas só faz bem ao seu bolço. A ganancia amarga nossos corações, nos torna maus; queremos viver a vida dos outros e esquecemos de nós mesmos. Neste mundo julgamos as putas intencionalmente sem nenhum motivo, só por ela dar o seu corpo e sobreviver deste oficio. Não julgamos a santa, que sempre julga, que sempre ofende, que sempre mente, que sempre bebe; qual é o problema em uma pessoa vender seu corpo? Ela vive deste oficio, não devíamos julga-la por fazer sexo por dinheiro, apenas julgamos ela por fazer isso, mas e a santa? Não transa, não bebe é pura. Acreditamos que fazendo o mau ao outro estamos fazendo o bem a nós mesmos, a fofoca da vida dos outros é sempre tão comum, um ato de viver a vida dos outros, não vivemos o que queremos para nós mas sim o que queremos para o outro. Onde está? Onde foi parar nosso orgulho? Homens batendo em mulheres, jovens maltratando velhos, humanos queimando outros humanos com álcool. Estamos vivendo isso, agora lutemos por um bem maior, chega de continuar consumindo mais  e mais, chega de viver algo clichê, já passado, vamos viver um futuro que garanta sabedoria para os jovens e segurança aos velhos, vamos lutar por bons governos, onde hoens façam bem a sociedade em vez de seu próprio bolço. A ganancia envenenou nossas almas, nos perdemos do caminho certo, a terra é grande e linda, vamos fazer dela um lar melhor. Desagarrem de um ódio, que nos leva ao assassinato e o sofrimento. Homens maquina, que foram mau amados, pensam mais e sentem menos, amanhã levantemos a bandeira vermelha da revolução. Vamos lutar diante desse colosso de metal, que utiliza uma espada de envenenada de ganancia e um escudo de ódio. Lutemos por algo bem maior, não cabe a mim governar, nem a você e nem você! Cabe ao povo governar, cabe a bondade e humildade governar sobre os mau amados. Lutemos pela queda dos homens maquina! Vamos lutar por um mundo melhor! Vamos fazer da vida uma aventura maravilhosa como dizia Chaplin, o poder de fazer felicidade está em nós! Você, Eu, Eles o MUNDO, uniremo-nos vamos derrotar homens maquina que tem mentes e corações de maquina, vamos nos libertar! A boa vida está além dos prédios de concreto que nos cercam, PEGUEMNA ELA É DE TODOS!

O discurso de Anne fez vir em sua direção uma chuva de aplausos.

O amanhecer do dia surgia e todos que estavam naquele salão foram para as ruas protestar o que eram antes mil pessoas virou mais de 5 mil até toda a cidade se mover junto com a nossa manifestação. Via-se bandeiras vermelhas em toda a Filadélfia, em Nova York também, e assim amanheceu um dia de revolução. Um dia em que o povo se une para derrotar um tirano. O discurso de Anne se espalhou pelo mundo todo por transmissões de rádio. Tínhamos manifestações de todo o povo da Ásia, na Oceania, na África, na Europa, America do Norte e a do Sul. Anne espalhou sua palavra pelo mundo todo, nosso grupo estava espalhado por todo o mundo. Cada um tinha o seu objetivo. Cada um tinha um sistema para quebrar.

Eu ia ao lado de Anne durante toda a manifestação. Levantávamos uma bandeira vermelha com um punho.

É uma Revolução Mundial.

E eu nem sabia disso, achei apenas que eramos nós, achei que não tínhamos o mundo sob controle.


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