Candy escrita por Charlie


Capítulo 8
8. Ships In The Night


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Me desculpem o atraso da fic, eu sai com uns amigos e esqueci de postar antes, mas como o dia só começa só quando eu acordo ta valendo, certo? Enfim, espero que gostem :)



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Rachel acordou um pouco mais tarde naquela manhã, encontrando a cama vazia. Espreguiçou-se e foi se arrumar. Ouviu a risada de Quinn vir do lado de fora e foi até a varanda procura-la. Ela e Jesse brincavam na beira do lado, sorriu ao ver os dois, nunca em sua vida se sentiu tão... Feliz, não que ela não fosse uma pessoa feliz, mas era uma felicidade que ela mesma se proporcionou com seu ato de rebeldia, mesmo sabendo que quando voltar para NY ela corria o risco de nunca mais conseguir um papel no cinema, mas quem se importava? Todos extremamente irritantes e provavelmente que trabalhava só com cinema tem uma espécie de dom... Ou ela que deu má sorte e acabou parando numa equipe mal paga, o ultimo parecia mais provável para ela. Mas no momento em questão, ela estava feliz por estar no meio do nada, tendo um envolvimento com uma garota cinco anos mais nova que ela e a sua mais nova amizade com o amigo gay e fã dela.

Assim que desceu encontrou apenas a mãe de Jesse, a cumprimento e foi para a varanda, onde ficou observando Jesse e Quinn nadarem no lago, enquanto um tentava afogar o outro na sua forma estranha de demonstrar amor. Vai entender, nunca se sabe o que se passa nessas cidades pequenas. Foi até o deck e se sentou por ali mesmo, demorou um tempo para os dois perceberem a presença de Rachel ali.

– Pensei que iria dormir o resto do dia Berry. – Quinn disse, sorrindo em seguida.

– Provavelmente se não fossem duas crianças berrando no lago. – Rachel tentou ficar séria.

– Viu Jesse, eu te disse para ficar quieto. – Quinn disse dando uma cotovelada em Jesse.

– Ela disse duas querida, não uma.

– Você sozinho gritando vale por três crianças. – Rachel riu.

– Não seja tão má com Jesse, Q. Além do mais, eu ouvi seu riso também. – Jesse riu de Quinn e a loira lhe jogou água. – Então, onde está o resto da família?

– Se embriagando provavelmente. – Jesse deu de ombros. – Os últimos dias costuma ter cerveja liberada até algumas horas e eu não acho que eles voltam tão cedo, hoje tem algumas apresentações e eles ficam lá passando vergonha e rindo de si mesmos... Costuma ser bem divertido.

– Jess, se lembra do nosso primeiro porre? Foi num desses dias. – Quinn riu.

– Nem me lembre. Estávamos acampando e eu e Quinn acabamos dormindo numa canoa. – Rachel riu.

– Uma coisa bem tradicional pelo menos. – Rachel disse, ainda rindo. – Porres em festas de seus colegas de escola costumam ser mais vergonhosos.

– Jesse já teve um desses... E acordou na cama de Unique. Nunca ri tanto na minha vida. – Quinn disse, tentando controlar o riso.

– Eu não quero comentar sobre isso. – Jesse disse mais sério.

– Quem é Unique? – Rachel pediu.

– Ele é um transexual. – Quinn riu. – Jesse ainda achava que era hétero naquela época.

– Uau, como isso é engraçado. – Jesse disse num tom entediado.

Quinn socorro eu preciso sair daqui – Quinn tentava imitar Jesse, enquanto Rachel gargalhava.

– Quinn sempre faz questão de me lembrar desse momento... Foram épocas difíceis e eu estava bêbado, nada que a pessoa que eu sou fã precisasse saber.

– Pense nisso como uma forma de se aproximar de Rach. – Quinn riu. Jesse revirou os olhos.

– Jesse é normal essas coisas... Até eu já passei por essas.

– Nada se compara com o pedido de socorro de Jesse.

– Bem... Isso é supernormal entre a produção de Sweetness. – Rachel deu de ombros. – Até mesmo Jesse faz essas coisas. É só mais um passo para o sucesso Jesse. – Rachel e Quinn riram.

– Espera... Brody prefere travestis a você? – Jesse estava incrédulo.

– É normal... Eu não gosto dele e ele não tem lá muita delicadeza comigo, eu nem ligo. Assim que todo o transtorno de filmagens, divulgação e estreia passarem a gente se separa e tudo volta ao normal. – Rachel deu de ombros.

– Bem... Pelo menos Quinn gosta de você e até onde eu sei, ela está te tratando bem. – Jesse sorriu.

