My Heart Belongs To You escrita por ElizaWest


Capítulo 18
I'm Under Your Spell.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão vocês? Desculpem pela demora, o final de semana foi meio conturbado, e meu coração tá meio quebradinho aqui, masok, tentei buscar a felicidade em SQ já que não acho ela aqui na vida real haha Boa leitura!



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Quando se viu sozinha no cômodo que agora parecia mais escuro, deixou seu corpo cair no sofá. Ela tinha mesmo ouvido isso? Emma iria mesmo deixar a cidade? Não, não poderia ser verdade... Estaria tudo desmoronando novamente? Ela ouviu três leves batidas na porta.

– Senhora Prefeita? – Lexie abriu a porta receosa. Sua expressão mudou de medo para preocupação em um segundo. – E-Eu... Posso ajudar em algo...?

A Prefeita negou, de cabeça baixa, mas a ruiva não aceitou aquela resposta. Caminhou até o sofá e sentou-se ao lado de Regina.

– O que houve? – perguntou repousando a mão direita gentilmente nas costas da morena, que deixou os ombros caírem e enterrou o rosto nas mãos, chorando. – Leve o tempo que precisar – Lexie sussurrou e abraçou-a, mantendo-se nessa posição até que Regina decidiu falar.

– Estou melhor, Lexie – disse secando as lágrimas, mas logo surgiram novas atrás destas. Ela definitivamente não estava melhor, a garota ao seu lado percebia isso claramente, então a puxou para mais perto de si. Regina se deixou levar, repousando sua cabeça no ombro dela, soluçando.

– O que houve? – a ruiva perguntou.

– Emma está indo embora – Regina disse baixinho. – Ela está deixando Storybrooke, Lexie. Ela está me deixando...

– E você vai deixar isso acontecer? – as palavras dela fizeram Regina levantar a cabeça e olhar diretamente em seus olhos azuis que demonstravam preocupação.

– O que mais eu poderia fazer? – a morena sussurrou. – Obrigá-la a ficar?

– Fazê-la querer ficar, eu diria – a outra sorriu. – Eu já passei por algo “parecido”. O fato de ter que lutar pelo verdadeiro amor – o sorriso dela agora mostrava um pouco de tristeza. – Bom... Acabou não dando certo, mas não é disso que precisamos agora.

O toque de infelicidade e saudades na voz da garota fez o coração da morena arder. Era culpa dela o fato de não ter dado certo para Lexie, assim como para todos os outros, e agora ela estava pagando por isso.

– Meus pais não permitiam – Lexie continuou contando a história que Regina já sabia tão bem. – Nós vivíamos em mundos completamente diferentes, eles diziam... Até pensei ser por dinheiro, mas nisso éramos iguais. Todas as minhas cinco irmãs puderam ficar com as pessoas que amavam, mas eles decidiram me proibir, não tenho a mínima ideia do por quê. Mas depois de muito tempo completamente cansada de ser tratada diferente, conheci uma mulher que me ajudou a fugir de casa em troca de algumas joias de família. Meu pai nunca vai me perdoar por isso – ela suspirou. – Enfim, eu e John marcamos de nos encontrar na Toll Bridge. Fiquei esperando por horas, e ele não apareceu, então desisti. Depois de certo tempo, descobri que ele estava noivo de outra garota... E ele só desistiu de mim porque disse que eu não apareci na ponte. Confusão de horários... Aquela mulher maldita – o ódio tomou conta de seus olhos por um momento, mas logo se dissipou, deixando apenas saudades. – Eu poderia ter lutado por ele, mas não lutei, e hoje eu sofro por isso. Então, por favor, vá atrás dela. Você precisa dela tanto quanto ela precisa de você.

Regina tinha o olhar fixo em algum ponto além do outro sofá à sua frente, mas ouvia atentamente a tudo aquilo que Lexie dizia, e a garota estava certa. Levantou-se rapidamente, secou as lágrimas, pegou sua bolsa e saiu da sala. Voltou para dar um beijo no rosto da ruiva e agradecê-la.

– Obrigada, Lexie – ela disse quando a outra a abraçou. – Desculpe-me por ter sido tão grossa com você durante esse tempo todo.

– Não tem problema, Regina – a garota a apertou em seu abraço e então a soltou. – Vá, não quero que perca tempo. Boa sorte! – ela gritou enquanto Regina quase voava porta afora.


