Diário De Uma Filha De Hades escrita por Yuki Fernandes
Notas iniciais do capítulo
Demorei cambada, mas tava sem ideias e tempo pra postar, fora que voltei a escrever de novo minha fic original. Mas ai está o lindo e xeroso capítulo 25 pra vocês.
Link dos personagens: http://imgur.com/a/aBeev#0
Leiam também a fanfic que se passa no mesmo universo de "Diário De Uma Filha De Hades", porém aos olhos de Isabela Leto, a filha de Zeus!
Link da Fanfic "Back To Me": http://fanfiction.com.br/historia/498162/Back_To_Me/
Quando acordei, a cama improvisada no chão estava vazia. Me levantei rápido, imaginando o que aquele garoto poderia estar fazendo. Desci as escadas correndo e fiquei fitando a cena inusitada. Bastou eu ter voltado a dormir depois de meu rompante e a catástrofe mundial acontecia.
Fernando e minha mãe rindo aos montes na mesa da cozinha enquanto tomavam café. Pareciam dois amigos de infância. Quando me aproximei, ainda estranhando a situação, minha mãe se levantou e voltou ao fogão, sorrindo.
– Bom dia, filha de Hipnos. - revirei os olhos com o comentário do Fer.
– Fiz panquecas de maçã pra vocês, mas acho que vai ser mais pra almoço do que pra café da manhã. Cocei os olhos e me espreguicei.
– Que horas são?
– 12:50 - disse Fernando.
– Que!? - gritei - Vocês me deixaram dormir até agora?
Corri os olhos de Fernando a minha mãe, que sorriram um pro outro. Desde quando os dois tinham aquele tipo de relacionamento? Franzi o cenho.
– Que foi? - perguntei desconfiada.
– Você tava dormindo tão fofa que não tive coragem de te acordar, filha. - ela riu de novo.
Se algum dos dois fizer isso mais uma vez, juro que dou um soco do rosto do Fer.
– Temos assuntos a resolver, Milligan! - cruzei os braços junto ao peito.
– Awn, que bonitinha nervosa. Não mudou nada, né, Anna?
Outra risadinha... AAAHH
– Do que vocês tão falando? - perguntei com impaciência.
– Mostrei pra eles suas fotos quando bebê... - ela colocou as panquecas em um prato em cima da mesa.
Fernando estava rindo tanto que tinha dificuldades de respirar.
– VOCÊ. PARA. DE. RIR! - o estapeei enquanto gritava, mas ele só ria mais e mais.
Finalmente desisti e sentei na cadeira com a cara fechada. Minha mãe sentou novamente a mesa com nos dois e começou.
– Então. O que quer saber? - ela perguntou, seus olhos azuis fixos nos meus.
Puxei o ar e o soltei depois de muito tempo. Hora da verdade...
– Mãe... Eu andei tendo uns sonhos, mas não sei o que significam...
Comecei a contar tudo desde o fato de no sonho eu ter 2 anos até meu pai saindo pela porta com um bebê em mãos. Minha mãe não parecia abalada, era como se nada a estivesse abalando com tudo aquilo. Quando acabei ela ainda não tinha demonstrado nenhum tipo de emoção, o que só piorou minha ansiedade. Ela sabia de alguma coisa, ela sabia e não queria me falar.
– Mãe? - chamei.
Ela enterrou o rosto nas mãos antes de se levantar.
– Vem comigo filha... - ela começou a subir as escadas.
Fer olhou para mim com a pergunta silenciosa explicita em seus olhos. Mandei-o esperar na cozinha ou em qualquer lugar, mas eu precisava saber o que minha tinha a me dizer sozinha. Comecei a segui-la pelas escadas até o sótão. Minha mãe foi na frente, acendendo uma lâmpada que só iluminava parcialmente o lugar.
– Eu achei que nunca ia precisar te mostrar isso... - ela estava com um livro em mãos.
