The Lost Demigod - Fic Interativa escrita por Bia Valdez, Nicky Somerhalder


Capítulo 14
Novos versos


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aquiii!!! Desculpem a demora! É que meus testes começaram e teve o meu aniversario no dia 24/10... Fiquei atolada de coisas para fazer! Bem, mas aqui está um cap fresquinho para vocês. Eu fiz esse cap ouvindo Imagine Dragons, é assim que pego inspiração rsrsrsrsrsrs... Um aviso: Não haverá mais votos de proteção daqui por diante, EU irei escolher quem vai e quem não vai ter pov em cada cap e, como estamos num momento crítico da missão... Só haverá a mínima chance de ter pov de qualquer personagem SE o criador comentar esse cap! Isso é importante! Fantasmas, apareçam!

PS: Leiam as notas finais POR FAVOOOR!



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Pov. Ethan

Eu realmente tenho que aprender a parar de soltar raios. Acho que eletrocutei a Jenna umas três vezes em poucos segundos. A filha de Afrodite cismava em apertar o meu braço, o que era um pouco incômodo, mas deixei que continuasse pois parecia um pouco nervosa. Quando percebi que havíamos parado de descer e estávamos indo para frente, já era tarde demais e o chão já oscilava, pude ouvir vagamente o som de alguém vomitando quando o ar ficou enevoado.

– Como você acha que é? – sussurrou Jenna, com a voz trêmula

– O que é o que?

– Viver no Mundo Inferior. – o chão já oscilava e pouco a pouco não estávamos mais em um elevador, e sim em uma barcaça de madeira. Na frente do barco, Marina usava uma vara para nos mover ao longo do Estige. Finalmente puder ver quem havia vomitado.

– Ugh, Charlotte! Não podia ter pelo menos virado para o outro lado? – Felícia tampava o nariz enquanto Josh dava um pouco de ambrosia para Charlotte que estava extremamente verde – Acho que nunca mais vou poder usar esse sapato...

Quase eletrocutei Jenna pela quarta vez ao perceber que Milene e Harry estavam de mãos dadas. Mas eu não podia me preocupar com isso agora, havíamos acabado de entrar no Mundo Inferior, matar o Harry não me traria nenhum benefício. Quando a praia do Mundo Inferior surgiu, eu quase senti um alívio, porém Marina deu uma guinada com a barcaça e continuamos seguindo o rio.

– Você é doida!? Se continuarmos vamos acabar por cair do Tártaro! – Mary exclamou

– Calminha aí. Eu sei o caminho. Querem encontrar Minos, certo? Então é melhor seguirmos adiante. Não tenho medo do Tártaro, principalmente quando sou abençoada por um deusa que mora nele. – Marina respondeu e o silêncio reinou até que Giovanna o quebrasse:

– Peraí, cadê a Arielle!? – todos encaram a filha de Hades e logo depois Marina, a filha de Macária somente deu um sorriso sarcástico.

– A profecia fala de precisamente quatorze semideuses. Eles preferiram ficar de fora para que vocês pudessem seguir viagem.

Mais silêncio. As unhas de Jenna estavam começando a doer então me afastei dela, que murmurou um pequeno “Desculpe” e se afastou também.

– Ah... Tudo bem? – eu nem havia percebido que Milene estava bem ao meu lado, na frca luz do Mundo Inferior ela parecia ter olheiras enormes e seu rosto parecia triste.

– Quando ia me contar? – perguntei, soando mais frio do que desejava

– Sobre o que?

– Você e Harry. – minha irmã pareceu corar um pouco e engoliu em seco

– É que... Sabe, Ethan, eu... – Milene parecia não saber o que falar, por fim, só ficou ali, me encarando, tentando encontrar palavras para dizer seja lá o que queria dizer – Quer dizer nós...

– Eu entendo, só queria saber porque não me contou que gostava dele. – a cortei, é claro, eu não entendia de fato, mas pelo menos queria que minha irmã confiasse em mim – Quando disse que era difícil conviver comigo...

– Não! – Milene exclamou, de repente – Não é nada disso! É que eu não achava que você fosse... Sei lá... Aprovar? – ela parecia estar tentando convencer mais a si mesma do que a mim – Olha Ethan, nas últimas semanas minha vida virou de cabeça para baixo. Primeiro, descubro que sou uma semideusa e que meu pai é o deus dos deuses, depois descubro que tenho uma família, dois irmãos e uma irmã, daí... – ela parou para respirar antes de continuar – ... eu acabei me apaixonando pelo melhor amigo de meu irmã mais velho.

