iDon't Want To Marry escrita por Éwilla Nunes


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Uhul o/
Adivinha quem postou o capitulo na hora certa?
Bem, esse daqui está maiorzinho por que vocês merecem. Quero agradecer de todo o coração a todos os leitores que vem comentando e aos leitores fantasmas que descobriram o lugar onde envia reviews.
Vocês arrasam!
Obrigada, e graças a vocês, eu estou continuando a história. Isso porquê vocês merecem e também porquê minha mãe vai entrar na fila das que querem me matar se eu não contar o que aconteceu com Freddie.
Pra vocês.
Ps: Perdoem os erros ;)



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Capitulo IX

Assim que seus lábios se encontraram, Freddie mergulhou num mar de lembranças.

“ Estava quente demais.

Freddie estava no auge de seus dezesseis anos, mas, a puberdade tinha se mostrado ingrata com ele. Ainda usava óculos, com as lentes um pouco mais finas e agora já não era tão gordinho; usava um tipo de linha de metal que tinha ajudado a alinhar seus dentes, porém, ele crescera demais, os cabelos batiam em seus ombros e seus braços pareciam não ter a proporção correta. Pusera uma blusa sem mangas e, depois de um banho frio que não surtiu o efeito esperado, sentou-se na cama. A camisa grudava em seu corpo e ele estava transpirando loucamente. Sentiu uma leve brisa entrar pela fresta da janela e decidiu ir até lá fora. Os cabelos estavam despenteados e as roupas não eram dignas de um príncipe, contudo ele não se importava.

Assim que pusera os pés fora do castelo, uma lufada de ar beijou-lhe o rosto. Caminhou um pouco, sem direção e seus pensamentos vaguearam até Sam. Nos últimos dias dentro do castelo, a garota conseguia conquista-lo cada vez mais. Embora os dois se tratassem como amigos, ambos sabiam que o nervosismo quando estavam juntos e a vontade de sempre estar perto era muito mais do que amizade. Quando estava perto dela, o impulso de ir de encontro aos seus lábios, mesmo nunca tendo o feito, era difícil de controlar. De repente, um pensamento passou-lhe pela cabeça. Sorriu.

Acelerou um poucos os passos sem nem mesmo saber o porquê e dirigiu-se ao coreto, o lugar favorito de Sam. Lá estava ela. Sam estava usando seu inseparável vestido de camponesa com uma cor que variava do bege ao branco com flores que ela mesma pintara em tom violeta, com a cabeleira loira e encaracolada esvoaçando ao vento. Suspirou involuntariamente e se juntou a Sam.

Ela estava quieta. Quieta demais.

Em poucas semanas conhecera muito de Sam. Gostava muito dela, mas do que podia ou desejava. Seu pai dissera que o havia comprometido a alguém. Mas era a Sam e ele simplesmente não podia deixa-la assim.

- O que aconteceu?- perguntou olhando diretamente para ela. Ela pensou por alguns segundos, ainda encarando o lago a frente, suspirou e olhou diretamente em seus olhos.

-Não foi nada. – Sam sabia mentir como ninguém fazia, entretanto, com Freddie era diferente.

-Eu sei que não foi.

- É que ...-começou e se virou novamente para o lago a frente – Carly estava falando sobre um menino que ela conheceu, o Brad...

- Não o menino por quem ela está apaixonada? – Sam compartilhara segredos com Freddie que a morena enfartaria apenas em imaginar. Na verdade, Carly não tinha ideia de que Freddie estava no castelo, por que tinha viajado com o irmão para visitar o pai e lá conhecera Brad.

-Sim – Sam mexia nervosamente as mãos. Devia ser algo realmente sério – e hoje ela me falou por cartas que tinha beijado o Brad.

- Sim, e isto é uma sorte. Mas qual é o motivo de sua tristeza?

- Ela me perguntou com quem tinha sido meu primeiro beijo – Sam falou sentindo o rosto esquentar enlouquecidamente. Freddie foi tomado por uma súbita onda de ciúmes.

