Nocturna - Fic Interativa - escrita por Elora


Capítulo 6
Amigo?


Notas iniciais do capítulo

Olá,meus queridos leitores!
Eu sei que demorei algum tempinho para postar,mas eu estava com alguns compromissos dependentes.
Espero que gostem do capitulo.
Bjs!
P.S:Eu fiz um blog para a história,onde como novidades,pensamentos dos personagens,suas histórias de vida entre outras coisas.Deixei lá um pensamento do Alex.Se vocês se interessarem entre no link abaixo:
http://diariodanoturna.blogspot.com.br/2013/05/fio-de-pensamento_23.html



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– Desgraçado! – exclamei furiosa.

– Acabamos por hoje – falou Jeremy,com uma expressão de tédio no rosto.

– Como foi,Luisse? – perguntou Alex sorridente, caminhando em minha direção.

– Ele me matou – respondi ríspida.

– Todos morremos na primeira vez do treinamento mental.Ele é bom,não é mesmo? – elogiou Alex – Como foi a sua morte?

– Ele cortou a minha garganta – falei,lançando um olhar enfurecido a Jeremy.

– Estava sem criatividade hoje,Jeremy? – indagou Alex.

– Foi à primeira vez,não quis pegar pesado com a sua garota – respondeu ele,friamente.

– Como assim? Ele também já te matou? – especulei confusa.

Alex fez que sim.

– Eu já morri afogado,queimado,mutilado,mastigado e engolido por um dragão entre outras mortes loucas que Jeremy provocou – revelou despreocupado.

Engoli em seco com a possibilidade de ser mastigada e engolida por algum animal medonho.

– E por que vocês o deixam fazer isto? – perguntei confusa.

– Assim conseguimos adquirir um controle parcial do poder,depois de treinar algum tempo só na mente,você vai para o treinamento corpo a corpo já dominando as suas habilidades – explicou Alex.

– Ele é apenas um idiota prepotente e maníaco – falei irritada.

– Vamos esquecer isto por hoje,está bem? – prosseguiu ele. – Eu recebi um telefonema e preciso ir,mas o Jeremy vai te levar para conhecer Noturna.Porque você não terá aula hoje – acrescentou Alex.

– Por que não terá aula hoje? –perguntei,então me lembrei do acidente que provoquei na escola. – Não precisa responder – pedi.

Ele inclinou-se e me deu um rápido beijo.

– Espero que você goste do passeio – Alex disse.

Sorri.

– Eu tenho certeza que vou gostar – eu falei,puxando-o para um beijo mais demorado.

– Eu não quero vomitar,então parem com isso – reclamou Jeremy.

Alex se afastou,e sumiu no caminho sinuoso da floresta.

Fiquei parada a espera de uma explicação plausível do Jeremy sobre o ser flutuante na minha sessão de treinamento.

– O que foi? – ele perguntou,dando de ombros.

Fuzilei o Jeremy com os olhos.

– Você não acha que precisa explicar nada,não? – eu interroguei sádica,começando segui pela trilha que me levava de volta para casa;Jeremy caminhava em silêncio atrás de mim. – Por que você apenas matou a Carmely? – acrescentei,tropeçando num galho seco retorcido.Ele segurou-me pela cintura e,por um instante nossos olhares se encontraram,desvencilhei-me do seu braço protetor rapidamente e continuei a caminhada.

– Não consegui encontrá-lo? – murmurou Jeremy,sua voz era carregada de fúria contida presa em um lugar apertado.

– Quem?O seu irmão canalha? – especulei,virei a tempo de ver um sorriso irônico despontar dos seus lábios.

– Ele sumiu enquanto eu ...

Suas palavras ficaram pairando sob a sua cabeça.

– Não precisa responder – eu intervi,eu não precisava de problemas na minha vida.Principalmente quando envolvia este louco que acabara de me matar do mesmo jeito que a sua noiva infiel.

– Eu matei os meus pais depois que encontrei a Carmely na cama com o James.Foi por isso que você pode ver os dois conversando;era uma lembrança...Minha lembrança – confessou ele,sua voz era vaga e distante.Seus olhos desfocados parecem ganharem vida na sua frente,cometer o crime de seus pais e da mulher que ama.

– Por que matou os seus pais? – indaguei,avistei uma camionete cinza chumbo estacionada no final da trilha.

– Eu perdi o controle... Eu não consegui reconhecê-los,eu estava tão cego pela raiva e ódio por ter flagrado os dois na cama;meus pais ouviram os gritos da Carmely então quando entraram no quarto eu estava passando uma espada na garganta dela – mencionou Jeremy,passou por mim e abriu a porta do motorista e entrou no veiculo.Olhei o lugar do passageiro por um milésimo de segundo então entrei no carro.

– É melhor mudamos de assunto – sugeri,afivelando o cinto.

– Você não queria a verdade? – continuou – Está é a verdade nua e crua,satisfeita? – perguntou Jeremy,mordi o lábio inferior esperava que o silêncio pudesse amenizar as coisas entre nós.

– Vocês poderiam parar com a D R,por favor? – pediu uma voz feminina no banco traseiro.Encarei o banco e encontrei a garota borboleta deitada,uma toalha cobria o seu rosto.

– Oi!

Cumprimentei-a com a voz cordial.

– Oi,você lembra de mim?Eu sou a Rebecca – falou ela,estendendo a mão para mim.

– Sim,a garota borboleta – brinquei.

Jeremy exalou uma gargalhada com o meu comentário.

