A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 25
Esfriando a cabeça


Notas iniciais do capítulo

Só boa leitura



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Esse não é o Scorpius.

10 de novembro

POV Rose

A neve caíra com bastante intensidade na madrugada passada na qual mais uma vez tive sonhos que não queria ter com Scorpius, embora ele seja meu namorado, mas eu não queria ter esses tipos de sonho. Sinto que somos capazes de fazer qualquer coisa quando estamos na mente dele. Estamos evitando o mínimo de contado para evitar maiores problemas. Estamos ambos a flor da pele. Era sábado e o castelo estava tedioso demais para perder o tempo. As carruagens foram substituídas por trenós negros puxados por testrálios – qual eu vi uma única vez em um livro – ele cortara a neve sem nem uma intervenção. Por ocasião do destino, estou indo acompanhada por Lucy Weasley e Taylor Woody. Ninguém ali me queria, eu não queria a ninguém. A carruagem ao menos parara e eu já havia pulado para a neve fofa na entrada do povoado. Dei mais uma volta no cachecol a coloquei as mãos no bolso. O suéter que eu usava era da linha de produções natalinas da vovó Weasley, mais tive que cobri-lo com outros suéteres. O frio era cortante.

Amenizando meu calvário, sentei-me em uma mesa vazia no Três Vassouras. A garçonete esbelta de pele morena depositara a minha frente a bebida mais fumegante do lugar. Ela me queimava por dentro quando tomei dois terços de seu conteúdo. Senti que meus cabelos presos correspondiam a sensação. Foi então que ele veio. Mirou seus olhos irresistíveis dentro dos meus. De repente tudo ficou quente.

– Eu não aguento mais... você precisa me ajudar! – disse ele arranhando a mesa. Ele suava.

– Você não acha que eu também não estou em meu melhor dia... – falei abrindo o casaco.

– Eu já tentei parar isso, mas não consigo... – falou ele com os lábios trêmulos.

– Precisamos dar um tempo... até que acharmos um jeito de parar essa loucura, ou não respondo por mim...

– Nem eu! – ele bateu na mesa e saiu com muita relutância, eu o segurei com os olhos. Ele se foi. Mas o calor não passara. Era a Amoris Vinculum. Que droga, por que meu primeiro namorado não podia ser só um bruxo normal.

POV Scorpius

A neve derretia a feita que eu caminhava sobre ela, não era minha intenção. Era totalmente culpa do Nihil Manus, mas eu não tinha controle sobre ele. Adentrei a Dedosdemel, estava abarrotada de estudantes. Fui até Cath e Lírio.

– Você está doente? – perguntou Cath ao me ver suar.

– Doente, não. Estou com fogo! – falei ofegante.

– Que isso primo? – Lírio arregalara os olhos.

– Rose, Rose! – falei e meti apanhei o sorvete da mão dele e meti todo na boca. Era gelado. Mas ficara quente.

– Ei! – reclamou Lírio.

– O que tem a Rose? – perguntou Cath me abanando com sua bolsa quadrada.

– Ela está me deixando louco e tem o Amoris Vinculum! - falei tirando o casaco. O frio não fazia efeito.

– Amor, o que? – perguntou Lírio.

– Amoris Vincunlum! – contei o que significava.

– Muito legal, eu queria ter uma ligação com outra pessoa... – falou Cath.

– Não queira, não queira! – eu senti meu rosto queimar. Calor percorreu o corpo. Um grito cortou o ar. Ao longe um caso com margaridas se incendiar.

– Que isso? – gritou a proprietária do estabelecimento. Ela correra para apagar o fogo.

– Por Salazar, eu sou terrível... – era minha culpa. Sai para a avenida principal de Hogsmead e a neve voltara a derreter sob meus pés.

– Espera Scor! – disse Cath seguindo meus passos. Lírio vinha também.

– Onde você vai? – perguntou meu primo.

– Me jogar no Lago Negro! – disse descendo a rua.

– Como assim? Você enlouqueceu? O lago está quase congelando! – Cath me segurara pela ponta do cachecol.

– Ótimo, acho que deve bastar! – Lírio me segurara.

– O que está acontecendo? – perguntou Alvo que surgira de dentro de uma loja.

– Ele está louco! – disse Cath.

– Ei, amigo. Calma! – Alvo passara para minha frente e segurara nos meus ombros. Insisti para ele me soltar. Ele me soltou. Recomecei a andar.

Splash. Uma bola de neve acertara minha cabeça. Mais uma. Mais uma.

– Ei, resfria a cabeça! – disse Alvo achatando uma bola de neve na mão coberta por luva.

– Isso não é justo. Seu pai nunca lhe ensinou a não atacar um oponente pelas costas, Potter! – falei apanhando um pouco de neve no chão e lançando em direção ele. Errei.