- E com quem foi? – falou aumentando o tom, percebendo depois que estava agarrando os braços de Sam. Por quê ele fizera isso? – Me desculpa – falou afrouxando o aperto, mas sem deixar os braços de Sam.

-Esse é o problema. Eu ...bem, quer dizer... – agora ela estava muito vermelha.

- Ah...- Freddie corou violentamente –-e-e-eu ... eu também não.

- Jura?

- Sim. – afirmara. Algo veio lhe a mente. Freddie sorriu.

- O que foi? – Sam percebera que ele ainda não tinha soltado seus braços, mas decidiu não falar. Adorava aquela sensação.

-Nada- sorriu de novo.

-Por favor, fale– pediu sorrindo.

-E só ia dizer que...

- Que devíamos nos beijar?

- Você irá me jogar naquele lago agora né?

- Não.

-Então... Devíamos?

- Só pra acabar com tudo isso.

-Só pra acabar com tudo isso. - Freddie repetiu sentindo o coração acelerar.

-E depois disso, tornaremos a ser amigos.

- Bem... Quanto a isso... – Freddie perguntou com uma coragem até então não vista e em sentida por ele. Você quer tornar a ser “só amigos”? –. Aquilo com certeza pegara Sam de surpresa.  Sam pensou um pouco e abriu o mais brilhante dos sorrisos.

- Não.

Passaram um tempo se encarando, sorrindo bobamente. Isto foi uma proposta e ela aceitara. Enfrentaria o seu pai, a sua mãe , os céus e a terra, o que fosse preciso, faria de tudo pra poder ficar com ela. Ao inferno com sua prometida. Seu único futuro, o seu único amor,  estava a sua frente .

-Então... Vem. – Sam falou por fim.

Freddie redirecionou as mãos e pôs gentilmente nas curvas de Sam, fazendo esta arrepiar-se por inteiro. Sam, por sua vez pôs delicadamente as mãos nos ombros de Freddie, ergueu-se um pouco na ponta dos pés, graças a diferença de altura, e o beijou.

Uma corrente elétrica percorreu os dois. Os lábios macios e rosados encaixavam-se de maneira única. Era como se estes fossem os lábios certos, e perto deles, todos pareciam errados. Freddie trouxe Sam um pouco mais para perto e juntou os corpos enquanto Sam punha as mãos na nuca de Freddie. Com uma urgência desconhecida, Freddie investiu em aprofundar o beijo e Sam retribui com o mesmo fervor, começando uma dança frenética de línguas, que nunca haviam se encontrado antes, mas dançavam em um ritmo perfeitamente sincronizado. A terra havia parado para os dois e naquele instante, eles eram os únicos habitantes do planeta. Nada mais importava. Todavia, todo ser humano precisa de ar pra viver.

Quando o ar faltou, se separara relutantemente, pois o desejo era de ficar assim para sempre .  Freddie continuou com as mãos na mesma posição.

- Isso foi...- Freddie ainda ofegava. Sentia um leve formigamento nos lábios e o coração ainda estava á mil.

-Bom – Sam completou. Estava com os lábios inchados e as pernas pareciam não sustentar seu peso – Bom trabalho.

- Você também.

Não sabia se passaram dias ou anos ou apenas segundos encarando o profundo azul dos seus olhos. Mas sabia o nome do que acabara de experimentar.

Amor.”

Freddie a encarou surpreso e sorriu. Sam retribuiu. Mas não foi um sorriso verdadeiro.

Ela ainda o odiava por esquecer do que passaram ou até mais e Freddie não a culpava.  Contudo, não podiam continuar assim. Freddie queria tê-la ao seu lado. Ele precisava.

Estava na hora de contar o que realmente tinha acontecido.


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Notas finais do capítulo

Okay, okay, opiniões? Pedras? Flores?
Seja lá o que for, eu adorarei de saber :)