Mudanças escrita por gsaint


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Enfim a conversa...



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Bruno nunca a tinha visto mais linda do que como ela estava agora. Seus cabelos estavam soltos, caídos pelos ombros, usava um vestido de tecido leve que ia até o joelho e no seu rosto não tinha nenhuma maquiagem, nem batom. Mas mesmo assim continuava linda para ele. Desceu o olhar para a barriga e ficou maravilhado, seu filho estava ali dentro. Achava que era menino porque ao telefone ela ficou o tempo inteiro falando ‘filho’, mas se fosse uma menina iria adorar do mesmo jeito.

- Não quero brigar com você, Fatinha. - ele disse em voz baixa, estava emocionado. Iria ser pai. - Só quero entender porque você foi embora sem me falar. Porque você me ligou agora.

- Eu tive medo que você rejeitasse meu filho como me rejeitou. - percebeu que ela queria chorar, pois seus lábios estavam trêmulos.

- Nunca rejeitaria meu filho. - disse ríspido.

- Você acha que ele não perceberá que o pai tem ‘preconceito’ com a mãe, só porque ela é simpática com todos, que tem muitos amigos, que acredita em boatos que não são verdadeiros?

- Não tenho preconceito com você, Fatinha.

- Claro que tem, Bruno. Você não me aceita do jeito que sou. O que posso fazer se pra mim é muito mais fácil fazer amizade com homem? Que eu gosto de andar com eles e nem por isso saio pegando todo mundo.

- Quer saber a real? Eu tinha ciúmes. - ele falara irritado.

- Ciúmes? Ciúmes de que? - ela perguntou surpresa.

- Ciúmes daquela liberdade que você tinha com eles, do jeito que eles te tocavam, deles estarem sempre ao seu redor. - ele falava andando pelo quarto, passando a mão com agressividade pelo cabelo.

- Eles me respeitavam, Bruno. Mas você e as outras pessoas que viam enxergavam com outros olhos. - ela já estava começando a ficar irritada com essa conversa dele e por não poder se levantar pra discutir de igual para igual. Se sentia inferior nesse momento.

- Podemos esquecer isso por um momento e focar no bebê? - ele falou mudando de assunto, Fatinha respondera balançando a cabeça. - Precisamos nos casar.

Sentiu seu coração pular no seu peito, mas se acalmou ao pensar que ele só estava sugerindo isso pelo filho.

- Não vou casar contigo.

- Você poderia me dizer o motivo?

- Pelo simples fato de que você só quer casar porque estou grávida. Você pode visitá-lo sempre que quiser e passar finais de semana com ele.

- Não serei pai de final de semana, Fatinha. Quero acompanhar cada passo, crescimento, dele. Quero estar presente, totalmente. Nem que pra que isso...

- Nem pra que isso o que? - ela perguntou assustada.

- Nem pra que isso eu tenha que ir lutar por ele.

- Você está me ameaçando? Ameaçando a tirar de mim meu filho que ainda nem nasceu?

- Se a gente casar poderemos acompanhar tudo isso juntos, Fatinha. - ficaram um momento em silêncio, até que ela se pronunciou.

- E seus pais? - percebeu que ela já estava cedendo ao pedido de casamento.

- Meus pais terão que aceitar ou não verão o neto.

- Mas você nem gosta de mim... - falou com um tom de voz triste. Ele se aproximou dela, ajoelhando-se na sua frente, segurando suas mãos.

- Claro que eu gosto de você. Não teria ficado com você se não gostasse. - falou olhando em seus olhos.

- Então antes já gostava? - perguntara dando um pequeno sorriso.

- Sim, já gostava. - respondera sorrindo, fazendo ela sorrir também. Viu quando ela fez uma careta e ficou preocupado.

- Está tudo bem?

- Hãn? Ah sim, está... é só seu filho chutando. - ele olhou para sua barriga. Ela olhou seu rosto e vira confusão, curiosidade. Então não hesitou em puxar suas mãos para tocar sua barriga. E o que recebeu em troca foi um sorriso cheio de alegria, amor e orgulho.

Antes do jantar, Victor ligou preocupado para saber que rumo tinha levado a conversa com Bruno, Fatinha o deixou aliviado ao contar que tinham se acertado e que iriam casar em breve, escondendo o fato de que não rolou um pedido e sim uma ameaça. Mas ela sabia que com ou sem ameaças se casaria com ele, foi o que sempre sonhou. E se só pudesse tê-lo por causa do bebê, o teria. Ele poderia amá-la com o tempo.

Já estava tarde e ela ainda não tinha conseguido dormir. Não sabia se era a emoção do dia ou por Bruno estar no quarto ao lado do seu ou porque iria casar com ele, mas não estava conseguindo ficar quieta. Não conseguia achar uma uma boa posição, estava sentindo pequenas dores, seu filho mexia o tempo inteiro, deixando-a ainda mais desconfortável.

Bruno que ainda não conseguira dormir, ouvia os resmungos e inquietação dela. Ficara depois do pedido de dona Vilma, após o jantar, que disse que já estava tarde para ele ir e não queria que acontecesse nada com seu futuro genro. O pai ficara bastante contente com o anúncio do casamento dos dois, até dera um sorriso para Bruno.

Resolveu se levantar para ver o que a afligia.

- Fatinha? - perguntou baixinho para não acordar os pais da loira enquanto abria a porta. A viu deitada na cama, tentando arrumar um jeito de se acomodar para dormir. - Aconteceu alguma coisa? - perguntou sentando ao seu lado na cama.

- Não consigo dormir. - respondera chorando. A ajudou a se sentar na cama e a abraçou. - Ele está muito inquieto, de nenhum jeito que eu deite está bem. Tô cansada, Bruno.

- Calma, minha linda. Se você tá assim com ele na barriga, magina quando ele nascer. - Bruno respondera sorrindo.

- Você quer mesmo casar comigo? - perguntou, mudando o ritmo da conversa.

- Sim, quero cuidar de você, dele. - respondera depois de um tempo em silêncio.

- Nunca pensei que isso iria acontecer. Só nos meus sonhos, na verdade. - ele riu.

- Senti sua falta, Fatinha. Todos os dias. Ninguém me aguentava mais. Você nem me deixava estudar direito. - confessou após alguns minutos em silêncio.

- Eu também senti. Mas tinha algo aqui que iria me lembrar de você todos os dias. - falou alisando a barriga.

- A única coisa que eu tinha era uma foto que você havia me dado.

- Como vamos fazer? Não temos casa, nem nada. Nem emprego.

- Podemos morar lá em casa por enquanto, a Ju não vai se importar. E eu estou trabalhando, terminando o curso. Você também, né?

- Sim. - respondera com um sorriso que era só orgulho. - Mas não quero viver as suas custas, Bruno.

- Eu sei. Depois veremos algo pra você, até porque você não pode trabalhar agora.

Ficaram conversando por mais um tempo, até que percebeu que Fatinha estava cada vez mais inquieta, às vezes o apertava e demonstrava sinal de estar com a respiração irregular.

- O que você tem, loira?

- Ai, moreno. Acho que o nosso filho está querendo nascer. - o deixando assustado.


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Notas finais do capítulo

Gentem, me enviem vibrações positivas para que eu termine a história kkkkkkkkkk
Espero que tenham gostado ._.