Amor De Irmãos escrita por Minori Rose


Capítulo 29
Abrupto


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, não é nem tentando me justificar, de mais
de dois meses sem postar nada, nem dar sinal de vida, gostaria de dizer que
enfrento uma fase difícil na minha vida. Um sonho meu, antigo demais, foi
perdido. E eu sofri. Fui excluída, dada como burra. Afinal aquela escola era um sonho,
era um projeto pessoal. E eu falhei. Foi assim que eu mesma me tratei nesses ultimos dois meses, mesmo reconhecendo ao fundo que eu tinha capacidade sim, só não era a minha vez.
As aulas, na mesma escola de sempre começaram faz tempo. Acabei que me tornei animada de novo. Eu faço planos para o futuro, já que
o trauma aos poucos passa. Gostaria do auxilio de vocês, mesmo não sendo nada minhas, me digam, não para lembrar, mas para me mostrar que um futuro realmente existe.
Foi nesse sentido não muito dos bons que eu fiz esse capitulo, aos trancos e barrancos
já que a inspiração me foi embora também. Agora que ela tem voltado, e dado as caras.
Por tudo isso, desculpe. Tentarei ser melhor daqui a diante, pois todas nós somos boas,
eu alguma coisa, seja o que seja.
Vamos deixar de ladainha. No próximo capitulo direi a vocês uma coisa que me aconteceu nesse verão. Mais Fanfic impossível, vcs vão gostar.
ESPERO QUE GOSTEM DO CAPITULO, ADORO TODAS VOCÊS, POR QUE É DESDE OS ACOMPANHAMENTOS AOS COMENTÁRIOS, QUE
ME EMPURRAM PARA O FUTURO. Seja ele qual for.



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Sem pressa fico por aqui
Fecho os olhos pra me decidir
Qualquer coisa vai me acontecer
Algo muda perto de você

"A inteligência era algo natural seu. O cara era sensitivo. Coisa de profissão, eu diria. Ou não? Seria talvez coisa do destino. Depois de ter formulado hipóteses, ele realmente ter visto. No olhar da moça algo que nunca viu antes; e com uma ponta de ódio no orgulho e dor na alma, disse a si mesmo que direcionado a ele nunca veria. E preferiu assim. Porque foi horrível, ver o seu sonho maldito, na pele de outro, e uma questão de álcool virar completo mal gosto. Violetta era esperta demais para amar sozinha. Era retribuída."

O que ela disse, lhe trouxe libertação a principio, vergonha em seguida e medo para completar a dose. Mas nele, se soubesse, deveria de provocar mais amor, e menos fúria. Temeu, sim, que isso lhe chegasse aos ouvidos, mas era questão de tempo, ou de acaso, para que os dois amores das menina se esbarrassem. Um já lhe era amor desde sempre, foi chegando a mais fogo, e lhe coube a ardente. O outro, lhe foi incomodo de só pensar, agrado de conhecer, aconchego de amar. Porém escolher era uma coisa ruim. E de um ela nunca, mas nunca, pode fugir. E nem poderia.

E por isso viu o outro partir.

Ardência. Era o que ele era. Seus olhos, seu corpo, sua aura, a chama da sua vida transparência um ar felino. E naqueles tipo de momento, o jeito irritadiço em que suas sobrancelhas se curvavam, indicavam problemas. Não só pra ele. E não só esse. Em conjunto com a ardência, vinha de Adam, os mistérios. Artimanha dele achar que certos segredos e acontecimentos deveriam ser enterrados. Mas não era bem assim. E por isso, a confusão sempre aumentava.

Uma advertência séria :

Adam Barizon não era nem de longe uma pessoa sociável.

Alerta:

Era preciso 10 segundos de associação pro seu sangue subir. E junto a sua mão.

E porque isso não aconteceu quando o Doutor lhe disse absurdos de verdades na cara? Porque, meus leitores: Adam Barizon não discutia quando estava errado. E também, meu senhores, porque Adam Barizon queria mudar. Mais, mais do que havia mudado nos anos em que viveu praticamente sozinho. Ele e o seu amor. Umas folhas e alguns lápis, café, e problemas. Muitos problemas.

