Armistice escrita por Jewelry Bonney


Capítulo 11
Prisão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369759/chapter/11

Prisão

Som de pesados passos, cada passo soava como um tiro no chão. Mesmo o ar sendo tão quente ainda podia-se sentir o chão frio. E no meio da total escuridão era impossível para alguém enxergar um mísero palmo à sua frente... É nesse local em que Ace desperta.

Ace parecia confuso e extremamente cansado. Ao tentar se mexer ele sentia doer cada milímetro do seu corpo e qualquer pequeno movimento parecia uma tortura. Ele se perguntava "O que está acontecendo? Por que toda essa dor?" e no meio da escuridão ele sentia calafrios. Não conseguia se aquecer, pelo contrário, ele sentia seu corpo ficar cada vez mais frio. Todo aquele sangue em seu corpo estava o perturbando.

Ace tentou enxergar ao menos suas mãos, mas não conseguia. Além de estar sentindo-se completamente sem forças, podia sentir pesadas e gélidas correntes envolvendo seus braços e suas pernas. "Será que estou no inferno? O que realmente está acontecendo? De onde saíram essas correntes" pensava ele atordoado. Após respirar mais um pouco ele tentou lembrar-se da luta contra Teach.

Lembrava-se de uma luz muito intensa, quase o cegando enquanto ele a pressionava cada vez mais contra algo até que... Tudo escurecia, a escuridão tomava toda sua visão e ele não conseguia lembrar-se de mais nada. "Eu perdi? Perdi assim?" pensava Ace indignado enquanto tentava mexer os braços fazendo barulhos altos com as correntes.

Após fazer barulho pôde ouvir os pesados passos indo em sua direção. Com um estrondo a porta de ferro foi aberta e um Minotauro adentrou o local segurando uma enorme clava de ferro e com ela ele acertou em cheio a cabeça de Ace. A dor era grande.

– Seu boi de merda! - gritou Ace

O Minotauro retirava-se e um guarda próximo da cela respondeu-o:

– Você está em Impel Down, uma prisão de segurança máxima do Governo Mundial. Nunca conseguirá fugir, seu pirata de merda!

~/~

Noite ou Dia, luz do sol, fogo e até o tempo... Ace já não fazia mais idéia do que significava sentir tudo isso. Apenas sentia falta, sentia falta até da presença de pessoas. E ao pensar nisso não conseguiu evitar pensar em Bonney: "Será que ela já sabe?". Ele não queria preocupá-la, apenas gostaria de cumprir a promessa feita para Bonney. Mas ele já não acreditava mais nisso, até pensava "Você pode me perdoar, Bonney? Acho que não sairei mais daqui".

Ace pensava no Luffy e em seus nakamas, ele queria muito vê-los... Mas quem ele mais queria ver era seu pai. Ele mal conseguia imaginar o quanto Barba Branca estava furioso, sabia que aquilo seria terrível. Após um tempo Ace ouviu passos indo novamente em sua direção, dessa vez baixou a cabeça, já não queria mais ser humilhado.

– Oh... – Disse a pessoa fazendo uma pausa. – Que visão horrível. – Ace reconheceu aquela voz, mesmo estando há muito tempo sem ouvi-la. – Como consegue continuar vivo com todos estes terríveis ferimentos? Ace! Graças a você o Quartel General da Marinha, não, todo o Governo Mundial está uma bagunça.

Após terminar sua fala Garp soltou uma risada, essa logo vou interrompida por Ace dizendo:

– M-Mate-me! Você deveria me matar! – Ace não queria causar uma guerra, não queria a fúria de Barba Branca transbordando por todo o mundo. Ele simplesmente não queria dar tanto trabalho a todos.

– "Mate-me" Você disse...? Não seja apressado, idiota! Isso não trará nada de bom agora... Mesmo que você morra aqui e agora, isso não iria parar o Shirohige... Nada irá pará-lo agora! Nós já enfurecemos... "O Senhor dos Mares". – Aquela resposta era como uma facada para Ace, talvez tivesse pedido algo realmente impossível para o avô, ele sabia que Garp não faria isso. E acima de tudo ele que Barba Branca não iria voltar atrás, nada mais poderia mudar a situação.

Enquanto Ace estava sem reação Garp deu um profundo suspiro sentando-se no chão. Ele passou a olhar para Ace pelos quadrados da cela e disse:

– Ah... Como eu gostaria que você e o Luffy se tornassem grandes marinheiros... Mas ao invés disso, os dois se tornaram foras da lei. – Ace parecia não ter forças para discutir e continuou ouvindo o avô – Tenho certeza que soube do Luffy depois de seus feitos, eu fui até ele e dei um "pouco de amor" com este punho – Disse mostrando o punho e rindo – Ace ergueu seu rosto, ambos estavam orgulhosos de Luffy.

– Ah sim, eu contei ao Luffy sobre o pai dele... Ele ficou surpreso em saber que tinha um. – Ace mudou sua expressão, agora parecia irritado e cortando a história de Garp, disse com firmeza:

– Isso não importa! Luffy e eu temos o sangue de criminosos mundialmente conhecidos em nossas veias... Como poderíamos nos tornar marinheiros?

Garp olhava o rapaz, acreditava que tanto Ace quanto Luffy nunca seriam culpados pelos crimes de seus pais, mas Ace continuou – Eu peguei o nome "Portgas" da minha mãe, a quem devo muito... Eu não ligo para essa metade do meu sangue que veio daquele pai inútil... Não tenho recordações dele e também não lhe devo nada.

