At The Ballet escrita por Luiza Brittana4ever


Capítulo 32
Fin


Notas iniciais do capítulo

Não consigo acreditar o quão emotiva eu estou. Estou ouvindo Mine e só consigo pensar no que essa história significou pra mim. Ela me ligou com Brittana de um jeito extraordinário.
Queria agradecer vocês!!! Você me mantiveram firme e forte para terminar essa história. Agradecer aos comentários de pessoas que estiveram comigo desde 2013 até hoje. Céus, não acredito que vou apertar o botão se história concluída...
Apenas para não perder o costume, boa leitura!



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O que aconteceu ao longo dos anos.

THE GRANT:
Quando a Howard finalmente conseguiu se recuperar do furacão Julieta e quando a pena sobre ela havia ido embora, ele queria esmurra-la por um período de tempo indeterminado. Ele ficou irado com tudo que ela tinha planejado e feito. Catarina tentou acalma-lo, ainda mais com Susan recém-nascida em seus braços. O único tempo em que ele não pensou em Julieta foi durante a Segunda Guerra Mundial, tampouco pensavam em algo. Ninguém poderia dar a certeza se ele iria voltar, já estava velho e não se movimentava como antes. Ele apenas permaneceu na parte estratégica e sobreviveu, heroicamente. Mas quando a Guerra acabou e ele pode, finalmente, voltar para casa, nada estava igual. Ele viu sua segunda filha, também loira, com cinco anos de idade, e novamente, havia perdido os anos iniciais de uma de suas filhas. E quando dormia, ainda podia ouvir armas atirando e vidas se indo. Ainda podia ouvir granadas explodindo e gritos de soldados feridos. E às vezes, a visão de Brittany sendo torturada sobressaía todas essas imagens e ele nunca mais dormiu como antes. Brittany ficou assustada. Afinal, ela dividia seu quarto com sua irmã mais nova. Quando a companhia de ballet começou suas turnês, ela preferiu viver um tempo no dormitório do que em casa, porque achava que se seu pai não a visse com tanta frequência, ele pararia de sonhar tanto sobre os anos passados. Brittany também não estava feliz sendo relembrada, aos gritos, pela madrugada do tempo que viveu no sanatório.

Catarina, mesmo depois de anos, ainda lecionava. Ela se tornou uma figura muito requisitada no mundo acadêmico, principalmente relacionado a de Literatura. Após ganhar um prêmio do chefe de estado, ela queria ter parado e descansar um pouco. Ela queria poder focar sua vida junto de Howard que mesmo depois de anos, tinha pesadelos sobre todos os tipos de situações. Como ele havia ficado apenas com as estratégias, qualquer pessoa que visse e achasse diferente, era considerado inimigo e ele começou a perder a pureza e até a realidade da vida. Susan odiava seu pai por isso. Ela o amava, mas sua ela via o quanto sua mãe sofria. E não apenas isso, como se culpava. Em um das conversas com Santana, Susan comentou que seus pais não deveriam ter casado, a princípio. Que sua mãe não vivia mais. E Santana a respondeu: "Eu não imagino o quão difícil isso deve ser para você, S. Mas eu vi a tia Catarina se apaixonar pelo Howard. Eu vi seu amor preencher o coração um dos outro. Eles se amam de verdade. E tia Catarina nunca, jamais vai desistir do único amor de sua vida."

Susan era uma menina, quase mulher, extremamente inteligente. Ela esperava para que a primavera chegasse logo para que pudesse ir para faculdade, uma das melhores da Europa. Ela ia fazer línguas, especialidades em Inglês. Ela, na verdade, gostaria de ser escritora. Havia herdado a paixão avassaladora de Catarina por livros. E amava as narrativas escritas por sua prima, tema abordado mais à frente. Quanto a Brittany, sempre houve essa ligação esplêndida sobre elas. Elas eram muito ligadas, todos os verões e invernos, Susan ia para a casa de Brittany e Santana, um dos quartos já era até dela. Ela realmente não acreditou quando descobriu que a relação que sua irmã e Santana tinham não considerada normal. Catarina chegou a ser chamada na escola porque a Susan de seis anos estava chorando porque ninguém acreditava que sua irmã amava uma mulher. E ela sempre romantizava essa relação, mesmo que não fosse necessário.