Ela me entregou o que por fim identifiquei como um álbum de fotos. Comecei a folia-lo, parando em uma página onde tinha eu com dois anos e minha mãe segurando um bebê nos braços. Ergui o olhar pra minha mãe antes de perguntar.
– O que isso significa?
Sua respiração ficou irregular quando ela começou a chorar. Fiquei sem reação, pois não esperava aquilo vindo dela. Seus olhos estavam marejados quando voltou a erguer o olhar.
– Nath... O bebê na foto... - ela parou para puxar o ar novamente. - É seu irmão...
Ok, eu já desconfiava daquilo, mas ouvir da minha mãe era totalmente diferente. Era como se a lamina de Christopher tivesse entrado de vez em minhas costelas. Cambaleei um pouco para trás com os dentes trincados e punhos cerrados, respirando lentamente para tentar normalizar minha voz.
– Quantos anos ele teria agora? - minha voz soava ameaçadora até pra mim.
– 16 anos... Você é só um ano mais velha que ele. - minha mãe respondeu.
– E onde ele está agora?
– Eu não sei filha. Hades o levou e não me disse...
– Mas que merda! - chutei uma caixa próxima a mim. - Que droga!
– Nath...
– Sem essa! Você poderia ter impedido se quisesse! Mas não teve coragem, você é uma covarde! Ele era meu irmão, tem ideia de como me senti vazia por todo esse tempo?!
– Filha, entenda...
– Chega! Me doeu o fato de que a maioria dos irmão que tive eram maus, e olha só, Hitler estava na equação! Eu só conheci um irmão de verdade, que acabei testemunhando sua morte! Agora meu irmãozinho? Você o entregou de bandeja pra Hades!
Desci as escadas do sótão e me dirigi a porta da frente. Fer me olhou assustado e Athos ficou parado quando fechei a porta com força. Eu estava fervendo de raiva e minha dor por saber que eu tinha um irmão que poderia estar em qualquer lugar do mundo só piorava a situação. Quando cheguei ao Golden Gate Park puxei o celular do bolso e disquei um número aleatório. Puxei a corrente a transformando em uma foice, começando a olhar para os lados esperando.
– Estou aqui! Venham me pegar babacas!
Dito e certo, os monstros começaram a vir me cercando de todos os lados. Esqueletos, as sombras que enfrentei no verão passado e... Semideuses? Pulverizei os monstros, tomando cuidado para não baixar a guarda com os semideuses. Eu girava a foice separando as cabeças e outros membros dos esqueletos, tentava destruir as sombras e constantemente bloqueava ataques de espadas e lanças.
Já tinha perdido a noção do tempo, mas os semideuses ainda se recusavam a atacar depois de presenciarem minha habilidade com a foice. Permaneci meio agachada, fitando todos com ódio.
– O que aconteceu? Ficaram com medo? - perguntei debochando.
Um deles reagiu e começou a andar em minha direção com a espada em mãos, mas foi parado por outro garoto que assumiu a frente. Era alto e aparentava ser ameaçador, principalmente enquanto brandia aquelas espadas curvas em minha direção. Ele usava uma cota de couro e um elmo, muito confiante de si. Com um urro de raiva ele atacou, mas bloqueei com a foice. A força do golpe quase me fez cair, mas parecia que era isso que ele queria. Com um poderoso chute ele me fez recuar, voltando a atacar em sequência. Por fim eme conseguiu me desarmar, colocando as duas espadas em meu pescoço.
– Ótimo... - Christopher caminhava entre os outros semideuses com um sorriso presunçoso. - Prenda-a e a traga. Suponho que temos muito a conversar.
O garoto prendeu meus braços com força e começou a me empurrar para a frente. Consegui me desvencilhar de seu aperto e corri na direção oposta, sendo surpreendida por algo que se encravou em minha perna, me fazendo cair. O grandalhão tinha acertado uma faca em minha panturrilha, tão certeira que tive medo.
– Ninguém merece, deixe-a inconsciente! - Christopher bradou a ordem.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Suspense e muita raiva guardada para o 26 :v