Armistice escrita por Jewelry Bonney


Capítulo 13
A profecia


Notas iniciais do capítulo

A quarta parte da história situa-se durante os arcos de Sabaody, Impel Down e Marineford.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369759/chapter/13

A profecia

A profecia

O desconforto dominava Ace, aquele lugar era mesmo um inferno, suas forças eram drenadas pelas correntes de kairouseki e ele apenas podia sentir seu próprio peso, mal conseguia se sustentar. Além de todo o cansaço lhe incomodando ele ainda pensava: "E Jinbei... Porque está tão silencioso? Será que desmaiou?...".

Os pensamentos negativos apenas alternavam com a imagem de Bonney, só de lembrar-se dela ele já sentia vontade de sorrir, era a única coisa que lhe aquecia naquele chão frio. Ace deu um longo suspiro enquanto pensava: "Tenho que esquecê-la e espero ser esquecido também, provavelmente a deixei preocupada de novo. E... se ela vier para a guerra? Não! Não posso pensar nisso...". Nesses momentos Ace sentia calafrios por todo o corpo.

Ele respirou fundo e mais uma vez voltou a pensar: "Não devo mais pensar em você, Bonney... Assim você estará protegida, certo?". Isso o entristecia, era como se aquela fosse a única coisa que ele poderia fazer por sua amada. Era como um consolo para Ace pensar que poderia proteger Bonney ao esquecê-la, só assim ele conseguia suportar aquele inferno... Os momentos de reflexão Ace foram interrompidos por uma irritante voz vindo em sua direção, ele conseguia ouvir vários passos.

– Temos uma visitante especial para você... Ace! – Era a voz de Hannyabal. Ace ergue seu rosto para tentar ver claramente quem estava lá fora. Logo depois ele pôde perceber: Magellan, diretor de Impel Down e usuário da Doku Doku no Mi; Momonga, o Vice-Almirante; Domino, a chefe da guarda de Impel Down; Uma mulher e uma cobra. Todos acompanhavam o Vice-Diretor Hannyabal que continuava a falar:

– Quem você pensa que poderia ser?... Jinbei... Nem mesmo você a encontrou antes, então não tem como ele saber quem é. – Ace achava tudo aquilo muito estranho e não estava muito interessado, mas Hannyabal continuava sua apresentação. – Mas ainda que sua face permaneça escondida, sua fama conhecida em muitos lugares... A Imperatriz da tribo de Guerreiras Kuja, membro dos Ouka Shichibukais...! – Se exaltando Hannyabal deu passagem a mulher vindo logo atrás dele – Poderosa e sublime, a mulher mais bela do mundo! A "Imperatriz Pirata"... Boa Hancock! – concluiu enfim, jogando-lhe confetes.

Os presos daquele level começaram a fazer barulhos novamente, pedindo pela chance de ao menos tocar em Hancock. Ace e Jinbei ficaram sérios, estavam pensando algo como: "Porque ela está aqui?". E durante a baderna dos presos, Hancock se aproximou da cela de Ace que perguntou com a voz ainda falha e cansada:

– O que quer comigo?

– Não tenho negócios com você... Apenas quis ver pessoalmente o homem que será o gatilho da batalha em que estarei... – Disse ela observando-o.

– Nossa, mas que show que sou... – Disse Ace de forma irônica. Jinbei observava aquilo irritado e os presos imploravam mais e mais pela atenção da Imperatriz pirata. Após isso Jinbei disse:

– Então até mesmo a indolente "imperatriz" acha certo dar sua ajuda para marinha nesta situação... – Enquanto falava Jinbei parecia realmente incomodado com tudo aquilo. – Você vai tão longe pelo seu título de shichibukai?!

Hannyabal, Jinbei, Ace, Hancock, os prisioneiros, o barulho de todos falando de uma vez já estava irritando Magellan.

– Então você é o Jinbei... Não precisa mostrar os dentes – Disse a Imperatriz enquanto parecia apenas enrolar. Ace não entendia porque ela estava ali, apenas ir para "ver o motivo da guerra" não era algo convincente para ele...

– Pervertidos! Se vocês persistirem em ficar gritando essas coisas, eu vou ficar... Com medo! – Disse Hancock fazendo uma expressão amável, como se realmente quisesse ver tumulto por sua beleza.

Ace olhava toda aquela situação não entendendo nada e Hancock conseguiu alcançar seu objetivo: Os presos se exaltaram mais ainda gritando pela pirata e Magellan surtou, usou seu poder para intimidar todos os presos. Durante esse tempo todas as atenções foram desviadas para ele. E Hancock finalmente pôde dizer sua mensagem para Ace:

– Conheci Luffy e o trouxe até aqui, ele está aqui e em breve virá resgatá-lo.

– Ei! Você está... – Além do cansaço, a voz de Ace era tomada pela surpresa, uma terrível surpresa. – Falando sério?

– Eu não vejo motivo para mentir... – Disse Hancock de forma séria, abrindo um sorriso. – Inicialmente... Ele estava preocupado pensando que você ficaria irritado.