Oliver e Belle. Belle e Oliver. Suas netas ainda guardavam suas memórias, mesmo que Susan tinha apenas sete anos quando eles faleceram. Um ano antes da tragédia acontecer, Brittany foi convocada ao chá das cinco com sua avó. Ela havia diminuído as vezes que falava calcinha, mas havia um motivo. Ela havia ouvido uma notícia sobre ela e Santana no clube de leitura que frequentava. Brittany ficou rosa, vermelha, de todas as cores. Ela não queria que sua avó sentisse algo forte demais. Belle riu da feição de Brittany, sem brincadeiras. Tiveram que medir sua pressão quando terminou de rir. Belle olhou para ela e disse que já sabia muito antes de ter direito de saber. Disse, ainda, que não tinha ficado sentida por terem escondido dela. Que entendeu o grande passo que dariam, mas que amava aquelas meninas com verdadeira paixão. Um das últimas visitas, com Santana como sua acompanhante, Oliver relembrou o caso das calcinhas. Belle olhou para as duas e disse, com a maior naturalidade possível: como se ela usasse calcinha, Olly. Brittany fez Belle perder a cabeça novamente, aquelas risadas a ajudaram a viver por alguns meses a mais. Os dois faleceram no mesmo ano. Oliver foi o primeiro, no meio do ano. Belle, no final do mesmo ano. No mesmo dia. Ambos se orgulhavam de terem corações fortes e enormes, mas como eram delicados.

THE KUTTERIN AND THE CARMEL:

"The Love" foi escrito por Beth, pelo pseudônimo de Scarlet Ordinary. Falava sobre uma atriz que se apaixona por uma bailarina, com uma sequência impressionante de três volumes publicados diretamente pela América. O livro também era uma crítica aos tempos modernos e passados do qual vivenciaram e vivenciam. O livro não teve um sucesso estrondoso de venda na Europa por se tratar, exatamente, de um romance lésbico e por isso poucas cópias foram feitas. Uma dessas cópias foi parar nas mãos de uma ativista gay nos Estados Unidos e fez questão de que a editora da sua namorada publicasse o livro, que fez sucesso na América, ironicamente. Beth estava grávida de sua primeira e única filha, Lisa. Os dois, ela e seu marido, Steven, um jornalista meio excêntrico, vivam viajando em função do trabalho dele. Quando Lisa nasceu, ainda viveram assim por seis anos. E finalmente, compraram uma casa e vivem em Londres.

Não havia jornal que não valorizasse a relação das irmãs das artes. Santana era uma figura do cinema. Elizabeth da literatura. E Rachel, da música. Não havia criança, adulto, idoso, homem ou mulher que não ouvisse Rachel Kutterin. Ela foi uma das pioneiras num trabalho considerado masculino, mas sua voz doce fez com que todos se apaixonassem por ela. Um dia, enquanto fazia o trabalho de criar propagandas, ela decidiu cantar. Apenas um poema sob uma melodia conhecida. Seu chefe a despediu na hora. Mas muitas pessoas buscaram Rachel para conhecer aquela voz por trás dos microfones. Rachel se casou com um homem chamado Greg e diz, com um sorriso enorme no rosto, que aquele era o amor de sua vida. O casamento tão amável, lhe concebeu seus dois melhores sonhos. David e Lionel, sendo o segundo apenas uma gravidez. Rachel brinca com as manchetes, fez o mundo dela. E quando perguntam sobre ser mãe, ela responde: Muito mais fácil do que ser filha.

Diane e Lalita passam seus dias viajando constantemente, por todos os países. Durante alguns meses, haviam parado para ficar em Paris. Mas não gostaram muito do clima, da solidão na multidão. Elas voltaram para Londres, mas não para suas antiga casa. Viveram em um apartamento. Chegaram a morar durante um mês no the Plaza, mas preferiam comprar uma casa num bairro onde os Pub's se encontravam. As duas podiam ser mulheres bem mais velhas do que aparentavam, mas sempre disseram: 'Ser jovem é um estado de espírito.' E a vida delas nunca foi normal, muito menos sossegada.

Joanne teve um período muito baixo com George, que não podia acreditar no que sua esposa havia feito. Suas meninas estavam indo e ele não conseguia fazer nada. Todavia, continuaram casados. Viveram numa lamentação, até que George a perdoou. Não achava que deveria, mas achou que era o mínimo a se fazer. Livrar a culpa que Joanne sabia, mas não sabia onde coloca-la. Alguns meses depois, descobriram que os pulmões de George estavam infectados. Ele viveu um mês após receber a notícia. O dia de seu funeral foi um dos únicos dias em que Joanne dirigiu a palavra a Santana, que não deu muita importância ao que acontecia. Ela havia perdido seu pai e se lembrar do que sua mãe lhe dissera não chegou nem a ser seu último pensamento do dia. Joanne não aguentou aos anos, suas filhas seguindo a vida e a deixando. Ela não conseguia conviver naquela casa. Vendeu a casa e comprou um apartamento pequeno, arejado com vista para o rio principal. Em um dos seus piores dias, ela pensou que se tornou em seu pior pesadelo e pior do que isso, o pesadelo de sua filha. Mas não teve coragem para lhe dirigir a palavra.