Aquilo meio que me chocou. Milene nunca me chamara de “irmão mais velho” e eu fiquei um pouco feliz quando ela disse isso, realmente aquilo devia ser muito confuso para ela que a tão pouco tempo era uma simples órfã em Manhattan.

De repente o barco parou numa praia de cascalho e nós desembarcamos. Milene parecia ter tirado um peso dos ombros, mas eu senti como se tivessem colocado um nos meus. Ela me considerava um irmão mais velho, e agora? Ela era minha irmã mais nova?

Quase não me importei quando vi Harry a ajudando a sair do barco, quase. Estávamos em uma praia plana com uma enorme caverna a nossa frente, um cheiro horrível provinha da caverna era cheiro de...

– Morte. – Corallyn completou meus pensamentos

– Vejo vocês quando morrerem, até mais! – Marina subiu no barco e foi embora, navegando contra a correnteza.

– Acho que o Tártaro não deve ser muito longe daqui. – Angelina tremia até os ossos agarrada ao braço do meio-irmão.

– Ei, calma Angel. Se continuar assim vai arrancar meu braço fora. – Thomas tentou a acalmar

– É melhor seguirmos em frente. – Felícia propôs

– É, vamos direto para nossa morte, Yupi! – ironizou Rachel e começamos a andar em direção à caverna, mas antes de entramos, Peter parou de repente:

– Olha só isso aqui! – o filho de Apolo apontava para um placa jazida no chão, em uma letra de forma muito mal feita aqueles versos pouco queridos que já conhecíamos:

“Quatorze semideuses para baixo irão

O filho da noite terão de salvar

Lá o rei destronado os espera

Para dar um fim a essa Era”

– Que ótimo, um lembrete. Não era mais fácil colocar algo como “Cuidado, monstro que podem comer seu cérebro”? – Mary sorriu, sarcástica

– Mary, zumbis comem cérebros, não monstros. – Angelina revirou os olhos

– Tanto faz. – a filha de Afrodite respondeu e Milene deu uma risadinha, acompanhada por Felícia e Charlotte.

– Ei, mas tem mais alguma coisa escrita aqui... – Angelina se ajoelhou e indicou algo escrito em letra pequenas, logo abaixo da profecia, era grego antigo e eu não consegui entender todas as palavras, porém Angelina recitou, como se fosse a coisa mais fácil do mundo:

– “Pela porta tu passarás

E ela mostrará teus medos

Cuidado forasteiro

Pois neste lugar não há segredos”

– Sou só eu ou estes versos são um pouco, ham... medonhos? – Charlotte começou a tremer

– “E ela mostrará teus medos” o que acham que significa? Todos não sabemos os nossos próprios medos. – Jenna comentou, perguntando para ninguém em especial.

– Não tenho certeza, mas não gosto de como isso soa. – Miguel se ergueu um pouco e sacudiu as asas, parecendo um pouco nervoso.

Enquanto isso Angelina pegou um pedaço de papel em sua mochila e copiou os versos à lápis. Como se aquilo fosse ajudar...

– Melhor irmos andando... Não é bom ficarmos muito tempo aqui... – Narcysa disse e todos assentiram, demos meia-volta e entramos na caverna.

Pov. Milene

No fundo eu estava aliviada pela reação de Ethan após eu ter falado sobre o Harry, mas eu ainda não confiava no seu jeito extremamente calmo. A caverna era fria e úmida e, bem, muito escura. O chão parecia ser em declive a tal ponto que eu quase podia usa-lo com escorregador, poucos minutos andando e eu não podia enxergar um palmo à frente do nariz, a única coisa que me mantinha presa na realidade era a mão de Harry, que eu apertava com força, temendo me perder. O mais estranho era que o som dos passos dos outros parecia cada vez mais distante, o que me preocupava...

– Ei, tá tudo bem. Daqui a pouco vamos ver uma luz. Vai dar tudo certo. – a voz de Harry me acalmou um pouco

– H-Harry... Estou com f-frio... – demorei um pouco para perceber que meu corpo inteiro tremia, a temperatura parecia ter abaixado dez graus em dois segundos.

– Consegue fazer luz ou algo assim? Ia ajudar um pouco. Daí posso te dar me casaco. – Fiz o que ele pediu e criei um raio de plasma que partia de minha mão direita e ia até a esquerda, produzindo uma luz azul-clara e tremulante.

Enquanto Harry colocava o casaco em meus ombros olhei em volta, o declive sumira e o chão era plano, as paredes de terra batida deviam ter pelo menos o dobro de minha altura e corredor parecia sem fim, e o silêncio era mórbido, porém o que mais me assustou foi um simples fato. Estávamos sozinhos.