Após dizer isso, Boa Hancock e seu "grupo de guias" se afastaram do lugar, deixando com Ace e sua preocupação que aumentava ainda mais quando imaginava que seu irmãozinho estaria naquele inferno.

~/~

E agora, ainda em Saboady, Bonney estava de mau humor. Há 4 dias ela havia visto a trágica noticia no jornal e ainda estava preocupada quanto a isso. O almirante que apareceu por causa de uma confusão em por lá, já tinha partido. Sabaody preparava-se para a guerra e refugiar os moradores de Marineford.

– Capitã, já encontramos um homem para revestir, podemos partir! – Avisava o imediato, tentando convencer Bonney para poderem deixar o arquipélago.

– Já disse seu idiota! Não vamos partir! – Bonney parecia cansada, talvez fosse o enjoo que teve nesse meio tempo, odiava quando as comidas de restaurantes lhe fazia mal. E ela continuava dizendo:

– Se uma guerra realmente acontecer tudo será exibido aqui, bando de idiotas. E se precisarmos ir até lá, ficando aqui já estamos mais próximos do local onde será a execução. – Bonney levantou-se – Preciso dar uma volta. Não aguento mais ficar ouvindo vocês.

Bonney saiu do navio e gritou:

– Quero minha refeição pronta assim que eu retornar!

Bonney tinha uma longa caminhada pela frente, ela estava próxima às árvores de número 40 e teria que voltar a número 13. então saiu andando, observando a movimentação na cidade. Ninguém parecia se importar com Ace, a cidade estava agitada por causa de uma guerra pela vida dele, mas mesmo assim todos só falavam sobre o Shirohige; aquilo a irritava.

Bonney andava rápido, ela sabia que os outros supernovas estavam por ali e não queria arrumar encrencas. A capitã continuou sua caminhada, viu Apoo no caminho conversando com seus homens, mas preferiu desviar-se deles.

Após um bom tempo andando Bonney chegou a árvore 13, ao "bar da extorsão". Seu objetivo era simples: Queria saber mais sobre o Vivre Card. Uma jovem de cabelos verdes veio em sua direção. Mas ao se aproximar fez uma cara de decepção. Aquilo incomodou Bonney que disse:

– Ei, o que foi isso agora?!

– Ah me desculpe senhorita, pensei que fosse o Luffy-chin.

Bonney entrou e sentou-se em uma das cadeiras vazias, ela parecia interessada em quem estava lá:

– Será que poderiam me servir uma bebida ou vão cobrar minha cabeça por ela dessa vez?

A dona do bar, lembrando-se do temperamento de Bonney, a serviu uma bebida. Bonney ficou observando a jovem que se acomodava próxima a uma pequena estrela do mar e um homem-peixe que parecia tentar se disfarçar.

– Ei sereia! Me envergonha em me confundir com o Mugiwara. Conte-me, é amiga daquele idiota? – Tanto a jovem quanto o homem-peixe encararam Bonney.

– Sim, nos somos..

– Isso explica porque o polvo esta ferido. Mas enfim – Bonney virou-se a dona do bar ignorando os protestos a sua volta – O que me disse sobre o papel outro dia, é verdade?

– Porque eu mentiria a você?

– Então Ace esta mesmo para ser executado... – Bonney disse, era mais um pensamento alto, não queria que ninguém a escutasse, mas a dona do bar questionou:

– Aquele Vivre Card, pertence ao Hiken no Ace?

– 10 mil bellies por essa informação e, se achar caro, custará 15. - Disse Bonney interrompendo a mulher e batendo o punho na mesa. Estava sendo bem descuidada deixando isso escapar assim. Bonney levantou-se e virou as costas e saindo do lugar raivosa.

Bonney continuou sua caminhada pelo arquipélago, ela ainda tinha algo para fazer, mas não podia deixar de visitar aquele bar antes. Durante sua caminhada, enquanto passou próxima ao comércio local, uma cartomante tomou sua mão.

– Menina, irei te dizer seu trágico futuro agora... Espero que o entenda, pois no fundo, só você será capaz... Vejo três pessoas em seu destino, uma delas é você mesma. - Bonney tirou sua mão de perto da senhora, ela não queria saber de adivinhações e muito menos sobre previsões ruins.

– Me deixe em paz velha, não tenho interesse em saber sobre o futuro, descobrirei o que for necessário quando o momento chegar...

– Mas garota... O que vejo é algo realmente forte, então ao menos deixe-me concluir dizendo que "dessas, duas pessoas irão sofrer muito, você precisa ter cuidado"... "Uma vai conseguir livrar-se do sofrimento e outra não", e talvez uma não sobreviva...

Bonney afastou-se assustada, uma maldita tontura a dominava, seu corpo tremia e a vista escurecia nas palavras da macabra voz da cartomante.

– Deixe ela em paz! – Dizia uma voz máscula aproximando-se do lugar, mas já era tarde... Bonney estava desmaiada no chão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ace:
Cap 531 - pág: 07 a 13 (http://centraldemangas.com.br/online/one-piece/531#7)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Armistice" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.