Eu acordei no meu quarto, suando e tremendo. Adivinha porque?Outro sonho. Perdi a conta de quantas vezes eu estava sonhando as mesmas coisas. Eu queria poder pensar que era um sonho comum, mas não era. Eu sabia que iria acontecer, antes eu duvidava, mas agora... eu tinha certeza de que iria acontecer. Se não, porque eu estava sonhando com isso todo o santo dia? E porque o sonho tinha tudo a ver com a minha profecia? Eu suspirei e levantei da cama, eu cai no chão, ainda estava fraca por ter esgotado o meu poder. Eu deitei no chão e comecei a chorar sem me importar com nada. Estava chorando, como uma fraca, apenas um garotinha fraca. Tentei me levantar, mas acabei caindo de novo e gemi de dor, acabei batendo com a cabeça na cama.
–Droga! - eu disse e dessa vez consegui me levantar e fui cambaleando para fora do quarto. Sequei minhas lágrimas e esfreguei os olhos. Fui em direção ao refeitório estava morrendo de fome. Entrei no refeitório e todos olharam para mim, a porta bateu e o silêncio reinou. Me sentei em uma cadeira ao lado de Hazel e todos olharam para mim. Eu corei. Hazel percebeu e me salvou.
–É, Jenna estamos conversado sobre as profecias. - disse Hazel.
– Profecias? - eu perguntei.
– Sim a sua e a nossa. - disse Piper. - Você conhece a nossa profecia? - perguntou Piper.
– Sim, Zeus já me contou sobre ela. - eu respondi ainda um pouco envergonhada por todos estarem me olhando.
– Ótimo, estamos falando sobre tudo o que está na profecia, principalmente sobre a parte: " Uma vida será salva e com outra será paga" E estamos dando nossa opnião sobre tudo.
Eu senti como se um raio tivesse atravessado o meu corpo. Ai, não. Eu não queria ouvir sobre isso. Não aguento mais isso. Não quero falar sobre essa parte. Não essa parte. Só então percebi que estava tremendo.
– Tá tudo bem?- perguntou Annabeth.
– Sim...esta tudo bem...tudo bem, Annie. - eu disse tentando para de tremer.
– Não parece. - disse Valdez.
– Eu só estou preocupada, okay? Eu não quero ouvir sobre isso. Não aguento mais essa profecia, eu sei que vocês não confiam em mim, e sei também que vocês estavam falando sobre mim antes de eu entrar, então me botem para fora do barco, me matem, sei lá! Só não quero falar sobre essa droga de profecia! - eu disse com a cabeça explodindo de raiva.
– Okay, agente tava falando sobre você sim. - disse Octavian. - Realmente não confiamos em você! Quem sabe Gaia não te usa para destruir tudo? Ou talvez você já esteja do lado dela. O destino esta nas suas mãos, e eu não apoio isso. Você é uma menina descontrolada que odeia os deuses e pode mudar de lado, se já não mudou. - disse Octavian.
– Quer saber Octavian? Eu confio mais nela do que em você! Você sempre quis ser melhor que todos, mas não é. Você é um maluco cortador de ursinhos. Jenna é corajosa e já salvou nossa vida várias vezes. E mais fácil você nós trair do que ela. - disse Hazel.
– Obrigada. - eu sussurei.
–De nada, agora...Nico, explique novamente o que vamos fazer. - disse Hazel olhando para Nico.
– Nós temos que ir até Épiro para fechar as portas da morte, e é lá que Gaia e seu exército deve estar, é simples. - disse Nico.
– Simples? Alguém vai morrer no lugar de outro...- disse Piper.
– Nós vamos ter que pedir a ajuda dos deuses. - eu disse.
– Vamos, mas eles não ouvem o que dizemos, eles nunca mas falaram com nenhum de nós. - disse Percy.
– Mas eu posso falar com Apolo. - eu disse.
– Como? - perguntou Thalia.
– Ele me deu uma flauta, sempre que eu toca-la ele vai vir atrás de mim. Eu quase nunca tocava, mas quando tocava ele sempre vinha. - eu contei a eles.
– Você ainda tem a flauta? - perguntou Piper e eu assenti. - Então toque, e avise a ele que precisamos da ajuda dos deuses. - disse Piper.
– Okay, esperem que eu vou pega-la. - eu levantei e fui em direção ao meu quarto, abaixei e peguei minha flauta em baixo da minha cama, depois fui em direção ao refeitório.
– Achei! - eu gritei assim que entrei.
– Ótimo, toque. - disse Annabeth calmamente.
Eu comecei a tocar uma música que Apolo sempre cantava para eu dormir, eu amava aquela música. Então um brilho intenso surgiu na minha frente: Apolo.
– Uow. O que...Jenna! - Apolo correu até mim e me abraçou. - Como você está? - perguntou Apolo com o braço no meu ombro.
– Muito bem, por enquanto. - eu disse.
– O que quer dizer com isso maninha? - perguntou Apolo.
Só então percebi que todos olhavam para mim e para Apolo assustados, eu ri disso e ele também.
– Esse é Apolo para quem não conhece. - eu disse.
– Olá semideuses...e semideusas. - disse Apolo rindo para Thalia e Hazel.
– Okay Apolo, pare de dar em cima das minhas amigas. Precisamos da sua ajuda e a ajuda de todos os deuses também. - eu disse.
– Okay. Mas ajuda para que? Se for para vencer Gaia, nós já vamos ajudar. - ele disse.
– E porque vocês se fecharam? - perguntou Percy.
– Ah, Percy! Que bom te ver de novo! Você é o maior assunto lá no Olimpo! Mas respondendo a sua pergunta, nós achamos melhor assim. Quer dizer, nós não. Meu pai, Zeus. - disse Apolo.
– Mas vocês vão ajudar não é? Vocês vão estar lá na guerra? - disse Jenna.
– Não sei se vamos estar no mesmo lugar que vocês. Mas vamos estar lutando.- disse Apolo.
– Você vai estar nas portas da morte, Apolo? - eu disse quase implorando para que ele fosse para lá quando a guerra começasse.
– Jen, eu não sei aonde eu vou estar, mas você sempre vai poder me chamar. Eu vou te ajudar Jen, eu prometo. - disse Apolo me dando um beijo na testa. - Agora eu tenho que ir.
– Mande um beijo para Artie. - ele assentiu rindo - E, Apolo. - ele se virou para mim antes de ir embora.
– Esta tudo bem, né? - eu perguntei, essa era a pergunta que eu fazia a ele desde os seis anos.
– Sim, esta tudo bem Jen. - ele disse desaparecendo. E eu, com aquelas palavras de Apolo consegui sentir um pouco de esperança.