***


- Ah, Emma, você não pode estar falando sério! – Ruby gritava com a loira que jogava todas as suas roupas dentro de uma mala média preta.

– Pois eu estou – Emma retrucou, virando-se para a morena. – Ela me disse Ruby, ela olhou nos meus olhos e disse que não poderíamos ficar juntas, e não quer me contar o motivo. Então de que adianta eu entrar em um relacionamento, que provavelmente nem vai acontecer, sem ter confiança, que é a base de tudo?

– Ela deve ter suas razões... – Ruby começou, mas foi interrompida pelo grito estridente de Emma.

– Que vão pro inferno as razões dela!

– O que está acontecendo aqui? – Mary Margaret chegou até o andar de cima. Quando seu olhar alcançou a mala cheia de roupas e o guarda-roupa vazio de Emma, seus olhos claros encheram-se de lágrimas. – Você... Emma, você está indo embora?

A loira suspirou.

– Mary M, eu ia te contar, é só que...

– Você não ia me contar! – Mary a interrompeu. – Você não me conta mais nada, Emma! Eu sei que você está mal, está passando por problemas, eu percebo isso, mas não posso te ajudar porque você não tem a decência de me falar o que está acontecendo! Eu pensei que me considerasse sua amiga. Era assim que eu me sentia em relação a você... – sua voz foi sumindo aos poucos. Ela lançou um olhar magoado para Emma, que tentou se desculpar, mas já era tarde. Ouviu a porta do apartamento ser fechada numa batida estrondosa.

– Feliz agora, Xerife Swan? – a voz da garçonete soava desapontada. Emma deixou seu corpo cair sobre a cama. “Droga, o que vou fazer agora?”.

***


- Emma? – Regina entrou no apartamento de Mary Margaret sem nem mesmo bater na porta. – Emma?

Não obteve resposta. Antes de ir ao apartamento fora procurá-la na delegacia, mas ela não estava lá, nem seu ruidoso fusquinha amarelo. Respirou pesadamente. Seu próximo destino seria o Granny’s, a princípio. Quando se virava para sair, deu de cara com Mary Margaret.

– O que está fazendo no MEU apartamento?! – ela perguntou incrédula. – Não é só porque é a Prefeita que tem o direito de invadir as casas dos outros, Regina Mills!

– Desculpe Mary, eu... – as palavras sumiram da boca de Regina ao ver os olhos inchados da mulher parada à sua frente. Seu corpo estava rígido e sua voz saia com dificuldade. – O que houve? – perguntou. Não fazia a mínima ideia do porque se importava, mas ela se importava. “Talvez Emma tenha realmente a feito mudar, Regina” pensou.

– Desde quando você se importa? – Mary Margaret retrucou, caminhando até a pia, onde começou a preparar uma xícara de chá.

– Não te interessa, eu apenas me importo – Regina disse indo até mais perto dela. – Só me diga o que houve.

Ela apoiou as mãos no balcão e abaixou a cabeça.

– Emma saiu há dez minutos – a professora sussurrou. – Ela foi embora.


***


Emma olhou pelo espelho retrovisor. Nenhum carro fazia companhia ao seu. A mala chacoalhava no banco de trás, indo de um lado para o outro sempre que ela fazia uma curva. Estava dirigindo em alta velocidade de novo. Havia se despedido de Ruby e Granny, apenas. Não tivera coragem de olhar nos olhos de Henry e dizer que o estava abandonando mais uma vez, foi novamente covarde e apenas deixou, para que Ruby entregasse ao garoto, uma carta onde ela pedia desculpas. As lágrimas escorriam sem parar pelo seu rosto e ela nem se preocupava em fazê-las cessar, queria mesmo chorar e tentar lavar toda a dor que estava sentindo em seu coração. Um gemido baixo saía de sua boca junto com os soluços e sua visão estava embaçada. A poucos metros da placa já conhecida pela Xerife – ou ex-Xerife? – ela parou o carro no acostamento. “Você está deixando Storybrooke”. Ela queria mesmo fazer aquilo? Ah, é claro que não! É claro que não queria deixar seu filho, muito menos a mulher que amava... Mas era preciso. Deitou a cabeça no volante do carro e fechou os olhos, até que ouviu o barulho de um carro se aproximando. Reconheceu o carro de Regina, e então virou os olhos. Será que a prefeita não poderia facilitar pelo menos um pouco?

