Diário De Uma Filha De Hades escrita por Yuki Fernandes


Capítulo 28
O Doce Cheiro do Desespero


Notas iniciais do capítulo

Depois de um milênio estou de volta com uma péssima notícia. Diário de Uma Filha de Hades está prestes a acabar ;( Sorry lindos, mas uma fic sempre terá um final, mas não quer dizer que eu não venha a escrever outras em um futuro próximo, que por sinal está bem perto. Já estou escrevendo outra fanfic que será postada depois que essa for finalizada ;)

— Link dos personagens: http://imgur.com/a/aBeev#0

E também venho recomendar outra fanfic que estou ajudando a fazer. É o mesmo universo de Diário De Uma Filha De Hades, porém na narrativa de Isabela Leto, a filha de Zeus *-* contando sobre seu romance com Diego Campbell desde o inicio:

— Link da fanfic "Back To Me": http://fanfiction.com.br/historia/498162/Back_To_Me/



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A semana se seguiu com intensos treinamentos, uma tentativa falha de tentar restaurar algumas estruturas e é claro, muitos tipos de interpretações para a profecia de Rachel. Eu não queria pensar no que ela podia significar, mas também não tinha meios de ignora-la. Gabriela me ajudou na maior parte do tempo a aprender novas formas de batalha, já que um dos nervos de minha perna tinha sido afetado pela faca que Diego lançara. A principio era difícil a velha e rápida locomoção e a dor que subia era pior do que ser pisoteada por um bando de centauros furiosos. Eu só queria que aquele pesadelo acabasse e tudo voltasse a ser como era antes...

Comecei a andar pelos destroços do acampamento com Athos ao lado para o caso de eu precisar do bom e velho apoio que meu cão infernal me concedia. Tinha começado a passar muito tempo com Claudio também, para aperfeiçoar minhas técnicas com a foice e tudo mais. Suas habilidades se equiparavam as minhas, porém eu era muito instintiva quando o assunto era lutar. Obviamente eu estava mega preocupada com Isa e mais ainda com James. O sátiro tinha sumido com uma equipe de campistas que procuravam o esconderijo de Christopher.

Olhei para o céu e um leve tremor percorreu meu corpo. Era fim da tarde. Amanhã estaríamos montando um cerco em Alcatraz, o lugar onde Christopher pretendia trazer Nyx para o nosso plano. Andei mais alguns metros até a construção decadente do chalé 3. Fer estava arrumando algumas coisas em uma mochila, mas parou o que fazia quando me avistou.

– Ei... - ele exibiu um fraco sorriso.

Um pequeno sorriso surgiu no canto da minha boca, mas não falei nada. Apenas sentei no chão de pedras enquanto Fer terminava de fazer seja lá o que ele estivesse fazendo. Não ia mentir, estava mais que apreensiva com tudo isso e muito mais com o resultado final. Fer pareceu sentir meu incomodo e se sentou ao meu lado me envolvendo com os braços. Afundei a cabeça em seu ombro enquanto ele mexia no meu cabelo. Eu poderia ficar ali até morrer, mas era impossível devido a nossa atual situação.

– É amanhã Fer... - falei.

– Shh... Eu sei. Não precisamos falar sobre isso.

– Mas ainda assim. O que vai acontecer com a gente depois de tudo isso?

– Eu não sei. - ele entrelaçou seus dedos nos meus. - Mas prometo que vamos ficar bem, você vai ver.

Suspirei imersa em pensamentos. Poderíamos até sair bem dessa, mas obviamente existiriam sequelas. O fato agora seria descobrir quais seriam.

******

Era incrível como a névoa conseguia mexer com a cabeça dos mortais, quer dizer, um bando de semideuses armados, sátiros e um centauro indo para Alcatraz em uma "excursão escolar" não era nada suspeito. Para um dia que sem sombra de dúvida teria muitas baixas eu até que não estava nervosa, minha preocupação parecia ter sido algo que ocorreu a anos luz atrás. Agora eu só queria terminar tudo isso de uma vez.

"Se essa vai ser nossa última vez que ela dure pelo resto da noite."

Lembrar das palavras do Fer encheu minha cabeça de possibilidades e temores, mas não podia me deixar abalar. Era agora ou nunca, ou íamos vencer ou o mundo ia virar um caos. Então perder não estava no esquema.