– Eu não gosto a figura publica Rachel Berry, ela ainda é irritante e tem um nariz estranho, já Lena Flowers... Eu gosto. – Quinn sorriu para Rachel.

– Que forma péssima para dizer uma coisa dessas, olha Quinn... – Jesse aplaudiu ironicamente Quinn, fazendo Rachel rir.

– Oh, me desculpe Sr. Adams.

– Sr. Clarington, mais respeito, por favor. – Jesse virou o rosto.

– Sr.Fabray, você ainda não foi morar com ele.

– Ciúmes agora? – Jesse arqueou a sobrancelha.

– Cheguei primeiro cachinhos dourados. – Quinn cruzou os braços.

– Que bonitinha você Q-Bear, vem cá merece até um abraço. – Jesse se jogou para o lado de Quinn a abraçando.

– Acho que é a primeira vez que eu vejo você não tentando matar o outro. – Rachel disse sorrindo.

– Ta vendo, aqui exala amor carinho respeit... Afoga a cachinhos dourados! – Quinn disse empurrando Jesse para baixo da água.

–x-

Ao entardecer foram para o festival, onde Kitty e o time de cheerleaders do colégio se apresentariam, antes de uma apresentação de uma banda local. Quinn e Rachel ficaram de mãos dadas boa parte do tempo. Não que Jesse estivesse irritado com isso, mas ele não negaria que estava com ciúmes, na verdade ele se sentia um pouco trocado, a atenção de Quinn ficava toda para Rachel e ele estava ali de enfeite para todos os efeitos. Hunter viajava naquela época do ano, mas ele encontrará os pais dele, sempre tão gentis tanto quanto o filho. Jesse se sentia sozinho.

Já Quinn se sentia muito confortável com a situação, ela nunca teve que aguentar multidões de preconceituosos atrás dela, ela sempre achou que isso deve a simpatia de seu pai, até ela perceber que ela mesmo era uma pessoa legal e as pessoas gostavam disso, logo, elas retribuíam com o respeito delas. Claro que sempre tem um grupo de idiotas que vai irritar ela e nesse caso, o cargo ficava com Sebastian e seus amigos do time da escola. Quinn os odiava, mas não podia evitar a convivência e a acabou se acostumando com as piadinhas e promessas para curar a gayszisse de dela. Não que Smythe estivesse incomodando ela no festival, mas essas coisas aleatórias costumavam vir à cabeça de Quinn.

Depois da apresentação tediosa do time de Kitty a banda começou seu show e para a surpresa de muito, Finn era quem estava no palco, com seu costumeiro sorriso bobo e uma rosa no bolso de seu blazer.

– Er... Olá, eu sou Finn Hudson, como muitos de vocês conhecem e hoje eu vim cantar para alguém muito especial e eu espero que ela goste. – Ele sorriu e esperou a banda começar a introdução. Quinn percebeu no mesmo instante de que musica se tratava. Ships in The Night foi a musica que eles dançaram juntos no baile da escola do ano passado. Quinn sorriu para o garoto, o que aparentemente o encorajou a cantar.

