Crônicas Do Olimpo - A Ladra De Raios escrita por Laís Bohrer


Capítulo 13
O Mergulho para a Morte


Notas iniciais do capítulo

Genteee eu to na parte que L. (De Lindo ><) tá quase descobrindo quem é Kira.... to ficando nervosa.... Shinigamis só comem maçãs sabiam? O.o

Mas isso tem alguma coisa haver com semideuses? Quer dizer... Não.... Não é?
Idai? Vamos ao capítulo de hoje?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/373927/chapter/13

A Altura era de dar enjoou a qualquer um, tenta subir em um elevador que sobe em curva, bom, eu nunca estive em um elevador e acho que já deixei isso claro quando apertei a mão de Jake por puro panico, ele me deu aquele olhar de "O que esta fazendo?" então soltei a mão sentindo meu rosto esquentar e desviei o olhar, tive a impressão de vê-lo sorrir, mas eu nunca sabia desvendar as causas dos sorrisos do Jake então vou mudar de assunto, tá?

Dei mais uma espiada no Chihuahua, era meio gordinho, a coleira era de falsos brilhante e tinha uma plaquinha cujo eu não tinha conseguido descifrar o que estava escrito, tinha olhos como os da dona, malvados e inteligentes.

O Ar já escapava de mim com aquelas sete pessoas e uma senhora grande e gorda e aquele chihuahua que não parecia gostar muito de mim, finalmente saímos de lá.

Silena ficou encantada com a vista, Hansel ficou enjoado... Pobres jujubas... E Jake não demostrou expressão... como sempre.

- Ei galera, vocês sabem os símbolos de poder dos deuses? - perguntei.

- O que? - perguntou Silena desviando da vista.

- Bem, Hades não tem tipo... - comecei.

- Ei, Ei! Já falamos sobre isso não? - Hansel chamou minha atenção.

- Certo, nosso vizinho do primeiro andar... Ele não tem um capuz tipo o de Jake? - perguntei.

- Ah, entendi. - disse Silena. - Bom, sim, O Elmo das Trevas.

- Mas, pelo o que sei é até mais poderoso que a minha jaqueta, transforma ele em trevas e não pode ser tocado, nem visto ou ouvido. - disse Jake, ele se fundi nas sombras, e pode irradiar um medo tão grande que pode enlouquecer você e fazer seu coração parar de bater.

- Como sabemos que ele não esta aqui nós espreitando então? - perguntei.

Jake lançou aquele olhar enigmático.

- Não sabemos. - disse ele.

Então a voz do locutor anunciou que a plataforma de observação iria fechar em cinco minutos, Jake nos guiou para o elevador, mas eu fui parada, não tinha espaço para mim.

- Próximo carro, senhorita. - disse o segurança.

- Agente espera. - disse Hansel.

- Não! Vai demorar mais, vão na frente, não tem problema. - falei.

- Certeza? - perguntou Silena.

- Não discuta. - falei e ela deu um meio sorriso.

Eles se foram, mas Jake parecia inquieto, como eu, ele sabia que algo estava errado, mas não tinha pista do que e como sabíamos, simplesmente sabíamos. 

Olhei ao redor, sorri pouco a vontade para a senhora gorda que sorriu de volta menos simpática do que antes, então o chihuahua pulou na minha frente latindo furiosamente, a garotinha correu na direção dele.

- Cachorrinho! Cachorrinho! - gritava ela, os pais não tiveram tempo de impedi-la.

Então o chihuahua mostrou os dentes para mim de novo, mas estavam diferentes e mais macabros, com uma espuma estranha pingando dos lábios negros, olhei novamente para a senhora, a garotinha ainda vinha...

A Senhora dobrou as mangas dos Jeans deixando a mostra uma pele esverdeada e escamosa, e quando sorriu mais uma vez haviam presas e as pupilas dos olhos eram verticais fendas como... De Répteis.

Antes da Garotinha chegar até o chihuahua demoníaco eu me coloquei na frente dela fazendo-a esbarrar em mim, a garotinha correu de volta para os pais meio chorosa, então eu vi o que a assustou.

O Chihuahua latia ainda mais, e a cada latido ficava maiou e maior, até suas costas tocarem o teto do arco, uma juba de leão crescer em volta da sua cabeça, o corpo e o cascos eram de bodes gigantes e no lugar do rabo estava uma longa serpente, ainda no pescoço tinha a coleira de falsos brilhantes, agora eu conseguia ler a placa dizendo:

Raivosa, Hálito de fogo, Venenosa - Se encontrada, favor ligar para o Tátaro - Ramal 954

Eu estava a três metros da bocarra sanguinária da Quimera, eu não conseguia me mexer e nem devia, qualquer movimento a Quimera investiria em mim.

- Wow! - ouvi alguém gritar, era o segurança, ele apertava os botões do elevador com tanta rapidez que eu não conseguia nem acompanhar com os olhos.

- Tão medrosa quanto o irmão! - disse a mulher-cobra. - Sinta-se honrada, o Senhor Zeus poucas vezes me deixa por um herói a prova com um de minha prole, Pois eu sou a Mãe dos Monstros, A terrível Equidna!

