O Que Não Tem Remédio... escrita por Finchelouca


Capítulo 9
Quem semeia amor, colhe felicidade


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Estou aqui com o penúltimo capítulo da fic, mais uma vez dedicando-o ao nosso Cory, mas dessa vez também à linda da Nat, que recomendou a fic.

Obrigada, Nat, querida, por mais uma vez colocar um sorriso no meu rosto com suas palavras de incentivo!

Beijos a todos e boa leitura!

p.s.: Leiam as notas finais, por favor!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372317/chapter/9

Rachel e Finn podiam estar casados há mais de três anos, mas nem por isso tinham deixado de ter a química sexual e a empolgação que os aproximara, quando se conheceram. É claro que com a presença de Ariel, as noites em claro com ela, quando era bem pequena, suas escapadas para a cama dos pais, nas noites de temporal ou depois de ter algum pesadelo, e o cansaço maior, resultante de uma vida mais cheia de responsabilidades, havia diminuído um pouco o número de vezes que transavam. No entanto, sempre que ficavam sozinhos e estavam despertos, se comportavam quase como dois adolescentes descobrindo um ao outro, como se ainda houvesse muito de desconhecido a explorar.

Agora que estavam tentando ter um filho, Finn tinha a desculpa perfeita para não tirar as mãos de Rachel, e ela não se incomodava nem um pouco, a ponto de os dois quase terem sido flagrados por Ariel, quando se livravam da roupa um do outro na cozinha, uma noite, e a garotinha resolveu se levantar, meia hora depois de ter sido colocada na cama, queixosa pelo incômodo de um dente crescendo.

Durante vários finais de semana seguidos, deixaram a filha na casa dos avós, de primos, e até dos padrinhos desmiolados, para poder passar horas e horas nos braços um do outro, se amando com todo o fervor. Divertiram-se como todo casal deveria ter a oportunidade de fazer pelo menos uma vez por semana, em meio a brinquedinhos eróticos, lingeries novas, lanches leves e afrodisíacos degustados na cama, e até filmes eróticos, apesar de alguns divertirem mais pelas gargalhadas que arrancavam do que por ajudarem a estimular a libido.

Contudo, naquele sexta-feira à noite, pela qual Finn esperara ansiosamente a semana inteira, e para a qual preparara todo um cenário especial, com velas aromáticas, lençóis de cetim, rosas vermelhas e champagne, tudo que Rachel havia feito tinha sido se esquivar. Por mais de duas horas, inventara desculpas como fome, um telefonema urgente, o estômago cheio, depois de ter matado a tal fome, e até a clássica dor de cabeça, que levou o marido ao limite de sua paciência, enfim.

"Rach, babe, o que tá acontecendo?" Perguntou e ela não tirou os olhos da tela de TV, indo de canal em canal, sem sequer prestar atenção ao que estava passando em cada um deles.

"Como assim?" Fingiu ignorância, evitando o olhar dele.

"Rach!" Ele chamou, tirando o controle da mão dela e ganhando sua atenção, afinal. "O que aconteceu? Por que você não quer ir pro quarto comigo?"

"Eu sei que você preparou tudo com o maior carinho, amor, mas eu não to legal." Disse, sentindo-se culpada. "Me dá um tempinho."

"Eu posso te dar todo o tempo do mundo, contanto que você confie em mim, babe... que se abra comigo e me diga por que não tá legal, já que você também parecia super animada pra hoje."

"Tudo bem... desculpa." Sorriu, pegando uma das mãos dele e fazendo carinho nela. "É que ao longo dos últimos dias, eu me dei conta de que estou atrasada. Finalmente, eu estou atrasada e posso estar grávida."

"E isso não é ótimo?"

"É... é claro que é! Mas também é... aterrorizante." Declarou, suspirando. "Eu tenho medo de me encher de esperanças e depois ser um alarme falso."

"Eu entendo, amor. Eu sei que ainda não tirou da cabeça que eu e Ariel estamos decepcionados com você, apesar de isso ser coisa que só existe aí, na sua cachola." Riu. "Mas, falando sério, Rach. Não adianta ficar nessa aflição toda! É melhor saber de uma vez, fazer um exame. Segunda-feira, no hospital..."

"Na verdade, quero fazer hoje." Interrompeu-o, decidida. "Estou apavorada e estava como andando em círculos, mas agora que eu te falei, eu quero fazer de uma vez."

"Vamos ao hospital, então?"

"Na verdade, não quero arriscar dividir uma possível decepção com meus colegas de trabalho. Eu comprei três testes de farmácia e, se dois derem positivo, acho que dá pra confiar."

"Ok. Vem, então." Chamou, levantando-se do sofá, sem soltar a mão dela, que o acompanhou sem hesitar. Ver o resultado na presença dele seria bem melhor do que fazê-lo sozinha, porque, por mais que ele quisesse o filho ainda mais do que ela, ela sabia que ele não deixaria de demonstrar uma atitude positiva, acontecesse o que acontecesse. Mesmo que, por dentro, ele se quebrasse em mil pedaços, nunca deixaria de apoiá-la.

As instruções das embalagens foram seguidas à risca e, minutos depois, o casal desarrumava a cama preparada especialmente para aquela noite, não mais na tentativa de fazer um bebê, mas comemorando a iminente chegada de um. A celebração durou quase o final de semana todo e eles até pensaram em buscar Ariel na casa de Kitty, ansiosos por contar a ela, mas acabaram decidindo manter os planos de recebê-la de volta no domingo apenas, afinal seus momentos a sós ficariam ainda mais escassos dentro de pouco tempo.

