Perdendo a mim mesmo escrita por GabiMq


Capítulo 9
Começou a nevar.


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeeeeeeeei! Guardem suas pedrinhas, eu sei que sou irresponsável e tal... Me desculpem. Vou parar de enrolar e deixar vocês com o capítulo ♥



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I just want to see you

when you're all alone

I just want to catch you if I can

I just want to be there

When the morning light explodes

On your face it radiates

I cant escape

I love you till the end

I just want to tell you nothing

You dont want to hear

All I want is for you to say

Why dont you just take me

Where I've never been before

I know you want to hear me

Catch my breath

I love you till the end

I love you till the end

I love you till the end

I just want to be there

When were caught in the rain

I just want to see you laugh not cry

I just want to feel you

When the night puts on its cloak

I'm lost for words dont tell me

'Cause all I can say

I love you till the end

I love you till the end

I love you till the end

– E começaremos agora o desfile da Stylus! Para a revista X. – Vi de longe a porta do banheiro aberta (sem segundas intenções... Talvez mínimas, mas nada pervertido) e quando fui fechar para preparar tudo para a entrevista, já que faltam apenas 20 minutos e eu queria tudo perfeito, consegui ver a Katniss treinando com o espelho como anunciar o desfile. Eu estou sorrindo por ela não ter me notado. – Oi! Olá! Oooolá! – E mordendo o lábio para evitar rir de suas muitas caretas. – Sou Katniss. Sou Kat-niss. Sou a Sra. Eveerden. Srita Eveerden. – Estava cada vez mais complicado, mas continuei a olhar só por mais um tempinho. – Sra. Mellark. Katniss Eveerden Mellark. Hã? Não Katniss, sossega.

– Para que sossegar? Gostei da combinação de nossos sobrenomes... – Ela acabou de se virar para mim e eu estava rindo um pouco baixo, mas sem deixar de falar, claro, comecei tenho que terminar.

E eu adoro vê-la vermelha. – “Katniss Eveerden Mellark” ou “Peeta Mellark Eveerden”? Qual você prefere?

– Você estava me vigiando?!

– Talvez.

– Bobo! – A Katniss veio até mim me ameaçando dar um tapa, mas acabou escorrendo pelo salto e, antes que caísse no chão e “amassasse” seu vestido (sempre tem um problema.O banheiro da minha empresa é limpinho. Mas sempre tem algo que as mulheres conseguem arranjar defeito como “amassar a roupa”. Tudo bem que é uma entrevista de emprego, mas tem mulheres que sismam tanto com isso que chega a dar enjoo, sério) eu a peguei em meus braços e comecei a rir.

– Sou bobo?

– Muito! – Ameacei deixar ela cair e ela me agarrou no pescoço e gritou. Depois de muitos tapas, se cansou e continuou me encarando. – Muito. – Falou mais baixo. Segurei sua nuca levemente e encostei nossos lábios, aos poucos nosso beijo foi se aprofundando, mas meu relógio começou a apitar e ambos voltamos a realidade. Ou não.

Eu ameacei me afastar mas ela sorriu e acariciou meu cabelo, ainda com o corpo meio apoiado em meus braços. A beijei novamente.

– Mais uma vez. – Ela me pediu. E novamente. – Só mais uma. – E novamente. – Mais uma... – E outra vez...

E ninguém se cansava.

(...)

– Olá! – Acenei para todos da sala, que já estava cheia por sinal, e o Finnick me olhou preocupado com meu atraso, mas ele viu a Katniss atrás de mim logo em seguida, e sorriu maliciosamente. Finnick sempre tão... Finnick.

– Olá. – O gerente da Revista X sorriu para mim e apertou minha mão, o que me assustou de inicio já que sempre imaginei um homem sério e rígido e... – Seu sub-gerente-chefe – sub-gerente-chefe? – estava me explicando tudo sobre o desfile e a nova estilista de vocês. Estou ansioso Sr Mellark.

– Então meu “sub-gerente-chefe” – falei olhando fixamente para meu querido amigo que adora subir de posto sem me avisar – já explicou tudo ao senhor? Ótimo! Mil perdões pelo atraso, não irá acontecer novamente.

– Sei que não. – Ele me olhou e sorriu, o que fez me perguntar se ele também era malicioso, mas decidi ignorar. – Prazer. – Disse ele beijando a mão da Katniss, o que eu realmente não gostei de início, mas entendi que é só profissionalismo, então deixei passar.

– Eveerden. – Ela sorriu para ele, o que, tamanha formalidade, de certa forma me aliviou.

– Eveerden. – Ele concordou e voltou a se sentar em seu lugar. – Bem... Eveerden, Mellark, Odair, eu e meus empregados estamos ansiosos por ver este desfile.

–Obrigada. – Finnick sorriu. – Então... Que runfem os tambores!