THE OTHERS:

Anna havia se casado com John. O que foi engraçado, porque ninguém realmente soube. Eles haviam deixado a mansão dos Kutterin. Anna, não exatamente. Ela levava doces para Joanne de sua própria confeitaria. John virou um mecânico. Os dois souberam da notícia de que Anna estava grávida, no fim da Segunda Guerra Mundial. O nome do menino era Lisander e guardavam dinheiro para que pudesse frequentar a faculdade quando chegasse a hora.

Emily encontrou o amor. E quando quase o havia perdido, Diane fez o que pode para que ela o seguisse. Atravessando o Atlântico, Emily o seguiu até o Brasil. Ele era um brasileiro bem educado que pensava em abrir uma empresa em Londres, mas ambos decidiram ficar no país Tropical na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro.

Felícia havia falecido, ela tinha uma doença nos ossos e quando um inverno rigoroso se instalou, não conseguiu mais sustentar a fraqueza que era a única coisa que sobrou do corpo definhando.

Samantha Smith se encontrava com Brittany e Santana constantemente, principalmente em recitais. Ela havia assumido a Lady's Academy of Dance como uma das últimas vontades de Eleanor deixada por testamento. Ela ganhou uma notoriedade incrível, apesar de sempre lembrar de Eleanor quando citava o nome da Academia. Ela havia se casado! E parecia realmente amar dizer que era casada. A sua alma solitária achou o homem perfeito em um espetáculo de Leskova e se apaixonaram como contam as boas histórias de romance.

Uma das principais fãs de Santana quase chorou quando a encontrou na rua. Ela tinha a mão agarrada ao filho e quase apertou Santana ao ponto de a sufocar. Dolores não podia acreditar que aquela que interpretou sua irmã mais nova numa peça de teatro estava tão crescida e fantástica. Ela ainda era casada com o crítico bonitão e seu filho já estava gigantesco. Ela havia desistido da atuação, considerava para seu bem, e preferiu focar em pinturas. Ela fazia quadros artísticos, mas seus principais trabalhos eram tirinhas do jornal onde seu marido trabalhava. Santana a abraçou e sorriu com tudo que Dolores havia feito que arrancou risadas das pessoas. Dolores achava que tinha nascido com propósitos muito claros. Servir ao público, há vários tipos de públicos. E o seu preferido eram pessoas humanas. As emocionadas e emocionantes.

Se você ligasse o rádio pelas sete e meia da manhã você ouviria a voz animada de Margareth. Ela não havia conseguisse seguir carreira no ballet. Havia fracassado em quase todos os testes por sua técnica pobre e se passasse em algum, o que raramente acontecia, a mandavam embora por problemas de convivência. Ela descobriu a solidão por um tempo, antes de tirar proveito da própria dor. Ela não conseguia se comunicar com pessoas pessoalmente, e buscou pelo mundo do rádio. Ela tinha uma pequena coluna de rádio onde lia poemas e contos. Um pouco antes das novelas. Como era apenas a sua voz, ela conseguia ser quem deveria e quem nasceu para ser.

Um dos principais fracassos e sucessos instantâneos foi o de Patrick. Ele foi considero o mocinho preferido. Seu charme e sotaque fizeram com que ganhasse lugares em filmes. Mas na mesma velocidade que sua fama disparou, ela despencou consideravelmente. Ele voltou a fazer teatros e chegou a fazer até alguns musicais da Broadway que naquela época era considerado o palco dos vira-latas, ninguém da elite frequentava a Broadway naqueles tempos. Mas ele voltou e continuou a fazer teatro e se aperfeiçoar naquilo que amava, ou que pelos menos achava que amava.

