Assimetria conveniente escrita por DeadPmoon


Capítulo 13
Presente. Primeiro encontro. Perigo à vista!


Notas iniciais do capítulo

Gente, sim, demorei, mas vocês já estão sabendo da minha situação. E outra coisa, tenho uma linda surpresa pra vocês.
ESSA FIC VAI VIRAR UM MANGÁ!
É isso mesmo que vocês leram, decidi desenhá-la em um fan comic. Mas vai ser em inglês, pois infelizmente a demanda me pede isso. Mas quero que todos aqui acompanhem, eu vou ficar muito feliz. Os links:

Capa do mangá: http://gigisb1234.deviantart.com/art/Convenient-Asymmetry-Cover-409307965?q=gallery%3Agigisb1234&qo=2

Capa do primeiro capítulo: http://gigisb1234.deviantart.com/art/Cover-Chapter-one-Convenient-Asymmetry-409642530?q=gallery%3Agigisb1234&qo=1

Primeira página: http://gigisb1234.deviantart.com/art/Page-1-Chapter-1-Convenient-Asymmetry-409748831?q=gallery%3Agigisb1234&qo=0

Eu realmente espero que gostem. E tenham uma boa leitura!



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Death the Kid P.D.V

Presente. Presente. Presente.... Eu deveria encontrar um adequado para a Maka. Afinal, o aniversário dela estava chegando. Faltava apenas poucos dias e eu não tinha a mínima ideia do que dar para ela. Jóias caras? Não, definitivamente não combinavam com a modéstia dela; ela não as aceitaria tão facilmente. Eu deveria dá-la algo que a agradasse... Mas o QUÊ? Bem, para tirar essa dúvida, fui direto à minha fonte de conselhos: Liz.

– Presente, Kid? Deixa eu pensar... – Liz encarou o chão com seriedade por alguns segundos, até que pareceu ter tido alguma ideia. – Espera um pouquinho aqui. – Não compreendi, porém a obedeci. Em alguns minutos ela voltou com uns papéis na mão.

– O que é isso? – Indaguei curioso.

– É um catálogo. Olha só, daí você vai tirar o presente perfeito.

– Mas o quê é? Tão fácil assi... – Peguei os papéis da mão dela, mas me deparei com o que ali havia e os soltei rapidamente.... – LIZ!!!

Ela pôs se a rir freneticamente, enquanto eu encarava o chão tanto envergonhado quanto indignado.

– Que bobinho! São só fotos de calcinhas fio-dental, elas não mordem não, Kid! Aposto que ela ia adorar ter uma para usar, mas não tanto quanto você a vendo usá-las, né? Se é que você me entende. – Ela me acertou com uma cotovelada amigável e piscou, olhando-me com uma expressão marota. Deixei ainda mais explícita minha irritação, assim como o rubor em meu rosto tornou-se descontrolado.... É óbvio que Maka iria me odiar se eu desse uma coisa daquelas para ela e... Como ela.... Como ela... poderia falar sobre coisas íntimas tão facilmente? Olhei-a novamente indignado.– Tá, tá, desculpa!! Foi só uma brincadeira... – Ela finalmente disse, depois de fazer-me sofrer por alguns instantes em um silêncio vexaminoso.

Olhei-a com desprezo.

– Não me olha assim Kid! Eu tava só brincando! Olha, eu não sei se vou saber dizer muito bem o que ela gostaria de ganhar, mas acho que qualquer coisa que você dê pra ela vai a deixar feliz. Por que não procura algo que, sei lá, tenha haver com a história de vocês?

– História? – A olhei com indagação.

– É Kid, história!! Todo casal tem uma – Ela direcionou-me uma piscadela – Algo que faça lembrar os momentos que vocês já passaram juntos. O melhor presente é aquele que simboliza algo muito especial, pelo menos eu imagino que a Maka pense assim. Ninguém além de você poderia dar um presente desses pra ela. Isso o tornaria especial, certo?

A olhei pensativo, processando as informações por alguns instantes. Olhei em volta do quarto dela. Surpreendentemente, tive alguma boa ideia sobre o que comprar em pouco tempo. Sorri satisfeito.

– Obrigada Liz. Você é a melhor.

Ela sorriu em resposta e fez sinal de positivo com o polegar. Saí do quarto animado, com ânsia em ir até a loja comprar o tal presente para Maka. Estava prestes a abrir a porta de saída, mas alguém o fez primeiro, no lado contrário.

– Maka? – A surpresa, apesar de inesperada, foi agradável. Imaginei que ela demoraria mais com a tal conversa com o Soul, mas parece que não houve nenhuma complicação.

– Voltei mais cedo... – Ela me olhou encabulada e com um lindo sorriso no rosto.

