A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 10
Rosa para Rosa


Notas iniciais do capítulo

Gente queria agradecer a todas as 647 pessoas que já leram esta fic. Agradeço as onze pessoas que estão acompanhando, ou seja, é sinal que gostaram. Muitíssimo obrigado a todos!
Vocês vão notar que eu mudei o narrador de Terceira Pessoa para Narrador Personagem. Acredito que tenha ficado mais dinâmico e espero que tenha agradado a todos.
Boa leitura!



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POV SCORPIUS

23 de Agosto.

Vinte e quatro são o número de cartas que enviei para Rose em dois dias seguidos, contudo, ela ignorara completamente todas, pois nem uma obtive minhas respostas. Eu queria entender o motivo pelo desaparecimento dela naquele dia na Gemialidades Weasleys, eu senti que eu beijar a Persephone no rosto tinha algo haver. Embora, ainda não consigo entender a razão para Rose ter agido daquele jeito.

Estou terminando de arrumar o meu malão de Hogwarts, o relógio no criado mudo em seu tic e tac é o único som que pode ser ouvido, os livros vão por cima das vestes que usarei durante o tempo que estiver em Hogsmead. Eis, que me recorre a ideia, mesmo que não seja a mais adequada, de visitar a casa dos Weasleys-Granger. Desço as escadas em direção a saída da mansão ignorando o chamado de minha mãe que perguntava a onde eu iria. Atravesso o portão de ferro e desaparato na rua de terra batida.

O vislumbre da mansão dos Malfoy dera lugar a uma casinha de campo, eu observo a janela do quarto de Rose imaginando se ela estaria mesmo ali em sua casa, torço para que eu não tenha vindo em vão ou que eu seja mal recebido, por ela ou por seus pais.

Bato três vezes na porta vermelha na frente da casa escutando logo depois um arrastar de pés em direção a mesma que vinha de dentro da casa. Surge por de trás da porta a figura de um homem alto e ruivo com uma barba por fazer e olheiras sob os olhos revelavam uma noite exaustiva.

– Senhor Weasley, como vai? – digo sentindo-me nada confortável.

– Malfoy? O que faz aqui? – disse ele bocejando levemente.

– Por acaso, a Rose se encontra? – perguntei tentando olhar por cima do ombro do homem para ver se conseguia achar Rose dentro da casa.

– Sim ela se encontra... – disse ele sem animação.

– Será que eu poderia falar com ela? - o som de uma porta que se abria vindo do segundo andar da casa ultrapassou o hall chegando a meus ouvidos.

– Não deixa ele entrar, Pai! – gritou Rose do alto da escada.

– Você escutou a resposta, Malfoy! – disse o senhor Weasley fechando lentamente a porta, ele parecia mais feliz agora. A verdade é que o pai de Rose sempre tolerara nossa amizade, mas nunca a aceitara.

– Rose, por favor, fala comigo... – grito por entre a brecha da porta que ainda não tinha se fechado.

– Nunca! - disse a voz de Rose assim que a posta se fechara.

Fiquei ali por alguns minutos ainda imaginando se não seria uma brincadeira dela, mas perdi as esperanças quando dez minutos se passaram e nada nem ninguém apareceu na soleira da porta. Estava saindo da casa quando alguém chama meu nome quase que um sussurro.

– Senhora Weasley? – perguntei abismado. Hermione Weasley vinha saindo de sua casa vestindo um avental florido, trazendo os cabelos presos em um coque alto na cabeça.

– Sim, venha aqui! – chamou ela em voz baixa para eu acompanha-la até embaixo de um carvalho que havia no jardim.

Assim que cheguei onde ela estava, a mulher olhara profundamente em meus olhos e perguntara:

– Você beijou outra garota na frente de Rose!

– Não, por Merlin, nunca... – disse tentando entender o motivo da pergunta.

– Rose acredita que sim, ela afirma ter visto você beijar uma garota na loja do Jorge – disse ela docemente.

– Senhora Weasley, eu juro por tudo o dinheiro da minha família que eu não beijei a Persephone. Eu não sei se sua filha lhe contou, mas eu gosto dela e só dela...

– Sim, ela me contou! – disse ela me abraçando do nada. Ela deu leves batidinhas no meu ombro antes de me soltar.

– Só eu sei o quanto Rose herdou os piores genes do pai, sendo assim, você vai ter que provar a ela que você de fato só tem olhos para uma pessoa. Ela mesma!

– Mas, Senhora Weasley, do que adianta se ela não gosta de mim quanto eu gosto dela? – perguntei olhando para um passarinho gordo assentado em uma galho do carvalho.

– Será que você não percebe que isso que ela está fazendo é por magoa de ter visto você com uma outra garota. Ela achou que você estava trocando ela por antes não ter sido correspondido. Rose gosta de você Scorpius, ela sempre gostou, mas nunca tinha percebido isso até vocês brigarem pela primeira vez.

– Ela gosta de mim? – senti uma explosão de emoções dentro de mim. Senti vontade de invadir a casa e agarrar Rose.

