—---Fábrica Bracho----

—Ceramica Bracho ,com que gostaria de falar - Disse Branca a secretária.

—Aqui é do hospital Central ,por favor ,poderia passar o telefone para um parente  da senhora Paola.-disse uma enfermeira do hospital

Branca ,a secretária passou a linha para telefone da sala de Carlos Daniel . Branca ,o lhe informou que o hospital  estava querendo contactá-lo mas não tinha ideia do que era . Somente ,sabia que se tratava de sua esposa. Carlos Daniel ,pensou que poderia ser Paulina ,pois era gêmea de Paola e a teriam confundindo como geralmente ocorria .

 Ele atendeu o telefone e respondeu as perguntas do grau de parentesco com a senhora que estava lá . A enfermeira explicou o estado que se encontrava sua esposa . Em seguida ,desligou e foi direto para o hospital ,ignorou várias pessoas chamando. Só conseguiu ouvir seus próprios pensamentos e seu coração batendo de pânico .

Dirigiu pelas ruas ,com pressa . Só sabia que estava voando e chegou com tanta rapidez que nem estacionou o carro direito . Praticamente ,saltou de seu conversível prata .Andava com passos apressados, se alguém o estivesse o observando, perceberia que estava correndo . Pediu o nome de sua esposa na recepção no hospital . Informaram lhe o andar e entrou no elevador . Perdendo a paciência dos segundo e poucos minutos demorados naquele cubículo. Passava as mãos pelos cabelos ,alisando as mechas de seu sedoso cabelo . Estava totalmente impaciente ,até que a porta se abriu e avistou Paulina sentada em frente ao quarto onde estava Paola. Sabia que sua amada estava sofrendo pela sua irmã . Ele também estava ,por tudo o que ela os tinha feito .Não merecia morrer assim. Não desejaria um mal destes

 Paulina estava cabisbaixa ,olhando para suas mãos no colo ,com um olhar vazio ,sem brilho. Era sua ultima família e infelizmente ,não tempo  de conviver e aproveitar o momento. Carlos Daniel sentou ao seu lado e abraçou. Abraçou para tirar toda sua tristeza e acalentar seu coração que parecia gelado de tanto sofrimento.  Os dois choraram juntos ,ambos limparam cada lágrima que escorria em seus rostos . Carlos Daniel sussurrava palavras reconfortantes em seu ouvido, em um esforço de tirar toda dor que ela sentia . Ficaram muitos minutos e até horas assim ,um nos braços do outro .

—Ela chegou viva pelo menos ?- perguntou Carlos Daniel olhando nos olhos de sua amada e acariciando as maçãs do seu rosto

—Não – negou com a cabeça – ela não resistiu ainda no caminho para cá

Carlos Daniel a abraçou novamente. Beijou sua testa ,um beijo que demonstrava carinho . Toda segurança e proteção . Soava em seu ouvido “tudo ficará bem ,minha vida” . Será mesmo que ficaria bem ?