– Nath, você está bem?

Olhei para Claudio que andava próximo a mim com um olhar interrogativo. Eu devia ter me desligado como sempre fazia quando pensava demais.

– Ah, estou. Só estava pensando.

Voltei a atenção para o ancoradouro a nossa frente. Nosso transporte tinha chegado até Alcatraz e os outros campistas começaram a descer. Ao longe vi Isa, Fer e Gab, mas ainda nenhum sinal de atividade inimiga. Ou era um bom sinal ou algo péssimo estava pra acontecer. Fui uma das últimas a pisar no solo de uma das prisões mais amedrontadoras - na minha opinião - junto com Athos e Claudio. O cão infernal estava alerta com suas orelhas achatadas contra o crânio. Estava muito calmo, não havia guardas. Era como se estivéssemos em uma cidade fantasma.

– Estou com um mal pressentimento... - Claudio começou. Sua espada já estava em mãos.

– Então somos dois. Está muito quieto... - falei já com a foice em mãos.

Quíron nos dividiu em grupos para começar a vasculhar o lugar. Fiquei junto com Claudio, Isa e Pedro, um dos campistas de Zeus que conheci na escola antes de toda essa zona ser formada. Juntos adentramos a prisão, vasculhando na mente possíveis lugares onde Christopher poderia estar preparando seu "altar de macumba".

– Esperem. - Claudio parou com a espada erguida. - Tem alguém aqui...

– Ou alguma coisa. - Pedro completou.

Entramos em alerta máximo quando os passos começaram a vir em diversas direções. Athos rosnava quando o primeiro de muitos esqueletos surgiu em uma abordagem perigosa. Bloqueei dois deles, tentando em vão controla-los, mas não pareciam que atenderiam minha vontade.

– Com certeza Diego os invocou. - Isa concluiu enquanto derrubava mais três deles.

– Então não podemos ficar aqui...

Claudio não teve tempo de completar a frase. Dois grandes cães infernais saltaram para cima dele com uma ferocidade de gelar o sangue.

– Não! - gritei. - Athos!

Meu cão partiu para cima dos outros dois com brutalidade, mas em uma luta de dois pra um não sei se ele sairia bem dessa. Isa ajudou Claudio enquanto eu e Pedro dávamos cabo de mais alguns guerreiros esqueleto. Se continuássemos naquele lugar estaria tudo acabado.

– Por aqui. - bradei. - Não temos tempo pra comprar um mapa na loja de conveniências.

Alguma coisa começou a me guiar pelos extensos corredores da prisão, não sabia se era eu mesma andando aleatoriamente por aquele lugar, mas a questão era que eu sabia o caminho. Precisava saber.

Parei em um beco sem saída, ofegante e com muita dificuldade para trazer oxigênio até meus pulmões.

"Não, não. Tem que ter alguma coisa por aqui!" - pensei.

Não pensei em mais nada, só tateei as paredes freneticamente em busca de... Sei lá, um botãozinho que abrisse em uma sala secreta? Mas como minha sorte sempre é algo pra ser venerada não prestei atenção aos sons.

– Nath, não tem nada aqui. - Claudio falou.

O ignorei e fitei a parede a minha frente com mais cautela. Um pequeno símbolo em forma de lua exibia um fraco brilho, porém uma pesada aura emanava daquilo. Passei os dedos por cima da pequena lua que começou a emanar um brilho arroxeado. A parede se moveu para o lado abrindo espaço para uma sala ampla, porém um tanto escura onde dois garotos estavam parados no centro. Diego foi o primeiro a se virar com um olhar ameaçador e uma lança em mãos. O cabelo lhe caia nos olhos negros e a cicatriz em seu rosto exibia um brilho pálido. Sua expressão não se alterou ao ver Isa, era como se não sentisse nada a não ser ódio.

– Bem vindos caros amigos. - Christopher se virou para nós, seu sorriso maníaco bastante presente em seu rosto. - Bem vindos ao fim.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo lindos, Claudio, Isabela e Fer estão apreensivos com minhas ideias para o final, mas nada de preocupações (ou não). Beijos para minha comentarista RangerLuna7 que espero que ainda esteja lendo essa coisa xD