My Heart Belongs To You escrita por ElizaWest


Capítulo 8
Strong.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão vocês? :D Eu vou muito bem pelo simples fato de que a maior parte desse capítulo é focada na Regina *-* haha confesso que AMEI escrevê-lo tanto quanto eu amo a Regina... Afinal, a Rainha tem meu coração guardado em uma de suas caixinhas >.<' Enfim, boa leitura!



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                As palavras de Emma atingiram Regina como milhares de lâminas afiadas cortando sua pele. “Não é nem um pouco difícil pra você?”. “Não, querida Emma... As minhas ações não são nem um pouco difíceis.” Regina queria ter dito. “A parte difícil é aquilo que me levou a agir de tal maneira”. Os olhos castanhos de Regina encaravam, sem emoção alguma, seu reflexo no espelho do elevador. Emma tinha razão... Era como se seu coração não estivesse mais lá, como se ela o tivesse perdido havia muito tempo. Henry foi a única pessoa que Regina amou nos 28 anos desde que lançou a maldição, e agora até ele a estava abandonando. Ser abandonada era tão doloroso que ela desejava que todos sentissem a mesma dor... Principalmente aquela professorinha sonsa, “Mary Margaret”. O estômago de Regina se revirava cada vez que pensava nela.

                O elevador chegou ao térreo e Regina caminhou até o carro, ignorando todos os olhares lançados para ela, afinal aquilo era comum; as pessoas a olhavam com receio... Com medo. E ela adorava isso.

- Olá, Senhora Prefeita! – Leroy disse, com a voz embargada e um sorriso nojento no rosto. Toda boa cidade tem seu “bêbado oficial” e, no caso de Storybrooke, esse era Leroy.

- Me poupe Leroy – Regina virou os olhos e continuou andando sem nem olhar para ele. Ela pôde ouvi-lo gritar qualquer coisa sem sentido, até que alguém que a interessava chamou seu nome.

- Achei que o que me disse lá em cima já tinha sido o suficiente – Regina virou-se para a loira que andava apressadamente até ela. Ela já estava devastada, porque Emma insistia em continuar criticando-a? “Talvez porque você mereça Regina”, ela disse mentalmente a si mesma.

- Não é sobre isso – Emma estava quase ofegante. Respirou fundo, olhou para os lados para ver se tinha alguém por perto e, ao ver que a resposta era não, ela se aproximou da Prefeita. – Precisamos conversar sobre... Sabe, sobre aquela noite...

- Já falei que não precisamos Senhorita Swan – Regina disse tentando manter o tom indiferente e despreocupado. Tudo que ela mais queria era falar com Emma a respeito, colocá-la dentro do carro e levá-la para qualquer lugar onde ela pudesse beijar cada pedacinho do corpo da loira, e dar a ela tanto prazer quanto ela lhe dera na outra noite. Ela queria, mais do que tudo, retribuir o momento maravilhoso que Emma lhe proporcionou, mas não era possível. Por mais que ela quisesse, ela não poderia se entregar.

- Mas Regina... – Emma começou, mas a Prefeita a interrompeu.

- Sem “mas” – falou friamente e entrou no carro.

                Conseguiu ver, pelo espelho retrovisor, a expressão confusa e um pouco irritada da loira que ela tanto desejava. Regina se puniu severamente por ser tão covarde, por ter tanto medo de se entregar a alguém... De se deixar dominar por aquilo que sentia. De repente, Regina sentiu sua face esquentar, e só então percebeu que estava chorando. Não chorava por Emma ou pelo que ela havia lhe dito, mas sim pela vergonha que sentia de si mesma naquele momento.

