Nossa História escrita por Maria


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente espero que vocês gostem da leitura.



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Meu nome é Quinn Fabray e eu deveria estar dormindo agora, amanhã é meu casamento, o dia mais importante da minha vida, porém eu não consigo dormir, por isso peguei meu notebook e resolvi que vou escrever minha história com minha futura esposa, Rachel Berry.

Essa é a, Nossa história.




–-- XX---

“Não sei se te desejo boa sorte ou se ligo para o hospício e te interno”

“Bom dia para você também Santana” Respondi ironicamente, eu estava atrasada e não conseguia achar a droga da chave do meu carro “Merda, aonde coloquei essa chave?” Falei aleatoriamente para ninguém.

“Sério Quinn, voltar à escola não é algo normal”

“Eu não estou voltando à escola” Falei sério encarando minha amiga “Eu serei professora agora, é completamente diferente“ Dei de ombros e voltei a procurar minhas chaves “Me ajude a achar a merda dessa chave” Pedi irritada, não demorou nem um segundo para Santana achar embaixo do jornal.

“Toma loira” Ela me jogou as chaves e eu peguei.

“Obrigada” Sai quase que correndo e ouvi Santana falar que sou louca.


Agora aqui parada de frente ao McKinley começo a pensar em dar razão para Santana, voltar aqui é quase que uma loucura, esse era meu antigo colégio, não que eu tive um tempo ruim lá dentro, eu não tive, era capitã das lideres de torcida, extremamente popular, tinha amigos, namorado e lá conheci Santana, que virou mais que minha amiga, uma verdadeira irmã. Entretanto querendo ou não a escola nunca é perfeita para ninguém, tive meus próprios dramas pessoas lá dentro, acabei engravidando, tendo uma fase meio punk, falsas amizades e claro, Sue Sylvester.

Sem muito pensar, entrei na escola e fui caminhando para a sala dos professores, de repente fui invadida por um sentimento de estar sendo seguida, mas aquilo não fazia sentido, continuei andando, mas o sentimento só crescia, resolvi virar e averiguar, encontrei Sue a menos de dois metros de distância minha, consegui disfarçar e não mostrar o susto que levei.

“Sue?”

“Não, papai-noel” O humor dela continuava péssimo “Então Fabray, quer se juntar as minhas meninas? Acho que tem uma vaga para você” Aquela mulher era realmente louca.

“Sue, não sei se sabe, mas eu já me formei na escola, sou professora agora, tem quase 10 anos que sai daqui.”

“Oh Fabray! Quem liga para sua vida? Não te perguntei nada disso.” Sue passou na minha frente e foi andando, ouvi ela dizer “Patética” Certas coisas nunca mudam e Sue Sylvester era uma delas.


Na sala dos professores descobri que muito dos meus antigos professores eram agora meus amigos de profissão, por sorte eles realmente eram simpáticos, talvez quando eles não tivessem que me avaliar, tirar pontos e etc, ficavam menos intimidantes. Quando o sinal tocou todos me desejaram boa sorte e fui em direção a minha sala. Eu daria aula todos os dias de manhã de inglês e a tarde eu daria aulas de música.

Era primeiro dia de aula e os alunos estavam literalmente pulando e gritando pelos corredores, um menino muito alto esbarrou em mim, ele era moreno, olhos azuis, deveria ter quase 1,80 e vestia o uniforme do futebol, sem dúvidas aquele era o ‘galã’ do colégio.

“Desculpe” Ele disse sorrindo e eu apenas assenti com a cabeça e continuei andando para minha sala.

A aula de inglês foi tumultuada, os alunos não paravam quieto e minha pouca idade parecia dizer a eles que eu não tinha autoridade suficiente para os controlar, tive que usar de toda minha técnica teatral para colocar medo neles e me fazer ser ouvida, aos poucos fui relaxando minha postura e consegui manter um padrão civilizado durante a aula. Almocei no refeitório dos professores e fui para a sala de música, estava de costas mexendo em um velho livro.

“Você é a nova professora de música, certo?” Ouvi uma voz soando atrás de mim e me virei, a dona da voz era uma jovem que deveria ter a metade da minha altura, cabelos pretos e sua pele era um tom bronzeado, porém natural, o nariz deixava claro, a menina era judia, sua roupa era bizarra, uma saia de prega em xadrez, um suéter amarelo e sapatilhas, certamente com aquela roupa, ela era a rainha do bullying.