– Tambores? – Eu e Katniss nos perguntamos. Mas ficou muito bom, deu um ar de mistério, e logo a modelo e o modelo de pijamas de pandas e toucas de pandas entraram na sala. – Tcharans. Porque até para dormir é preciso “Stylus.” – Que trocadilho infeliz...

– Finnick... – A Katniss falou, provavelmente pedindo mentalmente o mesmo que eu, para que ele calasse a boca.

Eu prestei atenção em todas as feições do “Sr X”, mas ele não mudava muito de feição, e o adulto animado, sorridente – e atirado – de pouco tempo atrás tinha ido embora, o que realmente me deu muito medo. Mas vamos lá.

– Pandas? – Ele perguntou e eu olhei diretamente para a Katniss. Era como se tivessem enfiado uma faca no estômago dela.

– Pandas. – Finnick respondeu quase o metralhando com o olhar – Roupas lindas e muito bem desenhadas para dormir... De pandas. – Ele foi até os modelos e os rodeou.

– Diferente... Exótico.

– O que tem de exótico em pijamas? – O Finnick me puxou e sussurrou, eu ri baixo, mas me controlei – Dependendo de quem, se trocar o “X” por um “R”... Tipo a Annie com uma roupa bem...

– Finnick! – Falei e dei uma cotovelada na sua barriga. O “Sr X” na mesma hora olhou para mim e eu tentei disfarçar sorrindo forçosamente. – Digo, “sub-gerente-chefe” deixemos que ele avalie ok? Você já pode parar de falar. Obrigada.

– Sim senhooooor Mellark. – Ele falou fazendo manha.

Pouco ligo.

– Então... – A Katniss falava ansiosa.

– Gostei. – Ele falou e ela começou a sorrir descaradamente.

– Gostou? – Ela perguntou.

– Claro que sim! E posso usar seu slogan, senhor Odair? – Ele falou e o Finnick me olhou assustado tentando lembrar de qual slogan ele tinha dito sem saber.

– É cla-claro... – Falou com medo de ter sido algo com duplo sentido e ele não ter notado. É muita cara de pau. Mereço?

– “Porque até para dormir é preciso ‘Stylus’ “ – Sorriu, entendendo a confusão na mente desse ser.

– Ah, isso. Claro que pode!

– Ótimo. Conseguem fazer pelo menos 100 até amanhã?

– 100 slogans? – Finnick babaca. Babaca. Babaca. – Estou brincando! Faremos sim, amanhã passe aqui que estará tudo pronto. – O puxei na mesma hora.

– Finnick seu louco! Mal fizemos 1 hoje, faremos 100 amanhã?

– “Chefe”, nós já temos o desenho. E por favor né, temos empregados, eles precisam fazer algo além de consumir comida. – Ele falou e voltou a se virar para o gerente da revista. – 100 até amanhã!

– Obrigada! – Ele falou e se levantou e caminhou até a Katniss. – Foi um prazer te conhecer. – E outro beijo na mão...

– Fico feliz de você ter gostado da roupa. – Ela sorriu e eu apertei a mão dele um pouco descaradamente.

– Também fico muito feliz. – Ele forçou um sorriso e foi falar com o Finnick.

– Vocês fazem um ótimo trabalho aqui. Parabéns. – E foi até a porta. Todos os seus outros 29 funcionários passaram por nós apertando nossas mãos feito robôs.

– Ufa, acabou! – Finnick falou e eu olhei para ele.

– Sério? “Ufa”? Você marcou uma entrevista DE ÚLTIMA HORA e diz “Ufa, acabou!”? – Falei e cheguei mais perto.

– É... – Ele recuou. O encarei por mais um tempo.

E comecei a gargalhar.

– Como é cara de pau gente... Você enrolou direitinho ele pelo meu atraso, obrigada “sub-gerente-chefe”.

– Vai usar tom irônico toda vez que falar isso?

– Claro cara, você é meu secretário... – A Katniss começou a gargalhar junto a mim e o Finnick fez uma cara de emburrado, mas logo começou a rir também. – Quem saiba eu pense em aumentar seu cargo... Quem saiba.

– Deveria. Se não fosse por mim, o “Sr X” iria sair da sala pelo atraso de uma certa pessoa. – Ele pigarreou. – Digo, certas. – E a Katniss corou.

– Que ótimo que tudo saiu bem. – Ela falou e sorriu. Eu a abracei pelos ombros.

– Sim, que ótimo.

– Então... – Finnick falou acompanhando o movimento das minhas mãos. – É oficial, algo assim? – E Katniss corada de novo.

– Como é cara de pau... – Suspirei. – Vamos, ainda quero tomar um frappuccino. – Falei e caminhei com a Katniss para o corredor e com o Finnick atrás de nós.

– Moraaango! – Ele começou a cantarolar.

– Cara, chocolate. Por favor. – Falei.

– O que importa é ter chantilly. – E a Katniss complementou. Nós três começamos a conversar sobre coisas inúteis e fomos até lá tomar nossos frappuccinos.

(...)

– Bem pessoas, vou indo. Annie me espera.

