A Aurora escrita por rkaoril


Capítulo 15
Os Jardins de Perséfone


Notas iniciais do capítulo

:33 Olá pessoal! Sentiram a minha falta? ;D



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ENQUANTO DESCIA O TÚNEL ESCURO percebi que ele era muito semelhante à escuridão de quando se viaja nas sombras ele era escuro, frio e tinha barulhos estranhos. Eu não exatamente o desci ele era longo e reto com um leve decline. A cada passo eu chutava uma pedra cujo eu não percebi, e a cada passo uma preocupação diferente martelava na minha cabeça.
Nicolas não estava na casa da noite.Eu não havia descoberto o nome de Retaliadora.O gigante só poderia ser morto por um herói e um deus juntos.
Sim, eu não estava nada bem.
De repente um vento frio não muito mais forte que uma brisa veio em minha direção levantando os meus cabelos. Mais alguns passos e eu vi uma breve luz à distancia, e então BUM! eu estava caindo.
Aterrissei de bunda no que pareceu o jardim mais estranho que eu já tinha visto ele tinha flores comuns e bizarras, todas em cores que eram bizarras (folhagens roxas e bordô, plantas carnívoras com 5 metros de altura, emaranhados de cipós que pareciam aquele alienígena de MIB 2) e era adornado com estátuas de pessoas de todas as idades e tipos, assim como esqueletos e sátiros. Em cada metro quadrado havia pelo menos cinco exemplares de joias brutas diamantes, rubis, safiras. O teto alto que era uma mistura de sombras com estalactites imensas não havia mudado, e olhando para cima o que foi uma péssima ideia eu dei alguns passos pelo jardim.
No centro, havia uma espécie de pomar com árvores de Romãs eu nunca fui muito da fruta, sinceramente prefiro morangos, mas quando eu coloquei os olhos naqueles romãs de repente eu estava com fome de novo. Eu me lembrei então da história de Perséfone e caminhei para longe do pomar ficar presa eternamente no submundo não estava na minha lista de afazeres.
O jardim era imenso, tanto que eu caminhei por vários minutos sem encontrar seu fim. Então eu vi um arbusto de hortênsias. Elas tinham cores bizarras as folhagens eram negras e as flores eram bordô mas eram as hortênsias mais lindas que eu já tinha visto. Eu caminhei na direção delas, e quando estava para tocar uma das flores uma voz irrompeu atrás de mim.- PARE! eu parei, e olhei para trás com a mão no cabo de Retaliadora.
Atrás de mim havia uma mulher. Ela era tão bonita quanto Afrodite, porém, de um jeito diferente. Enquanto Afrodite se adaptava à visão de beleza de quem a olhasse, Perséfone era uma visão de beleza. Ela tinha cabelos negros longos e lisos, que se diferenciavam dos meus e de Nyx por parecerem macios e brilhantes. Seus olhos eram de um tom caloroso de castanho, e seu vestido era a única coisa mutável nela ele oscilava entre cores de flores, uma hora amarelo como margaridas, outra roxo como tulipas. Ela parecia definitivamente assustada com a minha presença, mas não parecia capaz de se defender não que eu planejasse ataca-la.- Quem é você? ela disse nervosamente.- Me desculpe senhora eu disse do modo mais suave que pude eu só estava admirando suas hortênsias. a deusa relaxou sua postura, mais calma.- Você sabe o que elas são? ela perguntou com as sobrancelhas levantadas.- Bem, claro. Elas são hortênsias não são? Elas crescem na Itália em regiões onde o solo é mais acido, o que deixa suas cores mais vivas. Perséfone sorriu.- Eu tentei faze-las em tons de roxo ou rosa ela disse mas o solo do submundo é tão acido que elas ficaram bordô.- De qualquer forma eu disse são lindas.
