A Batalha Do Labirinto - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpem a demora, mas eu já expliquei o por quê no twitter.
@JuuPeixe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372167/chapter/20

Quando acordei na manhã seguinte, eu estava extremamente confortável nos braços de Santana. Ela ainda dormia, o que me deu uns bons minutos para poder ficar apenas observando sua expressão serena. Aquilo era bom. Eu me sentia tão em casa com ela, independente de onde eu estivesse. Santana sempre seria o meu lar.

- Bom dia. – ela murmurou, espreguiçando-se. – Dormiu bem?

- Melhor impossível. – respondi com um sorriso torto.

Clichê, eu sei. Mas funciona, certo? Então não tenho nada a declarar.

Santana sorriu de volta, inclinando-se para me beijar. Sua língua explorava a minha boca com calma. Eu comecei a escorregar as minhas mãos por debaixo de sua camiseta, passando por sua barriga e subindo devagar. Foi então que ela me parou.

- Temos uma missão para concluir. – ela justificou, saltando da cama. – Anda, Britt. Temos que achar a sua amiguinha mortal.

Gemi frustrada. Por que ela sempre fazia isso? Deuses, eu realmente espero que não tenha como morrer de frustração sexual, porque senão eu estarei ferrada.

Santana me arrastou para fora do meu chalé para podermos tomar café. Deuses, que fome! Sinto-me como se não comesse há décadas.

Ignorando os olhares alheios, ela sentou ao meu lado, na minha mesa. Will não pareceu se importar, então dei de ombros. Eu estava com muitas saudades da minha morena para ficar tanto tempo assim longe dela.

Avistei Marley na mesa de Apolo. Acenei para ela e ela sorriu, levantando-se e vindo se juntar a nós. Ela escorregou seu corpo esguio pelo banco de pedra, sentando em minha frente.

- Oi, B. Fiquei sabendo que voltou. – ela disse, sorrindo para mim. – Oi, Santana.

Cutuquei a minha namorada por debaixo da mesa e ela sorriu para Marley. Um pouco forçado, mas ainda assim um sorriso.

- Pois é. – eu respondi. – E nós vamos voltar para o Labirinto hoje. Você vem junto?

Mais um cutucão.

- É. – San concordou. – Precisamos da sua ajuda.

Ela balançou a cabeça e sorriu para nós. Santana ainda estava um pouco tensa ao meu lado, então coloquei minha mão em sua coxa e a apertei de leve. Ela sorriu fracamente para mim, mas logo desviou o olhar.

- É claro que eu vou com vocês. – ela disse, como se fosse óbvio. – Eu não deixaria vocês sozinhas.

- O que você…

- Ok! – cortei Santana. – Nós partimos em uma hora. Vá arrumando as suas coisas, e eu e San vamos pegar as nossas mochilas. Nos encontramos na passagem?

- Certo. – ela concordou, levantando da mesa.

San a seguiu com um olhar um pouco suspeito. Revirei os olhos. Era engraçado uma namorada ciumenta. Contanto que ela não tivesse um ataque comigo a cada cinco minutos, é claro. O que eu realmente espero que nunca mais aconteça.

Segurei o rosto de Santana entre minhas mãos e a puxei contra os meus lábios. Ela sorriu no beijo e agarrou minha cintura. Era bom tê-la por perto.

- Vamos? – perguntei, estendendo minha mão para ela.

Santana não respondeu. Apenas agarrou a minha mão e antes que eu pudesse ir em direção ao meu chalé, ela começou a me puxar para o outro lado.

- San, - chamei. – temos que arrumar nossas coisas.

- É, eu sei. – ela respondeu. – Mas eu preciso te mostrar uma coisa antes.

Caminhamos com passos apressados. Santana me guiava por entre as pessoas, enquanto eu dava apenas um breve aceno para alguns amigos. Quando percebi, já estávamos na arena.

- Sra. O'Leary? – chamei. O cão infernal me olhou alegre, abanando a enorme cauda.

- Quintus foi embora. – Santana me explicou. – Desde então, ela não deixa ninguém chegar perto. Eu pensei que talvez você… sei lá, Britt. Você entende melhor disso do que eu.

Assenti. Eu havia entendido o que Santana havia falado, então entrei na arena e me dirigi com calma em direção a ela. A Sra. O'Leary correu em minha direção, sentando-se em minha frente. Ela carregava um olhar tristonho no rosto, mas ainda assim parecia feliz por me ver ali.

- Ei, garota. – Cumprimentei, afagando sua orelha. – Seu dono foi embora, não foi?

Ela soltou um ganido tristonho, como se me entendesse. É, eu acho que ela entendia. Provavelmente por isso que eu gosto tanto de cachorros. Eles sempre parecem me compreender.

- Eu sei, Sra. O'Leary. Eu também sentiria falta dele se eu fosse você. – murmurei. – Mas eu não vou te abandonar, ok? Nunca. Quer dizer, eu vou agora, porque eu e a minha princesa temos que completar a missão. Mas depois disso, eu nunca mais vou te deixar, ok? Juro por Poseidon.

Ela abanou o rabo e voltou a deitar no chão. Fiquei acariciando seu pelo por mais alguns minutos e depois me despedi, indo em direção à Santana.

- Você é boa nisso. – ela observou, segurando minhas mãos e selando meus lábios. – Você é boa em quase tudo, na verdade.

- Menos em arco e flecha. – murmurei, fazendo-a rir.

- É, menos em arco e flecha. – Santana concordou.

Ela entrelaçou as nossas mãos e começou a me puxar em direção ao meu chalé. Na verdade, praticamente todas as coisas dela ficavam ali. Nós passávamos muito tempo juntas no meu chalé, já que no dela estava sempre cheio de irmãos e irmãs. E como Will parecia não se importar, ou ao menos ignorar o fato, Santana praticamente havia se mudado para lá. Não que eu me importasse, muito pelo contrário. Eu amo dormir abraçada na minha morena.

Arrumamos as nossas coisas em poucos minutos, porque estávamos um pouco atrasadas. Na verdade, quase todas as minhas coisas haviam ficado com Santana, então a minha mochila estava praticamente pronta. Eu só repus a minha ambrosia e peguei um pouco de néctar. Santana colocou as coisas na mochila e agarrou seu boné da invisibilidade. Eu sorri para ela. Deuses, ela é adorável.

 San e eu corremos em direção à entrada do Labirinto, onde Marley já nos esperava, brincando com a alça de sua mochila.

- Prontas? – Marley perguntou.

Entrelacei a mão na de Santana e, juntas, adentramos mais uma vez na escuridão do Labirinto. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Batalha Do Labirinto - Brittana" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.