Nossa História escrita por Maria


Capítulo 6
Capítulo 6 - Aprendendo mais sobre você


Notas iniciais do capítulo

Não pude atualizar no fim de semana, porém vou me desculpar postando logo ainda de dia e ainda colocar um capitulo grande. Espero que vocês gostem e muito obrigada mesmo pelos comentários, fico feliz de ver que vocês gostam da história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366457/chapter/6

Entrei no colégio atrasada, Zak tinha feito tanta bagunça no quarto que levei quase uma hora para arrumar, depois levei ele para caminhar e fazer suas necessidades na rua, eu não tinha calculado gastar tanto tempo e acabei me atrasando, quando entrei pela porta principal ouvi o sinal tocando, corri para sala e entrei junto com os alunos. A aula foi um tédio e eu estava morta de fome, fui almoçar e quando passei pelo corredor algo chamou minha atenção, era Rachel e Finn, eles estavam em um canto meio escondidos tendo uma conversa tensa, ela me olhou e sorriu cordialmente, logo Finn virou em minha direção verificando quem estava chamando a atenção de sua namorada, ele me deu um olhar gelado e eu lhe dei um sorriso e sai de lá o mais rápido possível. Almocei intrigada pensando no que o jovem casal conversava, a voz de Santana veio em minha mente dizendo que eu estava apaixonada por Rachel, balancei a cabeça tentando afastar a voz da latina, aquilo era loucura, eu não estava apaixonada pela minha aluna. Entretanto o fato de pensar nela o tempo todo não tinha nenhuma explicação lógica.

Fui para sala do coral, aquele era meu tempo vago, mas eu preferia gastar lá, no silêncio, quieta. Eu estava brincando de criar melodias no piano quando ouvi passos no chão de madeira, olhei para trás e vi Rachel.

“Atrapalho?” Ela perguntou timidamente.

Claro que não, venha” Fiz um gesto com a mão a chamando e ela se aproximou.

“Eu gostaria de saber como está Zak”

“Ele é terrível sabia?” Falei com um sorriso e Rachel sorriu “Ele acha que a sala é um bom lugar para fazer necessidades fisiológicas e durante a noite destruiu meu quarto, na verdade nem sei como vou encontrar a casa quando sai do trabalho”

“Tão ruim assim?”

“Tão ruim assim.”

Ficamos um tempo calada, o silêncio deixava o clima tenso.

“Você não deveria estar na aula?” Perguntei.

“Tempo vago, e você não deveria estar dando aula?”

“Tempo vago também”

“Podemos conversar então? Você é a única que sabe a história da minha mãe e eu acho que preciso de conselho”

“Claro que podemos”

Rachel se sentou ao meu lado no piano e começo a tocar uma doce melodia, logo reconheci como sendo 'I wish i was in dixie - Confederate Song'.

“Minha mãe quer conversar comigo, ela me mandou uma mensagem dizendo que quer conversar, mas eu não sei se estou pronta para isso” Ela continuava tocando e olhando apenas para o piano.

“Qual é seu medo? Não acha que pode descobrir mais coisas boas do que ruins?” Comecei a acompanhar Rachel no piano, observei que tínhamos a sincronia perfeita durante a música.

“Sabe Quinn, durante todos esses anos eu não tive uma mãe, mas eu sonhava com uma e idealizei ela, acho que meu medo é só descobrir que ela não é tão perfeita como eu a criei”

“Provavelmente ela não é perfeita” A música fluía harmoniosamente.

“Ela tem uma voz realmente incrível” Sorri do seu comentário alheio e meio sem sentido.

“Então você herdou isso dela” Falei com um sorriso no rosto a olhando.

“Certamente sim, nenhum dos meus pais cantam, embora eles amem música”

“Sua mãe já tem um ponto em comum, ela não deve ser tão ruim, embora também não deva ser perfeita” Voltei a olhar para o piano.

Rachel continuou tocando, mas pude ver que ela me encarou.

“Que tipo de pessoa abandona um filho Quinn? Eu sei que não fui fruto de um amor dela ou qualquer coisa do tipo, mas poxa, eu sou sua filha ainda, certo? Será que ela nunca pensou que eu poderia precisar de uma mãe? Será que ela sempre pensou apenas nela?” As palavras de Rachel me atingiram em cheio, minha mão caiu pesadamente no piano e eu não só errei a música como produzir um forte barulho que fez tanto Rachel quanto eu se assustar.

