My Heart Belongs To You escrita por ElizaWest


Capítulo 6
All Over Me.


Notas iniciais do capítulo

Vou postar outro capítulo agora, afinal o quinto foi curtinho, né? D: haha

Ah, tenho que agradecer ao meu grande amigo e parceiro de histórias Nick, que está lendo e relendo tudo que escrevo pra revisar e encontrar os errinhos que deixo passar. É muito amor ♥ hsuahsaus

Boa leitura!



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– Emma? – Mary Margaret chamou. – Emma, acorda.

Sonolenta, Emma abriu os olhos, resmungando um “argh” e semicerrando os olhos quando a luz forte do sol os alcançou. Ao lado de Mary M. estava uma silhueta conhecida; Henry, grande para seus dez anos, estava sorrindo.

– Que foi garoto? – Emma perguntou.

– Você fica engraçada dormindo – ele segurou o riso.

Ela levantou-se rapidamente, apoiando-se nos cotovelos, e olhou para ele. Mary Margaret soltou um risinho abafado, Emma fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. Abriu apenas o olho esquerdo e olhou no relógio.

– Mary Margaret, lembra que horas cheguei ontem? – Emma sentou na cama.

– Três da manhã – Mary M franziu as sobrancelhas. – Por quê?

– São seis horas – ela esfregou os olhos. – Eu planejava acordar, no mínimo, daqui a duas horas.

– Ela é sempre mal humorada desse jeito? – Henry perguntou. Emma levantou bufando.

– Desde que veio morar aqui – Mary Margaret deu de ombros e riu. Henry riu também.

Descalça, Emma desceu as escadas na ponta dos pés - sendo seguida por Henry e Mary Margaret se desculpando pela brincadeira – até a cozinha, onde encontrou seu par de chinelos, os calçou e logo em seguida foi até o armário e ligou a cafeteira. Mary Margaret abriu a geladeira, pegou uma jarra com suco de laranja e serviu em um copo, entregando para Henry, que havia se sentado em um dos bancos altos da bancada. Emma apoiou as mãos no balcão.

– Então, a que devo sua ilustre presença, Senhor Henry Mills? – Emma perguntou.

– Temos que conversar sobre... Ér... – ele olhou de canto para Mary Margaret, sua expressão facial dizendo que ela não deveria estar ali.

– Ah, entendi – Mary M. levantou as mãos na altura da cabeça, e logo em seguida bebeu o último gole de suco. Pegou sua bolsa e deu um beijo na bochecha de Emma. – Estou indo para a escola. Henry, não demore. Regina não vai gostar nem um pouco que falte à aula.

– Pode deixar, Senhorita Blanchard – Henry levantou, ficou em posição “sentido” e bateu continência. Emma e Mary Margaret riram.

– Pronto, agora ela já foi – Emma falou, preparando seu café. – Sobre o que nós temos que conversar?

– A Operação Cobra! – ele exclamou.

– Henry, por favor...

– O livro está seguro? – Henry interrompeu-a.

– Sim – Emma virou os olhos e suspirou. Qualquer tentativa de fazê-lo esquecer dessa ideia maluca seria inútil, então a loira optou por “entrar na brincadeira”.

– Minha mãe fez algumas ligações que envolviam o Desconhecido hoje – ele franziu as sobrancelhas e apoiou o rosto na mão direita, coçando o queixo, pensativo. Emma segurou o riso e demonstrou interesse.

– E o que ela dizia? – perguntou.

– Sei lá – ele deu de ombros. – Ela falava baixo, consegui ouvir pouca coisa. Mas uma das ligações foi para uma tal de Kemmelyn... Catelyn... Ketlyn... Kat... Kathryn! Isso, o nome era Kathryn!

– Você conhece? – Emma sentou-se ao lado dele.

– Não por nome – ele falou. – Eu acho que talvez ela possa ser a...

You were a problem child...” O celular de Emma começou a tocar. Ela atendeu.

– Emma Swan.

Olá, Senhorita Swan – a voz envolvente da Prefeita fez um arrepio percorrer todo o corpo da loira, que se encolheu levemente e respirou fundo.

– Senhora Prefeita – ela disse, o que despertou a atenção de Henry para o telefonema. O garoto a encarava com os olhos arregalados e atentos. – A que devo a honra da sua ligação?

Fui levar o lanche que Henry esqueceu, mas ao chegar na escola, descobri que ele não estava lá – Regina falou. Pelo som inconfundível de seus saltos altos batendo no chão, Emma pôde perceber que ela andava calmamente, provavelmente de um lado para o outro. – Então, logo imaginei que ele poderia estar com a senhorita. Confirme minhas suspeitas.