Garp parecia tentar justificar, mas Ace cortou novamente sua fala continuando:

– Portanto Jiji... – Ace fez uma pausa um pouco mais longa, sua mente enchia de lembranças com o Shirohige. – Eu só tenho um pai... E o seu nome é Barba Branca!

Ace sorria ao falar de Shirohige e Garp ficava zangado. Garp já tinha uma antipatia recíproca com os piratas, em seu ponto de vista primeiro Shanks influenciou Luffy a se tornar um e agora Barba Branca havia tomado Ace.

Tudo ficou em silêncio até Ace tentar restabelecer a conversa comentando:

– Me encontrei com a Luffy em Alabasta, Velhote. – Comentou ainda cansado. - Fiquei feliz em ver que ele arrumou bons nakamas.

– São bons companheiros, mas isso não muda o fato de serem bandidos. – Garp suspirou – De qualquer forma, fiquei surpreso em saber que Luffy conhecia meu aprendiz, o Coby.

Ace suspirou estava extremamente sem forças, o cansaço estava o dominando então ele sabia que precisava ser direto. Então ele disse:

– Velhote... Você acha que a Marinha suspeita de alguém comigo? – Ace esperava que a marinha nem imaginassem a relação deles, queria garantir a segurança de Bonney.

Garp olhou-o confuso e questionou:

– Alguém como sua mãe? – Garp não desejava fazer essa pergunta, temia a resposta que fosse escutar – Ace... Não seja egoísta! Você não é namorado de ninguém, certo?!

– Aquela maluca gosta de chamar de casamento. - Ace esboçou um leve sorriso. - Ela é uma pirata novata e bastante forte. Não tenho que me preocupar enquanto não me relacionarem a ela - Ace suspirou e disse parecendo satisfeito - Ela é orgulhosa, nunca aceitaria que aumentassem sua recompensa por minha causa.

Garp soltou uma grande gargalhada e disse:

– Ace, você é um grande idiota! Mas... antes que diga qualquer coisa peço-lhe para não me dizer quem ela é. Será melhor assim... A marinha nem ao menos suspeita de qualquer coisa do tipo, nem eu suspeitava então... Vamos deixar assim.

Após essas palavras de Garp, Ace pensou que realmente seria melhor assim. Dessa forma Bonney com certeza ficaria protegida. Antes de dizer qualquer coisa começou a ouvir passos de um dos guardas vindo em sua direção. Então Ace permaneceu em silêncio e esperou que ele chegasse.

– Vice Almirante-san - disse o guarda aproximando-se da cela.

– Já estou indo. – Disse Garp olhando para Ace e levantando-se. – Fique tranquilo, dependendo de mim essa história nunca será conhecida.

– Jiji...

~/~

Em outro local, onde um calor ardente misturava-se com suaves brisas do mar, Bonney descansava sentada na proa de seu navio. Ela teve dias divertidos e agitados desde o incidente que causou matando um nobre na última ilha em que parou.

Aquela ilha foi ótima para ela, fora os bens que conseguiu para si, até aquelas pessoas livres dando-lhe comida, sua recompensa aumentou o valor. Subiu para "140 milhões!", além da matéria no jornal de dias atrás na qual ela foi chamada de supernova. Sim! Agora ela estava entre os 11 novatos mais poderosos, aqueles que irão moldar o futuro da próxima geração. Ela estava orgulhosa de seus feitos.

Mas algo ainda a preocupava, já havia uma semana desde que Ace havia partido e o jornal do dia anterior contava que o tal Barba Negra havia tornado-se um shichibukai.

Ela pensava "Será que Ace o perdeu de vista? Maldito Abusa, consegue só a informação crua, mas os motivos dela ele não arruma". Além disso, outra coisa a incomodava "Porque o papel que Ace me deu está queimando? Isso quer dizer algo?".

– Queimar, fogo... - Bonney colocava o papel em frente ao sol, enquanto ele diminuía de tamanho. - Hoje parece menor. - Ela analisava cada ponta do papel, o dia estava realmente quente. Tanto calor estava quase deixando Bonney enjoada.

– Capitã! – Anunciou um dos homens.

– Desembucha idiota! - Gritou Bonney levantando-se lentamente, ela não estava se sentindo muito bem.

– Estamos nos aproximando da última ilha da Grand Line, o arquipélago de Sabaody. – Bonney apoiou-se ao terminar de levantar, "será que sua pressão havia caído?" Ela sentiu sua visão escurecer e toda sua energia simplesmente se desvanecer.

~/ ~

No consultório do navio Bonney despertava perguntando-se "O que aconteceu? Por que estou aqui? E por que vocês estão aqui?" Bonney sentou-se na cama, confusa. Após um tempo recuperando a consciência ela ordenou para seu imediato:

– Capitã, você está se sentindo melhor? – Perguntou o médico.

– Foi só um mal estar... – Ela disse – Todos vocês retornem para seus postos! – Ordenou aos homens que estavam a sua volta.

– Capitã Bonney, estamos próximos à ilha. – Disse o Navegador próximo a cama. – Devemos nos preparar para desembarcar?

– Não! – Respondeu ao navegador e depois se voltou a todos os homens. – Vamos amanhã pela manhã! Estamos próximo demais de Mariejois não precisamos arrumar encrencar aqui. – Após a ordem, os homens saíram correndo para fora da cabine, apenas o médico permaneceu lá Bonney deitou-se novamente, tentando descansar para os longos dias que viriam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capitulos do Manga Relacionados:
Cap 524 – paginas 19 (http://centraldemangas.com.br/online/one-piece/524#19)
Cap 525 – paginas 03 e 04 (http://centraldemangas.com.br/online/one-piece/525#3

Próximos capítulos terão bastante relação com o mangá!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Armistice" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.