– É... – Permanecemos alguns instantes em silêncio.- Bem... já que estamos aqui... Que tal me dar as honras de levar a senhorita em um passeio? – me curvei como um verdadeiro cavalheiro, oferecendo minha mão.

– Claro, porque não? – Ela concedeu-me a delicada mão que possuia.

Bem, o presente iria ficar para depois. Minha prioridade era agora, acima de tudo e de todos, dar atenção à minha dama.

Decidimos ir até uma sorveteria ali perto para nos conversar um pouco e nos distrair. Sentamos em qualquer lugar e a garçonete veio anotar o pedido.

– Eu quero uma casquinha de morango. – Ela pediu.

– Duas. – Completei.

A moça assentiu e então saiu.

– Como foi lá com o Soul? – Indaguei, iniciando um assunto qualquer.

– É, ele deu um pouquinho de trabalho, mas no fim deu tudo certo. Acho que entendeu a situação.

– Fico feliz que tenham se entendido. Admito que achei que ele ia dar xilique.

– É, na verdade eu também achei. O Soul é um cara bem complicado, às vezes. Mas consegui convencê-lo. – Ela suspirou aliviada. – Mas estou me sentindo com um peso a menos, agora. E tudo o que eu precisava, depois daquilo era me distrair um pouquinho. Fico feliz em estar aqui agora. Principalmente sendo você minha compania. – Ela simplesmente disse, e me olhou com um lindo sorriso.

Um leve rubor tomou conta de meu rosto. Hesitei um pouco, mas logo decidi fitá-la. Ela estava sorrindo encabulada. Ao vê-la, me debrucei sobre a mesa para observá-la... E sem querer estampei um largo sorriso em meu rosto.

–Que foi? – Ela me olhou um tanto encabulada, ao notar que eu a fitava.

– Nada, só tava pensando sozinho aqui.

–No quê?

–No quão sortudo eu sou. – Falei baixinho, admito, mas audível o suficiente para ela enrusbecer intensamente com o dito.

Permanecemos em silêncio, cada um olhando para o lado. Até que o sorvete chegou. A moça nos entregou o doce.

– Bom apetite! – Ela disse sorrindo e saiu, murmurando baixinho - Saudades da época que eu tinha tempo para sair e namorar desse jeito... – Ela balbuciou e, apesar de quase inaudível, ambos conseguimos entender e enrusbecemos. Então nos olhamos e começamos a rir. Após um tempo, amenizamos o riso e cada um de nós passou a tomar seu sorvete em silêncio. Ela ainda sorria e parecia pensativa.

– A vida é uma coisa engraçada né? – Ela disse para quebrar o silêncio. Assenti e sorri, pensando em nossa situação.

– É certamente uma caixa-preta. – Olhei-a sorrindo. – Dá medo abrí-la, mas se decidirmos nos arriscar e o fazer, podemos acabar nos deparando com o paraíso. – Olhei-a com um olhar tanto acusatório quanto tenro e carinhoso. Ela retribuiu o olhar da mesma forma, enrusbecida, fitando-me com aqueles belos olhos esmeraldas que me fizeram em poucous instantes me perder naquela verdadeira imensidão esverdeada. Os cabelos dela se inclinavam e esvoaçavam na suave brisa que ali soprava. Uma beleza, ao olhos de um garoto apaixonado, incomparável. Senti-me deparando a algo que poderíamos verdadeiramente chamar de art noveau da natureza. Decidi aproximar meu corpo do dela, e a seguir me inclinei vagarosamente para beijá-la. Eu queria comprovar que estar ali com ela não era mesmo um longo e maravilhoso sonho que eu estava tendo.

E certamente não era, pois o que veio a seguir foi, como na primeira vez, um episódio indescritível. Uma mescla de deliciosas sensações, repletas de paixão e carinho. A cada movimento dos nossos lábios sentia, de certa forma, nossas almas se fundirem. Era uma sensação única.

Após um longo beijo apaixonado, nos afastamos em busca de um pouco de ar. Permanecemos alguns poucos segundos ali, ainda com os rostos próximos. Foi quando reparei que ela começou a fitar minha bochecha com atenção. Deduzi que eu havia me sujado de alguma forma, e naturalmente fui me limpar. Estava levando minha mão até o local, mas Maka foi mais rápida e, aproximando-se dali delicadamente, lambeu suavemente a área. Expressei certa surpresa... Foi uma reação totalmente inesperada. Quando ela notou minha reação, imediatamente ficou vermelha e afastou a cabeça.

– D-desculpe. Agi por impulso. – Ela coçou a cabeça e sorriu encabulada.