Com a volta dela, por dentro eles se resolveram, por fora, pareciam aumentar.

Olhou pra Violetta de longe, naquele vestido, tão altiva naquele salto, e sim, Adam sentia uma insegurança terrível. Nunca se sentira muito apto a fazê-la feliz. E a via assim, mas não era bem com ele. Talvez fosse isso que o irritasse. Talvez. Como eu disse, Adam Barizon era cheios de mistérios.

Ponto de vista – Violetta

Os olhos verdes dele me queimavam. A principio, tardei a identificar sobre o que ele falava. Não estava tão eficaz como Sam. Mas logo algo me alertou... Eles se viram, se falaram, sem a minha presença. Samuel disse o que não deveria. Adam estava prestes a fazer coisa pior. A nossa relação, depois daquele dia, passou a ser diferente até da forma em que nos abraçávamos.

Ele não estava mais nem aí pros outros.

Era nítido, era obvio.

Eu tinha medo, dessa euforia. O modo como Adam sempre controlou mamãe o fazia achar que ela o amaria por tudo, para tudo, sobre tudo. No entanto, meu amor, eu convivia a muito mais tempo com ela. Estávamos intimas. Não queria que nada estragasse isso. O ciúme de Agnes sobre ele e eu, também era algo gritante. E antes que Adam não só denunciasse que mantínhamos segredos por suas costas, larguei-me em seus braços e ele sequer se mexeu.

Eu tremia. Tremia e temia que tudo ali se acabasse. Mesmo sabendo, que a cada minuto das nossas vidas esse medo seria constante, pensar nele só o fazia crescer. Imaginei varias vezes, a cena de quando eles soubessem. Mamãe e papai. E a nossa família, tia Evellyn, a vovó. E chorava. Todos nos odiariam. A nós e o nossa sujeira. Ao meu Adam, a mim e o nosso caso.

– Não sei do que você está falando. – menti sussurrando. – Mas seja lá o que for, não seja tolo o suficiente para denunciar tudo na frente de mamãe.

O coração de Adam batia depressa.

O meu mais ainda. Droga, Samuel.

– Por favor... – disse, desdenhoso – Quem garante que ele já não tenha feito por mim.

Mal terminou de falar e se afastou tão rudemente que me senti envergonhada por quase cair pra frente. Olhei pra mamãe. Ela nada disse. Seu olhar era curioso. E o jeito que Adam mordia os lábios também.

Estava farta daquelas grosserias dele..

Apanhou as malas com os criados. Nem olhou pra mim. Havia me arrumado pra ele. Andamos para o estacionamento, no caminho, vi Bernardo ao longe, fumante, no jardim. Ele piscou pra mim. Eu sorri. Feliz era aquele cara, que era livre. Pelo menos me parecia, na época. Continuei andando, perdida em meus pensamentos. Entrei no carro. Troquei algumas sms com as garotas. Adam conversou com mamãe o tempo todo. Não trocamos palavra.

Quando chegamos no AP, o clima era dos piores. Adam parecia terrivelmente cansado, e a coisa só piorou quando aquela meretriz de quinta deu as caras. E a noite só parecia começar, com aquela ruiva ainda se dando como noiva dele e o meu ciúme se tornando nítido. Mau sabia eu que aquilo era pouco para o que viria, mas se já estava ruim, iria ir para pior.

Barbara ficou para o jantar. Adam fintou o semblante irritadiço de Violetta o tempo todo, e de certa forma, sorriu disso. Como sempre pra ela não era um sorriso de deboche. Muita das vezes ele até se esquecia do motivo que o fez um idiota mais cedo. Mesmo assim o clima o abatia. Ele sempre, mas sempre tentava e tentaria não por as duas no mesmo recinto.

Dessa vez não teve como evitar. Agnes fazia de tudo para mostrar que não se conformava com o rompimento. Violetta fazia questão de exibir o seu olhar de superioridade.

– Eu vi o seu ultimo ensaio, Violetta, e preciso dizer que ficou maravilhoso.

– Obrigada. – respondeu no tom mais antipático possível.

Adam riu.

Violetta resolveu provocar.

