Haviam se passado três dias após o acampamento, Scorpius estava atravessando a passagem para o Beco Diagonal. O rapaz vestia uma camisa de ceda preta sob um blazer cinza. Ao crepúsculo ele seguira pela rua de paralelepípedos observando as muitas lojas que já estavam encerrando suas atividades naquele dia, o rapaz pegara a esquerda e seguira reto até parar em frente à loja mais colorida e iluminada. Gemialidades Weasleys estava inteiramente lotada, haveria uma nova edição do Quite Mata Aulas e muitos alunos de Hogwarts vieram apanhar o seu, na verdade até mesmo funcionários do Ministério da Magia que gostam de dar desculpas aos seus chefes.

– Ei, Scorpius, aqui! – gritou Alvo em meio a muitas vozes no estabelecimento. O moreno estava parado em frente a uma grande exposição de objetos giratórios e multicoloridos. Scorpius se espremera entre a multidão para conseguir alcançar seu amigo.

– Lotado isso, não? – disse Malfoy que acabara de ser empurrado pra cima de Alvo fazendo o mesmo bater na estante.

– E como, você não vai querer comprar alguma coisa, ou vai? – perguntou o Potter.

– Não, eu vim mais prestigiar seu Tio! – juntos os dois conseguiram sair da loja após dez minutos tentando passar por uma mulher com vestes azuis e extremamente gorda, Scorpius achara que ela lembrava uma amora que recebera um Feitiço do Crescimento, igualmente as aboboras que Hagrid cultiva.

– Eu queria saber onde a Lily está? – falou Alvo olhando por cima da cabeça das pessoas pela vitrine da loja.

– Scorpius? – falou alguém atrás do Malfoy.

– Rose? – o loiro avistara sua amiga vindo de uma das ruas do beco, ao seu lado estavam Roxanne e Dominique. Scorpius cumprimentou cada uma delas com um abraço.

– Onde vocês estavam? – quis saber Alvo que parara sua busca.

– Fomos até o Caldeirão Furado, tomar um suco... – disse Rox.

– O.K., a Lily não estava com vocês? – perguntou Alvo franzindo a testa.

– Não que eu saiba, mas eu a vim mais cedo conversando com o Hugo – disse Domi.

– Sim, eu também vir. Mas, eu quero saber agora! – Alvo já estava impaciente.

– Você já procurou pela loja? – perguntou Rose.

– Já, de cima a baixo...

Alvo parara de falar assim que avistara Hugo saindo da loja de seu tio, o garoto vinha carregando muitas sacolas na mão e tinha um ar de satisfação.

– Hugo, você viu a minha irmã? – perguntou Alvo severamente.

– Calma, Alvo! – falou Scorpius segurando o amigo elo ombro.

– Bem, eu vi... – respondeu Hugo.

– Onde? – perguntou as três Weasleys de uma só vez, ambos já conheciam o modo como Hugo gostava de deixar as pessoas confusas.

– Ai, eu já não posso dizer! – disse o ruivo.

– Como assim não pode dizer? Escute aqui, ou você fala por bem ou fala por mau... – disse Alvo mordendo os dentes.

– Tá bom, mas depois a Lily não vai poder ficar com raiva de mim... ela saiu daqui com o Charles Goldstein! – o rosto dele ficara vermelho como tomate.

– Quem é esse? – perguntou Severo ainda mais raivoso. – Melhor, onde eles estão?

– É o namorado dela... – disse Hugo sobre o olhar de represália das três Weasley.

– Hugo, seu traidor barato! – disse Rose.

– Espera, vocês já sabiam? – questionou Alvo para suas primas.

– Sim! – responderam as três bruxas baixando a cabeça.

– Calma, Alvo, você não acha que não está exagerando... – tentou dizer Scorpius que acabara intimidado por seu amigo quando uma veia saltara na altura de sua tempora.

– Me levem até ela, agora!

Realmente não seria necessário, o grito de Lily percorrera pela rua do Beco Diagonal. Os Weasleys e Scorpius saíram correndo subindo a rua em direção de volta ao portal para o Caldeirão Furado, mas eles pararam repentinamente a frente da Florões e Borrões que já estava fechada. Charles estava desmaiado no chão e Lily de joelhos ao seu lado, Terence Nott estava à frente dos dois empunhando a varinha. Algumas pessoas que passavam na rua apressaram os paços para longe da confusão.

– Terence, o que você fez? – perguntou Scorpius enfurecido, ele já estava farto de Nott.

– Não é da sua conta, Malfoy! – falou ele com desdém. Malfoy passara a mão por dentro do blazer segurando no punho da varinha tirando-a para fora.