– Gosta, mas não diga a ela que foi eu quem te falei.

– Por que a senhora está me contando isso? – perguntei olhando para ela.

– Bem, Rose e Alvo sempre passaram uma boa impressão de você. Foi uma surpresa, pois eu achei que você tinha herdado o péssimo gênio do seu pai. Sem ofensas querido, mas seu pai não era nada fácil em nossa época em Hogwarts.

– Eu sei. Ele me contou e não se orgulha de ter sido como era – falei ainda pensando o quanto meu pai poderia ter sido cruel com Hermione, que sempre fora tão doce comigo.

– Pois bem, eu preciso voltar agora. Espere vocês chegarem em Hogwarst. Deixe Rose esfriar a cabeça e ver o que vai acontecer – disse ela tocando do meu ombro e pegando a varinha do bolso do avental. – Você seria muito bom para minha Rose!

Ela sorriu para mim e sacolejou a varinha como se cessasse um feitiço. Acredito que tenha sido um que bloqueasse qualquer pessoa de escutar nossa conversa, era notório que a Senhora Weasley era uma mulher fantástica. Atualmente, ela era a única mulher nascida trouxa que tenha feito inúmeros projetos de leis dentro do Ministério da Magia que ajudasse jovens bruxos de pai e mãe trouxa a se interagir com o mundo mágico depois que formados em Hogwarts. Graças a ela, os cargos públicos ligados ao Ministro poderia ser ocupado não mais só por bruxos puro-sangue ou mestiços, mas como também nascidos trouxas. Sem falar, nos novos direitos que os Elfos Domésticos receberam; agora deveriam ser tratados com dignidade por seus donos.

Esperei que ela retornasse para dentro da casa, para eu seguir meu caminho. O fato de Rose gostar de mim não saía da minha cabeça, não tinha como.

POV Rose

Insisti que minha mãe me contasse o que ela e Scorpius tanto conversaram debaixo daquela árvore mais ela se negara a contar. Ainda por sinal me aconselhou a escutar o que ele tinha para me falar. Era imprescindível, ela sempre ficara do meu lado quando eu mais precisava mais dessa vez foi diferente, então ela acreditava mesmo que eu iria continuar andando de um garoto que diz me amar, mas beijou outra garota. Nunca!

Estou deitada no meu quarto a escuridão da noite invadira-o fazendo com que eu fosse obrigada a ligar o abajur do lado de minha cama, afago os pelos castanhos da minha gata que sempre sentia o quanto eu estava ruim. Ela ronronava baixinho como se me desse conselhos.

– Você é a única que me entende Castanha! – digo apertando-a contra meu peito. Ela miou alto e se livrou dos meus braços seguindo em direção a sua caminha no quanto esquerdo do quarto. Olhei decepcionada para ela, que não manifestara nem uma outra reação.

Uma coruja negra entrou no meu quarto deixando cair um carta sobre meu colo e se instalou sobre o meu guarda roupa.

– Breu, por que seu dono é tão insistente? – pergunto a coruja que soltara um assovio baixinho.

Apanho a carta olhando-a, eu abri as últimas vinte e quatro quartas, com demorados “Por ques” e pedidos de perdão pelo qual o remetente não entendia a razão por ter escrito. Scorpius agora mandara a vigésima quinta carta, mas essa agora era diferente. Rasguei o lacre de cera e tirei o envelope de papel envelhecido, uma unica rosa surgiu e um papel preenchido com uma fina e detalhada letra. Senti o cheiro adocicado da rosa e comecei a ler a carta.

Por mais que tenha sido um erro te amar, eu não me arrependo. Faria novamente, só para te dizer o que sinto, e assim diria novamente. Por você, eu mudaria meu nome e aceitaria minha vida sem ‘Rosa’ ao meu lado, se essa fosse sua vontade. O imaculado amor, não conheceu pecado por outra pessoa. Ele só pertence unicamente a você, e sei que eu sou teu e tu eis minha. Só uma é minha amada e nada que não venha dela eu troco. Queixo me as Rosas, que bobagem as Rosas não falam. Simplesmente as Rosas exalam o perfume que roubaram de te. De vias vim para me ver tão tristonho e sonhar comigo o dia que iremos ficar juntos. Rosa, te peço perdão se algum mal cometi a você. Mas, nunca beijei outra garota desde o dia que soube que te amava.

S.H.Malfoy”

Um misto de alegria e desconfiança se confundiram dentro de mim, será que era verdade o que Scorpius dizia ou era pura desculpa masculina. Admito que as palavras mexeram comigo, mas meu orgulho é gritante e diz para não acreditar. Dobro a carta com cuidado e ponho dentro do meu malão que vai para Hogwarts. Dou um petisco para Breu que toma voo em direção a casa de seu dono, mais uma vez sem nem uma resposta. Apaixonasse não é para os fracos!


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Notas finais do capítulo

Eu sei que na carta do Scorpius tem trechos de músicas que alguns de vocês conhecem, mas eu achei bem propício. Eu gosto muito do cantor Cartola, justamente por as Rosas não falam.
Bem, comentem.



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