Perséfone pareceu estar tendo o melhor dia da sua vida.- Criança ela disse você não está morta, está?- Não que eu saiba. ela mordeu se lábio.- Você é uma semideusa, eu vejo disse meu marido não vai gostar dis...- Eu não vim causar problemas eu disse rapidamente eu só quero ajudar! ela me analisou por um momento, então suspirou. O jardim à minha esquerda começou a se movimentar. De repente as raízes se entrelaçaram em uma calçada em linha reta até um portão que eu não tinha visto antes. Ele era feito de ferro preto em espirais e lanças, com aqueles de cemitério.- Siga por ali. ela disse, então seu corpo se tornou em uma névoa multicolorida e desapareceu.
Eu suspirei e segui o caminho que ela apontou, meu coração martelando dentro do peito como uma bateria. Cada passo parecia mais difícil, e eu me vi xingando em grego antigo acabara de cruzar com uma deusa e poderia muito bem ter pedido ajuda para matar o gingante.
De qualquer forma, eu não precisei tocar no portão - ele simplesmente voou e se escancarou. Eu passei por ele, e à minha frente parecia um grande campo cheio de nada como um estádio de futebol sem goleiras. Eu comecei a caminhar, e meus pensamentos foram levados por tentar encontrar o nome da minha espada lembre das histórias, disseram todos. Eu pensei em espadas de histórias célticas. Havia excalibur, a espada do Rei Arthur. Eu não sabia se excalibur significava retaliadora, mas disse o nome em voz alta pensando em um arco, e a espada continuou a mesma. Eu não conseguia me lembrar de qualquer outra espada no caminho.
Após ter caminhado em linha reta por algum tempo, eu dei de cara com um rio. Eu soube de cara que era o rio do meu sonho, o Aqueronte, no qual Érebo estava hibernando o que significava que Gratão estava adiante no curso do rio. Eu aspirei o ar enchendo o meu pulmão e segui o rumo do rio ele fez algumas curvas fechadas, desceu precipícios e a água prateada começou a escurecer quando eu ouvi, o barulho.
Ele era assustadoramente familiar uma mistura de fogo queimando com pedra amolando aço. Escondida atrás de uma pilha de ametistas, eu espiei o gigante que cantarolava alegremente a mesma canção de antes, apenas mudando a parte do tempo para ele acordará esta noite. Eu tinha um leve vislumbre do precipício do tártaro, também. O gigante estava na beira do rio, uivando a música que era horrível mais o pior era o rio ao seu lado o rio estava completamente enegrecido, e as sombras escapavam do rio como fumaça negra de gelo seco. Foi então que um movimento mal calculado fez com que uma ametista rolasse da pilha, girando até os pés de cobra do gigante.
Ele parou o que estava fazendo e olhou para a pedra no chão, seus olhinhos feios se estreitando. Eu cruzei meus dedos rezando para nenhum deus em particular por favor, por favor, que ele não tenha visto.
Como de costume, nenhum deus em particular me atendeu o gigante se levantou e urrou, seu horrível bafo de carniça queimando meu nariz e fazendo meus olhos lacrimejarem.- QUEM ESTÁ AÍ! ele urrou. Eu me mantive quieta, mas ele não parou.
O gigante começou a andar de um lado para o outro, suas pernas de cobra rastejando e sibilando. Quando ele estava perto o suficiente para me ver, percebi uma coisa terrível eu não tinha um plano. O gigante então farejou o ar, e olhou diretamente para mim.
- Olá, garotinha ele disse com uma voz muito errada, uma voz humanoide.
Uma vez que meu disfarce havia sido descoberto, o efeito surpresa se fora. Eu me levantei e estufei o peito, olhando para os olhos do gigante que eram tão para cima que meu pescoço ficou dolorido.- Gratão eu disse eu vim para te enfrentar.
Quando o gigante começou a gargalhar, eu senti as forças do tártaro mais próximas, como uma névoa que se impregnava na minha pele.- Você não pode me vencer, menininha. ele disse, sua face feia distorcida ainda mais em um sorriso maldoso. Eu desembainhei Retaliadora, e olhei firmemente para ele.- É o que vamos ver.


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Notas finais do capítulo

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