– Ui, “Annie me espera” – Debochei com sua voz e ele me deu um tapa na cabeça – Vai lá.

– Tchau Finn! – A Katniss acenou em meio a risadas e ele foi embora.

– Sobramos nós. – Falei a encarando e sorrindo.

– Sobramos nós. – Ela falou mexendo no chantilly de seu copo com o canudo.

– Gosta mesmo de chantilly, hein? – Ela me levantou o olhar.

– Que pergunta estranha... – E de repente parecia que todo o humor dela tinha mudado. – Mas sim, gosto muito.

– E posso saber o por quê? – Ela me encarou por um tempo e eu me perguntei se disse algo errado. Sei lá né, mulheres. – Se não confiar em mim não se force a me contar.

– Confio em você. – Ela suspirou e voltou a mecher no canudo. – Me lembra a neve... Queria que minha última lembrança dela fosse boa.

– Me desculpe.

– A culpa não é somente sua. – Ela falou ainda olhando fixamente o copo. – Ainda gosto da neve, só preciso esquecer de...

– Pára.

– Eu preciso ir pra casa. – Falou e se levantou.

– Ei, espera. – A puxei pelo braço, já estávamos fora do local... – Que mudança radical foi essa de humor? Me desculpe, não queria te prejudicar com más lembranças.

– Peeta, me larga! – Ela falou se rebatendo dentro de meus braços. – Me larga Peeta! – E cada vez falando mais alto.

– Katniss se acalma.

– Peeta! Me larga Peeta! Me larga! – E começou a chorar e a gritar, mas ela se rebatia tanto que se eu a soltasse ela iria cair feio.

– Katniss, pára, por favor!

– Peeta! – Ela gritou.

– O que está acontecendo aqui? – De repente prestei atenção a minha volta. Uma multidão tinha se formado e um policial estava vindo falar comigo.

– Eu... Eu não sei. – Falei.

– Moça. – Ele falou perguntando para a Katniss, que estava com os olhos cheios de lágrima e soluçando desesperadamente.

– Não está nevando... – Ela sussurrou para si mesma, mas eu consegui ouvir. – Deixa policial, não foi culpa dele, eu não quis provocar todo esse alvoroço. Me desculpe. – Ela falou e eu dei um passo para trás, mas voltei a falar com o policial.

– Senhor policial... Me desculpe, não quis causar tumulto. – Falei e ele me analisou da cabeça aos pés.

– Primeiro erro. O segundo é cadeia. – Ele falou isso completamente sério e saiu andando.

Eu? Eu continuei ali observando a Katniss.

– O que foi isso? – Sei que é indelicado perguntar, mas não tem muito o que perguntar além disso.

– Peeta eu... Me perdoa. – Ela me abraçou e a multidão foi se dispersando a nossa volta. – Me perdoa, de verdade.

– Katniss...

– Eu não queria te fazer passar por isso! Entende agora por que não podemos ficar juntos? Eu... Eu não sou a pessoa certa para você. Não sou certa para ninguém! – Ela me abraçou ainda mais forte e fungou em minha blusa. – Me perdoe. Por favor. Se você quiser, eu sumo! Eu me demito. Eu desaparaço. Mas não fique com raiva de mim...

– Katniss...

– Você já está com raiva de mim. Já está eu sei. Eu sei que está. Mas eu prometo que eu não quis e... – Eu a puxei pela nuca e a beijei.

– Katniss, eu te amo. Calma. Podemos conversar sobre isso depois. Eu estarei contigo até o fim. Quero poder te ver com as luzes apagadas. Quero poder te ver quando a luz da manhã explode em seu rosto. Só quero poder ter você se eu puder. E eu não consigo fugir desse sentimento, porque eu vou te amar até o fim. – Ela me olhou com os olhos marejados e eu a beijei novamente.

– Mas e se o fim não existir? – Ela me respondeu e voltamos a nos beijar.

– Ele não existe.

E adivinhem?

Começou a nevar.




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Notas finais do capítulo

Música: I Love You Thill the End - Música tema do filme Ps. I. Love. YouTradução:"Eu apenas quero ver vocêQuando estiver completamente sozinhaEu apenas quero pegar você se eu puderEu só quero estar láQuando a luz da manhã explodeEm seu rosto e se irradiaEu não posso escapar, masEu te amo até o fimEu só quero lhe dizer nada queVocê não quer ouvirTudo o que eu quero é que você me digaPorque você não me leva paraOnde eu nunca estive antesEu sei que você quer me ouvirPegar meu fôlego, poisEu te amo até o fimEu te amo até o fimEu te amo até o fimEu só quero estar láQuando nós formos pegos na chuvaEu só quero ver você rir e não chorarEu apenas quero que você sintaQuando a noite nos coloca sobre o seu mantoEu estou perdido pelas palavras não me digaPorque tudo o que posso dizer é queEu te amo até o fimEu te amo até o fimEu te amo até o fim" Boa noite!