Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 20
Fica...


Notas iniciais do capítulo

Tá, eu sumi... maaaas to de volta e é isso ae U-U
Impressionante como as coisas que podem dar certo pra mim dão milhões de vezes errado, mds
Até tinha escrito o capitulo (umas quatro vezes, juro), mas não ficava taããão bom... esse também não ficou. Eu só precisava informar sobre o Pietro, o que vai acontecer com ele e talz, e nunca conseguia colocar isso como um risco... Shhhiu Nathália!!!!
Enfim, boa leitura ^^'


LEIAM AS NOTAS FINAIS o/



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 -Você é chato. –Revirou os olhos.

 Melanie estava extremamente implicante. Jogou seu blusão azul do outro lado da sala. Ele atingiu a parede e caiu no chão.

-E isso por que?

-Por que sim. –Bufou e foi até a cozinha. Pegou um suco de uva de caixinha e se sentou no sofá, a acompanhei me sentando também.

-Você estava mais legal semana passada.

-Vai ver eu cansei de ser legal. –Revirou os olhos.

-Você não estava exatamente “legal” só estava menos implicante. –Dei de ombros.

 Deu de ombros também e ligou a TV. Não parou em nenhum canal especifico, só ficou trocando até desistir e desligar.

-Isso é tão entediante. –Colocou o controle ao meu lado.

 Mel passava rapidamente de “musica clássica” pra “Rock n’ roll”, de “doce e meiga” pra “limão e tijolo”.

 Tentei me aproximar dela, mas ela rapidamente colocou suas pernas sobre o sofá, impedindo que eu me aproximasse um centímetro se quer.

-Vai me dizer o que esta acontecendo? Você mudou da água pro vinho. –A encarei, sustentando seu olhar de “Morte ao Pietro”.

-Vai ver Jesus me tocou. –Revirou os olhos. –Não enche Pietro.

-Jesus? Te tocado? – forcei uma risada irônica. –Isso foi uma piada?

-Piada ou não, tanto faz.

-Tanto faz. –Repeti indignado.

 Se levantou e foi até a ponta da escada, antes de subir parou pensativa e me encarou.

-Minha vida esta um caos. –Me informou.

 Estava seria, mas eu gargalhava. Ela não me acompanhou, apenas observou minha risada.

-Você? Você é um caos, garota. Você não tem noção do inferno que você é. As vezes eu acho que tem um demônio ai, preso de baixo dessa beleza toda que você insiste em ter. E não devia, sabe? Eu fico imaginando o tanto de garotos que poderiam estar aqui no meu lugar e me assusto, talvez se você não os assustasse tanto eles estariam aqui. Estariam te enchendo de elogios, merecidos, claro. Mas você é chata, insiste em ser arrogante e irônica, não consegue controlar teu demônio. –Suspirei. Mel não demonstrou uma reação se quer. –Eu sei, eu devia estar te elogiando, como sempre. Mas eu já fiz isso semana passada, e ontem... Tenho o feito desde que te conheci e, provavelmente, vou fazer isso amanhã. Mas agora, essa noite, eu preciso fazer isso. Eu preciso jogar essas verdades na sua cara e dizer que todo o seu egoísmo, todo esse seu orgulho, não vão te levar a nada. Ser marrenta assim, não melhora nada. E... droga. Eu estou arriscando te perder só pra te aconselhar, pra te ver mais feliz, pra que você não sofra sozinha no futuro por sua própria grosseria. Idiota, não era isso que você queria ouvir? Você é a maior, e a mais linda idiota que eu já vi. –Respirei ofegante.

 Ouvi um suspiro de Mel.

-Quer acrescentar algo? –A estrutura dela não se abalou nem um pouco, nem sequer por um segundo.

-Passo aqui amanha as dez, se ainda for me atender... –Deixei a frase morrer. Peguei a chave do meu carro e fui até a porta. Minha mão alcançou a maçaneta ao mesmo tempo que a voz de Mel alcançou meus ouvidos.

-Fica... –Olhei para ela, que me encarava com seus olhos irresistíveis.

-Como é?

-Esta chovendo, e frio... acho melhor você esperar até amanha pra ir embora.

