Observei atentamente o professor ir até o quadro, sentei-me novamente em minha cadeira, estava com tanta raiva que queria bater em todos que eu via pela frente. Quando tocou o sinal do recreio, as meninas vieram em minha direção. Com certeza ela estão vindo para conversar sobre Lupus.

- Kanade, como vai? – Disse Carla com um sorriso falso.

- Se vieram falar sobre o Lupus, eu já disse não fui eu, e nem tem como ter sido eu. – Respondi.

- Nós sabemos. – Responderam.

- Então por que a Carla fez um sorriso falso? – Perguntei estranhada.

- Ah, é que eu assisti vários filmes de terror ontem e não dormi, me desculpe se preocupou você. – Respondeu Carla.

- Ata, pelo menos você me explicou. – Respondi.

- Vamos lanchar, então? Estou morrendo de fome. – Perguntou Vitoria faminta.

- Está bem, também estou morrendo de fome. – Respondi pegando minha bolsa de lanche.

Fomos à lanchonete, muitos ficaram com medo e se afastaram de nós, devemos ser o trio louco que gosta de terror. Enfim, eu não poderia falar nada, já que, pelo menos, eu tenho duas amiga para tudo. Fui até nossa mesa e comecei a comer meu sanduíche de mortadela, quando dois garotos vieram em nossa direção.

- Ei você, você é a Kanade, por acaso? – Perguntou o mais alto.

- Sim, algum problema? – Perguntei.

- Nós estamos de olho em você. – Disse o baixo.

- Por que? Fiz algo de errado? – Perguntei.

- Você não acha estranho uma pessoa morrer esfaqueada sem motivo? Principalmente quando estava investigando uma pessoa. – Disse o alto nervoso.

- Olha aqui, deixe a nossa amiga em paz, ela não fez nada e eu vejo isso nos olhos dela, agora saiam da nossa mesa, por favor. – Disse Carla.

- Está bem, se nos der licença. – Disse o baixo saindo junto com o maior.

Ainda não acreditava que Lupus tinha esses dois amigos, eles pareciam legais, mas eles também querem ser detetives com certeza, não liguei para isso e continuei falando de filmes de terror com as meninas enquanto lanchava.

Tocou o sinal para voltarmos para a sala de aula, fui correndo com as meninas, já que eu não podíamos nos atrasar para a aula de geografia. Ao chegar na porta da sala de aula, estavam os mesmos garotos que me perguntaram se eu matei Lupus, eles estavam sérios demais para meu gosto.

- Olá, algum problema, pessoal? – Perguntei chegando em minha carteira, onde eles estavam.

- Ainda queremos respostas, Kanade, você matou Lupus, não foi? – Perguntou o mais baixo.

- Já disse que não, pode até ligar para minha mãe e confirmar, estava em casa o dia inteiro. – Respondi.

- Está bem Kanade, mas poderia nos dizer aonde você e as suas amigas foram nos últimos dias? – Perguntou o mais alto pegando um bloco de notas e um caneta de seu bolso esquerdo.

- Só fomos no cinema do bairro Namun. – Respondi – Não me lembro se era bairro ou rua.

- Interessante, apenas isto que vocês fizeram?. – Perguntou anotando.

- Sim, agora deixe-me sentar em minha carteira antes que a professora chegue e nos xingue por estar em pé. – Respondi botando as duas mãos na cintura e olhando diretamente nos olhos deles.

- Está bem, senhorita Kanade, estamos indo em bora. – Respondeu o mais alto.

Só olhei para eles saírem de minha mesa e ficarem bem, mais bem longe mesmo, para que eu pudesse pensar um pouco durante a aula, sentei em minha cadeira, cruzei as pernas e olhei para frente para pensar no que irei fazer para não arranjar novas suspeitas.

Terminou as aulas de segunda feira peguei minha mochila e o resto de minhas coisas e sai pela porta da sala com um alivio e um pouco de perturbação, sai pelo portão da escola sem ter avistado minha mãe e fui direto para casa hoje o dia não só pode melhorar como pode piorar pelo fato de tantas suspeitas de que eu matei Lupus.

 - Olá novamente Kanade. – Disse o menino alto, eu já vi ele na escola era o mesmo meninos alto de cabelo castanho e o seu companheiro um muleque baixo e de cabelo loiro.

- Nós ainda não te apresentamos, eu sou Pedro meu amigo baixinho se chama Kulon. – Disse Pedro.

- Prazer em conhecê-los, agora posso ir para minha casa em paz? – Perguntei cansada.

- Só temos uma simples pergunta para você. – Perguntou Kulon.

- Fale rápido eu to com fome. – Respondi apressada.

- Você dorme que horas? – Perguntou.

- Cerca das oito a onze horas por que? – Perguntei.

- Nada só queremos saber mesmo. – Responderam me dando xau.

Apenas obsevei e continuei observando aqueles dois palermas ficarem longe de mim, corri direto para minha casa tirei a mochila e a joguei no sofá, fui direto pra cozinha comer algo pois estava morrendo de fome que parecia que eu voltei de um deserto.

- Que isto filha se voltou de uma seca? – Perguntou minha mãe me vendo botar muita comida no prato.

- Voltei sim, to morrendo de fome. – Respondi botando o prato na mesa e me sentando na cadeira para comer.

- Entao como foi a escola hoje em filhota? – Perguntou meu pai.

- Nada de mais so aquela mesma chatisse de ficar olhando para o quadro e copiar a matéria que estava la. – Respondi.

- Mesmo assim lembre-se de estudar sempre e tirar notas boas nas provas entendeu?

- Sim mamãe, em falar nisso as provas devem estar chegando.

- Que bom qual quer duvida pesquise na internet ou pergunte para mim e seu pai.

- Esta bem obrigada, agora me deixa comer em paz?

- Claro.

Terminei meu almoço e fui para meu quarto, deitei na cama e fiquei pensando no que fazer agora com duas pessoas em minha cola, se eu os mata-los eles vão pensar que eu os matei mas eu to com uma vontade incrível de tomar sangue mesmo assim não posso pois não sei qual será minha próxima vitima e isto terei que esperar.