My Heart Belongs To You escrita por ElizaWest


Capítulo 2
Keep Holding On.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bom? Estou nomeando os capítulos com nomes de música que eu acho de acordo... Então, se tiver alguma que vocês achem meio "nada a ver", me perdoem... Eu tenho um jeito meio estranho mesmo de comparar as coisas hahaha Boa leitura!



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                Assim que entrou no carro, Emma ligou o rádio; tocava uma música qualquer da atualidade, mas ela não tinha nenhum interesse em saber qual era – apenas aumentou o volume e deixou-se levar pelo ritmo da música... Em menos de dez minutos, estava no edifício em que morava com Mary Margaret.  Desceu do carro e subiu até o apartamento. Quando entrou, encontrou Mary Margaret sentada no parapeito da janela olhando para o céu que, naquela noite, não estava estrelado – a Lua estava sozinha, refletindo no grande relógio que ficava em uma torre em cima da Biblioteca. Emma colocou o livro de Henry sobre a mesa e aproximou da amiga. Colocou sua bolsa em cima da cama e se sentou.

- Ele segurou minha mão, Emma – ela disse com um nó na garganta, piscando três vezes consecutivas para evitar as lágrimas que insistiam em escorrer por sua face.

- Eu sei Mary M., eu sei – Emma disse. “Mary M” era uma forma carinhosa que a loira encontrara de chamar Mary Margaret. – Eu acredito em você... E sei que o que o Dr. Whale disse tem uma grande, se não completa, influência da Regina.

- Eu não devia ter me deixado influenciar pelo que o Henry disse, Emma – Mary Margaret sentou ao seu lado e Emma tocou levemente seu rosto. – Ele estava tão certo de que eu e o Desconhecido éramos almas gêmeas... A Branca de Neve e o Príncipe Encantado. Mas ele é apenas uma criança, e isso tudo não faz sentido! Eu sou uma pessoa muito emotiva, sensível... E esses sentimentos... Ah, Emma... Eles são algo que, por mais que eu tente, não posso controlar... Não posso... – Mary Margaret abaixou a cabeça, deixando as lágrimas escorrerem por suas bochechas rosadas.

- Calma Mary M., por favor... – a loira a abraçou. Esse tipo de situação não era frequente na vida de Emma, na verdade nunca fora, então ela não sabia exatamente como lidar com isso. Mas ela se importava demais com Mary Margaret, então apenas deixou seu coração guiá-la. – Vai ficar tudo bem. Você mesma disse que ele segurou sua mão... Isso é um sinal. Ele vai acordar Mary, e vocês vão conversar... Afinal, foi você quem esteve ao lado dele esse tempo todo, e voluntariamente. Você se doou para esse cara que nem sabe o nome. Você merece uma recompensa por isso, então o destino vai se encarregar, ok?

                Mary Margaret acenou positivamente a cabeça, se afastou de Emma o suficiente para olhá-la nos olhos e sussurrou um “obrigado”. A loira acariciou seu rosto novamente, deu-lhe um beijo na testa e se levantou, andando em direção à sua cama. Ainda precisava pensar sobre o jantar que Regina lhe propusera e...

- Emma? – Mary Margaret interrompeu seus pensamentos. Emma virou-se e olhou para a garota.

- Sim?

                Mary soluçou.

- Você... Você poderia ficar comigo até eu dormir?

- Claro – Emma não hesitou. Mary M deitou-se na cama e se encolheu em posição fetal, abraçando os joelhos e escondendo a cabeça entre eles. Emma tirou suas botas, colocou-as uma ao lado da outra no pé da cama e deitou ao lado de Mary Margaret, encarando o forro. Pensando bem, ela estava cansada demais para pensar sobre Regina e a proposta inusitada que ela fizera. Esticou o braço esquerdo e apertou levemente a cintura de Mary M para lhe mostrar que continuava ali – Mary colocou sua mão sobre a de Emma e, após alguns minutos, ambas caíram no sono. 

* * *

                Emma acordou com seu celular tocando perto das cinco da manhã.

- Alô? – sonolenta, sussurrou para que Mary Margaret não acordasse.

- Emma? Aqui é o Dr. Whale – ele disse do outro lado da linha. – Ainda não estou a par dessa situação, mas, como Graham deixou a cidade, a Xerife agora é você, não é?

- Não oficialmente, mas vou assumir por enquanto – ela levantou-se lentamente, andando até cozinha. – O que houve?

 - Sabe o rapaz para quem sua amiga Mary Margaret estava lendo as histórias? – Whale perguntou. – Aquele que ela jurou ter segurado sua mão.

- E o qual você disse ser impossível ter tido algum avanço? – Emma ironizou. – Estou familiarizada. O que houve?

- Então... – o médico respirou fundo. – Ele fugiu.

- Como assim?! – Emma quase gritou. Mary M se mexeu na cama, então Emma baixou o tom de voz. – Você disse que ele não apresentou nenhum resultado diferente, Whale!

- Eu sei, eu sei... – Dr. Whale respirou fundo, e esperou um segundo antes de continuar sua fala. – Eu... Eu me confundi, tá legal? Erros acontecem. Eu sou médico, mas continuo sendo um ser humano.

- Você não tem noção do estado que deixou a Mary Margaret, seu... – dessa vez quem precisou respirar fundo foi Emma. Ela apoiou uma de suas mãos na mesa e fechou os olhos. – Você disse que ele fugiu – ela foi até o balcão para pegar papel e caneta. – Há quanto tempo?

- Uns... Cinquenta minutos, uma hora talvez... – ele respondeu. – Fui bipado agora, havia apenas uma enfermeira aqui no momento, e ela foi incompetente o suficiente para não vigiar o Desconhecido.

- E você foi incompetente o suficiente para não observar os avanços – Emma bufou. – Não a julgue por algo em que você também falhou. Estou indo pra aí.

                Ela desligou o celular e começou a escrever.

Mary M,

Recebi uma ligação do hospital, a respeito do Desconhecido. Não se preocupe, cuidarei do que for preciso para que ele esteja bem. Me liga assim que sair da escola, tá?

Abraços,

Emma.

                Emma trocou de roupa rapidamente. Como de costume, vestiu uma calça jeans clara, botas negras por cima da calça, e um cinto também negro. Trocou a regata branca que usava por uma preta e limpa e correu até a cozinha, pegando o casaco de couro vermelho que estava pendurado na cadeira e saiu silenciosamente. Estava chovendo muito, então Emma se cobriu com a jaqueta e foi correndo até o carro, indo direto para o hospital; quando chegou, Dr. Whale a esperava na porta.

- Você vai me ajudar a procurar! – Emma gritou de dentro do carro. – Pode entrar!

                Ele correu até o carro, se protegendo da chuva com o jaleco.

- Não seria melhor procurar alguém qualificado pra ajudar na busca? – perguntou assim que fechou a porta do carro.

- Ajude a procurar aquilo que perdeu sem reclamar, Whale – a loira falou, ligando o carro. – Onde devemos começar?

- Como se eu soubesse, querida – ele disse sarcástico.


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Notas finais do capítulo

E galera, obrigada pelos reviews, fiquei mega feliz >.< Bom, como deve ter dado pra perceber, tô seguindo a linha do começo da primeira temporada, mas vou mudando algumas coisinhas de acordo com o que eu for escrevendo. Mais uma vez, espero que tenham gostado e continuem acompanhando.

Kisses!