                Regina aprendera a ser uma mulher forte, aprendera a fingir que nada no mundo a afetava, e que era capaz de lidar com tudo que lhe propusessem sem fraquejar, mas isso não era verdade. A única pessoa para quem Regina sentia-se livre para chorar era seu velho pai Henry, que dera sua vida para satisfazer as vontades da filha. Ah, só ela mesma sabia quanta falta ele fazia em sua vida! Agora a única pessoa para quem Regina chorava era ela mesma e, sempre que olhava no espelho, punia-se por ter se torando daquele jeito. Por ter dado o espaço do amor para o ódio em seu coração, num caminho sem volta. Um ódio incontrolável, que enegrecia o seu coração mais e mais dia após dia...

                Seu celular tocou; era Emma. As lágrimas saíram mais rápidas, e ela respirou fundo, tentando fazer as lágrimas cessarem. Pegou o celular e o atendeu.

- Senhorita Swan, eu já te disse que...

- Não – Emma a interrompeu. – Não quero saber o que você me disse, e também não quero mais ouvir “não”. Quero que vá até a delegacia AGORA, Regina – a voz da loira estava determinada. – Estou indo pra lá.

- Tudo bem – Regina cedeu. Emma ficou em silêncio... Ela provavelmente não esperava por isso.

- Mesmo? – ela perguntou.

- Mesmo – a Prefeita soltou um suspiro longo e pesado. – Chegarei aí em dez minutos.

- Ok... – Emma soava surpresa. Regina desligou o celular e virou o carro na estrada, a caminho da delegacia.

* * *

                Emma estava nervosa. Ela decidira ser firme e determinada na ligação, mas não imaginou que Regina fosse ceder assim, tão facilmente. Ela chegou na delegacia e subiu até o segundo andar, onde ficava o antigo escritório de Graham... Que agora provavelmente seria seu. Encostou-se na mesa, mas logo começou a andar de um lado para o outro, o nervosismo tomando conta... Ela sentou-se no banco que ficava na parede, ouvindo o tick tack do relógio, e andou até uma das celas. Caminhou até dentro da cela, estralando os dedos, e depois saiu. A cada dez segundos ela respirava fundo, pisando forte no chão... Mexia no cabelo, arranhava levemente os braços... Até que ouviu um carro. “É agora” pensou e caminhou até a janela, analisando a Prefeita, que olhou para os lados antes de entrar na delegacia.

Regina usava um vestido azul marinho, de mangas curtas e bem colado ao corpo que ia até mais ou menos um pouco acima de seus joelhos, seus cabelos estavam com aquele jeito despojado, mas bem arrumado ao mesmo tempo, que a fazia ficar mais linda do que já era, e nos pés usava sapatos pretos de salto alto. Seu jeito de andar era tão gracioso, mas tão sexy... Emma quase não conseguia resistir. A loira ficou olhando pela janela até ouvir duas batidas leves na porta.

- Senhorita Swan – a voz de Regina preencheu a sala, fazendo Emma estremecer. 

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Strong - After Forever

Eu vejo sua dor e a vejo crescer

Devagar dentro de você

Você não pode controlá-la

A crueldade dolorosa, você não pode vencer

Eu vejo cada sorriso que você finge

Forte emoção, forte devoção para ignorar a dor

Para continuar forte

Dia após dia

Para estar lá por nós, sempre

Para fingir que não há nada de errado

Como você sente ou como isso sente

Nenhuma palavra descreve isso

Seu corpo se sente como um estranho

Você não pode parar isso, você não pode vencer

Cada dia doloroso

Eu estarei lá por você, sempre

E juntos nós continuaremos fortes


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram? Espero que sim, e espero comentários também! haha quero agradecer por todos os comentários que já recebi até aqui, e agradecer também à todos que estão acompanhando... *---*

Ah, e sobre a música: "Strong", do After Forever. A maior parte letra me lembrava MUITO a Regina, e acabei conseguindo encaixar a Emma perfeitamente nessa música... A salvadora, e aquela que precisa ser salva. Por isso postei a letra da música junto com o capítulo, não me aguentei D: hahaha E aliás, vale a pena dar uma conferida... A música é linda *-*