– T-tudo bem. Acho que alguém anda vendo muita comédia româtica, hem? – Brinquei afim de tornar o ambiente mais ameno.

Ela assentiu e olhou pro lado parecendo um tanto ansiosa, mas com um pequeno sorriso estampado no rosto.

– Na verdade eu achei até bonitinho. Posso fazer também? – Decidi provocá-la um pouquinho. Ela me olhou sem entender.

– Mas o q... – Não deixei ela terminar a frase, simplesmente peguei o que restava do meu sorvete e delicadamente o encostei na região dos lábios dela. Afastei o doce e então lambi a área agora suja, suavamente. Tanto meu instinto quando o dela persistiu que ambos nossos lábios se aproximassem ainda mais, nos levando a outro beijo intenso e delicioso.

Após algum tempo, nos afastamos devagar. Ela me olhou com um claro rubor ocupando o rosto dela. Fitei-a e sorri.

–Desculpe, não deu pra resistir.

Ela sorriu. Voltamos a comer o sorvete, até que enfim terminamos.

– Acho que esse é oficialmente nosso primeiro encontro, não? – Ela me indagou.

– É, e o primeiro de muitos.

Ela abriu um largo sorriso, encostou a cabeça em meu ombro e fechou os olhos. Entrelaçou o braço dela com o meu e permaneceu ali. Aquilo foi o suficiente para fazer o meu dia o mais feliz dentre todos.

Após um tempo ali, pagamos a conta e decidimos dar continuação ao passeio.

Saímos da sorveteria e fomos até o parque. Sentamos em um banco para namorar um pouquinho. Ficamos ali certo tempo, nos esquecendo totalmente o mundo que nos rodiava. Tudo parecia perfeito, até que...

– Uau, arranjem um quarto! – Uma voz conhecida exaltou em tom brincalhão. Nos assustamos e afastamos nossos corpos.

– Mas o quê..???? – Indaguei e voltei meu olhar por reflexo para o ser que com tanta audácia decidiu nos importunar. A voz, porém, erainconfundível. Nossa distração era tamanha que acabamos não percebendo certa pessoa se aproximando. E nós dois nos olhamos, e em pensamento perguntamos um para o outro... Como raios tivemos a capacidade de não notar a criatura mais ignóbil e barulhenta de todos os tempos se aproximar de nós?

– Black*Star, o que está fazendo aqui? – Maka perguntou.

– Eu estava voltando pro teu apartamento, ué! Já esqueceu o caminho de casa?

– Ah sim.. Claro... - Ela o olhou com certo desprezo e pareceu se perguntar o motivo de ter escolhido um lugar tão óbvio de se encontrar pessoas parecidas para nos distraírmos juntos. É claro que iámos contar a todos, mas aquela não era a hora mais adequada. Iríamos, no mínimo, anunciar nosso namoro em uma comemoração, ou qualquer coisa assim.

– Se deu bem hem, Kid? – Ele me olhou e piscou. Senti-me encabulado, ao mesmo tempo com uma enorme vontade de levantar ali mesmo e fazê-lo calar a boca. Mas seria perda de tempo. Maka pareceu ter a mesma reação.

– Maka, posso te dar um conselho? – Ele disse, aproximando-se dela. Ela suspirou e pacientemente assentiu. Ele então aproximou-se mais e cochichou no ouvido dela.

Ela expressou indignação. Ele saiu correndo rindo como nunca e agiu com destreza, assim como um legítimo ninja que era, sumindo da vista de nós em poucos segundos, sem deixar qualquer rastro.

–Peste! Da próxima vez que eu o ver, vai levar Maka-Chop dobrado! – Ela olhou para o além furiosa.

– Devo perguntar o que ele disse? – Indaguei.

– Nem queira saber. Não vale a pena. – Ela estampou no rosto uma expressão de desgosto, exatamente como se tivesse acabado de ver a tal criaturinha chamada Excalibur.

Assenti compreensivo. Logo após, meu “espelho portátil” tocou. Naturalmente, era meu pai. Queria me ver.

– Que tal ir comigo, Maka? Podemos... Contar a novidade. – Olhei-a encabulado.

– É uma ótima ideia, Kid!

– Bom, se contamos para ele, acho que vou ter que acabar falando para o Spirit também. – Relatei com certo desprezo.

Ela me olhou com frieza.

– É, fazer o quê.

– Que a sorte esteja conosco. – Olhei-a com seriedade. Ela assentiu. Demos a mão e seguimos nosso caminho para um destino incerto e perigoso. Principalmente para mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D
Aqui tá muito pra frente no mangá (ainda tô na primeira página, já repararam), mas tô loquinha pra desenhar a parte do sorvete, vocês nem imaginam o quanto ♥
Até a próxima queridos!