“Rachel, você é nova e talvez nunca passou por um momento na vida aonde você tem que fazer escolhas difíceis” Eu não a encarei.

“E desde quando abandonar um filho é uma escolha difícil? Abandonar um filho nunca deveria ser uma escolha” Eu senti lagrimas em meus olhos, mas as segurei, se tinha uma coisa que aprendi desde que tive que dar minha filha para adoção é segurar o choro.

“Você não deveria julgar”

“Você está do lado dela? Você acha que foi certo o que ela fez?”

“Eu só acho que ela fez o melhor para você”

“Você só pode estar brincando. O melhor para mim foi eu crescer sem mãe? Sinceramente acho que nessa história, tanto Shelby quanto meus pais fizeram apenas o que foi melhor para eles, em nenhum momento pensaram em mim” Olhei para Rachel que me olhava, ela tinha lagrimas nos olhos, porém diferente de mim, ela deixava elas caírem livremente.

Enxuguei suas lagrimas com meu polegar, eu não iria contar para Rachel sobre minha filha, não naquele momento, talvez quem sabe algum dia, mas o fato é que desde que dei minha filha para adoção, nunca contei para ninguém sobre ela, apenas meus amigos e familiares que me viram gravida sabem dela, ninguém mais soube. Eu sempre tive a certeza que fiz o melhor para ela, eu era uma menina que engravidou aos 16 anos e deu a luz com 17, o que eu poderia oferecer a uma criança? Acho que na época nem amor de mãe eu poderia, hoje minha filha é uma menina de 8 anos que mora em algum lugar desse mundo, eu só espero que eu não tenha causado tanta dor nela como a mãe de Rachel a causou.

“Talvez você esteja certa, mas todos cometemos erros ao longo da vida, alguns cometem erros maiores e outros menores, sua mãe pode ter cometido um erro ao te deixar, porém ela está aqui para consertar”

“Agora que eu já tenho 17 anos?”

E dai? Você ainda tem uma vida inteira pela frente, os anos que viram ainda serão muito maiores do que os que passaram. Sua vida está apenas começando Rachel.”

“Então você acha que eu deveria falar com ela?” Ela me perguntou assustada.

“Eu acho que sim.” Respondi sincera.

“Eu não sei se eu posso fazer isso sozinha, você pode ir comigo?”

Olhei para Rachel, senti meu coração acelerar sem explicação alguma, respirei pausadamente.

“Eu vou com você, estarei ao seu lado” A frase saiu com tanto sentimento que Rachel me abraçou forte e eu retribui o abraço da mesma forma, novamente nossos corpos se uniam em uma força tão grande que senti a sensação que naquele momento, nos transformando em uma.

O sinal tocou e Rachel gemeu frustrada.

“Não quero ir para aula” Seu rosto era fofo e me fez sorrir.

Mas você tem que ir” Falei sorrindo e ela me encarou.

“Você disse que todos cometemos erros, então posso cometer o erro de matar aula, certo?” Eu ri do seu raciocínio.

“Você sabe que não foi isso que eu quis dizer” Ouvi alguns alunos das classes menores entrando na sala do coral “Chegou meus pequenos”

“Deixa eu ficar com você? Eu posso te ajudar” Ela me olhou suplicante, eu não podia deixar ela ficar lá, não racionalmente.

“Rachel”

“Por favor Quinn” Ela me olhou e ouvi os alunos começarem a pular e a gritar.

“Fique, mas se alguém perguntar fala que estava de castigo, ok?” Eu não podia acreditar que tinha a deixado ficar, ela precisava assistir sua aula.

“Obrigada” Ela me abraçou novamente, porém dessa vez foi algo rápido e empolgado, um agradecimento por deixar ela ficar.

Os alunos tinham em média 10 ou 11 anos, Rachel fez a alegria deles, as meninas queriam estar perto dela, ela era adolescente e estava no último ano do colégio, era como uma modelo para elas, já os meninos a olhavam de longe, encantados, provavelmente fantasiavam um namoro com a adolescente. Não deu para dar aula, parecia um dia de festa, apenas brincamos de cantar e fazer música. O sinal tocou e agora era hora da aulas no grupo de Rachel.

“Eu vou ficar muito encrencada se matar sua aula?” Eu olhei para ela surpresa, no período passado ela implorou para ficar lá quando não deveria estar e, agora, que era hora dela estar, ela estava querendo sair. Aquilo não fazia sentido, eu estava começando a me perguntar se Rachel Berry fazia algum sentido.