Logo estávamos os quatro em uma luta de guerra de bola de neves até que o guarda do povoado mandou a gente parar. O calor passara, só restaram risos. Fomos até o Três Vassouras. Rose não estava mais ali. Achamos uma mesa vazia. Estávamos encharcados a feito que a neve em nossas vestes derretia. Bebemos alguma coisa e depois retornamos para a escola.

POV Rose

Depois de ter reposto alguns itens do meu material escolar, segui de volta para o castelo onde fiquei enfurnada na sala dos monitores. A lareira estava acesa e aquecia a sala. Mas não estava mais com calor. Abandonei meu casaco em uma poltrona e deitei-me em um sofá. A cabeleira loira de Fergus Finnigan atravessara a entrada da sala, ele não esperava me encontrar ali. Sorri para ele.

– Tudo bem? – perguntei sentando-me no sofá.

– Ótimo. E você? – perguntou ele sentando-se no mesmo sofá que eu só que um pouco mais afastado.

– Estou bem, estou ótima! – menti. Ele me olhou e me analisou.

– Tem certeza? – perguntou e sorriu.

– Não... na verdade não estou muito bem – abaixei minha cabeça. Ele chegou mais perto de mim.

– Você precisa desabafar? – perguntou e levantou meu queixo. Ele não deveria fazer isso. O toque de sua pele me fez arrepiar.

– Não diria desabafar. Só eu sei o que eu estou precisando... – falei rindo. Ele riu sem entender.

– É o Malfoy, não é? – perguntou e chegou mais perto.

– Não só ele. Somos ambos. Não conseguimos ficar mais um perto do outro sem que... sem que perdemos nossas cabeças.

– Como assim?

– Um tenta o outro a fazer coisas inimagináveis...

– Ah, bem. Então, segundo os trouxas, vocês estão com que se chamam Tesão! – falou ele rindo.

– T, o que? – eu ri ao ouvir a palavra engraçada.

– Tesão, é quando duas pessoas estão atraídas uma pela outra e essas sentem necessidade de estabelecer uma certa relação mais intima... – o fitei pensativa.

– Eu tenho tido sonhos com ele desse tipo. Isso é normal? – por que diabos eu estou me abrindo com Fergus?

– Não sei, acho que é. Você está precisando relaxar, está muito tensa! – falou ele passando o braço por cima do encosto do sofá.

– Você tem razão... – respirei fundo. -, mas está muito difícil!

Abracei meus joelhos.

– Você precisa dividir essa tenção. Eu posso ajudar? – ele falou com uma voz sacana.

– Como assim? – soltei meus joelhos. Ele partiu para cima de mim e me abraçou. Pude sentir o gosto de chá verde em seus lábios. Eu tentei resistir. Mas foi como um choque que me impedia de me mover. Gritei por dentro. Se passaram minutos.

Senti o peso de Fergus deixar de fazer pressão sobre mim. Seu corpo voou como pena em direção oposta da sala.

– Scorpius! – falei ao vê-lo pendurar Fergus, que era um pouco mais baixo que ele, na parede.

– Eu senti seu medo, Amoris Vinculum! – falou ele com raiva. Fui até ele e puxei seu braço.

– Eu sei, agora solta ele...

– Certo. Mas ele vai pagar caro por isso! – Scorpius largara o corpo de Fergus no chão, o loiro-cor-de-palha mantinha a mão no pescoço. Scorpius sufocara-o.

– Vamos, vamos sai daqui... – precisei de toda minha força para tirar Malfoy dali. Descemos as escadarias afoitos, estávamos no saguão de entrada.

– Você viu o que você fez? – perguntei batendo em seu ombro.

– Vi, te salvei de um pilantra, saf....

– Não estou falando disso... você não tocou em nem um fio de cabelo do Fergus! – falei.

– Claro que toquei. Você não viu?

– Eu que eu quero dizer é que você estava fazendo Nihil Manus... você suspendeu o garoto sem toca-lo.

– Você tem certeza? – perguntou ele apático.

– Tenho! – entramos no salão principal. Ele ficou calado. Segui em direção a mesa da Grifinória.

– Você vai me deixar aqui? – perguntou ele.

– Não podemos ficar juntos. Lembra! – sentei-me entre Alvo e Demétria que discutiam algo sobre dúvidas e algo que envolvia Lysander Scamander.

– Eu vou enlouquecer, juro! – disse a eles.

– O que foi dessa fez, Rose? – perguntou Alvo.

– Nada deixa para lá... termina de comer seu almoço – digo estressada.

– Mas!

– Come Alvo! – ordenei.


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Notas finais do capítulo

Comentem!