Like ships in the night

You keep passing me by

Just wasting time

Trying to prove who's right

And if it all goes crashing into the sea

If it's just you and me

Trying to find the light

Like ships in the night letting cannonballs fly

Say what you mean and it turns to a fight

Fists fly from my mouth as it turns south

You're down the driveway

I'm on the couch

Chasing your dreams since the violent fifth grade

Trying to believe in your silent own way

Cause we'll be okay, I'm not going away

Like you watching at fourteen as it went down the drain

Your pop's stayed the same and your mom's moved away

How many of our parents make it anyway

We're just fumbling through the gray

Trying to find a heart that's not walking away

Turn the lights down low

Walk these halls alone

We can feel so far

From so close

Like ships in the night

You keep passing me by

Just wasting time

Trying to prove who's right

And if it all goes crashing into the sea

If it's just you and me

Trying to find the light

Like ships in the night

You're passing me by

You're passing me by

Like ships in the night

I'm at the airport waiting on the second plane

Had to pack, you had cramps

And I was late heading to a red carpet

They won't know my name

Riding in silence

All that we wanna say

Bout to board when you call on the phone

You say I'm sorry I'll be waiting at home

Feels like we're burning this out on our own

Trying to find our way

Down a road we don't know

Turn the lights down low

Walk these halls alone

We can feel so far

From so close

Like ships in the night

You keep passing me by

Just wasting time

Trying to prove who's right

And if it all goes crashing into the sea

If it's just you and me

Trying to find the light

Like ships in the night

You're passing me by

You're passing me by

Like ships in the night

I'm gonna find my way

Back to your side

Like ships in the night

You keep passing me by

Just wasting time

Trying to prove who's right

And if it all goes crashing into the sea

If it's just you and me

Trying to find the light

Like ships in the night

You're passing me by

You're passing me by

Like ships in the night

No final da musica Finn desceu do palco e foi até Quinn, e entregou a rosa em seu bolso. Fabray não sabia como reagir, definitivamente Finn soube exatamente como impressiona-la, não só pela escolha da musica, até porque Quinn a amava, mas a coragem que ele havia tomado, Finn sempre fora um garota tímido e sempre tinha certa dificuldade de falar até mesmo com Quinn de quem era amigo há tempos e de repente, ele sobe num palco e canta Mat Kearney para ela.

– Você é realmente muito especial pra mim Quinnie e eu espero que tenha gostado do modo que eu escolhi para lhe dizer isso. – Finn disse entregando a rosa.

– Finn eu... Eu nem sei o que dizer. – Quinn disse corando e um pouco envergonhada.

– Bem... Você pode me conceder a próxima dança?

– Claro... – Quinn ainda não acreditará o que havia visto. Finn lhe estendeu a mão e a levou para o centro da pista e dançaram algumas musicas. Claro que Finn não era lá uns dos caras com a melhor coordenação motora, mas... Ele cantou Mat Kearney para ela, não havia desculpas cabíveis para recusar.

– O que achou da musica? – Finn pediu enquanto dançavam.

– Finn eu ainda não sei como reagir o que eu acabei de ver. – Quinn sorriu.

– Não gostou? – Ele pediu confuso.

– Eu gostei, eu só... Finn você sempre foi tímido e eu nunca imaginava isso de você... Sua voz é incrível.

– Não... Não é lá aquelas coisas e eu realmente gosto de você Quinn e musica sempre foi algo que você amou então eu tomei coragem e fui. – Ele deu de ombros sorrindo.

– Você sabe que eu gosto de garota, não é? – Quinn pediu um pouco apreensiva.

– É claro que eu sei, mas se um dia você mudar de ideia... Eu já garanti meu lugar. – Eles riram.

– Você é um cara muito legal Finn... Insistente, mas eu gosto de você. – Quinn disse, enquanto recostava a cabeça no peito de Finn. – Qualquer garota ficaria muito feliz contigo.

– Você também é... Brittany não deveria ter ficado com Santana.

– Nah... Não deu, um dia eu teria que me conformar com isso.

– Eu fiquei preocupado contigo quando eu te vi daquele jeito. – Finn disse um pouco mais baixo e sério.

– Sabe Finn, se eu pudesse ter voltado no tempo, eu juro que teria escolhido ter ficado contigo do que com Brittany. – Finn riu baixo.

– Bem... Você encontrou alguém que te alegrasse antes de eu aparecer.

– Brittany?

– Não, Lena.

– Isso é sério?

– Seus olhos costumam brilhar quando você está perto dela e você muda completamente, fica mais solta e ri mais.

– Temos um ótimo observador aqui. – Quinn riu.

– Isso teria data de validade Finn... – Quinn pareceu um pouco mais triste.

– Por quê?

– Eu não sei como te explicar isso... Er, sabe aquela atriz que desapareceu alguns dias atrás? – Finn assentiu. – Notou alguma semelhança?

– Oh, não me diga que é...?

– Sim, sim... Mas isso tem que ficar entre nós... Quatro. – Quinn suspirou. – Você não faz ideia do quão longa é a história. – Finn riu.

– Eu imagino...

– Bem, não vamos pensar em histórias e sim com a nossa dança. – Um sorriu para o outro e voltaram a dançar lentamente ao ritmo da dança.

–x-

Já era um pouco tarde quando Quinn e Rachel voltaram para casa. Rachel está mais quieta que o normal, mas estava serena. Quinn ainda se sentia um pouco mal por não poder retribuir os sentimentos de Finn e pior, estar gostando de uma atriz que iria embora em menos de duas semanas.

– Finn é um bom garoto. – Rachel disse.

– Ele é.

– Ele gosta bastante de você. – Rachel disse encarando Quinn.

– Eu queria poder retribuir isso, eu me sinto mal em saber que ele gosta tanto de mim e eu simplesmente não posso ficar com ele.

– E por que não?

– Primeiro, eu gosto de garota e segundo, eu não quero machuca-lo. Eu costumo ser fria demais com as pessoas e Finn é bom demais para eu ficar menosprezando isso.

– Você não é uma garota fria Q. É o seu jeito e além do mais, eu ainda não vi seu lado frio comigo.

