Estacionou o carro e olhou para o céu. Choveria ele constatou pelo tom da imensidão.

Pegou sua maleta e tocou o interfone próximo ao grande portão.

- Mr. Flack, novo psiquiatra. – ele disse olhando em volta.

- Okay. – a voz feminina foi curta e direta.

Pelo que lhe era constatado, era um lugar calmo.

- Seja bem-vindo Mr. Flack. – uma mulher com madeixas negas e longas lhe saudou.

- Por favor, chame-me de Donald. – ele disse no tom mais simpático que possuía.

- Muito bem, sou Astoria Danvers. Dona do lugar e quem contatou sua antiga clínica. – a mulher falava compassadamente enquanto ambos adentravam o local, calmo e de cores amenas.

- É um enorme prazer trabalhar aqui Srta. Denvers. – ele falou educado.

- Sra. Denvers por favor. – ela falou direta e seca.

- Perdoe-me. – ele balbuciou.

- Enfim, a Sra. Milles vai lhe acompanhar pela clínica e lhe apresentar seus pacientes. – a mulher de cabelos ébano calmamente falou e se retirou dando lugar a uma senhorinha de aparência amena, como tudo ao redor.

- Prazer Mr. Flack. Será bom pessoas novas pra alegrar esse lugar.

- Se sentir-se a vontade chame-me de Donald. – Don pronunciava calmamente.

- Prefiro Mr. Flack, se não se importa. Vamos? – ela disse e ele deu passagem.

Eles trocavam poucas palavras. Pelo corredor de repente passou a Sra. Denvers na frente e uma maca, sob ela um homem que parecia em estado de choque absoluto, dois enfermeiros acentiram quando nos viram e depois prosseguiram. A senhora amena encarou o jovem médico e disse:

- Os que estão aqui fizeram coisas horríveis Mr. Flack. – disse a agradável enfermeira.

- Por isso eu resolvi trabalhar com isso Sra. Milles. – o jovem médico disse sorrindo pra ela.

Os dois passaram pelo calmo e vasto jardim. Silencioso como sempre.

- Aqui é sempre quieto assim? – ele quis saber.

- Sempre. – ela silenciou depois.

Voltaram a caminhar e olhar as instalações.

Instantes depois ela o apresentou ao seu novo escritório, receberia seus pacientes ali. Como em todos os cômodos que visitara cores em tom pastel e moveis rústicos e escuros, com estofado vermelho. O assustou um pouco, mas foi passageiro.

- Sinta-se em casa. – Sra. Milles disse e quando ele ia lhe agradecer ela já não estava mais ali.

Don apoiou a maleta sob a mesa e olhou pela janela, uma bela vista do jardim dos fundos, entranhou somente uma única mulher sentada no banco próximo ao lago. Parecia correta demais para uma louca. Porém ele, mais do que ninguém sabia que as aparências enganavam.