“Sou, meu nome é Quinn Fabray” Respondi sorrindo para deixar a menina confortável, mas logo em seguida, descobri que eu não precisava deixa-la confortável, ela já tinha nascido confortável.

“Ótimo” Ela me entregou um monte de papel “Essas são as músicas que vamos treinar para as nacionais, eu decidi” Eu estava lendo aquilo tudo e já achando confuso, porém quando ela disse o ‘eu decidi’ tive que para e olhar para ela, foi inevitável arquear uma sobrancelha, porém ela obviamente não se intimidou e continuou falando “Que esse ano faremos algo mais pop, pode ser arriscado, eu sei que pode” Seu tom era dramático “Porém a ideia é criar um conceito aonde cairemos no gosto popular, sabe?” Seu tom passou de dramático para empolgado em segundos “Aproximar a prateia da gente e deixar todos receptivos a nossa música. Mas isso só na apresentação em grupo, obviamente. No meu solo faremos algo totalmente clássico, afinal de contas minha voz é perfeita demais para ser desperdiçada com esses lixos do mercado fonográfico” Eu não sabia se eu deveria rir ou chorar, aquela menina tinha falado tudo tão rapidamente e com uma firmeza tão grande alterando até a entonação da voz, que a situação tinha se tornado surreal.

“Qual seu nome?” Perguntei a ela.

“Rachel, Rachel Berry, estou no último ano e ganhei todas as nacionais anteriores, no final do ano vou para NYADA e depois seguirei minha carreira na Broadway” Sua voz era tão empolgada que eu tive que sorrir, ela falava como se tudo só dependesse dela, aquela menina deveria viver em um universo paralelo, seriamente cogitei que ela tinha algum tipo de doença mental.

“Rachel” Respirei fundo e coloquei as folhas que ela tinha me dado em cima do piano “Você não acha que falta muito para as nacionais? Nos ainda realmente nem tivemos nossa primeira aula, e além do mais, o justo não seria decidir em equipe sobre as músicas e solos?” Perguntei no meu tom mais sereno e ela me olhou como se eu fosse louca.

“Claro que não, esses imbecis acham que música se resume em Madona e Gaga, eles realmente acham que Adele tem a melhor voz do mundo e nunca nem sequer teriam visto Barbra Streisand em Funny Girl se eu não tivesse os obrigado. Como eles podem decidir algo sobre qual música cantar?” Ela falava como se fosse a coisa mais obvia do mundo, sua voz borbulhava indignação.

Eu olhei mais uma vez para aquela figura a minha frente, me permitir olhar detalhadamente, seu cabelo era um liso volumoso e pesado, cortado abaixo do ombro, reparei que ele definitivamente não era preto, era castanho escuro, mas não preto, seus olhos eram também castanhos e tinham um brilho tão intenso, era como se eles derramassem emoção, seu nariz era maior do que o da media da população, porém ele era agradável, parecia que completava o conjunto do seu rosto de forma ideal, sua boca era bem contornada, lábios volumosos e seu queixo era levemente desenhado, a pele era algo entre branco e moreno, na verdade era morena demais para ser considerada branca e branca demais para ser considerada morena, a roupa parecia figurino para algum tipo de filme ou peça antiga, o suéter não mostrava muito do seu corpo, porém a saia morria na metade de sua coxa e deixava a mostra grande parte de suas pernas, Rachel era pequena, porém suas pernas pareciam alongadas e bem torneadas, como se ela malhasse, coxas e panturrilhas mais cheias e bem curvilíneas, e ela definitivamente era maior do que a metade da minha altura, ela batia no meu ombro.

O sinal tocou.

“Olha Rachel, eu realmente acho justo decidir as coisas em equipe, ok?“ Ela soltou o ar pela boca demonstrando toda sua irritação.

“Isso não é justo, não podemos perder, meu futuro depende disso.” Seu tom era um pouco mais tímido e eu não entendi o que ela quis dizer.

“Perder o que?”

“Você está bêbada?” Ela questionou indignada e eu sabia que tinha que repreender tal coisa, mas não fiz “Estamos falando das nacionais, certo?”

Oh, sim” Respondi de forma surpresa, ela realmente estava preocupada com algo que ainda vai levar 10 meses? A sala do coral já tinha alguns alunos, todos conversavam entre si “Rachel, se junte aos outros, depois falamos disso” Eu pedi e ela não questionou, se virou e foi se juntar aos outros alunos.


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