Nossa História escrita por Maria


Capítulo 9
Capítulo 09 - Ilegais


Notas iniciais do capítulo

Eu amo cada comentário de vocês, muito obrigada por darem apoio a história, espero que gostem desse capitulo, embora tenho a sensação de que quem acompanha a história vai adorar o capitulo rsrs



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Os dias se passavam lentamente, Rachel e eu criamos uma pequena rotina de irmos juntas para minha casa, eu levei o carro ao mecânico que garantiu que ele estava perfeito, então voltei a ir em meu carro, de modo que quando ia embora, Rachel me seguia, Zak sempre fazia bagunça e arrumávamos tudo, o veterinário garantiu que era apenas coisa de filhote e que dentro de uns meses ele iria se acalmar, por enquanto era só ter paciência. As aulas na turma de Rachel tinha virado uma tortura, eu simplesmente não conseguia me concentrar, meus olhos a maior parte do tempo vagavam e acabavam parando nela, que por sua vez a maioria das vezes também me olhava. Por algum motivo Finn já não a abraçava mais, eu sabia que eles ainda estavam juntos, via pequenos beijos hora ou outra, mas nada como antes, provavelmente o namoro deles estava em crise.

“Amanhã é feriado, por que vocês não querem ir?” Puck insistia que devíamos ir jantar em seu restaurante, ele tinha chegado em minha casa sem aviso prévio e encontrou Santana, Rachel e eu. A semana tinha sido tão longa e talvez por simplesmente quisermos todas as três relaxar, aceitamos ir para que Puck parasse de nos encher. Rachel ligou para Brittany e convidou a loira para jantar com a gente. O restaurante de Puck estava um pouco mais cheio que o normal, afinal era quinta-feira, véspera de feriado, mas como ele era o dono, sentamos em uma mesa no canto, ela era discreta o que para mim a fazia ser a melhor mesa dali.

“Por que não tem ninguém cantando?” Rachel apontou para o pequeno palco que estava ao nosso lado.

“Nunca foi usado, ainda não tenho dinheiro em caixa suficiente para pagar por música ao vivo”

“Está falando sério? Nunca foi estreado?” O tom de Rachel era animado.

“É sério” Ele disse sem importância.

“Posso estrear então?” Seus olhos brilhavam e eu sorrir, ela realmente amava música e eu não tinha dúvidas que ela um dia ganharia os palcos do mundo.

“Não vai afugentar minha clientela?” Puck perguntou sério e Rachel revirou os olhos.

“Ao contrário, vão fazer fila lá fora e você nunca mais vai ter paz, todos ficaram te enchendo o saco e perguntando quando aquela extraordinária menina vai dar o ar da graça e cantar novamente” O tom de Rachel era tão serio quanto o de Puck, mas todos nós na mesa rimos “Oh, vocês riem agora, mas sabem que é verdade” Ela fingiu indignação.

“Você pode estrear se quiser” Eu já conhecia Rachel o suficiente para saber que por fora ela se mantinha normal, mas por dentro ela pulava e batia palmas, cantar era definitivamente sua maior paixão, não dava para competir com aquilo.

Nossos pratos chegaram e comemos em meio a brincadeira e risos.

“E então polegar, não esta passando da hora desse show não?” Santana provocou.

“Ansiosa para o show?” Ela perguntou entrando na brincadeira “Só por favor, nada de fotos e espere até o final para os autógrafos”

“Eu vou pegar um violão e arrumar o som do microfone, é tudo que temos” Puck disse.

“É tudo que preciso” Sua resposta foi sincera.

Rachel brilhava no palco, ela estava certa, as pessoas lá iriam encher Puck a querendo de volta, todos a olhavam e a aplaudiam, ela parecia em casa, confortável, o lugar realmente tinha uma fila agora, pois as pessoas não queriam sair dali, queriam ficar e curtir aquele mini show.

