Maldizes escrita por Arthur C


Capítulo 2
I: Um Planejamento Confuso de Uma Confusa Vingança


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Como vão? Bom... Aqui segue o 1º capítulo da minha mais nova aventura, espero que gostem! (:



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MALDIZES

CAPÍTULO UM


Julia talvez tivesse se exaltado demais. Jogar a malícia bem agora? Não, não. Deixa a poeira subir mais um pouco, se é que me entende. Quem sabe se ela esperasse um pouco, pelo menos, até Angelique pôr o seu pé esquelético na briga? Seria uma boa hora para atirar – que aqui está sendo escrito no sentido de ameaçar. – nela e em Barnabas. Restava menos tempo. Era só manter-se quieta e concentrada, sem deixar que ninguém atrapalhasse os seus próprios planos. Os dois ‘ex-amantes’, acho que pode-se dizer assim, logo estariam em péssimos mares.

Colocou o velho Chevy na garagem, pegou o jornal já desgastado e seguiu para a Collinwood.

– Julia! – Exclamou Elizabeth, como se não a visse há tempos, quando na verdade deu um “bom dia” para ela no café da manhã. – Onde esteve por todo o tempo?

– Tratando de ficar bem longe do Barnabas, como você me disse. – Respondeu-lhe Julia, com certa indignação e desânimo.

Julia correu aos seus aposentos – que aqui está sendo escrito com sentido de biblioteca mal estruturada e com móveis mofados. – e lá pulou em cima de uma poltrona reclinável. Poderia ficar lá toda a tarde, pensando em sua vingança, mas infelizmente, ela tinha de dar certa atenção a Elizabeth. Era preciso. Ao menos para manter o seu lugar na Collinwood, sim. Eu sei, eu sei, que de certo ponto Julia pode aparentar estar sendo falsa, e não discordo, é um fato. Elizabeth, obviamente, estava do lado de Barnabas, então... Julia é que iria ignorá-la. Até tudo isso passar, a situação continuaria estranha ou tensa, ou qualquer outro adjetivo que represente mistério.

Desceu ao seu encontro com Elizabeth. Porém antes de ir tomar aquele chá, horrível por sinal, que ela fazia para tomarem, passou na cozinha e de lá catou alguns biscoitos caseiros. Puxou de seu bolso um cigarro, o qual foi direto em sua boca. Pôs gim em um copo que na verdade não era nem de bebida, mas tudo bem. Tornou a bebê-lo enquanto fumava lentamente. Jogou o cigarro na pia e ajeitou o seu salto.

– Elizabeth! – Disse, aparentando estar alegre.

– O que quer? – Questionou, talvez ainda pensando no acontecido anterior.

– Sabe... – Começou. – Barnabas deu um testemunho falso em um jornal, há tempos, então eu vim te perguntar, se ele não falou a verdade, porquê você ainda confia nele? Porquê fica do lado dele?

Elizabeth parou de tricotar por um instante.

– Julia... Como você mesma disse, ele mentiu para um jornal, mas há tempos. – Retrucou. – Então, se foi há tempos, quem sabe ele não tenha mudado?

– É claro que não! – Exclamou. – Ele é orgulhoso demais para mudar por causa da opinião dos outros.

– Eu acho que você precisa de um cigarro. – Confirmou Elizabeth. – Urgentemente e imediatamente.

Elizabeth saiu da sala rapidamente, antes que Julia pudesse “dar um fora”, como se diz atualmente, deixando Julia sozinha, com o chá frio e horrível. Mas até que obedeceu. Acendeu outro cigarro.

A porta central, que já estava cinza novamente, abriu-se.

– Roger! – Exclamou Julia. – O que faz por essas bandas da cidade?

– Tudo o que sempre faço aqui. – Disse-lhe com certa firmeza e abrindo um sorriso no rosto.

– Buscar dinheiro, aliás, abraçar o David? – Julia não se conteve, claramente.

Ele suspirou e andou um pouco mais para o lado. Via-se uma mulher, quase despida e totalmente descabelada. Certamente a mulher com quem Roger estava andando.

– Ah! Você está aí... – Resmungou Julia.

– É... Olá.

– Roger – Disse, virando para ele. -, sabes que a Elizabeth não gosta que tragas este tipo de gente para dentro da Collinwood.

– A Regina não é prostituta, Julia! – Berrou ele. – Céus! Cadê o David? Não vim para discussões.

– David saiu com a nova namorada dele. Ela é bem problemática, então, acho que combinam. – Observou Julia. – Por falar em problemas, tenho vários desses para te dizer. Licença... Ahn... Ser seminu. – Disse para Regina, enquanto virava para poder rir.

Levou Roger até a sua biblioteca, e antes que ele pudesse notar o jornal, começou:

– Eu quero planejar uma vingança decente. – Confirmou Julia. – Quero me vingar de Barnabas.

– Julia... Ahn...

– E eu preciso, com todas as letras, de você. – Continuou.

– Tudo bem. O que eu tenho de fazer?

– Descubra tudo o que pode sobre o passado dos Collins.

– E eu ganho o quê com isso?

– Roger... – Suspirou. – Digamos que você ganhe um presente bem especial. Agora, pode ir pedir o dinheiro à Elizabeth.

Ele desapareceu instantaneamente. Julia jogou-se na poltrona novamente. Ela tinha um novo aliado. Este aliado faria tudo que quisesse, mesmo que depois fosse preciso pagar um preço caro, caro até demais. Mas não importava. Tinha Roger. Precisava de mais. Mas até então, tudo estava bem. Julia tinha não tudo o que precisava, mas, acho que você já conseguiu captar.

Elizabeth surgiu, do nada, isso mesmo.

– Viu que o Roger estava aqui? – Perguntou-lhe.

– Na verdade não. Estive dormindo por toda a tarde, até você chegar para me perturbar.

– Desculpe-me. Não era a minha intenção. – Confirmou Elizabeth, desapontada consigo mesma.

– O que quer Elizabeth? – Questionou, com certo tom de irritação, tom bem alto por sinal. – Quero paz. Quero descanso.

Elizabeth encolheu-se e saiu em seguida. Julia voltou a ler o jornal. Porém, ainda pensava no que tinha dito à Roger. Digamos que você ganhe um presente bem especial. E o que seria este “presente”? Mal sabia. Nem eu, escritor, sei. Imagino você, leitor. O que você acha? O.K., eu já acho que estou fazendo propaganda demais. Continuando. A agonia não parava. Era impossível, pelo menos agora, sim, não pensar naquilo. O que iria fazer? Só Deus sabe.

Para agoniar um pouco mais, lá estava Elizabeth, novamente. Dessa vez, trazia uma mulher, já meio envelhecida, porém esbelta. Julia até ouviu a campainha, assumo, mas nada fez.

– Reconhece esta mulher, Julia? – Perguntou Elizabeth, com certo ar de curiosidade.

Julia observou detalhadamente cada traço da senhorinha esbelta. Seus cabelos grisalhos disfarçavam, assim como as rugas ou pregas, seja lá como dizem, também. Já os olhos, não. Além daquela expressão alegre que sempre fazia, apesar de tantas histórias tristes que Julia havia sofrido junto a ela. Julia levantou-se e tornou a abraçá-la pelo resto da noite. Enquanto chorava, não chorava rios, claro que não, mas este, era um dos momentos mais emocionantes de sua vida. Revê-la.

Julia estava abraçada com uma mulher que ficou presa durante anos e anos, Catelyn Salvatore, sua mãe.


ARTHUR C.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Comentários serão sempre bem vindos.
Muito obrigado pela leitura, e até o 2º capítulo! (:



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