– Gostou do figurino, Bárbara? Samuel quem escolheu, na noite anterior. Ele disse que era sexy. Concorda?

O riso sumiu do rosto do primogênito. Foi a vez dele de adotar um olhar de superioridade. Como se nada lhe causasse o nome daquele homem, assim como a singularidade daquela mulher.

– Concordo.

Violetta lhe virou o rosto. Estavam os quatro na mesa de jantar.

Aproveitando a oportunidade, enquanto Agnes tentava falar com a filha, Barbara se adiantou para o lado de Adam. Vestia uma blusa de alça e seda azul, que praticamente se cedeu quando se debruçou sobre o Barizon. E o pior, ele sorriu todo faceiro. A loira natural da mesa quase arregalou os olhos de ódio. Não fez nada além de encará-lo. E Adam retribuiu com um olhar cheio de soberba, junto a raiva que ainda sentia. Queria ver nos olhos dela o ciúme que ele também sentia.

Ela não conseguia entender como podia estar tão feliz há horas atrás, e agora se encontrar naquela situação ridícula. Okay, talvez nem tão feliz assim... uma parte dela ainda chorava; sabia que ele era disputado. Talvez nunca mais veria Samuel, nem como amigo. Se distraiu com esse pensamento, enquanto Bárbara e Agnes iam para a sala, no termino do jantar.

Antes que pudesse ir se juntar a ela e continuar sendo maldosa enquanto o seu eu de indolência interior não a fazia sair por aquela porta cidade a fora, Adam puxou-a pelo quadril de um jeito que o lado oposto desse mesmo bateu na quina da mesa. Um gemido abrupto e forte lhe escapou de dentro. Apertou o local com uma das mãos e olhou feio para ele. Esse que não disfarçou a lascívia que roubou o brilho normal de seus olhos.

– Desculpa. – disse seriamente. – só quero conversar cinco minutinhos com você.

– Ok... Só cinco minutos. Ok, Adam. Perfeito. O resto da noite você pode passar com essa vaca estúpida da sua noiva.

– Ela não é a minha noiva. – soltou de um jeito ríspido. – Vê se pára.

– Eu não tô nem aí. Pra vocês dois.

– Chega de grosseria.

– Olha quem fala. Você é o idiota aqui. Me tratou mal desde a hora que nos vimos, e eu nem sei o porque.

Adam mordeu o maxilar. Não sabia por onde começar com aquela ladainha toda. Achou que a noite ia ser completamente perfeita: ele, ela, uma cama, disposição que tiraria não sei de onde, e muito, muito amor pra dar. Mais nada. Só brigas. E foi caindo a ficha de que o que achou a principio ser difícil, estava mais para mil vezes o dobro do terrível. Violetta sentou-se no tampo da mesa, ainda apertando o local da dor.

– Você sabe sim, o porque. Aquele filho da puta daquele doutor sabe! Alias, o que é que ele não sabe, Violetta? De tudo. O amou tanto a ponto de dizer coisas como essa! Sabe o duro que eu dei pra ninguém nunca desconfiar, para termos uma vida normal e...

– Você não sabe! – gritou.

Ele mais que imediatamente pôs uma das mãos na boca da moça. Tentou desviscerar-se, mas foi em vão. Violetta soltou o seu hematoma e seu rosto se desfez em dor; Adam sussurrou mais um pedido de desculpa, agora sussurrando de um jeito terrivelmente próximo, e ela se arrependeu de praticamente deixá-lo se encaixar no meio de suas pernas. Estava de vestido e tentava se afastar para não sentir sensações borbulhantes e caóticas.

Adam percebeu o apavoro da menina e continuou lhe sussurrando coisas, quase que esqueceu que no apartamento, não estavam sozinhos. Infelizmente. Ela fez questão de lembrá-lo. Fez questão de afastá-lo também. Não queria que fosse tão fácil para que ele a ganhasse de novo. Isso iria acontecer, sabia, mas talvez não ali em cima da mesa de vidro, minutos depois dele ter sido um imbecil.

