- Pelo amor de Deus, não vão me mandar lutar com um mulher, que ainda por cima não tem nem um metro direito. Eu posso quebrar os ossos dela, sabia?

Ouvi um comentário no fundo: “se tiver inteiro pra fazer isso”. Mais não dei importância. Afinal, era só uma mulher.

- Me mostre o que sabe, benzinho - disse ela piscando pra mim. Deixando claro que ela era bonita, tipo, muito bonita, cai na bobeira de observar o corpo dela, e ela percebendo minha falta de atenção, me deu uma rasteira. Praticamente nem me vi caindo, só senti a dor. Ok, ela mecheu com o cara errado!  

Tentei atacar com um soco de direita, mais ela interceptou meu soco e aproveitou e me deu uma cotovelada na costela.

- Isso foi golpe de sorte. Vamos esquentar as coisas. – comentei frustrado. Qualéh, meu soco infalível era... INFALIVEL.

Ela deu um largo sorriso e mirou um chute em meu peito, mas eu segurei a perna dela e iria derruba-la se ela não tivesse dado uma cambalhota e parado em pé. É, ela é boa. Tentei dar uma chave de pescoço nela, e esse foi meu erro. Ela tinha um cheiro tão delicioso de morangos que eu brevimente fiquei destraido e ela escapou do meu e escorregou por baixo das minhas pernas me dando outra rasteira. Senti uma dor profunda ao cair de costas no chão. Acho que fraturei uma costela.

Levantei rápido, escutando algumas piadinhas dos rapazes lá atrás. Ahh, essa mulher me paga! E eu vou me vingar...

E ia ser agora.

Não ia ser só um golpe.

Esse ia ser o GOLPE.

Enquanto gingávamos, eu ataquei por trás, e dei uma chave de pescoço nela, enquanto segurava seu outro braço para traz. Ela tentando revidar, deu um chute na minha canela, mas não cedi. Puxei-a pela gola da blusa e a derrubei no chão. Porem, ela foi mais rápida e puxou a minha perna. Cai por cima de seu corpo. Mas antes de tentar segura-la, inverteu nossas posições e segurou meus braços. Tentei reagir e consegui empurrá-la, mais logo que se recuperou ela conseguiu me prender no chão de novo, dessa vez segurando meus braços e minhas pernas. Apesar de pequena, ela era muito rápida e ágil.

Piadinhas e mais piadinhas foram ouvidas, e de uma coisa eu tava certo: Minha reputação foi por água a baixo.

Escutei o Emmett contando:

- 1, 2, 3 e está fora Cullen.

Tentei me soltar, mais ela não saiu de cima de mim. Ela me olhou com um sorriso tão doce e sensual que eu quase esqueci onde estava.

- Aprendeu como se luta benzinho? - E saiu de cima de mim, rebolando pra fora do ringue. Fiquei sem reação ali, mais tinha que tentar manter minha honra né. Então me levantei e dei de cara com o imprestável do meu irmão, que rolava de rir no chão.

- Não acredito, desse jeito você joga o precioso nome Cullen no lixo. Como foi perder pra ela dessa maneira vergonhosa? - disse ele tentando falar serio, mais não segurou e caiu na risada.

Sai marchando e desci do ringue. Passei por ele e ia saindo quando me veio uma pergunta na cabeça:

- Já lutou com ela alguma vez? - perguntei.

- Claro, quem nunca lutou com ela? – respondeu ele de modo que quisesse esconder algo.

- E ganhou? – perguntei levantando uma sobrancelha.

- Ééé... Sacomé né? – disse ele dando um sorriso amarelo.

- Idiota.

                                       ***

Saimos do ringue direto pra cantina, lutar, quer dizer, apanhar, me abriu o apetite. Depois de horas na fila, avistei o Emmett sentado em uma mesa e fui até ele com meu almoço.

- Ahh, então o Cullenzinho apanhou de uma mulher... - disse o Emmett gargalhando e todos na mesa acompanharam. Ahh se olhar matasse.

- Não Emmett, ele não apanhou de uma mulher. - disse o Jake sentando se na mesa - Ele apanhou de uma Swan. – disse todo convencido.

O.o Ann?

- Como Assim?? Swan?? Ela é sua...

- Irmã... Isso mesmo. Orgulho da família. – disse ele sorrindo, e logo avistou ela que caminhava em nossa direção. - Ei Bella, senta aqui. - gritou ele.

- Olá pessoal. – disse ela acenando pra todos. Olhou pra mim, e deu aquele olhar inocente – Oi benzinho!

Dei um sorriso falso e comecei a comer, ignorando ela completamente.

- Parou de doer as costelas?

Não respondi, não ia dar o braço a torcer.

- Sabe, eu tenho um remédio ali que pode ajudar muito.

Revirei os olhos.

- Sabe, cheguei a conclusão que você luta tão mal quanto dirige.

Por um momento boiei, mas ai a ficha caiu.

- Você só pode ser doida né? Queria se matar? – perguntei incrédulo.

- O QUE? Você que tentou me atropelar.

- Ah coitada, VOCÊ se jogou na frente do MEU carro.

- Tá maluco? O sinal estava fechado. Não tem medo de levar uma multa não? – Bom, contra isso eu não podia argumentar, realmente, o sinaleiro estava fechado.

Ela sorriu presunçosa.

- Estou certa não estou. Você realmente estava errado.

- Não claro que não – tentei parecer convincente.

- Estava sim, admita.

- Não

- Sim

- Não

- Sim

- NÃO

- SIM – disse ela, derrubando o sorvete no meu cabelo. SIM, no MEU CABELO. Ela tá querendo morrer, só pode.

- O que você fez maluca?

- Me desculpe... Eu não... – Não esperei ela terminar a frase e despeijei meu copo de suco no cabelo dela.

- Bom, agora estamos quites.

- Você. Não. Devia. Ter. Feito. Isso.

Fiquei com medo. O anjinho tinha ido embora e naquele belo corpo esculpido apareceu uma nuvem negra.

Ela alcançou um prato de macarronada que estava na mesa e atirou em mim. Porem eu fui esperto e me desviei, acertando assim o Emmett que rolava de rir no canto da mesa, mas parou no mesmo instante. Nisso, Jacob começou a rir do Emmett, e ele, pra revidar, jogou seu prato de comida na cara dele. E ai você pode imaginar né? Começou uma guerra de comida...

Foi comida pra todo lado, todo mundo tava rindo, se divertindo... Tava tudo numa boa até um grito sobressair na multidão:

- QUE BAGUNÇA É ESSA??

Tudo que ouvi foi um: Porra, o Sr. McCarty!

                         #Continua...