Vocês se lembram da Eva? Eva, a florista. Tão pouca aparição, mas mexeu com o subconsciente de vocês. O que, afinal, Lírios querem dizer? Vou deixar que ela própria se explique. Na primeira apresentação de Brittany como primeira bailarina (história contada posteriormente), ela recebeu um boque de lírios. Não havia dúvidas quem havia os mandado. Brittany olhou para ela e a achou familiar. Perguntou se a conhecia. Eva também comentou que a achava familiar. "Lírios querem dizer amor, ou melhor, te desafio a me amar." Santana entrou assim que Eva saiu e olhou para Brittany. Ela estava nervosa e o intervalo já estava acabando. "O que foi, Britt?" Brittany havia ficado chateada pelo significado da flor. Achava-o lindo, mas não para quem já estivessem tão abertas num relacionamento. Santana pediu que ela abrisse o cartão. Que no mesmo constava o seguinte: "Britt, eu não achei o significado dos lírios. Procurei em todos os livros de botânica que existiam na biblioteca. Nenhum deles trás o significado dos lírios. Então, a partir de hoje declaro que essa flor seja considerado nossa. Nós somos o significado dos lírios. O meu amor por você é verdadeiro. E eu sei que o seu é também. E é isso que ele representa. Tenha um bom show. Você é fantástica. Te amo." Brittany sentiu os cheiros das flores e sorriu. Correu até Santana e a abraçou. Um beijo dado na bochecha, no pescoço e nos lábios. A bolha que as envolveu no primeiro toque ainda era a bolha que as envolvia, mesmo depois de anos.

"A senhorita achou sua rosa no jardim." A melhor manchete criada sobre a carreira de Velma Clark. Ela havia percebido que levava essa rosa consigo o tempo inteiro, sua pequena Chloe, sua ex-publicitária. Se essa foi a melhor machete, a segunda descrevo agora. "Clark e Kutterin fazem filme juntas!" Desde aquela piscadela, Santana se tornou um símbolo cultural. Quando o filme chegou nos cinemas de Nova York, Velma interpretou aquela piscadela como algum sinal divino. Pediu para que sua nova publicitária achasse um filme em que as duas pudessem representar juntas. (História contada mais para frente). O filme modificou o jeito de as mulheres pensarem, de agirem. Velma e Chloe vivem em Hollywood, onde a primeira é chamada constantemente para os papeis. Ela não foi mais considerada uma vergonha em sua cidade natal, era considerada um exemplo, mas insistiam em emitir a sua sexualidade. E não era o jeito que Velma queria conquista-los.

THE BRITTANA

19 Anos depois, a partir da contagem inicial.
Londres, Inglaterra.

O salão do the Plaza estava lotado. Ele havia sido reservado para uma festa particular. A festa de Brittany e Santana. Todos os seus conhecidos e amigos e familiares estavam lá. Nem todos, mas chegamos até lá. Brittany e Santana estavam sendo preparadas para a festa. Havia sempre o discurso antes que o jantar e a festa se seguissem. Elas nunca puderam se casar, não foram consideradas casadas em nenhuma espécie de lei e essas festas eram uma forma e comemorar esse aniversário de casamento que existia, mesmo que além dessa festa comemorassem o privado. Ambas usavam branco. Beth entrou no quarto com os olhos tampados. Ela tinha os cabelos arrumados e usava um vestido belíssimo, longo.
–Estão vestidas?
–Beth, não estamos na cama. -disse Santana rindo. Beth abraçou sua irmã e depois Brittany. -Como estão lá embaixo?
–Então, o motivo de eu ter subido é porque aconteceu algo. -disse Beth, um sorriso pequeno estampava seus lábios. -Não espero que me ouça, mas foi vontade dela. Perguntei para Rachel lá embaixo e ninguém sabe de nada. Acho que ela realmente quis vir.
Brittany olhou para Santana com receio e se levantou e foi segurar a mão de Santana.
–Mas o que ela está...
–Eu acho que posso responder isso. -disse Joanne entrando no quarto. Ela usava um vestido rosa envelhecido. Suas feições estavam transformadas e envelhecidas. Ela estava cansada, parecia triste.
–Eu vou deixar você aqui. -sussurrou Beth. -Lionel não para de chutar a barriga da Rachel e é realmente gratificante vê-la sorrir. Eu tenho que descer.
–Você está linda. -comentou Joanne. -As duas.
Elas não sabiam muito como se comportar a situação. Ainda tinha as mãos dadas, mas não a largaram um minuto se quer. E pela primeira vez, Joanne não se sentiu incomodada.
–Obrigada. -agradeceu Santana com dificuldade. Parecia que qualquer palavra que subisse a sua garganta era enterrada novamente. -Fico feliz de que tenha aceitado meu convite, mesmo depois de dez anos o negando.
–Eu sei, seu sei. -afirmou Joanne. -Eu preciso que você me escute. Eu sei que nem mereço isso que estou te pedindo, mas eu preciso. Me desculpe por não ter te entendido quando deveria. Me desculpe por não ter te amado quando precisou. Me desculpe por ter tentado mudar a minha filha. Me desculpe por ter quase destruído vocês. E me desculpem por ter demorado mais de quinze anos para dizer que sinto muito. E me desculpem por eu ter sido o pesadelo de vocês. Peço perdão as duas. E desculpas pelas outras atrocidades que fiz.
Brittany alisava a mão de Santana. Santana tinha os olhos fechados. -Eu aceito as suas desculpas, mas não consigo mais do que isso.
Joanne assentiu com a cabeça. -Era apenas isso. Eu vou embora agora, não quero estragar o dia de vocês...
–Você pode ficar. Não tem problemas. -disse Brittany. Santana confirmou a cabeça. Joanne pensou em abraça-las, mas o momento não pedia aquela demonstração de afeto que iria desmentir tudo.

