Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 19
O cachorro da Mel. O ogro do Pi.


Notas iniciais do capítulo

Vooooltei gente ^^'
O capitulo ta ai, vou escrever o próximo mais rápido, ok? Ok. Hoje é aniversario do meu amiguinho Matt (Que é bem muito mais legal que o Math da historia e não tem nada a ver tbm).
PARABÉNS MATT... mesmo que você nem saiba que o Nyah existe...
enfim. Boa leitura.

LEIAM OS CRÉDITOS FINAIS, PF...



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-Você é uma péssima garota. É manipuladora e sarcástica. É linda, muito linda, e faz com que as pessoas façam coisas que não querem fazer.

-Tipo? –Perguntou.

-Tipo sei lá...

-Você não tem argumentos, não discuta comigo.

 Ergui as mãos em rendição. Discutir com Melanie era cansativo e ela sempre ganhava. Olhei para o lado de fora da janela do meu quarto.

-O que você faria se o mundo acabasse hoje? –Perguntei.

-Comeria, comeria muito. –Respondeu.

-E por que isso? –Perguntei, me jogando na cama.

 Tirou a roupa, sem motivos aparentes. Não que eu não tenha gostado, achei ótimo, mas por que?

 Deu de ombros.

-Comida deveria ser classificado como a 8ª maravilha do mundo. Não na África... –Tapou a boca. –Isso foi cruel. Acho que vou pro inferno.

 Ri.

-Isso foi bem cruel. –Estendi os braços pra que ela se deitasse comigo e ela se deitou, apenas de roupas intimas. –Não sabia que você acredita em Deus, nunca me falou nada sobre isso.

-Passei a acreditar depois que te conheci...

 Uau. Melanie, com toda a sua crueldade acaba de dizer que passou a acreditar em Deus após nos conhecermos. Talvez ela acreditasse que Deus me colocou no caminho dela, quando era exatamente o contrario.

-Pode explicar?

-Claro. Como não existiria? –Erguei um pouco a cabeça do meu peito para me olhar nos olhos. –Em seis dias Deus criou o mundo, no sétimo ele criou você pra me perturbar.

-Ok. Isso foi mais cruel do que a comida na África.

 Sorriu. Começou a beijar meu pescoço me causando arrepios.

-O que você faria se o mundo acabasse hoje? –Murmurou contra minha pele.

 Não a respondi com palavras, e sim com atos. Puxei seu corpo para cima do meu, era impressionante como se encaixavam perfeitamente. A beijei, beijei seu pescoço, mordi seus lábios...

-Não me importaria se eu acabasse em seus braços.

Dormimos tranquilamente, ou quase.

-Você ronca muito alto, Manson.

-É o que? –Falei sonolento. Olhei para o relógio e suspirei.

 Suspirou também, pesadamente.

-Eu perdi o sono.

-E...?

-Fica acordado comigo? –Pediu.

 Sentindo vontade de morrer por dentro, não transpareci. Suspirei e sorri, como se ficar acordado não me incomodasse. Me levantei e fui lavar o rosto.

Manipuladora, induz as pessoas a fazerem coisas...

 Levantei e lavei o rosto. Impressionante como eu não me permiti xingar a Melanie, nem mentalmente.

-O que aconteceu?

-Tive um pesadelo. –Se alinhou ao meu corpo. –Não quero falar sobre isso.

-Nossos filhos vão ter de te consolar ao invés do contrario. Você é uma bebêzona. –Mostrou a língua.

-“Nossos filhos”? –Se soltou do meu corpo e deitou-se mais afastada. –Não vai ter “Nossos filhos” e nem “Nós”.

Se Mel tivesse um pinto ela teria broxado.

-Por que? –Perguntei, calmamente. Puxando-a para mim de volta.

-Não vou ter filhos e não acho que “nós” vamos muito longe.

-Por que?

-Você é um homem de muitas perguntas, Manson.

-E você é uma mulher de poucas respostas.

 Suspirou vencida e fechou os olhos. Aos poucos percebi que sua respiração foi ficando mais lenta e logo ela dormiu.  

 Mel ficava linda dormindo, imensa em seu subconsciente que não permitia que a mesma percebesse o quão admirado eu estava, ou sempre ficava quando a via dormir. Sua fachada agressiva sumia com o som pesado de sua respiração e o ar angelical que se formava em volta de seu rosto.

 Dormi também, abraçado a ela.