Olhei para ela.

- Para as formigas deve ser terrível sim... - murmurei, infelizmente ela ouviu.

Então eu voltei a fita... Mas... 

Bom, antes de eu dizer o que eu pensei naquele momento além de "Eu vou morrer, Eu vou Morrer, Eu vou morrer..." Equidna sibilou para mim :

- Vai pagar por isso, Filha do Mar, Sinta o poder da Quimera! - exclamou ela.

A Quimera avançou para mim, esperei o último segundo...

Esperei último segundo Hades nenhum! Eu é tropecei e rolei mesmo, mas eu fiquei parecendo o Agente 007 em ação, certo, eu sei que não é hora... Fui parar junto da família e do segurança que tentavam abrir a porta a força.

Eu nunca entendi a sensação que eu tinha quando chegava perto do fogo, além de calor é claro, mas parecia que aquilo acabava comigo, guardando um segredo de mim queimando lentamente em brasa, eu não deixaria aquela família se destruir como minha vida se destruiu quando eu acordei com meu passado em branco.

Fiz força para tirar a tampa da caneta, em minhas mãos estava Anaklusmos, me levantei e corri para o outro lado.

- Ei! Cachorrinho, aqui. - cantarolei provocando o monstro que se virou para mim, mas ele não fez nada, senti algo frio na minha panturrilha e senti vontade de gritar de dor quando senti presas venenosas atravessarem a pele.

E foi isso que eu fiz.

Tentei cortar a cabeça da cobra quando ela se afastou e se enrolou no meu pulso apertando-o e me fazendo soltar a espada, me joguei no chão me soltando do aperto e me esquivando para baixo da quimera, agarrei a espada e tentei atingir a Quimera no pescoço.

Erro: A Coleira era de couro resistente ou seja nem chegou a arranhar o material.

Rolei quando senti o ar quente em minha direção, fogo.

Havia agora um buraco no meio do Arco, a mulher gritava, e pronto! Acabamos de soldar um monumento nacional.

Estava tão distraída em não morrer que esqueci da cauda de serpente que me atacou por trás de novo se enrolando no meu tornozelo me fazendo desequilibrar e soltar a espada que escorregou com o suor em minhas mãos e caiu no buraco em direção ao rio Mississipi. Cara, como eu não tinha sorte.

 Então o fogo veio novamente, senti o aperto no meu tornozelo se soltar, rolei novamente indo parar na ponta do buraco, a altura me dava enjoou. Equidna gargalhou.

- Já não se fazem mais heróis como antigamente, não é mesmo, filho? 

Gemi com a dor do veneno na minha panturrilha se espalhando pelo meu corpo, senti vontade de gritar de novo, dessa vez eu segurei essa vontade, A Quimera rosnou em resposta para a "mamãe", olhei ao redor e encontrei os olhos castanhos da garotinha desesperada.

"Medrosa como seu irmão..." a voz da monstruosa "Mãe dos Monstros" ecoou na minha cabeça, eu não podia dar uma de medrosa, não de novo, eu não precisava ser salva (Tá, só um pouquinho), eu não podia morrer agora...

Espera... Irmão?

Não sabia o que ela queria dizer com isso, mas não viveria para descobrir, eu não... Podia.

Olhei para o buraco novamente, para o mar, será que meu pai me ajudaria agora?

- Você não tem fé, não merece viver, não confia em seus ancestrais! Não posso culpa-la, pequena covarde, pule e prove sua linhagem... 

Mas eu fiquei parada, ainda em dúvida, alguma coisa me perturbava, uma voz... a mesma voz...

"Irmão... Irmão... Irmão

Então a voz de Equidna voltou novamente.

- Morra! meio-sangue. - já ouvi isso antes...

Fechei os olhos sentindo o calor nas costas, a Quimera se preparava para mais uma rajada de fogo, eu estava de quatro agora, tremendo e gemendo pela dor na panturrilha, finalmente estava de pé, ainda inclinada.

- Pai... Só dessa vez, por favor... Me Ajude. - murmurei.

- MORRA! - gritou aquela voz.

Então... Uma coisa mais louca do que descontrolar um ônibus cheio de benevolentes sedentas de sangue, é pular de um monumento com uma Quimera cuspidora de fogo e uma mulher-cobra demoníaca sedentos de sangue.

E... Foi isso que eu fiz.

Pulei.

Qual era a sensação de pular de um prédio? Bom, nada legal.

Pergunto-me se é essa a sensação de quando se esta em uma montanha russa descontrolada... É quase isso, e a coisa fica pior ainda quando esta com a panturrilha com dois furos e escorrendo sangue pela sua perna, um veneno espalhando pelo seu corpo.

Sensação que se eu pudesse nunca gostaria de sentir novamente, não me perguntei como é ter todos os seus ossos quebrados por uma queda dessa, eu ouvi alguém gritar meu nome, uma voz masculina, então finalmente fechei os olhos... e morri.

Mas de Certo modo, eu ainda estava viva.

Quer dizer, eu estava morta, mas estava viva, não... Eu realmente estava viva? 