Pov. Ethan

Depois de alguns minutos caminhando o som dos passos ficou bem mais abafado e somente a voz de Angelina e Thomas guiavam o resto do grupo, andando na frente e usando a corujas de Colin e Angelina como guias.

– Tem uma curva aqui! – a voz da filha de Atena exclamou e então uma pequena luz azul-arroxeada surgiu alguns metros há minha direita.

– Posso ver isso sozinha. – Corallyn murmurou, segurando uma tocha de ferro estígio na mão esquerda, seu rosto parecia bem mais sombrio naquela luz fraca.

Olhei em volta e comecei a contar: Rachel, Alana, Corallyn, Peter, Colin, Thomas, Giovanna, Narcysa, Angelina, Alexei... Espera, cadê a Milene e o Harry!?

– Meus deuses, ACHO QUE MINHA IRMÃ SUMIU! – falei, um pouco alto demais

– É gênio, a Mary, o Josh e a Sophia também sumiram. – Rachel olhou para os lados – MARY! SUA GORDA! PARA DE ME ASSUSTAR E VEM LOGO PARA CÁ!

– Mas o Harry e o Miguel também não estão aqui. – Narcysa perecia confusa – Assim como a Charlotte e a Felícia.

– Será que eles se perderam? – Giovanna perguntou, sua pele pálida ficava ainda mais pálida naquela luz azul-arroxeada.

– Provavelmente deve ter havido uma bifurcação e nós seguimos por um lado e eles pelo outro ou algo assim... – essa foi Angelina

– Então eles estão juntos, isso não é um problema. – Corallyn deu de ombros – Assim que perceberem a nossa falta vão dar meia volta e nos encontrar.

– Má ideia. Tem muita magia correndo nos veios dessa caverna. Se seguimos em frente, não há volta. – Colin estalou os dedos e uma lanterna acesa surgiu em sua mão, iluminando todo o recinto segundos antes de explodir em milhões de pedaços – Viram? Muita magia. Provavelmente até a maldição de Felícia deve ter sido anulada.

– Mas e a Milene? Ela é filha de Zeus, pode criar luz ou algo assim? – perguntou Alexei, fiquei um pouco surpreso por ele ter falado, costumava ficar muito tempo calado, aquele cara.

– Mais ou menos, ela pode criar um raio quem possa gerar luz, mas luz em si? Não, isso é coisa de filhos de Apolo. – Angelina respondeu para a filha de Hades e no mesmo segundo uma luz amarela saiu de trás dela, onde estava Peter, segurando uma bola de luz.

– Por que não disse antes? – o filho de Apolo sorriu e continuamos a andar. Corallyn apagou sua tocha fantasmagórica e a deixou no chão, dizendo que iria acender-se percebesse qualquer presença viva.

Droga, Milene, onde você está?

Pov. Mary

O corredor era todo feito de gelo, eu já devia ter percebido que os passos tinham cessado e que o silêncio era medonho, mas me recusava a acreditar que tínhamos nos perdido, lá estávamos, eu, Josh e Sophia, sem nenhum lugar aparente para ir perdidos num maldito corredor de gelo com paredes de espelho. Tá, tudo bem, o corredor não era exatamente feito de gelo. Estava mais para um corredor todo espelhado que foi atingido por uma tempestade de neve e depois congelado por mil anos. Eu andava devagar, para não quebrar o chão (que por acaso também era um espelho gigante) com Luna em meus calcanhares. Josh havia feito uma pequena bola de luz que flutuava pouco acima de nossas cabeças, iluminado o local.

I’m waking up to ash and dust / I wipe my brow and sweat my rust / I’m breathing in the chemicals... – uma voz começou a cantar. Sério? Quem canta Imagine Dragons numa hora dessas?

– Isso é “Radioactive”? – perguntou Sophia

– É, acho que sim. – a voz que cantava era baixa e a música seguia a diante, então eu vi, surgindo de trás de um monte de neve uma garota ruiva andando na ponta dos pés e murmurando a letra da música

– Felícia? – perguntei e ela se virou para mim com olhos raivosos

Welcome to the new age
To the new age…
O que foi? Não está vendo que eu estou tentando me concentrar!?

– Concentrar...? Por que você...? – então e me lembrei dela desmaiando ao saber que Harry tinha treze dólares na carteira – Oh...

– O que foi? – perguntou Sophia

– Felícia tem medo de...

