Titanic escrita por Emily di Angelo


Capítulo 13
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

THE END! Le Grand Finale! Chan chan chan chã!

Muito obrigada a todos que acompanharam essa fic até aqui, pelos lindos reviews que vocês escrevem e pela força que me dão para continuar escrevendo.
E me desculpem pelas minha raras postagens agora no final do ano porque eu estava estudando para o vestibular.

É lógico que, como vocês provavelmente perceberam, eu deixei ganchos em várias partes da história para uma segunda temporada. Não prometo ela para agora, talvez ano que vem. Nesse final do ano estarei atualizando minha outra fic, não deixe de acompanhar ela tb!

bjus



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21/06/2005

POV ATHENA

Baixei meu diário, um vendaval muito forte escancarou minha janela. Então era assim... Poseidon e meu pai iam mesmo entrar em guerra. Era dia do Solstício de Verão e o filho de Poseidon não havia retornado com o Raio-Mestre. Levantei de minha poltrona, deixando o velho caderninho preto surrado em cima da almofada vermelha.

Fui em direção à janela, para fechá-la. O tempo estava horroroso, grandes nuvens de tempestade estavam acima de Nova York. Um vento muito forte dobrava as oliveiras que circundavam meu templo. Olhei para baixo, os mascates ainda vendiam suas bugigangas, as Musas afinavam seus instrumentos para um concerto e os deuses menores já tomavam seus lugares na praça principal.

Nem parecia que Zeus e Poseidon, dois dos três grandes, iriam entrar em guerra assim que chegasse a décima-segunda Horae, anunciando o início do dia 22 e o final do prazo de Zeus para a devolução do Raio Mestre e do prazo de Poseidon para receber suas desculpas formais por ter sido chamado de ladrão injustamente.

Eu mesma tinha ido atrás do Raio de meu pai, na verdade eu deveria encontrar o filhote do peixe, que teoricamente está com o Raio, mais isso não faz sentido nenhum. Roubo não faz o tipo de Poseidon, ele só é orgulhoso demais para fazer o senhor Zeus enxergar isso.

Olhei mais uma vez para a via principal do Olimpo, foi quando o vi. Não é possível, pensei. Era para ele estar morto.

Tobias Jackson andava calmamente com uma mochila no ombro. Meus neurônios começaram a trabalhar incessantemente. Tinha que ter uma explicação plausível para uma pessoa que estava morta estar andando praticamente no meu quintal.

Olhei novamente para o garoto e já comecei a me acalmar, ele era novo demais para ser Tobias, Tobias morreu com 20 anos, este garoto tinha no máximo 13 anos. Então só tinha uma explicação, este não é Tobias. Este é o atual filho de Poseidon, o tal Perseu. A semelhança com Tobias era incrível. Os olhos verdes, o cabelo preto e o sorriso travesso eram características da maioria dos filhos de Poseidon de que eu me lembrava, mas o formato do rosto, o nariz, lembravam muito Tobias.

Me transportei até o Salão dos Tronos, somente Zeus e Poseidon estavam ocupando o lugar. Os dois estavam de pé discutindo, senti uma pontada de ciúmes, era para ser eu discutindo com Poseidon e não meu pai.

–Se você fizer alguma coisa com o garoto vamos ter guerra de um jeito ou de outro!

Zeus gritou alguma coisa que não entendi e jogou um raio no meio do Salão. Foi aí que meu lado de deusa da Diplomacia resolveu intervir.

–Garotos! Guerra não é a resposta.

Os dois me olharam, provavelmente só por que os chamei de garotos.

–Athena, o que faz aqui? – perguntou Zeus, sentando em seu trono, Poseidon fez o mesmo.

–Vim avisar que o garoto adentrou o Olimpo, o vi de minha janela.

Os dois trocaram um olhar.

–Ele conseguiu recuperar o Raio? – perguntei.

–Ele sempre esteve de posse do Raio. – resmungou Zeus. Poseidon o olhou com fúria.

–Já discutimos sobre isso, meu irmão.

Passos ecoaram na escada da entrada.

–Athena, agora vá. – falou meu pai – Está reunião será somente entre eu, Poseidon e o garoto.

Um calor subiu através de meu pescoço. Eu, Athena, sendo expulsa do Grande Salão.

–Mas, pai. – reclamei – Eu posso lhe ajudar a ver melhor a situação, posso dar minha opinião, o senhor sempre leva em conta minha opinião. Eu sou seu braço direito...

–Isso eu não posso negar. Mas por favor, Athena, com licença. O garoto já vai surgir na porta.

Ainda me sentindo profundamente magoada me retirei. Sentada na beirada de minha cama observei o caderninho preto. Tantas memórias, tantas histórias. Agora a profecia que se dirigia a mim e a Poseidon ficava cada vez mais clara, com o nascimento do filho dele e de sua imprevisível amizade com uma de minhas filhas mais brilhantes acendeu o meu alarme interno para problemas.

A Grande Profecia, que foi descrita na IIª Guerra Mundial, tinha um verso muito parecido com o da Profecia dos Trópicos, como eu e Poseidon resolvemos chamar a profecia feita no Baile da Ilha Fiscal.

Depois de alguns minutos Clio bateu em minha porta.

Lady? – perguntou, receosa em entrar no quarto, já que tinha pedido para não ser interrompida.

–Sim, Clio?

–Lorde Poseidon está na entrada do tem... – mas ela foi interrompida pelo próprio deus que entrou de rompante em meu quarto.

–Senhor! Eu pedi para que esperasse lá embaixo! – disse Clio, chamando corajosamente a atenção de um dos Três Grandes.

–Pode deixar, Clio. Nos dê licença.

A Musa se afastou desconfiada.

–Percy traz notícias preocupantes. Ele diz que Cronos está por traz do roubo do Raio-Mestre. Ele interveio nos sonhos de Ares e o fez roubar o símbolo de poder de Zeus.

Eu tremi. “Causarão a volta de velhos inimigos.”, lembrei de um dos versos.

–Athena, agora é para valer. Lembre-se do que o titã Oceano me falou quando o interroguei depois do Titanic. Cronos precisava de tempo, e isso ele teve de sobra. Percy é o garoto da Grande Profecia e é o “filho do mar” citado na Profecia dos Trópicos.

–Espero que Annabeth não seja a “filha da sabedoria” desta profecia.

–A amizade deles não pode ter sido coincidência.

Balancei a cabeça.

–E o meu pai. O que ele falou da acusação do garoto?

–Ele disse que o assunto estava encerrado. Cronos se agita de vez em quando e isso é normal. Ele não irá se reerguer. Porém, Percy falou que o plano dele é exatamente este, passar despercebido.

–Estamos às vésperas de uma segunda Titanomaquia?

Poseidon levantou os ombros, sem saber responder.

–Você sabe que Epimeteu aprontou mais uma, tive notícias que Oceano tentou libertar monstros de minha prisão e Prometeu... Bom você viu o que Prometeu fez.

Tomei uma decisão.

–Não podemos mais esperar, levemos a Profecia dos Trópicos ao conhecimento de meu pai e após dele, a divulgaremos para o Conselho.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?

Até a próxima fic!!

bjus