“Eu não te entendo, você queria estar aqui quando não deveria, mas agora que deve ficar quer sair?”

“Isso não faz sentido né?” Balancei a cabeça, os alunos já começavam a chegar “Droga, já não da mais tempo agora” Brittany veio correndo e pulou nas costas de Rachel.

“Você matou aula” A menina Cheerios falou no ouvido de Rachel, mas pude ouvir claramente “Finn está meio doido te procurando” De repente tudo fez mais sentido, Rachel estava fugindo de Finn. As meninas foram em direção às cadeiras se sentar com o resto da turma. Finn entrou e dessa vez se sentou longe de Rachel, eu me senti curiosa para saber o que estava ocorrendo. A aula passou e ensinei algumas técnicas vocais e fui corrigida diversas vezes por Rachel, o pior de tudo, é que em todas ela estava certa, sua técnica era melhor que a minha, eu tinha estudado música quando jovem, mas sempre instrumental, o canto não era algo que fui direcionada, então eu tinha falhas. A aula terminou e Rachel foi a primeira a sair, Finn foi logo atrás literalmente correndo. Arrumei minhas coisas e fui em direção a sala dos professores, deixei meu material de trabalho lá e peguei minha bolsa do armário, quando fui para o estacionamento ouvi duas vozes exaltadas. Eu logo reconheci como sendo de Finn e Rachel, eu sei que eu deveria sair dali, mas eu simplesmente não consegui, ao contrário, quando dei por mim, já estava escondida atrás de uma parede ouvindo a conversa, me senti infantil, eu era uma mulher de 25 anos que escutava a conversa de dois adolescentes de 17. Patético.

“Você quer mesmo que eu acredite que está tudo normal?” Finn perguntava exaltado “Você sumiu o dia todo ontem, eu te liguei e você não retornou, não teve a decência de ligar nem de noite. Eu fui até sua casa e estava vazia”

“Finn se acalme, eu já disse, estava na casa de Britt” Eu sabia que Rachel estava mentindo, afinal ela tinha passado o dia comigo, porém eu entendi sua mentira, ela não queria falar com Finn sobre as coisas com sua mãe.

“É mentira Rachel, eu sei que você está mentido” A voz de Finn era tão estupida que minha vontade era lhe dar um tapa, sua namorada estava passando por um momento delicado em sua vida, tudo que ela menos precisava era dele sendo grosso “Você não estava com Jessie ontem, certo?” Quem  era Jessie? Me perguntei.

“Não” Ela respondeu apressadamente “Você não confia em mim mesmo né? Eu já disse, estava com Britt” Ela gritou.

“Se não confio, é por que tenho meus motivos” Ele disse irônico.

Você é um idiota” Depois disso tudo foi silêncio, não tinha sentido, esperei ainda um pouco, mas nada foi dito, talvez eles tivessem ido embora. Sai de onde eu estava e fui para o estacionamento, porém me surpreendi ao ver Rachel e Finn se beijando, eles estavam gritando a dois segundos atrás e agora estavam literalmente se agarrando no corredor. Por algum motivo indefinido a cena me deu asco, olhei rápido e só vi eles se beijando e os corpos totalmente colados, desviei o olhar e fui para o meu carro sem olhar mais para aquela direção.

Era mais de 19 horas quando meu celular tocou, no primeiro momento fiquei petrificada ao ver no identificador que era Rachel, logo em seguida atendi correndo, um sentimento de medo me invadiu, medo de ter lhe ocorrido algo.

“Oi” Ouvi sua voz timidamente, porém ela não parecia estar chorando ou desesperada.

“Está tudo bem?” Perguntei para ter certeza.

“Sim” Ela disse e respirei tranquila “Eu atrapalho?”

“Não, eu estava apenas lendo, pode falar”

“É que eu queria saber se é muito incomodo eu ir até sua casa, quero ver Zak, pode ser?” Eu olhei para o pequeno cão que dormia na cama “Eu não preciso nem entrar, você me da ele na porta, eu fico um pouco com ele e te devolvo, juro que não vou atrapalhar nada.”

“Tudo bem, você pode vir, tem como anotar o endereço ou prefere que eu te mande uma sms?”

“Eu anoto” Dei o endereço, minha casa ficava um pouco longe da de Rachel “Como você vai vir? Não quer que eu leve ele ai? Você dirigi?” As perguntas sairam, a medida que fui pensando fui reproduzindo.