Velma estava conversando com Catarina sobre o seu mais novo filme com Santana. "At the Ballet" foi filmado em Nova York no outono e iria sair em alguns meses. Santana interpretou uma menina do mesmo nome, com apenas uma pequenina diferença. Santana Kutterin, a estrela inglês, virou Santana Lopez, a mocinha que era bailarina e mandava bilhetes durante a guerra pelas sapatilhas de ballet. Velma fazia uma soldado que havia se vestido de homem para participar da guerra. A história era deslumbrante.
Brittany Grant, que depois de um erro no jornal de Nova York, ter tido seu nome trocado para Brittany Pierce, ficou conhecida com esse nome por ser sua primeira grande crítica. Ela havia sido a aprendiz mais amada de Marceille que lhe deu aulas particulares. Em todas as peças, ela era sua primeira bailarina, colocação mais honrada no ballet. Sua primeira experiência com os críticos, citada anteriormente, rendeu boas risadas de Marceille e disse que havia gostado do novo nome artístico de Brittany. A crítica havia sido boa e Brittany não quis mudar isso. Ela foi se apresentar com a companhia no Ballet de Nova York, Santana na época foi gravar seu primeiro filme com Velma, que não rendeu muita audiência. As duas haviam ido juntas para Nova York e agora, ainda faziam o que amavam. Além de se amar, é claro.

As luzes se apagaram e um holofote instalado especialmente, as seguiu. As duas entraram com modelos exclusivos de roupas e todos começaram a bater palmas. Elas agradeceram e subiram até o palco onde a banda iria tocar mais tarde e até Rachel ia cantar.

–Vocês já tiveram o prazer de cruzar o olhar na rua e o amor da sua vida estar do outro lado? -perguntou Santana. Todos sorriram. -Acho que eu fui a única.
–Vocês devem saber como é. -Brittany olhou para Santana e apenas para ela. E nesse momento, apenas elas existiam. -Se apaixonar todos os dias pela pessoa que você foi apaixonada a vida inteira.
–Você é a pessoa por qual eu me apaixonei naquele dia.
–Você é a pessoa pelo qual eu decidi me apaixonar repetidamente.
–E tudo começou numa simples aula de ballet.
–E tudo começou numa simples aula de ballet. -repetiu Brittany sorrindo.
–E eu te amo.
–E eu te amo.

Era o suficiente em palavras. Suas melhores declarações eram desenvolvidas em ações, gestuais. Elas eram bailarinas, falavam com o corpo. Eram essas suas naturezas. A banda começou a tocar e depois de que todos tivessem falado com elas, começaram a dançar. Coladas uma na outra. No cabelo, ainda levavam a história da inglesa e francesa consigo. Todavia, nas mãos usavam usar suas alianças oficiais.
A fantasia e o destino foram seus principais problemas, mas naquele dia, dezenove anos após os olhos azuis checarem os castanhos, era como se as partes ruins de sua vida tivessem evaporado. A magia, química entre elas ainda existia como na primeira vez que se tocaram. Seus corpos se movimentavam ainda na mesma sincronia que haviam dançado pela primeira vez. Seus beijos ainda eram ardentes e sinceros como na primeira vez que se beijaram. E o seu amor continuava visível a todos os olhos, sinceros em todos os olhares e toques, perceptível pela pessoa mais amarga, elogiado pela mais querida. E elas podiam ver, podiam sentir e podiam viver. E assim, viam, sentiam e vivam.

FIN.


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Notas finais do capítulo

Olá!!
Acho que consegui dar a voz que eu queria para essa história e fico feliz que vocês tenham lido até aqui! Foi uma honra, estamos ai para discutir sobre alguns personagens!!
Espero que vocês tenham gostado e irei focar bastante na minha próxima história que é mais atual.
De mais a mais, saber que eu alguém lia a minha história foi impressionante, quando eu vi cem comentários, nem imaginei. Sou grata por todos vocês! Amo vocês!
E até logo.