“Obrigada a todos os aplausos e elogios” Rachel disse sorrindo, ela tinha colocado o violão no suporte e falava com seu público, eu como todos, a olhava encantada, porém eu tinha a melhor visão, ela estava quase ao meu lado “Eu desde pequena aprendi que para mim, cantar e viver não tem muita distinção, é a música que me deixa viva, porém a um tempo eu venho aprendendo que escrever é tão entusiástico quanto cantar, e quando se escreve uma música, é como colocar para fora seus mais puros sentimentos, é como colocar para fora toda sua vida” Não ouvia-se voz nem sussurros no local, todos estavam a ouvindo atentos “E eu quero dividir com vocês essa noite um pouco da minha vida, por isso vou cantar agora uma música que eu mesma escrevi” Ela pegou seu violão e começou a dedilhar “Essa música se chama Ilegais” Ela falava enquanto dedilhava os acordes “ E bom” Ela fez uma pausa, nunca deixando de dedilhas o violão “ É melhor deixa a música falar por si só”

E então ela começou a cantar

“Desse jeito vão saber de nós dois. Dessa nossa vida, e será uma maldade veloz” Ela puxou mais o veloz antes de completar de forma mais enfática “Malignas línguas” Ela voltou ao seu tom de voz normal “Nossos corpos não conseguem ter paz, em uma distância. Nossos olhos são dengosos demais, demais” Sua voz era tão melodiosa, eu não conseguiria tirar os olhos dela nem se minha vida dependesse disso “Que não se consolam, clamam fugazes. Olhos que se entregam. Ilegais” O ar parou de irrigar meu corpo e provavelmente o sangue de circular quando ela me olhou diretamente e cantou “Eu só sei que eu quero você. Pertinho de mim, eu quero você. Dentro de mim, eu quero você. Em cima de mim, eu quero você” Eu percebi naquele momento que aquela música era para mim, Rachel estava dizendo que me queria? Aproveite que ela desviou seus olhos de mim e respirei, eu precisava respirar “Desse jeito vão saber de nós dois, dessa nossa farra. E será uma maldade voraz” Dessa vez ela não puxou a nota do voraz, mas foi enfática para dizer “Pura hipocrisia” Com sua voz melodiosa ela continuou “Nossos corpos não conseguem ter paz, em uma distância” E novamente ela olhou para mim, dentro dos meus olhos “Nossos olhos são dengosos demais. Que não se consolam, clamam fugazes. Olhos que se entregam. Olhos ilegais” Ela me sorriu, meu Deus, eu não consegui sorrir de volta, eu não tinha controle sobre meu corpo “Eu só sei que eu quero você, pertinho de mim” Ela não cantou, ela falou olhando dentro dos meus olhos “Eu quero você” Ela voltou a cantar “Dentro de mim, eu quero você. Em cima de mim, eu quero você” A música acabou e todos a aplaudiram, eu levei um tempo a mais para começar a aplaudir, eu ainda estava digerindo cada parte daquela letra, sem dúvidas todos naquele restaurante sabiam que a música tinha sido para mim, afinal, como a própria letra disse, nossos olhos nos entregaram.

Rachel voltou a cantar outra música, dessa vez ela optou por uma não romântica.

“Ual, isso sim foi uma declaração de amor” Santana disse e eu não consegui responder.

Quando Rachel desceu do palco e voltou para a mesa, ela discretamente e suavemente passou a mão em minhas costas, o toque dos seus dedos me arrepiou, ela sentou-se novamente ao meu lado, todos na mesa a parabenizaram, mas em um ato raro de discrição, nenhum deles falou da música, no fundo todos sabiam que aquilo tinha sido um momento nosso e ainda pouco digerido, não era um assunto para se mencionar ainda.

Já era sexta-feira e eu me arrumava para o almoço com Rachel e sua mãe, meu estomago parecia revirar, eu não sabia o quanto tenso e emocional poderia ficar o almoço, a relação delas era delicada e eu tinha medo da situação sair de controle, paralelamente a isso, Rachel e eu tínhamos nossas próprias tensões, depois da música que ela tinha feito para mim ontem, nos estamos em um clima emocionalmente extremo, ela tinha dado um passo importante e eu sabia que precisava dar o outro, porém eu me sentia como uma adolescente, simplesmente não sabia nem mais como olhar para ela, ficava tímida e desviava o olhar, era algo ridículo, porém verdadeiro.