– Talvez porque eu nunca fui de fato fria contigo? – Quinn encarou Rachel e acabou rindo.

– Um pouco grossa eu diria.

– Exatamente... São essas coisas que me fazem pensar muito antes de querer pensar em namorar com Finn. Eu gosto dele do mesmo modo que eu gosto de Jesse, crescemos juntos sabe... A única diferença é que eu e Jesse temos um modo estranho de demonstrar nosso amor.

– Eu sei o que é isso... Essa coisa que você e Jesse têm, eu e Kurt somos a mesma coisa. Com a pequena diferença de que ao invés de um tentar afogar o outro, assistimos musicais. – Quinn riu.

– Você avisou que estaria aqui?

– Não... Eu simplesmente sumi, mas eu queria falar com Kurt. Sinto falta dele.

– E se eu te falar que no quarto onde estamos pega sinal, qual seria a sua reação? – Quinn pediu.

– Você está sugerindo que eu ligue para Kurt? – Quinn assentiu. – Bem... Se insiste, eu aceito com muito bom grado. – Rachel sorriu.

– Viu, eu não sou tão grossa assim. – Quinn disse.

– É muito galante por sinal. – Rachel beijou a bochecha de Quinn.

Continuaram o caminho de mãos dadas e conversando banalidades. Rachel tinha alguma espécie de poder de tirar qualquer outro pensamento de Quinn e se focar apenas nela e acabar se pegando observando cada movimento bobo que Rachel fazia. Quinn conhecia esse sentimento, mas evitaria o máximo em pensar nele por um tempo.

Assim que chegaram ao quarto, Rachel correu pegar o celular de Quinn e discou rapidamente o numero de Kurt, que não demorou para atender o telefone com um voz sonolenta.

– Kurt Hummel falando.

– Kurt... Antes de surtar, me diga que está sozinho.

– Meu deus! Sim, sim, eu estou.

– E me chame de Lena.

– Lena? – A voz dele soou confusa pelo telefone.

– Sim.

– Céus! Onde você está?

– Você não vai acreditar... – Rachel disse mordendo o lábio.

– Paris? Suécia?

– Não e não... Eu estou mais perto que você imagina.

– Você ta me assustando.

– Kurt, eu fui parar numa cidadezinha em Vermont. Bem, agora eu estou em New Hampshire num festival de verão.

– Ra... Lena, como você foi parar ai?

– Vim de carro.

– Onde você está hospedada?

– Bem... Isso é uma história meio longa. – Rachel riu. – Eu estava passando pelas casas e procurando alguma viável de bater na porta e pedir abrigo e eu encontrei uma casa onde só tinha uma garota, os pais foram viajar e ela estava sozinha. Ela me odeia, me acha irritante e eu tenho um nariz estranho para ela.

– E você foi atrás de outra casa?

– Não... Eu insisti até ela me deixar entrar. Depois apareceu o primo dela e ele era meu fã, desmaiou e depois na manhã seguinte começamos a conversar e... Kurt, eu nunca estive tão feliz na minha vida.

– Vocês estão juntos?!

– Não, eu esqueci de te contar o resto... – Rachel riu. – A garota dona da casa tinha terminado com o namoro dela há um tempo e estava numa espécie de depressão e começávamos a conversar e dançar... Até criei um mini baile de formatura para ela e o que acontece é que estamos juntas agora, num relacionamento... Sem compromissos.

– Deus! Muita informação pra mim Lena. Onde você está? Eu preciso ver isso, você simplesmente me abandonou.

– Eu sei Kurt, me desculpe... – Rachel tampou o celular por instantes. – Q, posso dizer onde fica a sua casa para Kurt?

– Como? – Quinn apareceu de toalha no quarto.

– Ele não vai trazer um exercito de paparazzi para sua casa, só quer ter certeza que eu estou bem. – Quinn mordeu o lábio e assentiu. Rachel passou para Kurt o endereço.

– Quando você volta?

–Provavelmente, daqui uma semana e meia. – Rachel suspirou pesadamente. – E o inferno volta ao normal. – Kurt riu.

– Vou dar um jeito de te visitar antes disso, ok? Vou desligar, tenho que estar cedo na Vogue e sem atrasos dessa vez. – Kurt riu. – Te amo Rach, se cuida até eu chegar ai. – Rachel riu.

– Também te amo Kurt, boa sorte na Vogue. – Rachel encerrou a chamada. – Q, teremos um convidado na próxima semana.

– Apenas vamos ter certeza de apresenta-lo ao Jesse perto de sofá dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me digam!
Musica do capitulo: Mat Kearney - Ships In The Night (http://www.youtube.com/watch?v=BCkfTCjF8SM)



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