Love Hurts escrita por Rileid


Capítulo 31
Ninguém mais, ninguém menos do que Annabeth Chase


Notas iniciais do capítulo

Geeeeente. Vocês me perdoam? Não? Ok -q. Não me matem, sério. Eu sei que eu demorei e tal, mas... "porra foram três meses sem postar" "porra oque você tem na cabeça" "que porra foi essa, porra" gente, eu to cheeeia de problemas em casa, sem falar no capeta do meu irmão que não me deixa em paz quem se interessar (ou seja, ninguém) me manda uma mp e eu desabafo.



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– Foi uma bela tentativa, mas... não. - murmurei, mordendo o lábio. A verdade era que eu queria muito aquilo. Mas eu não sabia. E se o Perseu estivesse blefando? E se ele, na verdade, estivesse brincando comigo? Sei que até agora parece dramático, mas poderia ser uma possibilidade. Fui imaginando cada vez mais se's, até que o sono me envolvesse como um cobertor macio e aconchegante.

P.O.V Percy

"Não", Thalia havia dito. Mas eu pude sentir um sim dentro daquele não. Até porque eu sou Percy Jackson, e "não" está em primeiro lugar no meu top dez de palavras não aceitáveis. A barraca estava gelada. Eu queria envolver Thalia em meus braços pra sugar o calor dela, mas sabia que isso resultaria em (mais um) olho roxo, então fiquei quieto, esperando o sono chegar.

Uma hora depois, (N/P: procura-se sono. O desgraçado foge de mim tem cinco noites, nenhuma pista até agora. Recompenso quem achar com uma BMW) ouvi um ruído vindo do lado de fora da barraca. Um zíper. Se abrindo. Não havia lido e muito menos dado importancia as regras daquela bosta de lugar, mas sabia que era proibido sair da barraca. Em uma situação assim, você a) fecha os olhos e volta a tentar dormir, b) imagina como alguém pode ser idiota a ponto de sair da própria barraca em plena madrugada ou c) abre seu zíper e sai também, aproveitando pra sentir o ar agradável de duas da manhã. C de curioso! Foi o que eu fiz. Abri o zíper da barraca, calcei as pantufas de girafa da Thalia e pulei pra fora. E me deparei com ninguém mais, ninguém menos do que a Annabeth Chase.

Eu sabia que a Annabeth estava chateada comigo, e, em partes, era por isso que eu a tinha evitado o dia inteiro. Mas sabia que ela merecia algo mais, e sabia que eu não sossegaria quieto até explicar tudo pra ela.

– Annabeth. - ela deu um pulinho, meio assustada. Pude ver aue ela estava com um isqueiro e uma caixa e cigarros na mão, e ergui uma sobrancelha.

– Ah, sim. Oi, Percy. O que você faz acordado a essa hora? - ela perguntou, enquanto acendia tranquilamente um cigarro. Eu estava impressionado. Não pelo fato de ela fumar, e sim pelo fato de ela saber acender um cigarro.

– Hã, se não se importa, eu gostaria de saber a mesma coisa de você. - questionei.

– Bem, eu me importo. Oh, como sou indelicada. Quer um? - ela estendeu um cigarro em minha direção, e eu o recusei, gentilmente.

– Annabeth. Você está... inteligente. - ela riu alto.

– Eu sinceramente não acredito que vocês caíram na velha atuação da loira burra. É claro que eu estou inteligente. Eu sou inteligente. Dã. - ela dizia tudo aquilo tranquilamente, e eu a olhava, com uma expressão surpresa.

– Sinceramente... você achou mesmo que eu poderia ser tão burra? Você acha mesmo que eu não sei que você e a Grace se pegam? - Annabeth me fitou, ainda calma.

– Hã... é. - afirmei, inexpressivo. Annabeth riu alto. - Você era... a melhor amiga dela. Ainda é, aliás. Ela confia em você, Annabeth. A Thalia te ama.

– Olha, eu gosto de você. De verdade. E, admito, gosto dela também. Não estava nos meus planos te dizer a verdade sobre mim, mas você me flagrou, afinal. Ah, céus. Eu já estava ficando louca de vontade de fumar um cigarro. Enfim. Há quatro anos atrás, eu era CDF. A típica nerd com memória fotográfica, fã de Jornada nas Estrelas, e tal. Só que ninguém gostava de mim. Nunca. Eles me odiavam, só pelo fato de eu ser inteligente. Na verdade, eles nem sequer me notavam, e por isso foi tão fácil.

– O que? - perguntei.

– Me transformar. Fui até a Forever 21 com a minha mãe e fiz a festa. Comprei todas as roupas mais estilosas, comecei a fazer o cabelo. Ninguém chegou a perceber que a baixinha inteligente se transformou na loira burra.

– Nossa.

Silêncio.

– Eu até gosto de ser assim, sabe. Esse jeito foi se impregnando em mim, de modo que ficou fácil fingir. Só que as vezes eu preciso dar uma fugida, tipo agora. E você, Jackson, me pegou. Na verdade, eu nem sei porque é que eu estou dizendo isso. Talvez, porque eu precisava dizer tudo isso pra alguém logo, ou então eu ficaria louca. - ela fez um circulo na terra com suas botas de borracha.

– Nossa.

– Pare de dizer "Nossa".

– Noss... tá.

– Hã, não fala pra ninguém, eu acho.

– Eu acho que você deveria contar isso para a Thalia. Ela vai te entender.

– Mas aí iria perder a graça, não iria? - ela jogou o cigarro no chão, apagando-o com o calcanhar.

– Sei lá. - e eu realmente não sabia.

– Eu acho que vou entrar, antes que o Nico dê por falta. Acho que eu gosto dele, você sabe, daquele jeito.

– Eu acho ele um cara legal - menti.

– Boa Noite, Percy. - ela disse, abrindo o zíper de sua barraca.

– Hã, pense no que eu te disse. Quero dizer, sobre a Thalia.

– Vou pensar. Até. - ela tirou as botas e pulou pra dentro da barraca, me deixando sozinho com meus pensamentos e insônia.


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Notas finais do capítulo

Gente, sabiam que em PJO o Percy ia ficar com a Thalia e não com a Annabeth? Descobri isso hj, to chokita.