Titanic escrita por Emily di Angelo


Capítulo 9
Capítulo 8 - O ÚLTIMO DIA


Notas iniciais do capítulo

Pequenininho e sem emoção, este capítulo.
Ele é daquele tipo de transição, que não acontece nada, mas é necessário para ligar duas partes da história.

Mas olha o lado bom, o Titanic já está afundando no meu computador, assim que terminar eu começo a postar os momentos finais do Titanic.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/368888/chapter/9

14/04/1912 – Oceano Atlântico Norte

9:00

POV ELISABETH

            Vestindo somente um roupão saí para o convés particular. Ele era coberto e as janelas eram envidraçadas, porém eu as mantinha abertas para sentir a brisa marinha. Só que esta manhã, quando resolvi observar o mar, um vento gelado me atingiu. Um frio comum para o início da Primavera. Fechei as janelas e passei meus braços ao meu redor. Olhei o mar, algumas placas de gelo eram visíveis e um grande iceberg podia ser visto a quase um quilômetro de distância do Titanic.

            Tobias entrou no convés e me abraçou por trás, beijando de leve meu pescoço. Me virei e beijei seus lábios, sempre salgados, com gosto de mar.

–Bom dia, meu amor.

–Bom dia. – respondi. Me lembrei da noite anterior, senti a temperatura do meu rosto aumentar, indicando que eu estava corada. Rapidamente voltei a encarar o mar.

–O que foi, Elisabeth? – perguntou Tobias preocupado – Você não gostou na noite de ontem?

–Eu adorei a noite de ontem, Tobias. Foi maravilhoso.

–Então o que te preocupa?

            Não respondi.

Nos vestimos e saímos da suíte, um de cada vez para não despertar suspeitas em nenhuma das víboras à bordo. Tobias me encontrou novamente no Café Parisien, onde fizemos o desjejum ainda com vista para o grande iceberg, porém agora menor e se afastando rapidamente.

            Quando estávamos quase terminando o café, surge na entrada lady Ártemis, seguida de perto por sua primeira-tenente Zoë. As duas olham para mim, a deusa dá um aceno simpático, mas sua expressão muda de repente, um olhar de incredulidade e depois de nojo. Ela cochicha algo para Zoë, que olha de modo desaprovador para Tobias. Um temor percorreu meu corpo.

–Elas sabem. – falei.

–O quê?

–Ártemis sabe o que fizemos ontem à noite.

           

POV THOMAS ANDREWS

            Na ponte observava cauteloso o trabalho dos Oficiais, o Titanic se aproximava de um imenso campo de gelo e os avisos de iceberg não paravam de chegar através do dispositivo Marconi. Na verdade pararam pela tarde, porém somente porque o telégrafo quebrou.

            Depois fiz a inspeção diária junto com o Capitão. Para hoje estava marcado um exercício com os botes salva-vidas, porém para minha surpresa ouço o seguinte anúncio do dele:

–Cancele o exercício com os botes. Creio que os passageiros preferirão assistir ao serviço religioso.

            Olhei atônito, enquanto o Capitão se afastava acompanhado de Mr. Moody, o Oficial-Chefe em direção à ponte, um dos rapazes responsáveis pelo telégrafo abordou mais uma vez os Oficiais, provavelmente outro aviso de gelo, vindo de outros navios.

POV ATHENA

            O dia tinha amanhecido gelado. Blocos de gelo circundavam o navio, mas sem apresentar riscos ao transatlântico. O vento gelado tornou quase deserto os deques exteriores, fazendo com que todo o interior do navio ficasse densamente ocupado pelos passageiros.

            Meu pai, Zeus, estava sentado ao meu lado, em um dos sofás que ficavam perto da Grande Escadaria. Ao seu lado, estava Hera. Conversávamos sobre a possibilidade de o Olimpo não ocupar um ponto natural, propriamente dito e sim o topo de um arranha-céu. Já que, quando fomos para Inglaterra, ficamos muito afastados de Londres, que era o centro da força Ocidental. Nova York não tinha nenhuma montanha próxima, e os locais mais altos são os topos dos enormes prédios. Zeus concordou e até mesmo aprovou a ideia, porém Hera fez um contraponto, dizendo que era quebra de tradição e blábláblá...

            Hermes se aproximou, com uma cara preocupada e me entregou um telegrama.

–Veio de Scafeel Pike. É de Belona.

            Quando ele falou o nome da deusa puramente romana, nossos rostos se contorceram, e fomos assolados por uma intensa dor de cabeça. Nossas essências tremeluziram rapidamente, alternando entre nosso lado romano e grego.

–Desculpe, mas eu tinha que avisar a remetente. – falou o deus-mensageiro.

            Abri o telegrama da deusa da guerra romana, ela avisava sobre o conflito iminente no império Turco-Otomano. Sem nem mesmo eu ou os outros deuses saberem, a Iª Guerra Mundial começava a tomar forma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?

bjus e até o próximo capítulo.

Estou planeajando (e já escrevendo) uma nova fic.
É uma série de One-Shots sobre aventuras do nosso casal favorito (PERCABETH!!!) inseridas dentro de uma história maior. Vou postar em breve.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Titanic" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.