Capitulo 11- Please Don’t Leave Me

Esqueci de dizer em voz alta o quanto você é lindo pra mim

Não consigo ficar sem você, você é meu perfeito saco de pancadas

E eu preciso de você, me desculpe

Please Don’t Leave Me- Pink

Lindsay POV

-Vai ficar tudo bem- Don repetiu, eu apenas assenti mecanicamente e continuei encarando a porta branca no final do corredor.- Lindsay responda- Ele pediu, apenas assenti e continuei a encarar a porta. Ouvi seu suspiro.

-Então?- Ouvi Sheldon perguntar preocupado a Don assim que ele levantou e se afastou.

-A mesma coisa, apenas assente e nunca responde. Droga, se Stella estivesse aqui ela saberia o que fazer- Don falou, notei Sheldon se mexer na cadeira levemente.

-Acho que ela apenas precisa de tempo, é uma forma do subconsciente lidar com a dor.

-Ela chegou aqui dando um ataque e depois absolutamente do nada se acalmou e sentou. Faz 3 horas que ela está nessa mesma posição...- Don falou, fechei meus olhos e tampei o ouvido não querendo ouvir a continuação dessa conversa.

Eu já havia chorado, já havia gritado, esperneado. E nada adiantara.

Nada, absolutamente nada disso traria Danny de volta.

Qualquer coisa, eu daria qualquer coisa pra ver seu sorriso de novo. Só pra poder dizer que eu o amava.

Por que ele estava quase morrendo e eu nunca lhe dissera o quanto eu o amava.

Sinto minhas mãos serem removidas de meu ouvido, abri os olhos. Jess me olhava, eu a encarei, senti as lagrimas escorrerem por meu rosto novamente, mais uma vez.

-Precisa comer. Precisa ser forte por você- Ela falou acariciando levemente meu rosto- Por seu bebe- Falou passando a mão em minha barriga- E por Danny. Pense no que ele iria pensar....

-E se ele não pensar?- Perguntei abrindo a boca pela primeira vez dentro de horas, vi Sheldon e Don nos observarem- E se ele não estiver mais pensando?! E se ele estiver morto? Eu não vou aguentar, eu não sou forte a esse ponto.

-Ele não está, e não vai ajudar em nada você se matar.

-Eu não estou com fome- Falei, o que era verdade. Eu não queria nada, a não ser ficar ali e chorar sozinha.

-Você precisa ter fé Lindsay, onde está a garota feliz e confiante?

-Naquela sala junto com Danny, é onde ela quer estar- Sussurrei, e fechei os olhos. Eu só queria vê-lo! Poder saber que ele estava bem!

E agora talvez eu nunca mais vá poder fazer isso. Uma serie de lembranças invadiu minha mente.

“-Sou eu Danny Messer. Como vai?- Ele perguntou surgindo atrás de mim, me virei. Um homem de uns vinte e alguns anos sorria pra mim, seu sorriso parecia o de um menino, um menino travesso, o que me fez sorrir instantaneamente.

-Olá- Falei o cumprimentando.”

“-Posso ajudar?- O voz dele encheu todo o laboratório, ele ainda tinha a cara de pau de oferecer ajuda?! Me virei sorrindo irônica.

-Não obrigada você já ajudou o suficiente essa manhã- Falei tentando soar o mais descontraída possível, embora eu soubesse que ele sentiu o tom de irritação.

-Tudo bem- Ele falou como se de alguma forma não se importasse com meu ódio.”

“-Vou deixar de comer bacon pelo resto da minha vida- Falei, Mac sorriu.

-Só havia DNA da vítima na fita envolta dos pulsos. – Danny falou entrando na sala de reconstrução e se escorando na porta de vidro- No entanto, os sapatos são uma história diferente. A carne que a Montana encontrou não era humana...- Ele falou. O que?! O que diabos ele estava pensando em me chamar de Montana?!”

“Danny segurou minhas mãos para que eu me apoiasse, levantei, seus olhos me encaravam. Senti meu corpo se arrepiar com seu olhar, e imediatamente soltei minha mão”

“-Então o que temos Montana?- Danny entrou perguntando, bufei.