Era final da tarde de domingo, e os dois dormiam nus e abraçados, depois de terem feito amor, mais uma dentre as incontáveis vezes. Tinham esquecido de colocar um despertador e não viram as seis horas se aproximarem e ficarem para trás, então acordaram com a campainha tocando, insistentemente. Rachel deu um pulo e vestiu um short e uma camiseta, apressadamente, enquanto sacudia Finn, para que ele fizesse o mesmo.

"Oi, minha princesa." Finn falou, logo que abriu a porta, agachando em frente à filha, que se jogou em seus braços, apertando-o com a maior força possível.

"Oi, Kitty." Rachel, que estava ao lado dele, cumprimentou a amiga com um beijo no rosto.

"Olá, princesa Chloe!" Finn abraçou a outra menina, que o puxava pela manga da camiseta, assim que soltou-se de sua pequena. "Você está muito crescida e bonita, hein!"

"Obrigada, tio." Disse sorrindo, e abraçando e beijando Rachel, que também já estava agachada, e tinha Ariel enlaçada por um de seus braços.

"Entra aí, Kitty-kat." Finn riu, puxando a prima para dentro do apartamento e abraçando-a, enquanto a esposa entrava com as duas menininhas. "Obrigado por cuidar dessa espoleta. Ela deu muito trabalho?"

"Que nada! Quem me dá trabalho mesmo é o seu amigo Ryder. É pior do que todas as crianças juntas!" Bufou, mas no final não conteve um sorrisinho.

"Vocês lancham com a gente?" Rachel perguntou a Kitty.

"Sim, mamãe, por favor!" Chloe fez bico, antes que a mãe pudesse dizer qualquer coisa. "O tio Finn faz o melhor misto quente de todos!"

"Tudo bem." Kitty riu. "Se não for dar trabalho, Rach."

"Problema nenhum, até porque é o tio Finn quem vai fazer, já que faz o melhor misto de todos!" Riu também, batendo no bumbum do marido, que fez uma fingida cara de protesto, mas foi para a cozinha e só voltou quando vários sanduíches e copos de suco estavam servidos.

Ele encontrou as duas mulheres conversando animadamente e as duas meninas brincando com bonecas, mas o cheiro de pão, queijo e presunto fez com que todo mundo parasse o que estava fazendo e se dedicasse a comer. O silêncio dominou a sala por vários minutos e só foi quebrado quando Ariel resolveu tocar no seu assunto favorito.

"Mamãe, eu aprendi a trocar fralda, sabia? Quando o meu irmãozinho chegar, eu vou poder trocar a fralda dele?"

"Você aprendeu a trocar fralda?" Rachel enrugou a testa.

"Eu tenho uma boneca que faz xixi." Chloe explicou e os adultos riram.

"Por enquanto, você é pequena, Arie. Você vai ajudar a tomar conta do seu irmãozinho, mas deixa o trabalho sujo pra o papai e a mamãe mesmo."

"Finn!" Rachel repreendeu, não gostando da expressão, apesar de ela ter toda a lógica.

"Podemos contar?" Ele perguntou, baixinho, à esposa, que assentiu, então continuou falando com a filha, que voltara a comer. "Arie, amor, a gente tem uma coisa pra contar sobre isso."

"É?" Ela arregalou os olhos, esperançosa.

"É! Seu irmãozinho já está aqui, na barriga da mamãe." Sorriu largamente, passando a mão pelo abdômen de Rachel.

As duas crianças correram para Rachel, abraçando a morena e beijando sua barriga, mesmo que esta ainda não tivesse nenhum vestígio que indicasse que uma vida crescia dentro dela. Kitty abraçou o primo favorito, parabenizando-o pelo segundo filho que estava por vir. As duas garotinhas espertas começaram a falar mil coisas, ao mesmo tempo, sobre bebês, enquanto os adultos apenas riam, tentavam sanar uma ou outra dúvida e, ao mesmo tempo acalmá-las.

"Qual vai ser o nome dele?" Foi Chloe quem perguntou.

"Tem que ser nome de príncipe, porque o meu é de princesa e ele não pode se sentir menos importante." Ariel afirmou, séria. "Tem Eric, mas seria estranho porque ele é marido da Ariel. Mas tem também Philip e Adam... e tem Edward."

"Tem Flynn e John também." A outra menina tentou participar.

"Não!" Arie colocou as mãos na cintura, um pouco irritada. "Esses não são príncipes de verdade... eles só casam com as princesas."

"Tem William e Harry." Kitty lembrou.

"Quem são esses?" As crianças perguntaram juntas.

"Os príncipes da Inglaterra." Finn esclareceu.

"Eu não conheço, então tem que ser Philip, Edward ou Adam." Resolveu a criatura mais nova presente na sala, como se fosse ela quem mandasse em tudo.

Então as duas crianças começaram a discutir sobre qual dos três era o melhor príncipe, listando as qualidades do personagem e até da respectiva princesa. Sequer escutaram os mais velhos afirmarem que ainda não era possível nem mesmo saber se o bebê seria um menino.

Estavam em um mundo só delas e sendo observadas pelos adultos, e Rachel e Finn estavam tão felizes, naquele momento, que não se importariam de deixá-las escolher qualquer um dos três nomes, ou algum outro que porventura surgisse, se tivessem um filho varão.

Estavam finalmente colhendo mais frutos do amor que semeavam, e isso, sim, era o que realmente importava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Com o término dessa fic, começarei uma que será um final alternativo para Glee e queria saber de vocês se vocês preferem ler uma fic normal, iniciada durante os últimos capítulos da quarta temporada, ou se vocês gostariam que eu escrevesse o que eu teria feito se fosse roteirista de Glee e não tivesse o Cory, mas fosse manter o Finn vivo. Espero as opiniões de todos.

Um abração bem forte em cada um!