Eu estava na porta da minha casa esperando Rachel chegar, combinamos que ela viria até minha casa e de lá iriamos no meu carro até a casa de sua mãe. Vi Rachel chegar em sua moto, ela desceu e com um sorriso veio andando até mim, sinceramente, não sei se sorria de volta, eu estava tão tensa com tudo, porém eu creio que provavelmente sorria, eu sempre sorria quando via minha pequena garota.

“Não te deixe muito tempo esperando né?” Eu não entendia como ela podia controlar as palavras e os gestos mesmo com tudo que estávamos passando uma com a outra.

“N-Não” Respondi falha e tossi “Está pronta?”

“Na verdade não, mas você vai estar comigo, então o que pode dar errado?”

“Certo” Sorri para ela, fomos no carro em silencio, cada um com seus motivos, eu por não saber o que falar e como agir, ela por ir reencontrar sua mãe, o encontro que ela ansiou praticamente sua vida toda estava prestes a acontecer. Estacionei o carro frente a casa que estava no endereço, uma casa relativamente grande e bem cuidada em um bairro classe alta.

“Eu não sei se estou pronta Quinn” Ela me olhou, seus olhos brilhantes e castanhos estavam negros e tinha mais brilho que o comum, brilho de lágrimas. Eu tirei meu cinto e virei totalmente meu corpo ficando frente a ela, naquele momento eu não pensava mais em nada, só queria toma-la em meus braços e dizer que tudo ficaria bem.

“Se você quiser, nos podemos ir embora” Segurei sua mão “Porém eu acho que você deveria entrar, é algo que você quer a tanto tempo”

“Eu não sei se consigo” Sua voz saiu tremula e uma lagrima escorreu, eu pensei em limpar com minha mão, porém não seria o suficiente, aproximei meu rosto e beijei a lagrima a secando com o toque dos meus lábios.

“Você consegue tudo Rachel” Ela sorriu.

“Eu não conseguiria sem você” Sua frase soou sincera e foi minha vez de sorrir “Obrigada Quinn” Sua voz era doce.

“Vamos?” Perguntei.

“Vamos” Ela pareceu um pouco mais segura. Saímos do carro, assim que travei as porta e fiquei ao seu lado, ela procurou minhas mão e entrelaçou a sua com a minha, seu toque era forte e percebi sua mão gelada, levei sua mão até minha boca e a beijei docemente.

“Tudo vai ficar bem Rach” Fomos até a porta e ela tocou a campainha, como se já tivesse do outro lado à espera, uma mulher abriu a porta em poucos segundos. Olhando a mulher na porta, lembrei-me de Rachel falando de suas características genéticas, aquela mulher na porta lembrava Rachel em cada pedaço, tirando a altura, já que a mulher era bem mais alta que ela, até mesmo, levemente mais alta que eu, porém o resto era tão parecido com Rachel, sua cor, seus olhos, seu nariz, cabelo, eu não sei dizer, mas era como se ela até mesmo respirasse como minha pequena.

“Eu fico feliz que vocês tenham chegado” A mãe de Rachel disse, ela olhava Rachel vidrada, eu poderia dizer que sua mãe sonhava com esse encontro tanto quanto ela.

“Foi fácil de chegar” Respondi vendo que pela primeira vez, Rachel tinha perdido a capacidade de falar.

“Entrem” A mulher deu espaço e entramos, percebi que ela encarou nossas mãos entrelaçadas, porém logo ela levantou o olhar, Rachel ainda se mantinha calada, o que já estava deixando o clima estranho.

Sentamos no sofá, todas as três mudas.

“Por quê?” Rachel perguntou simplesmente, o clima ficou mais tenso.

“São tantos por quês, eu não posso saber ao qual você se refere” Eu tive vontade de ri, a mãe de Rachel não era só fisicamente como a filha, Rachel herdou seu drama e mania de complicar tudo “O primeiro por quê é,  eu precisava de dinheiro”

“Ao menos fui uma venda rentável” Rachel falou com total ironia, mostrando que a conversa não ia ser fácil, sua mãe por vez, ignorou.