-Não é bem por isso que você quer que eu fique.

 Revirei os olhos. Eu queria brigar com ela, gritar e dizer que ela não deixava que desse certo... Mas é que dava pra ver seus olhos, do seus olhos dava pra ver uma criança mimada e sozinha, que precisava de amor e carinho.

-Ta, então eu também quero que você fique porque você vai sentir muito minha falta se for embora. –Ela sorriu. –A idiota aqui é única e exclusiva.

 Gargalhei. Ela tinha razão.

-Idiota... –Não pude terminar. Um trovão cortou minhas palavras com um barulho tão estrondoso que olhei para a janela, quando me voltei para Melanie para terminar a frase, ela estava agarrada ao meu corpo.

-Não estou com medo, só... Não tenho que me explicar e fim.

-Você esta com medo.

 Olhou para cima com sua pior versão do olhar: “Morte ao Pietro” e cruzou os braços na altura do peito. Ergueu a cabeça e ficou na ponta dos pés.

 Ui, que medo. Ela aumentou 3 centímetros, mas continuava mais baixa que o meu queixo.

-Olha, eu só não te dou umas porradas porque não quero nenhum dálmata andando atrás de mim.

-Dálmata? –Enruguei a testa.

 Um outro trovão. Se agarrou com tanta força ao meu corpo que prendeu parte do meu fôlego.

-Cheio de hematomas... Vamos subir?

-Você exala fofura.- Sorri.

 Levei um murro no braço esquerdo.

-Se não calar a boca, vai “exalar” dor. –Revirou os olhos. –E analgésicos.

 Fiz careta e ela riu de mim.

 Meu subconsciente me lembrava vagamente que eu e Melanie acabávamos de sair de uma briga, onde eu—e não ela—avia falado e gritado verdades, a onde ela—e não eu—avia pedido pra que eu ficasse.

 Se todas as minhas brigas com a Mel terminassem com ela me pedindo pra ficar e me abraçando a ponto de eu não conseguir respirar normalmente... Porra! Tomara que isso aconteça todos os dias.

 Joguei Mel por cima do ombro, e pela primeira vez ela não protestou. A carreguei até seu quarto e a coloquei sobre a cama. A encarei por alguns minutos antes de me deitar ao seu lado.

-Gosto da sua teimosia.

-Eu sei. –Respondeu, olhando para o teto.

-Gosto do seu perfume, da sua beleza e da sua idiotice... mas gosto mais ainda de você só por ser você.

-Eu sei.

-Você não gosta de nada meu?

 Olhou para mim pensativa, olhou cada parte do meu corpo com duvida.

-Já sei. –Falou, como se uma lâmpada acabasse de ser acesa em sua cabeça tirando sua mente de uma escuridão de falta de imaginação. Imaginei ela gritando “EUREKA!” –Gosto do quanto você gosta de mim, acho isso lindo.

 Revirei os olhos.

-Você é irônica demais.

-Eu? Irônica? –Ela se sentou na cama e colocou a mão sobre o peito. –Isso é tipo uma ofensa.

 Um trovão. Deu um pulo e se deitou sobre mim.

-Imagina se fosse medo.

-Seria horrível, porque eu teria de te agarrar toda vez que trovejasse. –Mostrou a língua.

-Então, seria horrível se não trovejasse. Ou se não fosse medo.

  Beijei sua testa varias vezes até que ela colocasse seu roto na posição certa pra que eu a beijasse. A beijei muito, muito. Até que ela pegou no sono ali mesmo, nos meus braços.

-Mel? –Chamei com um sussurro.  

-Oi?

-Ta dormindo? –Ainda um sussurro.

-Sim.

 Sorri um pouco e depois fiquei serio de novo.

-Meu pai esta doente... vou ser transferido para Brasília de volta até ele ficar bom de novo...

-É o que? –Gritou e se sentou na cama com um pulo.

 É, eu tinha medo dessa reação. 


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Notas finais do capítulo

Os capitulos sempre começam com a Mel xingando o Pi uahsuah'
BOLADONA PORQUE NÃO TEM NOMES LÁ PRA EU CONTINUAR A OUTRA FIC :'(
bj