– Emma! – Regina saiu do carro e foi direito até o fusca amarelo onde a loira tentava, inutilmente, se manter trancada. Abriu a porta e deu espaço para que Emma saísse, mas ela só o fez depois do olhar autoritário da Prefeita.

– Olha, Regina, eu sei que...

– Não, não, não! – ela ergueu a mão direita e tocou os lábios da loira com o dedo indicador, fazendo-a ficar em silêncio. – Eu vou falar agora. Eu não quero que você vá. Olhando para o que já passamos, eu percebo que nunca quis. Eu quero você aqui, Emma. Aqui comigo e com o nosso filho – ela segurou o rosto da loira nas mãos. – Eu te amo, Emma Swan. Te desejei desde a primeira vez que te vi, e te amei desde o nosso primeiro beijo... Me desculpe por não saber demonstrar isso da melhor maneira, querida.

– Regina... – Emma sussurrou, mas foi interrompida novamente.

– Por favor, meu amor – os olhos da morena estavam cheios de lágrimas. Ela se aproximou de Emma, encostando suas testas, e fechou os olhos enquanto acariciava os cabelos macios da loira. – Por favor, fique comigo. Por favor... – sua voz não passava de um sussurro.

– Eu achei que... – Emma começou, mas então se calou. – Eu não conseguiria ficar longe de você! Eu te amo, meu amor. E vou ficar com você para sempre, se me permitir.

– É o que mais quero – a morena sorriu.

Num ato rápido, Emma selou os lábios de sua amada num beijo doce e apaixonado. Puxou Regina delicadamente pela cintura para mais perto de si, enquanto a mesma acariciava seus cachos loiros. Realmente, estar com Regina e Henry, fazer deles sua família, era tudo que Emma queria, e mais do que ela poderia pedir... Parecia um sonho saber que a mulher que amava sentia o mesmo por ela e a queria da mesma maneira. Cada beijo, cada toque, cada palavra... Tudo parecia tão novo para ela! Mesmo não sendo, tudo era sempre uma novidade. Regina sempre a surpreendia, e pelo jeito sempre a surpreenderia. E isso era uma das coisas que Emma amava na Prefeita. De repente, um vento calmo envolveu as duas, bagunçando seus cabelos, então elas se afastaram alguns centímetros, ainda de olhos fechados e testas encostadas. Uma sensação de paz e tranquilidade tomou conta de todo o corpo da loira, fazendo-a sentir-se como se estivesse no Paraíso. Abriu os olhos e encontrou o olhar penetrante de Regina brilhando com as lágrimas que banhavam seu rosto. Mas, mesmo chorando, a morena sorria para ela. E tudo naquela cidade parecia diferente.


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Eu vivi a minha vida na sombra, nunca o sol no meu rosto. Não parecia tão triste já que eu achei que este era o meu lugar. Agora estou banhada em luz, algo simplesmente não está certo...

Estou encantado pelo seu feitiço, como poderia ser de outra pessoa? Ninguém iria me notar? É mágico, eu posso dizer, como você me libertou... Libertou-me tão facilmente!

Eu vi um mundo encantado, espíritos e encantos no ar. Sempre achei que eu apenas a única lá, mas brilhou o seu poder mais brilhante do que qualquer um que conheci. Estou encantado pelo seu feitiço, não há nada que eu possa fazer, você tocou minha alma... Você praticou seus encantos tão bem! Finamente, eu soube: Tudo que eu sonhei era real. Você me completa!

Da lua à maré, eu posso sentir você profundamente. Estou encantado pelo seu feitiço, surgindo como o mar, me afundando em você. Você me completa!


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram? Se sim, deixem reviews, e se não... Deixem também! haha Será que conseguem identificar quem é a Lexie? :3
Vou deixar aqui pra vocês o link da fanfiction de uma pessoa muito importante pra mim, creio que vocês irão gostar da fic ^^ http://fanfiction.com.br/historia/383038/The_Hazel_Eyes_And_The_Red_Lips/ E se quiserem dar uma olhadinha, estou escrevendo uns contos também, originais ou baseados em algo... Enfim, varia haha Obrigada!

E sobre a música: "I'm Under Your Spell", do seriado Buffy - A Caça Vampiros. Só o nome já encaixa perfeitamente né? haha Postei a tradução dela ali porque sério, é perfeita!

Kisses!