“O segundo por quê, seus pais devem ter dito, eu assinei um contrato, eu não poderia procurar você, não até você fazer 18 anos e esse deve ser um outro por quê, é por isso que voltei para Lima agora, você está prestes a fazer 18, em alguns meses e eu voltei para poder enfim te procurar, eu só não esperava o destino ser mais rápido e você simplesmente me achar”

“Eu não sabia de nenhum contrato” Rachel falou.

“Eles não te contaram toda minha história?” A mulher perguntou confusa.

“Eu nunca perguntei por você” Rachel respondeu e vi a mulher mais velha tremer o queixo segurando as lagrimas, provavelmente ela sentia que Rachel nunca tinha sentido sua falta e nem queria saber quem ela era, quando na verdade foi ao contrário, a pequena menina sempre quis saber quem era sua mãe e seus motivos por fazer o que fez.

O silencio tomou conta do ambiente, eu me senti uma intrusa quando Rachel e sua mãe começaram a trocar olhares que mais pareciam um duelo de espadas. Eu precisava quebrar o clima, eu precisava pensar em algo para falar, eu só não sabia o que, eu tinha medo de falar alguma besteira e piorar tudo, tinha que ser algo alheio, mas o que? Olhei em volta buscando algo, e me deparei com a foto da mãe de Rachel com um cão, parecia Zak em tamanho grande.

“É seu cachorro?” Perguntei apontando para a foto no porta retrato e ambas as mulheres na sala se viraram para ver aonde meu dedo indicava.

“Sim, ao menos era, ele morreu semana passada” A voz dela era tão triste. Ótimo, de tantas mil coisas para falar, eu tinha logo que falar sobre seu cão que tinha morrido “Você gosta de animais?” A mulher perguntou, não sei ao certo se foi para mim ou para Rachel, porém como Rachel se manteve calada, vi que eu tinha que responder.

“Nós temos um da mesma raça” Falei e vi claramente quando a mãe de Rachel silabou a palavra Nós, porém sem fazer nenhum som, apenas mexendo a boca, eu tive vontade de correr dali, eu queria ajudar, porém cada vez que eu falava algo, parecia que era a coisa errada a ser dita, eu primeiro perguntei sobre o cão recentemente morto e depois dou a entender que a filha dela é lésbica e namora comigo. Oh Deus, o que eu estava fazendo ali? Olhei para Rachel e vi que ela tinha um olhar divertido, ela estava se divertindo com aquilo tudo, que safada, pensei.

“Eu comprei o Dorb quando sai do seu resguardo Rachel, eu me sentia sozinha e ele me fez companhia por todos esses anos, parece que ele me esperou enfim te encontrar para morrer” Eu achei a história fofa, mas me surpreendi quando Rachel se levantou e soltou minha mão.

“Ótimo, me substituiu por um cachorro, você realmente é uma boa mãe. Mãe? Mãe? Deve ser piada, você é tão egoísta, meu deus, você não deveria ter voltado, para que me encontrar agora? Eu não preciso de mãe, eu não preciso de você” Rachel virou as costas e foi em direção da porta, ela mesma abriu e saiu, sua mãe e eu nos olhamos atônitas, tudo tinha sido tão rápido.

“Cuide dela” Sua mãe me pediu quando eu já estava na porta.

Encontrei Rachel escorada na porta do meu carro.

“Vamos sair daqui” Ela pediu, entramos no carro e levei ela até minha casa, Santana aproveitou o feriado e foi para fazenda de sua avó, a latina fez questão de levar Zak, como eu disse, ela se faz de idiota, porém é carinhosa.

“Eu não quero vê-la novamente” Rachel disse assim que estacionei o carro na garagem da minha casa, até então não tínhamos falado nada.

“Eu acho que você deveria vê-la, era obvio que ela queria falar com você, ela te olhava com amor” Desliguei o carro e a encarei.

“Amor? Ela me abandonou”

“Você não ouviu que tinha o contrato? E ela veio assim que pode”

“17 anos? Eu não entendo porque você a defende tanto” Rachel me olhava tão profundamente que as palavras saíram de minha boca sem eu nem perceber.

