At The Ballet escrita por Luiza Brittana4ever


Capítulo 13
"Queremos lhe contar um coisa...."


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Sei que estou sumida, mas tive alguns problemas pessoais que foram resolvidos recentemente. Queria agradecer pelos comentários.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366375/chapter/13

Tudo faria Brittany ficar em sua cama num dia normal, mas nada conseguiu prendê-la na cama naquele dia. Brittany acordara cedo. As cortinas rosa compradas recentemente foram praticamente arrancadas com a força que Brittany as abriu.

Dava para ver, da grande janela no quarto de Brittany, o parque central de Londres. Howard não tinha costume e nem vontade de levar Brittany no parque quando menor, mas isso não fizera ela se desvencilhar. Pelo contrário, parecia ter mais curiosidade sobre as pessoas que já pisaram naquele parque. Ela se encontraria com Santana no parque naquela tarde de Sol. Brittany acordara sorrindo e assim fora até a cozinha.

Howard estava sentado na cabeceira da mesa com uma xícara de café em mãos lendo uma carta.

-Bom dia, papai. – disse Brittany se sentando na mesa.

-Bom dia. – disse Howard dobrando a carta ao meio e guardando-a no bolso.

-Papai, hoje, pela tarde, posso sair com Santana? E sua tia Catarina? – perguntou Brittany terminando se encher sua xícara com chá.

-Depende, onde se encontrarão? – perguntou Howard olhando para sua filha.

-Aqui perto, no parque central. – respondeu Brittany olhando para frente.

-Tudo bem, tens minha permissão. – disse, com um tom delicado, Howard.

-O que estavas lendo? – perguntou Brittany por pura simplicidade.

-Uma carta. Chegou pela manhã, algo relacionado ao exército. – bradou a voz formal de Howard pela cozinha.

Brittany se calara. Não gostava de perguntar ou saber sobre o antigo local onde o pai trabalhava. Howard dizia que era porque ela era mulher, já Brittany pensava que era porque nunca gostou de morte e sangue e possuía uma vaga lembrança de ver seu pai chorando pela morte de sua mãe, mesmo depois de anos...

-Papai, estou indo. Santana já está na porta. – disse Brittany ao pé da escada.

-Tudo bem, lembre-se : ”Quero que estejas em casa antes das seis.”. – bradou a voz de Howard pela porta do quarto.

Brittany abriu a porta.

-Oi, Sant. – disse Brittany dando-lhe um beijo no canto dos lábios.

-Oi, Britt. – disse Santana sorrindo com a proximidade dos lábios.

-Olá Catarina, como vai? – perguntou Brittany.

-Muito bem! E vóis? – perguntou Catarina.

-Tudo bem, obrigada. – respondeu Brittany. – Pois bem, podemos ir andando.

-Claro, quando mais cedo chegarmos ao parque melhor. – disse Catarina.

O caminho até o parque fora rápido e  percorrido em silêncio. Catarina sempre a quatro passos à frente das duas. A chegada ao parque fora fácil e rapidamente encontraram um lugar para passarem a tarde. De baixo do carvalho, enfrentavam a luz do Sol.

- Santana, Brittany. Vou até a confeitaria da esquina comprar alguma coisa para comermos. Se importam de ficarem alguns minutos sozinhas? – perguntou Catarina deixando o livro que lavara ao lado.

-Não... – disseram juntas em um único som.

-Tudo bem, volto em alguns minutos. Não saiam daqui... – disse Catarina antes de deixar as duas sozinhas.

-Como está o seu pai? – perguntou Santana olhando-a.

-Bem, ele recebeu uma carta do exército pela manhã. – disse Brittany – E suas irmãs?

-Bem, as férias começaram. Agora ficam cantando o dia inteiro depois de ganharem o concurso. – respondeu Santana sorrindo.

Brittany riu e Santana acompanhou a risada alegre rindo junto. A risada foi cessando e começaram a se olharem. Os olhos azuis encontraram com os negros, fazendo as duas moças entrarem em um transe. O barulho ia se tornando cada vez menor, fazendo a respiração e o batimento cardíaco das duas se tornarem descompassados e um só. Brittany avançou mas depositou apenas um selinho nos lábios levemente inchados. Coradas, as moças se afastaram alguns centímetros.

