Sistema Calculado escrita por Sadah


Capítulo 10
ATO 10




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/374778/chapter/10

Todas as sextas e sábados.

Todos vinham preparados para lutar.

Homens, mulheres, jovens e qualquer um que quisesse lutar iam ao nosso grupo.

Não tinha papo de não socar o rosto, pênis e seios. Era para lutar pela sua vida.

Os homens tinham que ficar sem camisas e sem sapatos. As mulheres podiam usar bandagens ou topes, tinham que ficar sem sapatos.

Um homem podia lutar com uma mulher. Prova disso foi Anne lutando com um brutamontes, de 2 metros de altura. Ela espancou o cara.

Na nossa primeira noite Anne lutou com um cara e uma mulher; eu lutei com um cara que quebrou todos os meus dentes e mais outro que quase quebra o meu nariz.

Aquilo era legal e mil vezes melhor do que lutas de ufc.

Em qualquer lugar que eu ia eu encontrava os nossos integrantes do grupo, reconheço pelo roxo em seus olhos, um dente faltando ou mais, rasgos pequenos no rosto, nariz inchado ou pelos próprios punhos. Anne passava pelas ruas e eles apenas paravam com o que faziam e a olhavam com respeito e admiração.

Nós conseguimos empregos como faxineiros de um Hotel cinco estrelas. No vestiário Anne se olhava no espelho com aquela roupa de empregada doméstica, ela coloca os sapatos apertados e ainda prende o cabelo.

Ela pega as coisas dela junto com o material de limpeza, retirou de sua mochila pó de mico e colocou no seu armário. Eu pergunto a ela o que ela planejava.

- Você verá, meu caro amigo- diz Anne.

Eu limpava os corredores e Anne os quartos dos hospedes.

Fazemos isso por um mês.

Nós esperamos recebermos os nossos salários inúteis, para depois Anne fazer o que quiser. Ela me chegou ao final do expediente com uma caixa de roupas de segunda mão, era dos achados e perdidos, ele me joga e pede para experimentar algumas roupas. Eu digo a ela que aquilo era errado e tudo mais, ela diz:

- Foda-se –ela diz –isso está aqui a mais de meses e ninguém veio busca-las, vamos logo esse lugar me dá enjoou.

Eu obedeço ela e pego umas três camisas bacanas com cruzes, caveiras e skates legais  tamanho M; uma calça jeans azul e um par de meias brancas. Anne pegou umas camisas com desenhos de guitarras, punhos e etc. mais algumas saias e algumas meias calça.

Eu fazia o meu trabalho de forma bem feita, chega os nossos hospedes elogiavam o cheiro de limpeza dos corredores daquele hotel. Anne sabia realizar m trabalho bem melhor do que eu.

Éramos a dupla dinâmica daquele hotel, nós fazíamos mais coisas que qualquer outro funcionário. No final do trabalho Anne discursava com os funcionários no vestiário, todos olhavam para ela meio que hipnotizados pelo que ela dizia.

- Nós não somos besouros que colhem as merdas dos elefantes nos desertos, somos seres humanos, nossa profissão é ficar limpando lençóis sujos de goza, e ralos cheio de pelos que sei lá de onde vem. E ainda temos que usar roupas e sapatos desconfortáveis para fingirmos que somos chiques. A cada instante temos que ir e vir nos mesmos quartos e com um sorrisinho no rosto para fingir que estamos felizes em limpar merda de burguês filho da puta.

Enfim Anne não ia mesmo com a cara de burgueses.

No final do mês nós recebemos o nosso salário. Anne começou o seu plano.

Ela começou jogando pó de mico na lavanderia, justamente onde as roupas eram lavadas. Ela foi em direção aos quartos e com o pó de mico trocou o talco com cheiro de jasmine e colocou o pó dentro do pote de talco, começou a jogar pó de mico nas camas. Em seguida foi aos banheiros e sabotou todo o encanamento.

Ela me chamou e fomos até o gerente, pedimos demissão e fomos embora.

- Estou feliz agora, vamos para o grupo, hoje é sexta e temos mais é que nos divertir –disse Anne descendo das escadarias daquele hotel de luxo.

Anne começou a noite lutando com um cara de 1,80 de altura, ela começava a meter porrada nele e ele dava muitos socos nela. No final ela o derrubou ao chão e conseguiu fechar com uma chave de perna em seu pescoço grosso. Ela vence.

Para mim, eu tive de lutar com um cara negro de 1,75, rápido pra caramba, apenhei demais dele, ele chegou até a me dar uma chave de braço, só que eu acertei em alguns pontos de preção em sua perna, ele cai e eu começo o meu show. Eu dou-lhe muitas porradas para que ele não esquecesse de quem ele tinha apanhado. Eu venci.

Anne apenas ficava olhando nas sombras as lutas acontecerem, fumando o seu cigarro e cuspindo um dente quebrado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sistema Calculado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.