The Auror escrita por Heitor


Capítulo 6
Capítulo 6 - A Fuga


Notas iniciais do capítulo

Ficou longo.
Espero que não torne a leitura cansativa! :D



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Estava a noite. Adam pensava na noite passada em Plummore. O grupo de bruxos que andavam pelo local a procura da garota. O jovem tinha o desejo de encontrá-la. Se eles desejavam tanto ela, é por que precisavam de algo que ela tinha. O paradeiro dos outros, pensou Adam. Só pode ser. Depois de contar o que achava a respeito disso para Zoey, ela respondeu:

– Você não acha que se ela soubesse onde estão, já não estaria lá?

Adam tossiu. Não havia pensado nisso.

– É..

– Vamos indo.

Os dois estavam saindo do hotel em que se hospedaram. Suas mochilas já haviam sido arrumadas, e estavam sobre a mesinha da recepção.

– Tem certeza do que está fazendo? – Perguntou Zoey, preocupada.

– Tenho. Eles autorizaram deixar nossas malas aqui até voltarmos. E depois, eles retiram nossa ficha do hotel completamente. Estamos cadastrados como visitantes. – Adam ainda não estava confiante do que ia fazer – O.k., repassando o plano: vamos até Plummore, resgatamos a tal garota e voltamos para cá. Se ela souber aonde estão os outros, já estaremos preparados para ir.

– E se ela não for de confiança?

– Ora, somos dois contra um.

– Não. – Replicou Zoey – É um contra um. Você está com minha varinha.

– Ah, acho que já está mais que na hora de eu te devolver. – Ele retirou uma varinha acinzentada do casaco e estendeu para Zoey – Me desculpe. – A garota sem hesitar pegou-a, e pôs na sua bota.

Quando eles se hospedaram no hotel e foram procurar sinais de bruxos, Zoey se irritou com um senhor trouxa meio-surdo no meio da rua e o estuporou. Adam tinha tomado sua varinha.

– Vamos. – Disse ele, e os dois saíram pela porta de vidro automática do hotel. Esperaram em torno de dois minutos até que um táxi parou. Eles entraram.

– Rua Tristiam, por favor. – Disse Zoey, e entregou o dinheiro trouxa para o cara gorducho que conduzia o táxi. Ele tinha uma pele rosada. Parece um leitão, pensou ela.


+ + +



O táxi parou em frente ao parque abandonado que conduzia a Plummore. Adam e Zoey desceram e seguiram até a primeira rua onde viraram à esquerda. Os lampiões de sempre estavam acesos. Então chegaram a rua escura onde na claridade era possível ler o nome da cidade: ‘’Plummore’’.


Imediatamente Zoey retirou sua varinha da bota e num balançar rápida, ela se acendeu.

Como ela faz isso?, perguntou-se Adam, após pronunciar Lumos e a sua também se acender. Avançaram além da placa.

Eles caminharam em passos leves, sem fazer um único barulho. Mal imaginavam o que estava prestes a acontecer.

Foram até a rua da lata de lixo, que na noite passada, havia salvado suas vidas.

– Ela deve estar por aqui. – Sussurrou Adam para Zoey.

– Isso se ela já não tiver ido embora. – Replicou à ele.

Até que um barulho chamou a atenção deles. Algo como uma explosão.

Os dois correram para o meio da rua central e viram a garota: correndo rapidamente com os longos cabelos louros esvoaçando ao vento.

– Ei, espere! – Gritou Adam, e ele e Zoey correram atrás dela. A loura estava espantada. Chegou a olhar para trás e o garoto percebeu que havia um corte em sua testa.

Correram até uma rua sem saída, onde no final, havia uma porta. A jovem garota entrou lá, e fechou a porta. Adam empurrou ela, mas a loura segurava ela do lado de dentro.

– Abra, somos amigos! – O garoto estava desesperado para entrar e conversar com ela. – Zoey, me ajude! – chamou a ela, que estava parada olhando Adam tentar abrir a porta.

Ela murmurou algum xingamento, e o ajudou a forçar a porta com as duas mãos. Então ela se abriu com um estrondo. A jovem garota loura saiu correndo pela casa, e subiu as escadas.

Os dois foram atrás, para o segundo andar.

– Pare! – E levantou sua varinha. Zoey fez o mesmo.

– Não me machuquem! – Implorou ela, a varinha em suas mãos sujas de sangue.

– Não vamos te machucar. – Eles abaixaram a varinha. – Precisamos de informações.

– Eu.. eu me chamo Eleanor. – Ela se sentou no chão. Era possível ver que estava cansada. – Não há tempo para explicações, eles estão vindo. – Eleanor estava prestes a chorar.

– Eles quem? – Perguntou Zoey, franzindo a testa.

– O bando de bruxos do partido. Eles quase me pegaram ontem a noite. Foi por pouco. – Adam fitou Zoey. – Foram eles que colocaram aquela bomba no mercado. Eu quase fui pelos ares junto com a loja. É provável que algum deles estivesse por perto, e agora virão atrás de mim.

– Uma bomba? – Adam se espantou.

– Algum feitiço em uma das mercadorias. – Ela mostrou as mãos sujas de sangue – Eu toquei numa geladeira e de repente tudo começou a se explodir aos poucos. Eu sai correndo. – Ela soluçou – Quem são vocês?

– Eu sou Adam, e ela é Zoey. Estávamos investigando aqui em Plummore. Estivemos aqui quando o grupo de bruxos do.. partido? – Ele olhou para Eleanor, que assentiu com a cabeça – Bom, quando eles estavam passando pela rua, e nos escondemos. Vimos sua sombra sumir num estalo.

– Eu aparatei. Mas estou fraca, não consigo mais..

– Ficamos hospedados no hotel Santamour. Viemos até aqui para buscar você. Imaginamos que saberia e paradeiro dos outros bruxos e.. – De repente ouviram passos lá em baixo. Eleanor se levantou rápido, gemendo de dor.

– Venham! – Chamou ela, e correu para janela. Adam e Zoey correram atrás. Eleanor passou pela janela e escorregou pela telha que tinha do lado de fora. Adam ajudou Zoey a descer, e foram. Chegaram a beira da telha, poucos metros do chão, e pularam. Saíram correndo pela rua.

Um dos homens de preto do grupo apareceu na janela e viu os três correndo.

– Achei! – gritou ele – Ela está com mais dois. Estão do lado de fora. Fugiram pela outra rua!

Adam, Eleanor e Zoey continuaram correndo. Até que viram a cena mais espantosa de todas: penumbras negras rodopiavam no ar em volta deles, até que todas pousaram no chão e se tornaram mais homens de preto com a varinha na direção dos três. Eram aproximadamente dez deles em volta dos jovens.

– Ah não.. – Murmurou Zoey. Estavam cercados.

– Segurem em mim – Disse Eleanor, num tom de voz baixo para que os homens não ouvissem.

– O que? – Perguntaram Adam e Zoey ao mesmo tempo.

– Segurem.. em.. mim.. – Repetiu ela, fazendo poucos movimentos com os lábios para que os homens de preto que neste instante riam, não percebessem que estavam conversando. – Agora! – gritou Eleanor. Adam agarrou seu braço, e Zoey apoiou sua mão no ombro da garota. E de repente, a escuridão os engoliu.


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