Little By Little escrita por Stardust


Capítulo 7
I wanna live in a dream


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo... não reparem, está chato kkkk mas boa leitura.



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Acordei com o barulho da porta de ferro da sacada batendo. Me perguntei porque não havia fechado ela na noite passada, mas acabei me lembrando que apaguei logo que me despedi de Kath. Estava muito cansada e com a cabeça a mil. Podia dizer que minha vida não estava o mais normal possível.

Pensei em levantar e trancar a porta, mas fui consumida por uma preguiça típica. Permaneci deitada de barriga para cima com meus cabelos estavam bagunçados pela cama e eu sentia o cheiro de café vindo dos outros quartos. Fui consumida pela vontade de tomar café, mas não sabia onde comprar.

Comecei a lembrar sobre os fatos da noite passada enquanto fixava meu olhar no teto decorado do quarto.

- Ok, vamos lá Donna. Pense! – disse batendo de leve em minha testa.

Tudo o que eu me lembrava era de, na noite anterior que acordar em 1850, ter ido ao museu assistir a apresentação de “A noite estrelada” e ter tido uma forte dor de cabeça antes de dormir. Fora isso, não lembrava de mais nada.

Precisava fazer algo. Talvez poderia procurar o museu... a cidade era a mesma, mas em época diferente. Não sei se iria encontrar lá as respostas que eu precisava, mas era a única coisa que eu podia fazer e o último lugar que havia ido.

Levantei da cama vencendo a preguiça. Andei para perto do guarda-roupa e peguei um vestido azul escuro que eu julgava ser apropriado para sair a tarde.

Parei na frente do espelho e vi que ele cabia perfeitamente em mim.

- Até que está bonito. – sorri com minha nova aparência.

Passei um perfume com fragrância de flores do campo e saí.

Era estranho andar por aquelas ruas sabendo que eu não pertencia a aquele lugar. Meu vestido comprido quase arrastava pelo chão molhado e isso me incomodava.

Enquanto andava, desejei que o museu já tivesse sido construído naquela época e acabei sentindo falta das minhas telas e das minhas tintas. Se pudesse fazer um desejo, desejaria poder pintar naquele momento.

As pessoas passavam por mim e me observavam. Percebi que eu era um pouco diferente de todas as mulheres ali. Eu não usava chapéu, nem o cabelo preso em um coque. Pelo contrário, meus cabelos negros e repicados caiam pelo ombro acompanhando minha franja jogada de lado.

Sorri com a situação. Estava acostumada com coisas daquele tipo.

*

Fiquei animada ao avistar o imenso museu ao longe. Andei até a porta e entrei.

Senti um cheiro de hortelã assim que coloquei o pé lá dentro. O lugar estava com aspecto um pouco diferente, mas continuava incrível. As obras estavam distribuídas por todos os lados, fazendo com que eu me distraísse.

As obras eram diferentes por se tratarem de obras bem mais antigas dos que as que estava acostumada a ver, mas não pude deixar de observar o quanto eram incríveis.

Avistei um corredor iluminado e fui andando em sua direção. Tive a sensação de já ter estado lá e isso fez meu coração disparar. Talvez, só talvez, estava começando a achar pistas do que havia acontecido. 

- Bruice Steven morreu. - ouvi uma senhora dizer com a voz triste. 

- Como assim? Bruice? - outra senhora perguntou começando a chorar. 

Seja lá quem fosse Bruice, parecia ser uma pessoa que todos gostavam, pois muitos se juntaram em volta das duas senhoras para saber notícias. 

Ignorei aquelas pessoas, voltando com a atenção para o estranho corredor. Caminhei até chegar lá e parei ao ver o quanto me sentia confortável naquele pequeno e apertado corredor. 

Virei a cabeça para ver o primeiro quadro e senti um arrepio no corpo. Um filme passou pela minha cabeça e eu me vi naquele mesmo lugar, só que um pouco menos iluminado e com poeira no vidro. 

O castelo, a garota e o rapaz... eram as mesmas obras e o mesmo sentimento. Eu estive naquele lugar e vi todas aquelas pinturas, apenas não tinha me lembrado antes. Comecei a pensar que talvez aquilo podia explicar algo, teria que descobrir algo sobre aquelas obras, mas não sabia como. 

- Elas te surpreendem? - ouvi uma voz rouca atrás de mim que logo reconheci. 

Na verdade, o que mais me surpreendeu foi deparar com aqueles olhos negros ao me virar. 


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Notas finais do capítulo

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