“Eu tive uma filha” Vi seus olhos se arregalarem e sua testa franzi “Eu tinha 16 anos e a dei para adoção” Rachel me deu um olhar que eu nunca esperei receber dela, ela me olhou com ódio, nojo, dor. Um misto de sentimentos, porém todos ruins “Por isso sei”

“Cala a boca” Ela gritou e eu tremi levemente de susto “Você não sabe de nada, você é como ela, você é um monstro” Rachel saiu do carro e bateu a porta com força, eu fiquei parada, olhei ela pegando sua moto e saindo, senti algo molhado em meu rosto e me dei conta, eu estava chorando, eu estava me permitindo chorar depois de anos, eu pensei que nada mais iria doer após eu ter dado minha filha, mas me enganei, Rachel fazia meu coração sangrar, pensar que ela me odiava e nunca mais iria querer me ver fez meu coração pesar em meu corpo. Fiquei um longo tempo no carro chorando, entrei em casa e me joguei no sofá, eu já não chorava mais, porém meu rosto ainda estava parcialmente umido, ouvi a porta bater, eu não estava afim de falar com ninguém, a batida se fez mais forte e eu abri para xingar quem fosse, e então me deparei com uma Rachel Berry parada me olhando. Eu simplesmente sai de perto da porta e voltei para o sofá, ela entrou e fechou a porta.

“ Eu vim pedir desculpa, eu não deveria ter te julgado, eu só estava confusa e descontei em você” Ela dizia receosa, ainda estava de pé, a olhei, ela parecia menor, tímida e ainda assim estupidamente adorável.

“Você é uma idiota” Gritei o mais alto que consegui, ela tinha me feito chorar, chorar por horas, Rachel ficou imóvel, ela não esperava essa minha reação, ela estava petrificada no chão, Rachel Berry tinha o poder de me deixar louca. Depois do meu grito tudo foi totalmente magnético, só sei que me aproximei de Rachel e passei meu braço direito envolta da sua cintura, ela era tão pequena e magra que não tive dificuldade em puxar seu corpo para junto do meu, nossos corpos se encaixaram perfeitamente, nossos abdomens estavam colados, assim como nossos seios e nossos lábios, sim, nossos lábios, o beijo foi desesperado e intenso, assim que nossas bocas se juntaram nossas línguas se procurava, o gosto da língua de Rachel era doce, viciante, tinha uma leve pitada de canela, seus lábios eram mais grossos que o meu, seu beijo era delicioso, quente, senti meu corpo pegar fogo, suas mãos envolveram minhas cintura como se ela quisesse fundir nossos corpos, o folego acabou e fomos obrigada a parar o beijo, continuamos na mesma posição, com nossos corpos unidos, nossas testas estavam encostadas, nada foi dito, apenas respirávamos. Abrir os olhos e vi que Rachel ainda tinha os dela fechado, demorou um pouco mais para ela começar a abri-los e me olhar, nos encaramos sorrindo, toda a fúria tinha passado, ela aproximou seus lábios dos meus e roçou nossas bocas.

“Eu pensei que você nunca iria me beijar” Ela falo e eu selei nossas bocas, lembrei da primeira vez que eu a tinha  visto, na sala do coral, no primeiro momento eu tinha a achado normal, porém quando ela começou a falar, o modo que seus lábios moviam, que as palavras saiam com segurança, logo vi que ela era diferente de qualquer outra pessoa nesse mundo, me permitir a ver de novo, com outros olhos, e agora sei, foi naquele momento que me apaixonei. Eu mordi seu queixo, e ela riu, eu lembro que naquele primeiro dia quando a olhei pela segunda vez, eu senti vontade de morder seu queixo, tão desenhado, tão belo.

“Eu quero você” Rachel disse no meu ouvido e mordeu minha orelha, olhei em seus olhos, transbordavam luxuria.


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Notas finais do capítulo

A música que Rachel cantou, é uma música da Vanessa da Mata que se chama Ilegais. Para quem quiser conferir, tem o link no youtube http://www.youtube.com/watch?v=WUn12vvsFkk e a letra http://letras.mus.br/vanessa-da-mata/1003673/