-Danny pare de me chamar assim! É Lindsay!- Falei irritada, qual era o problema dele comigo?! Ele não podia acabar com essas piadinhas não?!- Lindsay Monroe”

“Eu tentava formar frases coerentes, tentava contar o que havia acontecido. Sem me desesperar, tentava me acalmar. Olhei pra porta do tribunal, ele entrou. Fiquei surpresa, eu estaria tendo uma alucinação? Danny se sentou e me olhou. Eu não precisava de palavras, eu sabia exatamente o que ele queria dizer: Vai ficar tudo bem Montana.

 E naquele momento me senti segura, por que eu sabia que ele iria me confortar.”

“Ele segurou minhas mãos enquanto esperávamos o resultado, eu o olhei. Ele sorriu, me virei pra frente. Qual fosse o resultado ele estaria comigo, e isso me deixava de alguma forma perigosa mais feliz.

-No processo movido pelo Ministério Publico contra Daniel Katums, decidimos que o réu é culpado por assassinato em 1° grau- Senti imediatamente uma sensação de alivio me inundar. Danny me abraçou, respirei aliviada.”

“-Por que acha que Danny me chama de Montana?- Perguntei a Sid, ele sorriu marotamente.

-Por que ele tem uma queda por você”

“Ele me beijou, seus lábios eram quentes. Muito mais do que eu poderia imaginar, nos afastamos por segundos. Ele sorriu pra mim enquanto me beijava novamente.

Isso é errado, minha mente gritava. Mas eu não ouvia.

Eu apenas conseguia vê-lo”

-Lindsay- A voz de Jess me tira de meus devaneios. Não notei que ela já tinha saído de perto de mim, seu semblante havia mudado estava sorrindo. Sheldon sorriu e se aproximou de mim.

-Eu consegui algumas informações com o medico. Parece que o tiro acertou o braço de Danny, e a cirurgia foi um sucesso. Ele está fora de perigo- Sheldon falou, eu senti um alivio me imundar, eu ri e senti as lagrimas rolarem. Só que dessa vez por um motivo diferente.

-Eu posso vê-lo?!- Perguntei, Sheldon suspirou.

-Não, infelizmente. Ele precisa descansar.

-Sheldon por favor- Implorei- Eu preciso vê-lo!- Falei, ele suspirou e assentiu.

-Vou ver o que consigo- Ele falou saindo, fiquei esperando. Meu coração ansioso por vê-lo, Sheldon voltou sorrindo e assentiu, pulei da cadeira e fui em sua direção. Paramos em frente a uma porta- Só dez minutos.

-É suficiente- Por enquanto, pensei sorrindo. Abri a porta e andei até a cama.

Danny dormia sereno, a expressão estava levemente abatida, mas nada extremo. O braço enfaixado, acariciei seus cabelos.

Não parecia ele, o homem impaciente e brincalhão que sempre conseguia arrancar um sorriso de todos nas piores situações possíveis, não parecia o Danny. Ali deitado naquela cama frágil e fraco, não era ele.

-Sinto muito- Sussurrei, deslizei os dedos por seu rosto. –Eu nunca imaginei...- Falei, seu peito subia e descia lentamente pela respiração leve. Eu sabia que no fundo eu esperava que ele sorrisse pra mim e revirasse os olhos dizendo: “Não vai se livrar de mim tão fácil Montana”, mas isso não ia acontecer.

Me inclinei e beijei seus lábios levemente, fiquei ali por tanto tempo que não me lembro. Apenas acariciando seu rosto, ele parecia dormir tranquilamente, como se não estivesse num hospital.

-Senhorita?- A voz da enfermeira chamou, me virei. Ela estava parada na porta me olhando, e ao seu lado Lidia estava parada.

-Sim?

-A namorada quer vê-lo-Ela falou, olhei pra Lidia, ela me encarava os olhos molhados mais ao mesmo tempo com certa raiva.

-Eu quero ver meu namorado, por favor saia- Lidia falou, eu limpei meus olhos.

-Tudo bem- Falei, olhei Danny mais uma vez, e soltei sua mão. Me virei pra sair, passei por ela, Lidia me encarava, mas não disse nada. Parei com a mão na porta e me virei pra ela- Você pode fazer de tudo para tê-lo- Falei segura, ela me fuzilou.

-Eu o tenho.

-Não, não tem. Ele é meu, eu sei, você sabe disso.- Falei e apontei sorrindo pra Danny- E ele sabe disso, e não é só por causa do bebe. E mais do que você pode sequer pensar, eu o amo. E não vou deixar o tirar de mim. Agora, e nunca, ninguém vai tira-lo de mim.