Pode Me Chamar De Percy escrita por bersange


Capítulo 9
O nome do jogo


Notas iniciais do capítulo

/bersange/
gentem, não consegui postar ontem pq estava morrendo de sono e capítulo estava ficando um cocô, foi mal
hoje também eu acabei não gostando muito do capítulo, mas ele vai servir pra resolver logo essa pendenga do time do basquete, destravar a história e resolver a questão da insegurança do percy com sua aceitação. ou não rs

/percy/
é hora de saber se vou entrar no time ou não.



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Eu nem registrei direito a passagem do tempo até o teste de basquete. Passou-se o final de semana e três dias de aula quase completos. O teste estava marcado para a quarta-feira, no último horário e duraria o quanto tivesse que durar, segundo o treinador Hedge.

Eu me lembro de receber alguns desejos de boa sorte e fiquei nervoso, com medo de ter muita gente concorrendo e muita gente observando.

- Fique calmo - alertou Grover. - Muita gente tenta entrar no time, mas a maioria não é ameaça, acredite. E é bom se acostumar com muita gente olhando, o time de basquete é o mais importante daqui, modéstia a parte.

Grover só me deixou mais nervoso. O meu principal motivo para querer tanto entrar no time parece ser meio supérfluo: ganhar popularidade. Mas, poxa, eu já tinha passado por tantos colégios sem ter nenhum amigo, sem criar grandes laços... Eu sabia o quanto eu merecia entrar naquele time.

Apenas três pessoas conseguiram me tranquilizar moderadamente: o primeiro foi Nico, meu companheiro de quarto, enquanto íamos para o refeitório da Academia Minerva.

- Então, hoje é o grande dia - comentou.

- Nem precisa falar, está até difícil de me concentrar nas aulas.

- Perseu, - disse, e eu fiz um careta. - eu entendo muito pouco de esportes, mas acho que você é bom. O Beckendorf e o Luke falaram bem de você e eles são difíceis de agradar.

- Sério? - perguntei, incrédulo.

- Sério - afirmou, enquanto chegávamos na fila da entrada do refeitório.

A segunda pessoa que me ajudou a ficar mais calmo foi Annabeth, enquanto batíamos papo na aula de Física. Ela tinha resolvido todos os exercícios e eu tinha os copiado integralmente.

- Você está confiante?

- Não sei, acho que não - respondi. - Esses exercícios de Física estão me matando.

- Não, seu bobo - ela disse, dando uma risada. Eu a fitei, ela ficava muito graciosa ao rir. E, droga, minhas bochechas ficaram vermelhas com o pensamento, mas ela não notou: - Eu estou falando do teste pro time de basquete.

- Ah, claro - eu murmurei, constrangido tanto pela bola fora quanto por ficar notando demais o sorriso de Annabeth. - Eu estou bem nervoso, pra falar a verdade.

- Fica tranquilo, Percy - ela disse. - Você joga muito bem, eu te vi jogando. E olha que entendo de basquete, hein?

- Sério?

- Sim, eu assisto todos os jogos por causa do Luke.

- Hã, claro - disse.

- Não conte que eu disse isso, mas Luke me disse que tem grandes esperanças com você. Ele é o atual capitão, sabe?

Eu sorri. Ela era a segunda pessoa que me falava que Luke me achava bom e isso me agradava. Eu sentia que, por algum motivo, a aprovação dele era necessária.

Mas quem mais conseguiu me agradar foi Rachel. Não tive nenhuma aula com ela naquele dia e só a encontrei quando já me dirigia a quadra, com a roupa de ginástica.

- Então, Percy Jackson - chamou.

- Rachel Elizabeth Dare - respondi. Tinha virado uma espécie de piada interna nos chamar pelo nome completo. E eu realmente gostava do nome dela, tanto pela sonoridade quanto pelo fato que a sigla formava a palavra RED, que era vermelho em inglês, a cor dos cabelos dela.

- Então, chegou a hora.

- Você vai assistir o teste? - perguntei, deixando mais implícito do que eu queria a vontade que ela estivesse lá (e corei novamente).

- Vou - respondeu, e eu não consegui reprimir um sorrisinho. - Eu geralmente não gosto muito de basquete, mas vou lá assistir. Por você.

