Love Hurts escrita por Rileid


Capítulo 22
Capítulo 21 - Noite Infeliz




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Preciso dizer que a fogueira foi um total desastre? Acho que não. Nos sentamos em uma enorme roda em volta de um projeto de fogueira. Primeiro começamos a contar histórias de terror, e estava tudo perfeitamente bem, até que alguém sugeriu a loira do banheiro, e o assunto mudou pra escola. Josh Mason começou a falar de sua vida terrível na escola, Brianna Sttil disse que era zoada no quinto ano pelos maiores, e o assunto se reverteu para bullyng, e logo depois disso para acnes e como trata - las. Bradley disse que isso era extremamente estranho e que ele queria comer pudim. Nossa guia, Palmer, sugeriu que cantassemos a música "Quem está feliz bata palmas" , o que deu certo por uns cinco segundos, até que Alexis Kelly e seu bando de meninos inventaram uma versão negra da música, chamada "Quem está com sono bata na Palmer " E a guia teve que se retirar, porque metade dos adolescentes estavam vindo pra cima dela. Sem ver o porque de continuar ali, discretamente me retirei. Antes que eu fosse embora, Percy cochichou algo no meu ouvido.
– Eu estou bêbado de sono. Vou tomar meu banho e dormir. - Fiz cara de "to pouco me fodendo" , e continuei meu caminho. Abri a barraca, tirei as galochas e começei a preparar minha cama. Se é que um lençol fino por baixo do corpo pode ser chamado de cama. Eu estava congelando de frio. Deitei em posição fetal, como se alguém fosse descer do céu e me aquecer nos seus braços. Argh. Isso é que dá assistir tanto drama.

Estava quase pegando no sono, quando ouvi um barulho do lado de fora. Era uma coisa grande e forte, e estava rugindo. Se fosse o tigre listrado, eu teria que lhe informar que essa era a barraca errada, e que a de Annabeth ficava lá do outro lado. Mas quando o zíper se abriu, não se parecia com um tigre listrado. Se parecia com Percy de pijama. Ele também estava tremendo. Me encolhi um pouco mais. Até Percy chegar, eu não tinha tido uma verdadeora dimensão do quão pequena era essa barraca maldita. E ela era REALMENTE pequena. Ele deitou, e automáticamente encostou em mim. Eu tentei chegar mais longe, mas se eu o fizesse rasgaria a barraca. Muito devagar, provavelmente achando que eu não perceberia, Percy passou a sua linda mãozinha por cima de mim e me abraçou. Bem de leve, eu retirei o braçinho dele, e grunhi. Alguns minutos depois, ele fez a mesma coisa. Eu peguei seu braço, indelicada, e joguei pra longe. Não demorou, e ele fez a mesma coisa. Resolvi acabar com isso.
– Vem cá, a gente vai ficar nessa coisa a noite toda? - Perguntei, a voz embriagada de sono. Dei um longo suspiro esperando pela resposta, que demorou, mas chegou.
– Só depende de você. - Ele disse, colocando mais uma vez o braço em cima de mim.
– Ridículo. - Eu disse, sem tirar o braço dele.
– Isso, boa menina. Agora poderemos os dois dormir em paz. - Ele disse, e eu bufei. Porque, senhor, porque? Porque EU tive que passar por aquele maldito corredor enquanto ele corria igual a um coelho com deficiência?

Eu demorei um tempinho até pegar no sono. Eu vou te perguntar só uma coisinha. É possível amar e odiar alguém ao mesmo tempo? Porque... Acho que essa mistura ódio/amor é exatamente o que eu sinto por Percy. Eu realmente não entendo o que se passa pela minha cabeçinha louca. Uma hora eu tenho vontade de beija - lo. Outra hora, tenho vontade de perfura - lo com uma barra de ferro. E o pior, tudo isso acontece ao mesmo tempo. Olhei para Percy. Ele dormia tão tranquilamente bem. Começei a reparar melhor nos traços dele. Eu não tinha me tocado disso antes, mas Percy era realmente bonito. Começei a alisar meu gesso. Não bastasse o pulso, eu também iria quebrar meu coração? Mas olhe para mim. Dizendo todas essas frases românticas e apaixonadas, como uma boba. Eu não estava apaixonada. Não outra vez. Perdida em meus pensamentos e lembranças, uma conhecida voz irritante me trouxe de volta a realidade.
– Tsc Tsc. Você e essa sua mania constante de ficar admirando meus dotes de beleza. - Percy disse, e então voltamos a estaca zero, onde eu tenho vontade de perfurar ele com uma barra de ferro.
– Pensei que os demônios dormissem mais cedo. - Eu falei, e ele balançou a cabeça.
– Não. Eles ficam acordados pensando em novos planos maquiavélicos para torturar suas vítimas. - Ele disse, e eu me virei.
– Ora, quer saber? Boa Noite, passar mal. Eu estou indo dormir. - Eu disse, e ele sorriu.
– Durma com os demônios. - Ele disse.
– Oh, que ironia, tem um bem do meu lado. - Eu disse.

Noite complicada, essa passada. Mas eu, a super- Thalia, consegui dormir cedo pra acordar bem disposta! Tá bem. Não foi bem isso que aconteceu. Eu fiquei sem sono e só consegui dormir umas duas horas da manha, talvez três. E é por isso, que quando a maldita buzina soou, eu fiquei realmente tentada a bater na Palmer, como dizia a versão dos meninos. Percy acordou em um pulo rápido, tremendo toda a barraca. Já eu... Bem, digamos que eu entrei em transe profundo por uns cinco minutos, até acordar com Percy sacolejando minha coluna vertebral (?) .Arregalei meus enormes olhos azuis, mais uma vez me perguntando. Por que Senhor. Porque justo eu, menina tão correta e aplicada tive que vir pra esse conservatório de vacas? Tá, esquece a parte do correta e aplicada. Mas é realmente injusto eu ter que estar aqui, enquanto poderia estar em casa assistindo Friends.
– Bom Dia, capeta branco. - Ele disse, ae referindo a mim. Não curti. Achei ofensivo, apaga!
– Que merda de vida. - Resmunguei. Aparentemente eu estava em um estado extremamente perigoso, porque eu estava em uma combinação mix de Sono, Fome e frio. Isso não ia prestar. Resmunguei alguns (muitos) palavrões, consegui colocar a cara pra fora da barraca. Então a minha cara foi congelada, e eu morri. Êê, fim da minha entediante história. Ok, eu não morri. Mas seria bem mais legal se eu tivesse morrido. Com muita dificuldade, consegui erguer o corpo e tentar uma saída da barraca.

Mas você não tem idéia da capacidade destrutiva do Jackson. Ele consegue destruir até mesmo uma saída descente da barraca. Ao mesmo tempo que eu fui tentar sair, o inteligência rara colocou o corpo pra fora também. E como ele dá dois de mim, posso lhe confirmar que isso não foi nada legal. Adianto - lhe o resultado : Caímos os dois de cara na grama molhada. Ele começou a rir. Eu estava quase cedendo a vontade de chorar. E pelo amor do kinder ovo com nutella, ainda estavamos no segundo de sete dias. Mas tudo iria ficar bem. Era só ninguém deixar uma barra de ferro circular pelas minhas mãos. Ou então certa diretora teria seu intestino perfurado.


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Notas finais do capítulo

É isso. Comentem se gostaram.



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