– Silêncio! – Felícia me cortou – Não se fala sobre isso quando você está tentando evitar isso. – indicou o chão.

Espelhos, era isso, azar. Felícia tinha medo de azar. Me lembrei dos versos do aviso, “ela mostrará teus medos”, a “porta” era a caverna, era isso que iria acontecer, nós todos seriamos testados e nos veríamos obrigados encarar os nossos medos.

– Mas por que estava cantando “Radioactive”? – Josh perguntou, dando um passo a frente com todo o cuidado

– Eu canto quando preciso me concentrar... – a filha de Tique tirou os olhos de nós e olhou para o chão, arriscando outro passo, e continuou a cantar – I raise my flag, and dye my clothes / It’s a revolution, I suppose / We’re painted red to fit right in / Oh oh oh...

Comecei a cantar junto, dando um passo de cada vez. Logo, erámos quatro patetas cantando “Radioactive” e tentando andar por um corredor de espelhos congelados e escorregadios.

Pov. Miguel

Eu estava sozinho com uma garota extremamente tagarela, que ótimo. Charlotte tremia e se agarrava ao meu braço com força e ficava falando sem parar sobre coisas aleatórias, estávamos em um corredor de obsidiana e uma rajada forte de vento no emburrava para trás. Algumas vezes tentei abrir as asas e acabei por ser emburrado e cair de costas numa parede qualquer. Resultado: Minha costas doíam, eu achava que tinha quebrado um asa e Charlotte não deixava meus ouvidos terem paz.

– Calma aí! Assim vou acabar cansando e cortando minhas orelhas fora! – exclamei e ela se calou

– D-Desculpa Miguel, é que eu começo a falar quando fico nervosa... – ela baixou os olhos e me soltou.

– Tudo bem, é só não exagerar. – respondi e lhe deu um sorriso, ligeiramente arrependido por ter sido tão grosso, Charlotte estava apavorada.

– Ok, que tal conversarmos direito? – ela sugeriu – Assim pelo menos eu não me sinto tão nervosa...

– Ok, então... De onde você é? – comecei

– Dallas, Texas, e você?

– São Paulo, Brasil. – respondi e ela sorriu

– Jura? Felícia disse que já foi na América do Sul... Mas como chegou no Acampamento?

– Bem, nasci em Diadema, lá em São Paulo, mas minha mãe foi morta por assaltantes quando eu tinha uns dez anos. – respondi, meio receoso por falar daquele assunto com ela – Daí eu fui morar com minha tia Camila que mora em Nova Iorque e nunca pode ter filhos. Meu pai guiou ela e que me levou para o Acampamento, fui reclamado assim que cheguei e Felícia me mostrou onde ficava o chalé de Hades. O chalé estava vazio então fiquei lá até a fogueira. E aí teve todo aquele negócio da profecia e tal...

– Nossa, que legal. Bem, minha história não é tão legal assim... Nasci em Dallas, minha mãe é meio viajada sabe? Nunca para em um só lugar, mas estabilizou lá em Dallas quando eu nasci. Morei lá até os cinco anos, quando me mudei para a Grécia.

– Grécia? Mão é meio perigoso para semideuses? – perguntei, um pouco confuso

– Perigoso? Nah. Só alguns monstros te atacando umas sete vezes por dia. – ela respondeu, sarcástica e nós rimos um pouco – Minha mãe percebeu isso, sabe ela via através da Névoa e...

– Nossa, que legal, minha tia também.

– Posso continuar? – ela pareceu irritada por um momento, e assenti – Ok, daí nos mudamos para a Itália, acho que fiquei uns dois anos lá... – Charlotte parou para pensar um pouco – É, por aí. Só então voltamos para os Estados Unidos. Eu tinha uns sete ou oito anos quando voltamos para Dallas, e nove quando fomos morar em Long Island. E essa é minha história, quando eu tinha treze anos fui para o Acampamento e fui reclamada pelo meu pai. – Charlotte deu de ombros

– Mas isso é muito legal. Mostra que sua mãe não é uma ladra ou nada parecido. – sorri

– É, eu sei. Ela é muito legal, sempre me leva para viajar quando estou com ela, sei falar francês e italiano sabia? – Charlotte alargou o sorriso, mas algo a fez parar. E eu percebi o quê. O vento parara e algo enorme e sibilante se arrastava em nossa direção.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do cap. Uma coisa, eu li a coleção de "A Seleção" e comecei a ler "Cidades de Papel". Team Maxom 4ever!
Beijos minhas rosquinhaaaas! Amo vocês ♥!
Bia Valdez



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