- Você não gosta? - perguntei, fingindo estar incrédulo. - Eu achava que você gostava, inclusive pensei que você poderia tentar entrar nas líderes de torcida.

- Não - ela disse, dando um careta. - Ali é terreno daquela Drew que tem aula de Ecologia com a gente, sabe?

- Sério? Achava que Silena era a líder de torcida.

- Ela é, mas a Drew é tipo a segunda em comando. Então ela manda até por lá.

- Que doideira - murmurei. - Acho que nunca vou entender a escala de poder no mundo feminino, sabia?

- Ah, nem tente - disse Rachel, sorrindo. - Não é que nem com os meninos, que basta ser bonitinho ou atleta ou os dois.

- É muito mais intricado, né? - continuei, mantendo a brincadeira.

- Sim - ela disse, dando uma piscadela: - O segredo é ter as amizades certas.

- E Drew é a amizade certa?

- Isso - ela respondeu. Nesse meio-tempo, chegamos na quadra, que estava com uma quantidade razoável de pessoas para o teste e para assistir também. - Bem, Percy, vou desejar boa sorte porque competência você já tem.

- Obrigado - sorri, sincero. Era incrível como era bom conversar com ela.

Foram cerca de trinta garotos tentar vagas, entre eles Will Solace, Lee Fletcher e os irmãos Stoll. Jacob, que havia me interceptado na aula de Debates. O treinador Hedge, auxiliado por outros três estagiários de universidade, distribuiu números para todo mundo. Eu fiquei com o número 17.

- Número vinte e quatro? - protestou Connor.

- Algum problema, senhor, hã, Stoll? - disse Hedge, consultando a sua ficha.

- Sim, todo mundo sabe que meu irmão é o afeminado da família, ele que deveria ser o vinte e quatro! - reclamou. Todos riram, exceto Travis, que deu um soquinho no braço do irmão.

- Muito bem, vou fazer alguns testes físico e técnicos com vocês e vou separar primeiro dez jovens. Depois, desses dez eu farei outros testes e a gente vê quem entra no time.

O treinador começou mandando todo mundo dar uma corrida rápida de cinquenta metros. Travis Stoll foi o mais rápido, eu fiquei em quinto. Connor ficou em sexto, Will Solace em sétimo e Lee Fletcher ficou em décimo.

Depois, mandou fazer uma corrida mais longa, de não sei quantas voltas na quadra. O pessoal que já fazia parte do time batia bola na quadra e animava a torcida. Eu entendi o que o treinador Hedge queria: aquela segunda corrida não era para ver quem era o mais rápido, mas quem tinha mais fôlego. De fato, os irmãos Stoll dispararam na frente no início, mas cansaram logo e foram ultrapassados. Eu corri com calma e cheguei em terceiro, disputando a liderança justamente com Will Solace (que ganhou) e Lee Fletcher (que ficou em segundo).

No terceiro teste físico, amarraram uma corda na nossa cintura e tivemos que arrastar um peso por uma determinada distância. Eu me saí bem, ganhando a prova dessa vez.

Ainda fizemos mais cinco testes físicos e consegui me sair bem em todos, sempre entre os melhores. Apesar de cansado, ganhei confiança.

Então, o treinador Hedge começou exercícios técnicos, treinando nosso passe, bandeja, marcação, arremesso, domínio e posse. Eram testes mais demorados, pois eram feitos um por um, o que era bom para descansar.

- Muito bem, os seguintes números continuem na quadra. Quem não conseguiu, agradeço pela participação - disse. Hedge olhou em sua prancheta antes de começar. - Número dezessete, número seis, número...

Eu nem prestei mais atenção, tamanha felicidade. Consegui passar da primeira fase, ao menos. Acenei para Rachel na arquibancada e depois para o grupo onde estavam Nico e Annabeth. Grover e Tyson deram sorrisos discretos em minha direção. Também vi Octaviam me olhando com uma cara feia e pensei no prazer de esfregar na cara dele que eu não recebia nenhum favorecimento.

Will Solace e Lee Fletcher conseguiram passar, como esperado. Travis também foi selecionado, mas Connor não. Jacob, da aula de Debates, também saiu cabisbaixo.

Ele chamou o resto do time e passou uma porção de atividades, que me deixaram realmente exaustos Acho que ficamos uma hora e meia jogando (e o interessante é que as arquibancadas da quadra ficavam ainda mais cheias). Finalmente, ele mandou a gente descansar e se reuniu com os estagiários.