 Quando acordei, Mel ainda dormia profundamente. Me levantei, escovei os dentes, tomei um banho e fui para a cozinha fazer café da manha. Pensei em levar café na cama pra Mel, mas me lembrei que perderia tempo levando comida pra magrela.

 Mel passou ao meu lado, continuei sentado na mesa comendo meu sucrilhos.

-Bom dia.

-Dia, o bom ficou lá na cama. –Foi engraçado, mas ela sempre dizia isso.

 Sentou em cima da mesa e ficou me encarando.

-Que é? –Ergui os olhos para encará-la.

-Fico imaginando...

-Hum? –Perguntei, quando ela parou de falar e enrugou a testa.

-Que tipo de monstro devorador de comidas mora dentro de você, Pietro?

 Revirei os olhos.

-Vai comer alguma coisa, magrela.

 Mostrou a língua.

-Estou sem fome.

 Ok, não adiantava insistir. Eu sabia.

-O que vamos fazer hoje?

-Que tal fazermos uma mini festa? Só nós dois mesmo.

 Depois de uma hora “preparando” a minha casa finalmente começamos nossa “festinha”. O som estava ligado em alguma musica eletrônica que eu não conhecia. Mel estava de pé em cima do sofá, roupas intimas pretas e uma camisa social azul minha. Pulava como uma criança, parecia estar se divertindo. Me fez ficar só de calça jeans e meia. Bebemos a ultima e única bebida alcoólica da casa: vinho.

 Depois de algumas musicas Mel desligou a musica agitada e colocou Clarice Falcão.

-Isso é uma declaração? –Perguntei. Ela estava sentada do outro lado da mesinha de centro, ambos segurávamos uma taça de vinho.

-Oi?

-De todos os loucos do mundo eu quis você, porque eu tava cansada de ser louca assim sozinha. –Repeti as palavras que tinham acabadas de ser ditas.

-Há... cala a boca. –Revirou os olhos. –Esta se divertindo?

-Sim.

-Cheguei a uma conclusão. –Ela me informou antes que eu pudesse terminar o que eu iria dizer.

-Diga. –Sorri um pouco.

-O problema dos erros é que as vezes eles beijam bem. –Me disse. –E tem olhos verdes e sorriem de um jeito...

-Eu sou um erro? –Perguntei, minha vez de a interromper.

-É.

-Sou um erro bom. –Afirmei.

-Sabe qual é o maior erro dos seres humanos? O que os torna tão fracos? –fiz que não com a cabeça, ela continuou. –Expectativa. Não devia cuidar dela como se ela fosse algo bom. Expectativas são ruins. Fazem você acreditar que as coisas vão dar certo quando não vão.

-Quer dizer que não devo criar expectativas para nós? –Enruguei a testa e deu uma golada no vinho, sem tirar os olhos dela.

-Não. Não deve. –Revirou os olhos.

-Não acredito em você. –Respondeu. –Não que eu ache que nós vamos dar certo, isso não depende só de mim. Depende de nós, e nós existe. “A gente não foi feito pra dar certo, mas fomos feitos pra ficar juntos, acontece.”. Acho que eu devo sim criar expectativas, devo sim sonhar e correr atrás, isso é o que torna as pessoas humanas, Mel. Você é um alien, nunca me contou um sonho seu.

-Contei sim.- Disse baixinho.

-Quando contou mentiu, porque não tem sonhos. Uma pessoa sem sonhos... Estou te magoando?

-Não. –Ergueu a cabeça.

-Me desculpe, não era minha intenção.

 Terminamos de tomar nosso vinho e nos sentamos no sofá. Mel fez questão de ficar o mais longe que o pequeno sofá da minha sala permitia. Olhei para a TV, alguns personagens de um filme sem sentido falavam sem parar.

-Pietro...

-Oi, Mel? –Aproveitei o momento (e a voz manhosa de Mel) para me aproximar dela no sofá.

-Eu quero um cachorro.

-Hein?

-Um cachorro. O meu sonho é ter um cachorro.

-Mas... ham? Um cachorro, só isso?

 Colocou a mão sobre o rosto em um gesto de revolta e incredulidade.

-Eu estava sendo romântica, o cachorro é você.

 O romance da Mel era tipo uma grosseria. Mel era tipo um ogro. Tipo isso. 


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Notas finais do capítulo

Que tal mais nomes pra nova fic? Vai, pessoal, sem vergonha nenhuma ♥
A fic é pra vocês, só funciona com vocês né



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