De toda forma ele ainda ficou ali. Sem orgulho. No entanto, não se importava. Aquela figura sempre mexeu, mexe e mexeria com seu emocional. Os cabelos rebeldes pelo contato, as faces vermelhas, os jeito que ela mordia os lábios, as mãos que sem querer repousadas em seu peito. Era maravilhosa. Em todo. Enquanto pensava em como falar, já mais calmo, começou a acarinhar uma das pernas de Violetta com força.

– Você não vê que não está conseguindo esconder nada? A gente ta se denunciando, meu Adam...

Ele não respondeu, por alguns instantes. Pensou em algumas questões, e depois abraçou Violetta de um jeito apertado. Dois dias sem fumar o estava deixando fora de si, totalmente descontrolado. E o mal jeito em que começara a viver aquele relacionamento, sério sim, já o incomodava. Adam nunca fora o apaixonado de nenhum de seus namoros...

– Estamos na cozinha, mamãe na sala, aquela ordinária também.

Ele riu.

– Desde quando você fala assim, desse jeito chulo?

Ela sorriu, espalhafatosa. A barba de Adam tocava a pele de seu pescoço e o resto de sua tez branca se transformava em um rio de bolhinhas salientadas. Ele estava de olhos fechados, e parecia gostar de ter os cabelos acarinhados pelas mãos da loira. Respirava fundo. O homem quente e terrível parecia indefeso nos braços daquela que o transformava no que quisesse, quando quisesse.

– Desde quando você me fez falar coisas piores do que essa.

Ah, recordações.

– Não se preocupe. Conheço a minha própria casa. Qual sinal de vinda pra cá e bum, o chão de madeira da saída da sala vai ranger...

Perceptivo, como sempre.

– Ainda estou magoada com esses seus comportamentos, Adam.

– Estou confuso.

– Eu também... Mas acho que esse é um luxo que não podemos mais ter... Precisamos conversar seriamente, sem que você tente me seduzir, ou me beijar, ou me abraçar desse jeito.

Ele abriu os olhos. Mordeu a orelha de Violetta e essa tremeu um tantinho sobre os meus braços.

– É impossível, meu bem.

– Adam, quero essa mulher fora daqui, agora. Eu não suporto que ela olhe pra você, não quero que seus olhos passem sobre ela.

– Com uma condição. – disse, já provocando barulhos excitantes de estalinhos com os beijos que iniciava a dar na boca de sua amada – Pode continuar brava por mais umas horas, mas preciso, muito te levar à um lugar hoje...

– É um motel?

Não se agüentou e gargalhou de prazer.

– Não. Não hoje.

– Então, o que é? – perguntou realmente séria, evitando ao máximo se entregar ao beijos intensos que ele tentava iniciar.

– É uma surpresa.

A madeira provocou o som que dissera antes. Largou o corpo de Violetta e ficou na sua frente, com um ar sério de quem briga. Mas o jeito cômico com que sua boca fez um sorriso, mais a fez balançar a cabeça de um jeito jocoso do que de se enraivar com o clima cortado.

– Desça pro estacionamento, Ma cherie. Assim que estiver lá me ligue. Prometo que não vai se arrepender.

Era Bárbara.

– Aí estão vocês... Do que falam tanto?

– Nada que seja da sua conta. – Violetta respondeu com o tom mais normal da qual já se tem noticia.

Bárbara quase não acreditou. Ela queria combate pela disputa da atenção de Adam, ela teria. Esse que sorria feito um idiota. Apertou o queixo de Violetta e passou uma das mãos sobre o seu quadril machucado, com um ar desleixado, o burro não via que se entregava em tudo.

– Ei, não veja grosseira com ex do maninho. Sabe que eu costumo te castigar por má criação.


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Notas finais do capítulo

Não me abandonem. Farei o possível para postar como antes, pelo menos uma vez na semana. A historia talvez esteja
caminhando para o fim, ou não... Veremos. MOSTREM QUE VIVEM. Por favor... Beijos. Uma boa semana para todas. EEEEEE
VAI TER UMA PASSAGEM DE TEMPO. HMMMMM. Fiquei tão dramática hoje, foi mal.

p.s: peço desculpas se o caps ficou meio confuso, sei lá... É que eu parava e voltava, ai parava e voltava Q
Beijos!! :3 ♥