Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 34
Namorada


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeeee, voltei mais cedo do que o normal KKKKKKKKKK Espero que gostem do capítulo, e que comentem! Capítulo com um tamanho normal KKKKKKKKKKKK



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Enganos às vezes eram desejados, era o caso no momento. Aquela poderia não ser a casa de Thomas, aquela menina poderia ser o amor de outra pessoa.

Mas não era o caso. Aquilo ficou claro quando Thomas apareceu atrás da menina, o mesmo Thomas que ela conhecia.

− Montini. – Ele murmurou.

Não sei te dizer a forma como os dois estavam se encarando naquele momento. Poderia dizer que se beijavam com o olhar, mas também não estaria errada se dissesse que estavam tendo uma discussão séria, também com o olhar. Talvez os dois. De qualquer forma, o que vocês precisam entender é que se olhavam intensamente, sem tentar ao menos disfarçar um pouco. Meredith e a suposta namorada de Thomas estavam, visivelmente, sobrando.

Thomas foi o primeiro a desviar os olhos de Sophie, resolvendo partir de uma vez para ignorância.

– Perdeu alguma coisa aqui? – Ele perguntou com um sorriso propositalmente forçado.

Sophie olhou pra trás, onde estava o motivo pelo qual ela estava ali. Meredith. Voltou a olhar para Thomas.

− Eu só queria falar com você. – Ela respondeu num sussurro, mostrando total insegurança.

− Vai demorar muito? Eu estava um pouco ocupado. – Ele disse seco, fazendo questão de mostrar desprezo no olhar.

− Não, eu nem posso demorar muito.

− Entrem aí então. – O rapaz falou, dando espaço para que Sophie e Meredith entrassem na humilde casa dos Löhnhoff.

É, e lá estava uma Montini na casa de um Löhnhoff. E por pura necessidade, sem ser convidada.

− Essa aqui é Meredith Kik, ela trabalha lá em casa desde sempre. − Sophie disse olhando para Thomas.

A mulher sorriu para o garoto e deu os famosos dois beijinhos em suas bochechas. Ele fora simpático, diferente de como estava sendo com Montini.

− Essa aqui é Sophie Montini. – Thomas disse pra garota ruiva, apontando para Sophie. – E essa é Olivia Le Blanc, minha namorada. – Ele disse olhando para Meredith e apontando para outra garota.

Exato, namorada. Olivia Le Blanc. Acho que já ouvimos falar dessa estudante de medicina, certo? Eu, você e Sophie.

"Oi, meu nome é Olivia, tenho 20 anos, sou colega de turma do Thomas. Queria deixar claro que na terça eu fiz uma brincadeira dizendo que sou namorada dele, mas foi só para provocá–lo. Então desculpa, e felicidades!"

Olivia também já conhecia o nome de Sophie, é claro. Havia sido do celular de Thomas que ela havia mandado a mensagem para ela, onde, antes da mensagem, constava o nome da menina. Lembrava também da conversa que teve com ele um tempo depois de mandar a mensagem:

– Mas e essa menina, quem é? – Olivia finalmente perguntou, curiosa.

– Já disse, é uma amiga.

– Futura namorada. – Ela completou. Thomas sorriu torto.

– Talvez.

– Por que talvez?

– Porque eu ainda não prevejo o futuro. – Ele debochou.

– Você gosta dela? – A menina fez a segunda pergunta, olhando para o garoto e ignorando completamente a resposta grosseira da primeira.

– Talvez. – Ele repetiu.

– Por que talvez? – A ruiva também repetiu, séria.

– Porque talvez é talvez. – Respondeu. – Agora me dê licença, Olivia. Tenho que ir para aula.

Sophie Montini, a menina que Thomas respondeu que talvez pudesse ser sua futura namorada. O problema ali era: A futura namorada dele, naquela época, era Olivia. E a atual também era Olivia. Confuso, não?

Confuso ou não, se instalou ali naquela sala um clima pesado, em que apenas Meredith Kik não fazia parte. De qualquer forma, era por ela que Sophie estava ali.

