Little By Little escrita por Stardust


Capítulo 6
And it's on and on


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo... espero que estejam lendo!



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- Donna, por onde esteve? – ouvi Kath gritar assim que coloquei o pé dentro do salão. Parecia preocupada.

- Eu estava entediada e fui dar uma volta. – disse procurando aquele rapaz misterioso, mas acabei perdendo-o no meio das pessoas que se encontravam na saída.

- Você me matou de susto, isso sim!

- Ah, Kath! Não enche, você estava bem distraída. – disse dando um tapinha em seu braço. Kath me devolveu um sorriso safado. – Vai me contar sobre isso mais tarde.

- Não mude de assunto, senhorita. – disse me irritando. – Mas sim, vou te contar. Só que, primeiramente, temos que sair daqui. Já está tarde e olhe só, você está encharcada!

Comecei a olhar pelo salão em busca daquele rapaz de sobretudo preto.

- Ei, estou falando com você. – Kath gritou. – Afinal, o que está procurando?

- Não é nada. – tentei disfarçar. – Mas, como iremos sair daqui embaixo dessa tempestade?

- Tem um carro lá embaixo nos esperando.

Segui Kath até o carro. Não pude evitar parar para olhar para trás.

*

Entrei no casarão toda molhada. Todos pareciam estar dormindo o que fez o barulho da enorme porta dourada se intensificar.

- Quer acordar todo mundo, Donna? – Kath sussurrou brava.

- Me desculpe. – eu ria.

- Ok, acho que você precisa de um banho quente. E de castigo, devia enxugar o chão.

- Eu não. Quem sabe o chato do Jason ainda cai aí? – disse dando uma crise de riso e imaginando a cena. Não seria má ideia.

Subi as escadas e avisei para Kath ir me encontrar assim que eu tomasse banho. Precisávamos conversar sobre aquela noite.

Entrei no meu quarto e fechei a porta. Me surpreendi ao parar perto da sacada e ficar olhando os raios que cortavam o céu ao longe. No mesmo momento o estranho mascarado me veio na mente. Tinha algo nele que eu gostava e não me referia ao seu cheiro refrescante. Aqueles olhos negros me faziam arrepiar toda vez que lembrava dele e seus cabelos me fazia querer gastar horas tocando-o.

Balancei a cabeça afastando o pensamento. Eu não gostava de ficar pensando em garotos que mal conhecia. Aquilo geralmente doía e gerava um amor platônico preenchido de ilusão.

- Eu preciso encontra-lo! – gritei ignorando meus pensamentos sobre esquece-lo.

*

A água quente batia pelo meu corpo. De repente, pensamentos sobre minha vida em 2013 vieram na minha mente. Como aquilo havia acontecido? Não podia ser real.

Antes de qualquer coisa, precisava descobrir como fui parar ali e como iria voltar. Eu não podia viver presa em uma vida que não era minha, mas não sabia ao menos por onde começar a investigar. Tudo era tão confuso.

Saí do banheiro e coloquei uma camisola azul claro de cetim. Não era o tipo de roupa que eu costumava usar, mas foi o que encontrei. Logo depois, ouvi batidas na porta.

- Entre Kath. – abri a porta e dei passagem para ela entrar.

Kath me olhava com um sorriso engraçado.

- Vai Kath, diga logo!

- O nome dele é Dave. Ele é incrível e completamente atraente. – notava sua empolgação. – Ainda me beijou no final da festa e disse que quer me encontrar. – seus olhos brilhavam.

- Estou feliz por você, Kath! E ele era bem gato, hein? – começamos a rir.

Ficamos caladas por alguns segundos. Tudo o que se ouvia era a chuva caindo lá fora.

- O que foi? – Kath perguntou. – Você está com o pensamento longe.

Pensei no que havia acontecido e vi que teria que contar a Kath. Não era nada demais e eu odiava me iludir ou ficar pensando sobre coisas que eu sabia que não tinham futuro, mas ela era minha melhor amiga e eu não escondia nada dela.

- Lembra que eu fui lá pra fora ficar no jardim? – perguntei.

Kath assentiu com a cabeça.

- Então, um rapaz apareceu e conversamos um pouco. Subimos na fonte para observar os raios caindo ao longe e quase que ele me beijou.

A boca de Kath formava um “O” e logo percebi sua animação.

- Quase? Por que não beijaram?

- A chuva nos pegou. – ri.

- Um beijo na chuva seria interessante.

Imaginei a cena e comecei a rir. Kath estava certa.

- Mas como chama o tal rapaz?

- Eu não sei. Nem seu rosto eu vi, mas aqueles olhos negros me olhando não sai da minha mente.

- Quem sabe você se apaixonou? – Kath me zombava.

- Cala a boca. – taquei uma almofada em seu rosto. – Prefiro mudar de assunto. Estava pensando e preciso saber como voltar para o meu ano... é estranho, mas é verdade.

- Você é louca, mas eu acho que sou mais louca por acreditar em você.

Tive vontade de chorar. Era a Kath de sempre, mas em época diferente. Ela estava sempre tentando me proteger, me ajudar e eu não sabia o que seria de mim sem ela.

- Obrigada, Kath. – disse abraçando-a. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, seus lindos ♥



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