“Eu tenho uma pequena moto, eu chego ai em 15 minutos” Motos eram perigosas, ainda bem que Lima tinha um trânsito pacato.

“Eu e Zak estamos te esperando”

Peguei Zak no colo e desci as escadas, Santana estava na sala assistindo ao tele-jornal.

“O coelho saiu da toca e trouxe a sobremesa” Eu ri da péssima piada, meu humor estava agradável.

“Rachel está vindo ver Zak”

“Sua namoradinha?”

“Ela não é minha namorada Santana, Rachel é uma criança ainda”

“Uma criança que faz você suspirar” Eu me sentei no sofá com Zak em meu colo “Se me permiti um concelho, não diga por ai que ela é uma criança, porque se não, quando você pegar ela, vão te achar uma pedofila” Revirei os olhos

Assisti o jornal com Santana e a campainha tocou, me levantei para ir atender, mas Santana foi mais rápida, em um gesto infantil ela correu na minha frente e abriu a porta. Rachel estava parada sorrindo, mas pude notar que ela perdeu um pouco o sorriso quando viu que não fui eu quem abrir a porta.

“Você deve ser a Rachel” Santana perguntou.

“Sim, oi Quinn” Ela esticou um pouco mais a cabeça e me cumprimentou sorrindo, me aproximei mais da porta, eu estava atrás de Santana.

“Deixe ela entrar Santana” Santana deu espaço e ela entrou “Rachel, essa é minha amiga Santana, nos dividimos essa casa, Santana essa é a Rachel, uma aluna” Fiz uma pausa “E amiga” Acrescentei e vi os olhos de Rachel brilhar.

“Prazer em colhesse-la Santana”

“Tanto faz” Santana deu de ombros e entrou voltando a se sentar.

“Não ligue para ela, ela se faz de idiota no inicio, mas depois que se conhece, ela realmente é uma boa pessoa”

“Se você diz”

“Você quer comer alguma coisa? Um sanduiche? Se bem que você não come pão normal, nem presunto, queijo, manteiga e enfim, talvez uma salada, acho que temos alface?” Rachel riu.

“Você é engraçada Quinn” Certamente eu estava agindo de forma idiota e me condenei por isso “Eu já jantei, será que eu posso ver Zak?”

“Claro, vamos, ele está na sala” Zak estava dormindo, eu iria perguntar ao veterinário se era normal isso, aparentemente Zak dormia o dia todo e só levantava para fazer algo de errado e em seguida voltava a dormir, não deveria ser algo normal. Assim que chegamos na sala, Zak instintivamente abriu os olhos e viu Rachel, o pequeno cão pulou do sofá e correu até a menina.

“Você lembra de mim” Ela pegou ele no colo, o cachorro lambia todo seu rosto, mas ela parecia feliz com isso “Você está se comportando mal né, eu to sabendo” Ela disse olhando nos olhos do cachorro “Você sabe que você tem que ser um bom menino” Eu olhava a cena sorrindo, Santana olhava fingindo tédio.

Você é boa com animais, por que não ficou com ele?” A latinha perguntou de forma indelicada.

“Meus pais não deixariam, esse é meu último ano, depois vou para faculdade e eles acabariam tendo que cuidar do cão, fora que eles não gostam muito de animais, não em casa”

“Vamos sentar” Conduzi Rachel até o sofá e nos sentamos.

“Já levou ele para passear? É bom levar três ou mais vezes ao dia”

“Ainda não, apenas de manhã”

“Não quer levar agora, posso ir com você” Rachel perguntou e eu sorrir.

“É claro, deixa eu só trocar de roupa”

O tempo não poderia estar mais agradável, nem frio nem quente, tanto eu quanto Rachel tínhamos roupas parecidas, bermuda jeans, blusa e casaco, era confortável, Zak ainda usava sua blusa e tinha agora uma coleira que Rachel segurava.

“Sua amiga não parece feliz com o cachorro”

“Como eu disse, ela se faz de idiota, mas no fundo ela é doce”

“Vocês” Rachel parou de falar e me olhou “Vocês não namoram, certo?”

Não” Respondi de forma enérgica “Claro que não” Fiz uma cara de nojo, Santana era uma irmã, sempre foi, e embora ambas fossemos lésbica, nunca se quer rolou um flerte entre nos. Rachel riu da minha reação. Eu fiquei tentada em perguntar sobre ela e Finn, mas não fiz.