Afundando na escuridão do rio Mississipi, perdida para sempre? Não, claro que não podia acabar assim...

Abri os olhos, eu estava paralisada na água poluída por latas de refrigerante, guardanapos e enfim, era tanta sujeira que quase fui correndo buscar por Pã também, a dor na minha panturrilha diminuía mais e mais, quando fui vê-la, estava intacta, sem sangue e nem nada.

E eu estava seca, quer dizer, eu sentia a água correndo a minha volta, mas quando toquei em minha blusa, estava seca, sem contar que a última coisa que notei é que eu estava respirando, eu estava... Viva.

Como se diz, Megan? - ecoou uma voz doce e feminina.

Fechei os olhos e sorri.

- Obrigada, Pai. 

Então abri os olhos assustada me dando conta da voz, então eu a vi, a mulher que havia visto no lago de canoagem, os olhos da cor da água, verdes como os meus, pacíficos como a correnteza leve da água.

- Q-Quem é você? - perguntei.

Apenas uma mensageira de seu pai, antes de ir para o mundo inferior, deve ir até a praia de santa mônica, por favor, Megan, é a vontade de seu pai.

- O que ele quer? - perguntei. - Por que agora?

A Mulher se aproximou e sua mão tocou meu rosto.

Verá, pequena heroína, seja paciente... E cuidado com suas escolhas... Não posso ficar muito tempo, o rio é muito sujo para minha presença.

Mas...

Era tarde, ela já havia desaparecido.

Dei um impulso para cima e vi a luz da tarde novamente, tinha que achar meus amigos... e Jake.

Quando sai do Rio eu estava completamente seca, foi quando ouvi uma voz fina logo ali.

- Mamãe! Olha uma garota saiu do rio! - apontou um garotinho.

- Que ótimo, querido. - disse a mulher.

- Mas ela esta seca!

Então eles desapareceram...

Recapitulando, eu destruí um monumento nacional de anos e anos, eu lutei com um Chihuahua demoníaco cuspidor de fogo, eu pulei de cento e noventa e dois metros de altura e cai no rio que quase me transformou em uma ambientalista, e por fim quase morri... Por que estou surpresa com isso? Quer dizer, quantas vezes eu já morri até aqui? Não sou boa com números, mas...

Enfim, eu levei minha mão até o meu bolso e lá estava a caneta mágica, Anaklusmos, suspirei aliviada. (Eu estava viva!)

"E tudo leva a crer!" um reporte falava para uma câmera. "O Canal 7 mostra que havia uma adolescente enlouquecida na plataforma de observação, causando a explosão, houve sérios danos no edifício, os sobreviventes estão conturbados com tudo isso, difícil de acreditar, Jordan, mas é o que ouvimos dizer..."

Me levantei do chão e abaixei a cabeça tentando passar despercebida, quando duas mãos seguraram meus ombros, senti meu sangue parar de correr nos braços.

- Você esta viva? Ah, deuses... Como pode estar viva? O que aconteceu lá em cima? Não posso deixar você cinco minutos sozinha que já coloca fogo em alguma coisa? - esse era Jake, por mais incrível que pareça. - Quer dizer... Nós não podemos deixar... É...

Ele corou?

- Megan! - fui pega por um abraço de... Jegue, de Hansel, senti o chão sumir. - Achamos que tivesse ido para o Hades pelo pior caminho.

- Hansel... Me põe no chão, por favor, ar.... - pedi então ele o fez.

- Desculpe, sua louca! Como fez aquilo? - perguntou ele animado.

- Você quase me matou. - Silena me deu um empurrão de leve, me dando um abraço logo depois. - Cento e noventa e dois metros!

- Só digo, Chihuahuas não são tão fofos assim quanto você pensa. - falei.

- O que? - perguntou Jake.

Contei a história da Quimera e meu encontro com a mulher-água.

- Temos que leva-la a Santa Mônica, não pode ignorar uma ordem de seu pai. - disse Silena.

- Eu tenho escolha? - perguntei.

Naquele instante um reporte passou por nos.

"É isso mesmo, Jerry, a mesma adolescente que causou o tumulto em um ônibus em Nova York há alguns dias, a adolescente é a mesma que fugiu do orfanato Dixon há algumas semanas desaparecida..."

- Antes nossa primeira prioridade. - Jake nos puxou para trás de um carro. - Temos que sair da cidade.

De algum jeito conseguimos voltar para o trem sem ninguém nos perceber, minutos depois estávamos indo em direção a Denver, com as luzes das sirenes da policia piscando em St. Louis, os arranha-céus  e o Arco para o oeste finalmente desapareceram.

O Dia seguinte nós esperou, eu apenas pensava... O que nós esperava daqui para frente?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pequeno esse não é? Bom... Mas os acontecimentos que estão em cena é o que importa, espero que gostem, Comentem ai em baixo, diga o que ficou legal e o que não ficou e... Mantenham sempre... Sempre....SEMPRE.....longe da flor de lotús.... Por que? Acho que você sabe...

Fico por aqui, FUI



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas Do Olimpo - A Ladra De Raios" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.