-Britt, posso lhe perguntar uma coisa? – perguntou Santana.

-Pode. – respondeu Brittany.

-O que achas de contarmos para tia Catarina sobre o nosso relacionamento? – perguntou Santana cautelosa.

-Primeiro. Seria ótimo contarmos para alguém sobre o nosso relacionamento. Segundo. O que é o nosso relacionamento? – indagou Brittany.

-Primeiro. Acima de tudo que formamos e somos, somos duas pessoas apaixonadas. E se ainda não está claro, pergunto agora. Brittany, aceitas ser minha namorada? – perguntou Santana.

-Claro que aceito! – disse Brittany dando um abraço em Santana. – E sobre contar a Catarina, tens minha autorização. Se quiseres conto junto.

-Fico feliz! Tia Catarina conto-me que aceita todos os tipos de amor e sei que ela aceitará o nosso. – disse Santana segurando a mão de Brittany.

-Sei que sim, mas e sua família? – perguntou Brittany.

-Eu realmente não sei. – disse Santana.

-Oi, moças! Espero que gostem, comprei sanduíches. – disse Catarina se sentando de frente as moças.

-Eles parecem deliciosos! – disse Brittany sorrindo.

-De fato! – disse Catarina sorrindo.

-Pois bem, Catarina, Santana contara-me que deste aula na St. Claus? Minha tia Juliet estudou nessa instituição... – disse Brittany. – Mas, penso eu, que não deves conhecê-la. Já que tens a mesma idade que vóis.

-De fato! Recebi, alguns meses atrás, uma carta da instituição. – disse Catarina com um sorriso fraco. Falar sobre a antiga escola em que dava aulas ainda era um ponto sensível.

-Tudo bem. Tia Catarina, Brittany e eu temos algo para partilhar com vóis. – disse Santana.

Brittany olhou-a curiosa. Sentiu as bochechas esquentarem e viu o enorme passo que dariam revelando seu relacionamento.

-O que aconteceu? – perguntou Catarina curiosa.

-Tia Catarina, iremos contar-te um assunto sério e vóis é a pessoa “mais que perfeita” para saber sobre nós. – disse Santana respirando pesadamente. – Eu e Brittany estamos namorando!

Santana e Brittany fecharam os olhos esperando a gritaria, serem separadas, levarem tapas, serem tratadas como lixo... Por um minuto se esqueceram para quem estavam contando.

-Oh, minhas queridas! Estou feliz pelas duas, tinha quase certeza de que estavam apaixonadas! Estou inteiramente lisonjeada que tenham me escolhido para contarem esse assunto demasiado sério e importante! – disse Catarina sorrindo e envolvendo as moças num abraço só.

Após as duas moças mais jovens passarem a tarde inteira contando como se conheceram, como fora o primeiro beijo, como se lembravam dos bons momentos, arrancando suspiros de Catarina que não deixava de sorrir um só minuto. Quando deixaram Brittany em frente a casa luxuosa dos Grant, Santana e Catarina começaram a andar silenciosamente. Quando estavam perto da residência dos Kutterin, Catarina se pronunciou.

-Santana, não falaria na frente de Brittany, uma menina que tem a qualidade de ver o bom em qualquer pessoa, uma qualidade que admiro. Mas quero que saibas que a partir de agora, tudo ficará um pouco mais difícil. – disse Catarina.

-Eu sei. Mas Brittany vale cada insulto ou difamação que, eu sei que, enfrentaremos juntas!  Por que as pessoas tem cabeças tão fechadas, tia Catarina? Por que elas não pensam que nem você? Por que não acreditam que nós somos apenas duas pessoas que se apaixonaram? – perguntou Santana.

-Eu não sei, querida. Eu apenas sei que vóis e Brittany são fortes e corajosas! Se amam muito mais do que alguns casais que conheço. E fazem muito bem uma para outra.  – disse Catarina sorrindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando da história! Qualquer opinião...

Beijos ;)