Love's To Blame. escrita por Anne


Capítulo 4
Surprises.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA PARA POSTAR! :(



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A semana passou extremamente rápido, e quando vi já era sexta. E tudo ocorreu exatamente do jeito que eu imaginava. A escola nova é chata. Não fiz nenhum amigo(a). Nunca mais vi o garoto do mercado. Não fiz nada além de lições de casa e ler livros. Claro, minha vida não é mesmo uma caixinha de surpresas. Nunca foi. Exceto por tudo que aconteceu com a minha mãe, aquilo tudo sim foi surpresa, mas fora isso, não lembro qual foi a última vez que algo me surpreendeu.

Era em torno de quatro da tarde, e depois de eu ir a padaria, cheguei em casa e lá estava meu pai. Mas por que? Era pra ele estar no trabalho.

— Oi, pai.

— Oi, filha. Que bom que chegou. Saí mais cedo hoje, me dispensaram.

— Que bom, pai. Quer comer algo?

— Não obrigado, comi no trabalho. Vai ter uma festa hoje, um luau, toda a "turma", é assim que vocês dizem? Turma ou galera. Bom, todos da sua idade vão, filha. Seria bom você ir para conhecer gente nova.

— Não sei não, pai...

— Pelo seu velho pai, querida.

— Tudo bem. — Suspiro e tento não imaginar como será a tal festa. — Vou pensar. — Dou um sorriso meio sem graça, e vou indo até meu quarto, quando ele grita "sua roupa está em cima da cama, não me decepcione" É, pelo visto terei mesmo de ir a tal festa.

❃❃

Nove horas da noite. Meu pai estaciona perto de uma praça, onde de longe dá para escutar pessoas tocando violão algumas músicas, de dá também para ver uma fogueira. Desço do carro, e no mesmo instante me arrependo. Não exatamente. Mas tenho um receio, não posso ir até lá. O que vou dizer para meu pai quando ele perguntar quem eu conheci? Ninguém. Porque é de se esperar. Como eu já disse, não me surpreendo muitas vezes. Bato na janela do meu pai. Ele abaixa.

— Por favor, pai. Eu tenho mesmo que ir.

— Deve. Agora vá, se divirta minha filha.

O carro da partida, e observo ele ir embora. Chega a ser até engraçado. Um pai incentivando uma filha a sair, a ser como as outras adolescentes. Normalmente pais tentam manter os filhos dentro de casa. Ok, o que eu faço? Vou pra alguma lanchonete, alguma livraria? Porque não dá pra ficar aqui sem ninguém, não mesmo. Respira, Anne. Como eu sou idiota. Não consigo nem fazer uma coisa simples como ir a uma festa. Não, quer saber? Eu consigo sim. Foda-se se terei companhia ou não. Minha noite não vai ser das piores, pelo menos. Não nesse lugar lindo. É isso, vou pensar positivo, ao menos uma vez.

— Anne! — Ouço uma voz suave gritar em meio a multidão, e procuro pelo dono, mas não encontro. Eu conheço essa voz, de algum lugar, ela me é familiar. Mas... — Eu tô aqui. — A pessoa me cutuca, e assim que me viro... Me surpreendo. É ele. O garoto do mercado. — É Anne mesmo, né?

— É sim. Oi.

— Que bom, pensei que tinha me confundido. — Ele diz com sorriso largo e lindo estampado no rosto. — E aí, como é que tá?

— Hm, bem, e você?

— Suave. Você é nova por aqui? Nunca te vi em festa nenhuma.

— Você deve ser muito festeiro, pelo visto. — Tento brincar, e sorrio também, tentando não soar como uma completa idiota. É isso. Eu tenho que conversar, como meu pai mesma disse. Chega de ser essa completa anti-social, fechada e sem amigos. — Naquele dia, no mercado, me desculpa, eu estava com pressa e esqueci de perguntar seu nome.

— Ah, sim, é verdade... Você estava mesmo com pressa. — Ele sorriu mais uma vez, por sinal, o sorriso dele não era nada mau. — Luke, prazer. — E o nome também é bonito. E o cabelo, e os olhos então... Ok, ele é muito bonito, acho que já entendemos.

— Prazer.

— Tá esperando alguém? Se tiver, eu paro de incomodar e volto pra essa festa cheia de gente chata. — Mais uma piada. Ok, ele é muito bem humorado. E eu o oposto. Mas não hoje. Seja bem humorada, Anne.

— Não, na verdade, não conheço ninguém ainda.

— Pô, me senti excluído. — Disse num tom de brincadeira. — Mas tudo bem, então o que acha da gente se conhecer melhor? — Dessa vez, seu sorriso era uma mistura de vergonha e malícia. Ok. Isso me surpreendeu também. — Eu quero muito isso.

— Eu adoraria.


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