– Ele é louco, ele nos atacou, mas o feitiço só atingira Charles! – disse Lily lagrimando. Rose, Dominique, Alvo e Rox puseram a mão dentro do bolço puxando a varinha.

– O que vocês Weasleys idiotas pensam que estão fazendo? – perguntou Nott rindo.

– Já estamos cansados de você, sua toupeira nojenta! – disse Rose.

– Vamos te ensinar a nunca mais a se meter com qualquer um de nós! – Alvo falou com a voz firme.

Nott erguera a varinha no alto, mas já era tarde demais, cinco feixes de luz voaram em sua direção acertando seu corpo que saíra rodopiando pela calçada. Curiosamente, em seu rosto começara a aparecer uma grande quantidade de acnes e furúnculos. Seu cabelo tomara uma consistência viscosa e esverdeada e seu nariz agora era uma trompa.

– Credo, que feitiço vocês usaram? – perguntou Dominique horrorizada.

– Eu usei o azararção para rebater bicho papão! – disse Rose.

– Eu também... – falou Scorpius. Rox e Alvo responderam que utilizaram azaração para fazer crescer pústulas.

– Bem, eu usei a Azaração Trompa de Elefante! – disse Dom. Os quatro Weasley riram. Scorpius correra em direção ao corpo de Charles e apontara a varinha para o peito dele.

– Espera, o que você vai fazer? – perguntou Lily assustada.

– Calma, só vou reanima-lo! – falou Scorpius com sua voz tranquila.

– Enervate! – falou Malfoy, e um lampejo prateado acertara Charles, que abrira os olhos no mesmo instante. Scorpius e Lily ajudaram o rapaz a se levantar. Terence levantara do chão e olhara horrorizado seu reflexo no espelho.

– O que vocês fizeram comigo? Vocês vão pagar caro... – ele saiu correndo rua a cima e desaparatou.

– Que idiota, quem ele acha que é? – falou Dominique sacudindo os cabelos.

– Um bosta! – respondeu Alvo.

– Você está bem Charles? – perguntou Lily colocando a mão no rosto de seu namorado.

– Sim, estou... aquele Nott vai ver só. Vou derruba-lo da vassoura na próxima disputa entre Sonserina e Corvinal – disse Charles com fúria.

– Ele realmente odeia a nossa família. Por que será? – perguntou Rose cruzando os braços, seu rosto mantinha um semblante sério.

– Bem, metade de sua família ajudou a porem o avô dele em Azkaban na Segunda Guerra Bruxa. Acho que esse é um motivo de sobra! – falou Scorpius sorrindo.

– Ah, ele é só um babaca procurando confusão... – disse Rox.

Os jovens retornaram para a Gemialidades Weasleys que estava esvaziando ao feito que as pessoas haviam comprado o que queriam. Rox dera a seus amigos para cada um pacote de Varinhas de Alcaçuz e ficaram vendo a multidão se atropelarem no andar de baixo.

Alguém puxara o Scorpius para de trás de uma coluna, Rose não conseguira ver quem era a não ser uma mexa de cabelos muito loiros.

– Persephone? – disse Scorpius olhando uma garota muito bela de longos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, seus olhos eram azul-prateado e os lábios pareciam minuciosamente desenhados. Ela era apenas alguns centímetros mais baixa que ele.

– Por que esse espanto? Não gostou de me ver? – falou ela fazendo biquinho.

– Claro que sim. Eu não te vejo desde o último dia de Hogwarts! – Scorpius abraçara Persephone.

– Pois é, eu fiquei esperando você me convidar para sair todo esse verão e ele agora já está no fim...

– Ah, desculpa. É que aconteceu muitas coisas... que são difíceis de explicar.

– Pois bem. Que tal se você me levar para sair agora, ai eu prometo que perdoo você – falou ela no ouvido dele.

– É eu não posso, eu juro que eu queria muito. Mas, eu estou aqui com meus amigos... – disse ele indicando os Weasleys e Charles que estavam na escada observando os clientes.

– Poxa, me senti um lixo agora – disse ela baixando a cabeça.

– Por favor, não faz assim... – disse ele sorrindo e levantando o queixo da garota. – Você sabe que eu gosto de você, mas realmente hoje não vai ser possível! – Scorpius beijara a bochecha da garota.

Pelo menos meia dúzia de caixas caíram atrás deles, era Rose que olhara para Scorpius com os olhos cheios de lágrimas. A ruiva achara que Malfoy havia beijado a loira na boca e saíra correndo dali deixando o loiro sem entender.

– Quem era? – perguntou Persephone.

– Eu já volto... – Scorpius saíra correndo atrás de Rose pelo meio da multidão, mas era muito tarde, a Weasley desaparecera.