- Como fui? - perguntei a Grover.

- Ótimo - respondeu, esbaforido.

- Você mandou muito bem, Percy - elogiou Tyson, de forma tão sinceramente feliz que fiquei emocionado.

- Esse ano os aspirantes estavam em um nível muito melhor que no ano passado - disse Luke, preocupado. - Espero que ninguém saia do time.

- Muito bem, todo mundo aqui na minha frente, por favor - disse Hedge, usando um megafone. Achei que aquilo dava um jeito de espetáculo ao anúncio. - Vou anunciar o nome um por um e farei um comentário se julgar necessário, certo. Lembrando que são treze vagas.

- É agora - murmurou Lee Fletcher, ao meu lado.

- Luke Castellán, o atual capitão - anunciou. A torcida comemorou bastante. - Sempre um poço de segurança, parabéns.

- Obrigado - murmurou o rapaz, tímido. Deu um breve aceno em direção a torcida, onde estavam seus amigos e sua namorada.

- Jason Grace - e a torcida comemorou novamente. - Mas você está meio fora de forma, Grace. Abre o olho, rapaz.

- Claro - respondeu, mostrando uma firmeza admirável.

- Três pilares de força do time: Frank Zhang, Charles Beckendorf e Tyson Smith - disse. A torcida comemorou novamente, com mais empolgação quando o treinador falou o nome do segundo.

- Oba! - disse Tyson, com tamanha força que não foi necessário de um megafone para ser ouvido. Os alunos na arquibancada riram um pouco, o que deixou o grandão meio envergonhado.

- Chris Rodriguez! Jake Mason! Leo Valdez! - disse. Até então, apenas jogadores antigos haviam sido confirmados. Travis soltou um muxoxo de impaciência.

- Anda logo... - murmurei. A espera estava me matando.

- Octaviam Mendez! Parabéns, garoto, mas você foi muito displicente hoje, espero que não se repita nos treinos e nos jogos.

- Sim, treinador - disse, com clara insatisfação no rosto. Acho que ele não julgou seu desempenho como displicente. Eu também notei que quem assistia na arquibancada mal comemorou.

- Grover Underwood! - gritou o treinador. O barulho dos torcedores foi tão ensurdecedor que não entendi o que Hedge comentou.

- Obrigado, treinador - ele agradeceu, educadamente.

- Will Solace! - anunciou, e Will se ajoelhou no chão, exausto. - Parabéns, garoto.

Um dos estagiários cochichou algo no ouvido de Hedge, que olhou na ficha e sorriu, satisfeito. Faltavam mais duas vagas e ainda tinham outros oito garotos que ainda não tinham sido chamados além de mim. Um frio passou pela minha espinha.

- Boa sorte, Castor - murmurou um garoto para seu irmão gêmeo e eu o reconheci como um dos irmãos Wine.

- Obrigado, Pollux - respondeu o outro.

- Lee Fletcher! - disse, e mais uma vez a torcida comemorou. Puta que pariu, ficaria para o último nome, como eu estava nervoso. O treinador Hedge, alheio a isso, comentou: - Só temos que olhar esse seu arremesso, meu jovem. Com treino dá pra chegar longe.

- Certo, certo - respondeu Lee, sorrindo. Provavelmente, nem escutou o que o treinador Hedge disse.

- E, por último, mas não menos importante: Perseu Jackson!

Nunca fiquei tão feliz ao ouvir alguém me chamando de Perseu.

- Eu consegui, porra! - gritei.


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Notas finais do capítulo

/bersange/
no próximo capítulo, vai ter a narração de um novo personagem, alguém que eu sei que vcs vão gostar. mas tenho um pouco de medo que vcs não gostem dos rumos que ele tomará, que será meio polêmico. então, preparem-se
ah, e pretendo investir um pouco em uma coisa: pq rachel elizabeth dare não é amiga do grupo de annabeth, luke e cia? ela demonstra conhecer muita gente no colégio, mas os outros não parecem conhecê-la.
e agora vou poder desenvolver mais as histórias entre os personagens, já que fic ainda estava estabelecendo as turmas, as aulas e o time e essas coisas importantes.
bjos!