− Eu preciso de ajuda. – A morena soltou, passando por cima do clima tenso do lugar.

Não era uma escolha, não havia nada que Sophie pudesse fazer além de pedir ajuda a Thomas. Não estava sendo divertido se humilhar daquela forma. Não estava sendo divertido ter que engolir o orgulho quando tudo que ela queria era colocar pra fora todas as lágrimas que estava segurando no momento. Parecia que a cada momento que passava sua vida ficava pior, mais motivos surgiam para que ela odiasse viver.

− Vocês podem sentar se quiserem. – Thomas disse, ignorando por um momento o que Sophie tinha dito.

Os quatro se acomodaram nos sofás da casa. Meredith sentou com Sophie e Thomas, obviamente, com a namorada.

− Que ajuda você quer? – Ele perguntou com descaso.

− Eu não sei com que coragem eu vim aqui. – Sophie começou. – E eu sei que deve estar achando que eu sou a pessoa mais cara de pau do mundo pra chegar aqui e simplesmente te pedir ajuda depois de ter pisado em você da forma que pisei. Eu sei de tudo isso. Mas eu não sei mais o que fazer. E, sei lá, eu sei que me odeia no momento, mas ainda é a pessoa mais próxima de amigo que eu tenho. – Ela falou entre pausas, tentando ao máximo controlar a sua vontade de chorar.

− Montini, tem como você falar de uma vez? Sem essa coisa de sentimentalismo. Eu já disse que estou ocupado. – Ele falou, de uma forma estupidamente grosseira.

Thomas fofo, onde está você?

Sophie respirou fundo, aquela não era a hora para se descontrolar.

− Minha mãe demitiu Meredith por minha culpa. – Sophie contou. – Foi um mal entendido. Ela trabalha pra minha mãe há muito tempo, é como se fosse da família. Morava com a gente em um quartinho lá de casa, só que agora minha mãe a expulsou, mesmo sabendo que ela não tem onde morar.

− Que tipo de pessoa é a sua mãe? – Olivia perguntou com os olhos arregalados.

− Olivia! – Thomas chamou atenção da namorada em um sussurro.

− Eu não sei o que faço. Minha mãe disse que não queria que eu a ajudasse, que poderia parar de pagar minha faculdade se eu fizesse alguma coisa. Só que não tem como, eu não posso simplesmente ver Meredith sem ter onde morar por minha culpa, sabe?

− Você não tem filhos, Meredith? – Thomas perguntou à mulher.

− Minha filha me abandonou para fugir com o namorado. – Meredith disse. – Não queria viver comigo na casa dos outros de favor, trabalhando.

− Eu disse, ela não tem onde morar. – Sophie voltou a dizer.

O silêncio se fez naquela sala mais uma vez, e desta vez durou por um tempo mais longo. Era Thomas quem parecia mais pensativo. E de fato, era.

− Eu vou pensar em alguma coisa. – Thom se pronunciou. − Meredith fica aqui por enquanto.

− Você tem certeza? – Sophie perguntou.

− Tenho. – Ele disse, sem deixar o tom de voz frio. – Já pode ir agora, vou falar pra ela te ligar quando resolvermos alguma coisa.

− Obrigada. – Ela agradeceu, abrindo um pequeno sorriso no rosto e levantando do sofá.

− Agradeça saindo. É como eu disse, estou bastante ocupado. – Thom respondeu friamente. – A porta está aberta.

Sophie se despediu de Meredith com um abraço e a mulher a levou até a porta, coisa que Thomas não se deu ao trabalho de fazer. Conforme havia dito, Sophie combinou com Meredith de resolver a situação dela na manhã seguinte, afinal, ela não poderia viver na casa de Thomas para sempre.

E, naquela hora da madrugada, Sophie saiu andando sozinha até a mansão. Levando junto a ela alguma coisa que agora ela já não precisava evitar: As lágrimas.


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Notas finais do capítulo

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