– Ele tá comigo sim – Emma suspirou. Por mais que a maneira que Regina falava com ela a enchesse de ódio, o som da sua voz afastava qualquer sentimento negativo que a loira era capaz de sentir. – Estávamos, inclusive, a caminho da escola.

Emma mexeu uma das mãos, fazendo sinais para que Henry se apressasse. Subiu correndo as escadas e, com o celular no viva-voz, começou a trocar de roupa.

Ah, Swan – Regina suspirou. Emma a imaginou virando os olhos, com uma das mãos na cintura enquanto a outra segurava o celular. – Eu adoraria se, se possível, você parasse de sequestrar meu filho e atrasá-lo para seus compromissos. Se existe algo que eu sempre ensinei a ele é sobre pontualidade.

– Foi ele quem me procurou, Madame Prefeita – Emma estava ficando com raiva. O que diabos se passava na cabeça da Regina? “Hoje ela fala assim comigo, mas ontem estava gemendo o meu nome”, pensou, enquanto fechava os botões da calça jeans. Lembrou-se da noite anterior e sentiu novamente um arrepio percorrer seu corpo, desde os pés até o último fio de cabelo. Respirou fundo, tentando afastar o desejo que sentia. – Sairemos em cinco minutos, prometo que vou deixá-lo na escola.

É bom mesmo, Senhorita Swan – a Prefeita bufou. – Depois, venha até o hospital.

– Por quê? – Emma perguntou.

Apenas venha afinal essa é a sua função – Regina disse. – Te vejo depois.

– Regina, precisamos conversar sobre ontem...

Não, não precisamos – Regina desligou o telefone.

– O que aconteceu ontem? – Henry surgiu do nada.

– Que susto, garoto! – Emma exclamou. – Tá ouvindo há quanto tempo?

– Só cheguei a tempo de ouvir que algo aconteceu ontem, e quero saber o que foi – ele cruzou os braços.

– Depois, quem sabe – ela pegou uma jaqueta preta dentro do armário e a vestiu. Emma usava uma calça jeans escura, uma camiseta básica azul-marinho e as mesmas botas da noite anterior. – Agora temos que te levar para a escola.

Os lábios de Henry curvaram-se em um biquinho emburrado e ele desceu as escadas sem vontade alguma, sendo seguido por Emma. No caminho para a escola, Henry tentou insistir para que Emma contasse o que havia acontecido. Vendo que não conseguiria nenhuma resposta da mãe biológica, o garoto fingiu desistir, mas planejava conseguir algum resultado com sua mãe adotiva. Emma deixou-o na escola e, no caminho para o hospital, teve silêncio para pensar: por incrível que pareça, a atitude de Regina não a surpreendia. Era visto que, a partir daquele momento, tudo que a Prefeita iria querer era distância da loira e total esquecimento daquela noite na cozinha. E é claro que não era isso que Emma queria. A loira queria conversar com Regina, saber o que havia sido tudo aquilo... Afinal, depois do beijo extremamente envolvente e doce, Regina dissera que ela deveria ir, e foi o que ela fez. Sem tempo para conversas.

Suas mãos seguraram firme no volante quando Emma estacionou em frente ao hospital. O grande relógio em cima da biblioteca marcava sete horas em ponto; o sol estava fraco e escondia-se atrás das nuvens, que vagavam lentamente pelo céu de um azul admirável. A cidade, como sempre, estava tranquila. Das pessoas que por ali passavam, Emma reconhecera Archie, o psicólogo de Henry, que fazia sua caminhada matinal com seu grande e belo dálmata, o Pongo. Marco, em cima da escada consertando o letreiro de uma loja e Senhor Gold, que mancava apressadamente para algum lugar que, a julgar por sua expressão, ele não queria ir. Já havia passado alguns dias que Emma chegara então ninguém a encarava mais, nem especulavam sobre sua vida, e seu fusca amarelo já quase passava despercebido pelas ruas de Storybrooke... Emma quase se sentia em casa. O único problema agora era Regina e seus olhares e atitudes indecifráveis... Fora o poder que a Prefeita tinha sobre Emma que até a própria Regina desconhecia.

Emma sentiu seu celular vibrar. “Uma nova mensagem de texto”. Ela clicou na opção “Abrir”.

Vai demorar muito ainda? Não tenho o dia todo”.

Senhora Mills”, a loira leu. Respirou fundo e saiu do carro.


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram? Espero que tenham gostado!!

E sobre a música: "All Over Me", do filme Loving Annabelle. Esse filme é um dos meus preferidos com a temática lésbica, sou simplesmente apaixonada! Pra quem ainda não viu, super recomendo >.

"Cause I know that you know... You're all over me now."

Kisses!