Continuamos caminhando, em silencio, apenas curtindo o passeio.

“Você” Falamos ao mesmo tempo, trocamos sorrisos “Fale” Ela disse.

“Não, pode falar primeiro”

“Ok, por que você quis voltar a Lima? Quer dizer, é aonde cresceu e tudo mais, porém eu não sei, eu acho que sempre sonhei tanto em sair que não tem sentido voltar” Olhei para Rachel, a verdade é que nem eu sabia.

“Eu não sei” Fui sincera.

“Vai ver era seu destino” Ela concluiu “Agora fale você” Antes que eu pudesse falar um homem jovem, de cor branca, cabelos negros bagunçado e olhos extremamente azuis se aproximou de nos duas.

“E ai gatinhas, não querem um pouco de diversão essa noite?” Ele perguntou e eu senti na hora minha postura ficar rígida.

“Se manda daqui otário” Rachel disse e olhei para ela incrédula, estávamos em uma rua mal iluminada e de noite, não sei se seria uma boa ideia ser rude com aquele homem desconhecido que tinha claramente má intenção.

“Olha, ela é bravinha, é desse tipo que eu gosto” O homem se aproximou e agarrou Rachel, eu em um pulo já estava indo para tentar defende-la quando ambos começaram a rir. Eu simplesmente parei, me congelei, o susto tinha sido grande, por um momento pensei que aquele homem iria abusar de Rachel. Eu pensei que poderia desmaiar, porém meu corpo foi mais forte que minha mente e me mantive em pé.

“Jesse seu idiota, o que está fazendo aqui?” Rachel perguntou,  eu mesmo com o coração acelerado, me atentei ao nome, Jesse era o nome que Finn tinha dito durante a briga.

“Vim pelo seu cheiro” Rachel pareceu se dar conta de minha presença

“Quinn esse é Jesse, um amigo” Eu notei uma troca de sorrisos estranhos entre eles na palavra amigo “Jesse essa é a Quinn, ela é, é, é uma longa história”

“Olá Quinn, peço desculpas se te assustei, mas provocar Rachel é sempre um prazer” Jesse me sorriu simpático.

“Tudo bem, foi só um susto” Continuamos andando, Jesse abraçava Rachel e mais uma vez me senti incomodada, será mesmo que todos os garotos do mundo tinham que andar grudados nela?

Descobri que Rachel conheceu Jesse no colégio, porém ele era um ano mais velho e assim um ano escolar a sua frente, o menino estava na faculdade em Juilliard.

“Você não deveria estar em Nova York?” Rachel perguntou.

“Deveria, porém fiquei doente e vim te passar gripe”

“Você não me parece doente”

“Eu tenho um atestado que comprava que estou doente”

“Algo me diz que esse atestado é falso” Ambos riram, eu me senti uma intrusa naquele momento, a conversa era totalmente entre eles.

“Devo querer saber porque um namorado ciumento me viu hoje na rua e foi tirar satisfação do porquê passei o domingo todo com a namorada dele?”

“Eu ando fugindo de Finn” De repente a conversa se tornou interessante.

“Ele é um idiota” Jesse falou e eu concordei mentalmente.

“Ele é um bom menino Jesse” Rachel falou como se Finn fosse um cachorro como Zak.

“Você não é do tipo que se interessa por bons meninos” O garoto retrucou e a conversa ficou mais interessante ainda, eu nem mesmo sei o porque eu ouvia a tudo com total atenção, preferi pensar que era apenas por fofoca.

“Namoro Finn tem três anos, definitivamente ele é o tipo que me interessa” Três anos, ual.

“Vou ficar calado” Quase dei um tapa nele, onde já se viu, a conversa estava indo tão bem, eu estava aprendendo coisas sobre Rachel que eu jamais saberia, afinal no fundo eu era só sua professora, certo?

Andamos os três mais Zak, no final do passeio Jesse e Rachel me levaram até em casa, eu entrei e me despedi deles na porta, foi quando me aproximei da janela que fui surpreendida ao ver Rachel encostada em sua moto aos beijos com o garoto.

Santana se aproximou e foi ver o que eu espiava.

“Não acredito que a menina trouxe o namorado” A latina disse decepcionada.

“Ele não é o namorado dela” Eu disse em um sussurro.

Talvez Rachel Berry estava longe de ser a menina ingênua que eu pensei que fosse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nossa História" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.