– É a garota borboleta – repetiu ela. – Te contaram sobre o meu poder? – perguntou curiosa;sentou no banco para ver melhor o meu rosto. – É tão óbvio! – complementou.

– Não,eu não sei – respondi pensativa.Qual seria o poder dela? – pensei.

– Eu sou uma espécie de animaga – revelou Rebecca,um lampejo de alegria usurpou em seu rosto.

– Você pode se transformar em qualquer animal,não é mesmo? – especulei. Isto foi a deixa para ela começar a falar sobre o quão maravilhoso era a sua habilidade.Eu sempre me considerei uma aberração,mas a sua voz normal como se tivesse contando uma banalidade qualquer,o jeito que ela explicava os conceitos de si mesma com notas de orgulho e como havia aprimorado a cada dia as suas transformações, fez-me sentir...Normal.O que não acontecia a muito tempo.

– Terminou a hora da história – interrompeu Jeremy percebi que o veiculo tinha parado em frente a uma boate desativada.Noturna,dizia no letreiro luminoso opaco de poeira.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntei a Rebecca.

– É aqui onde nos alojamos – informou Rebecca saltando do banco traseiro.

Sai confusa do carro e os segui por uma rua estreita,um cheiro fétido exalava das paredes imundas a nossa volta.Então Jeremy pousou a mão em uma tampa de garrafa pendurada no tijolo;depois um estalo rouco soou pela viela e, uma porta de aço furtou o lugar da parede de tijolos desbotado.Eles adentraram no lugar e,eu fitei parada assimilando toda a informação que se estendia a minha frente,uma carreira de mesas de tonalidades de bege límpidas espalhadas por tudo lugar como um refeitório improvisado,as paredes pintadas de vermelho cereja e branco,uma divisória de granito dividia uma ala com aparelhos de musculação mais afastado e tinha dois sofás em frente a uma televisão alguns puffs residiam paralelos da estante de mármore branco.

– Como vocês fizeram tudo isso? – perguntei absorta,por tudo que estava ao meu redor.

– Alex teve a ideia de ajudar a todos que sentiam rejeitados por causa das suas habilidades e Jeremy foi o cofre – explicou Rebecca – Vamos vou te mostrar o seu quarto – acrescentou ela,tomou-me pela mão e seguimos pelo corredor.

– Quem é o seu guardião? – eu perguntei.

– Jeremy.

Ela falou e,parou em frente a uma porta a minha esquerda.

Franzi as sobrancelhas em desaprovação.

– Por que você não trocou?Enfim Jeremy é um desequilibrado – eu dialoguei

– Ele é uma pessoa legal,as vezes,mas você acostuma – ela disse,dando de ombros. – E falando no Jeremy... Você gosta dele?

– Claro que não – esclareci incrédula. – Eu nunca iria me interessar por um homem assim – revelei enojada.

– Me engana que eu gosto.Eu vi vocês dois se beijando e ... Meu Deus! Eu pensei que estava acontecendo um incêndio ali naquele laboratório abandonado.Porque tudo estava em chamas...

Ela enunciou risonha e, girou a maçaneta.

Revirei os olhos com a sua descrição poética de um beijo inconveniente que o Jeremy havia me dado.

Um quarto pequeno com cortinas brancas,uma cama espaçosa cabia quatro pessoas nelas e nenhuma ficaria em uma posição desconfortável,uma cômoda branca e um puff azul-celeste,as paredes tingidas de violeta.

– Por que eu tenho um quarto?

– Se um dia você desejar ficar permanentemente aqui.

Pronunciou Rebecca,um sorriso frouxo esboçou em sua boca tingida de batom cor de rosa.

– Eu já tenho uma casa,lembra? – expus,toquei delicadamente os lençóis de algodão branco.

– Todos nós que viemos para cá tinha ou tem uma casa – instruiu Rebecca.

– De onde você veio? – interroguei-a.

– Não gosto de falar sobre isso – informou ela,sua expressão assumira uma tristeza repentina.

– Então onde o irritante do Jeremy dorme? – perguntei,num tom de sarcasmo,mudando de assunto.

Ela sorriu para mim.

– Vou lhe mostrar – um sorriso empolgante destruiu a tristeza que ali residia em poucos segundos.

...

O chiado da água do chuveiro em contato com o chão inundou os nossos ouvidos assim que atravessamos a porta do quarto do Jeremy,um candelabro de fragmentos de cristais iluminava o ambiente,cortinas pesadas de pretas vedada a janela,um jogo de lençol de seda preta cobria a cama uma outra porta estreita estava próxima da porta do banheiro.

– Vamos pregar uma peça nele – eu incentivei, com um sorriso brincalhão.

– Eu duvido que consiga – avisou Rebecca. – Podemos fazer uma aposta se você consegui assustá-lo eu faço que você quiser,porém se você não conseguir você vai comigo para uma boate,pode ser? – terminou.

Concordei.

– O que eu devo fazer? – perguntei.

– Não sei.

– Que tal se eu ficar dentro do closet?

– Eu tenho certeza que isso vai surpreende-lo – ironizou ela.Todavia não me importei com o escárnio;entrei no closet e fiquei em silêncio encontrei um espaço apertado onde tinha alguns calçados me encolhi ao máximo para caber no lugar. Em seguida a maçaneta começou a tremer e então alguém abriu a porta e acendeu a luz,preparei para saltar em cima dele.Porém uma mão puxou-me do lugar estreito e,ele surgiu na minha dianteira.Nu.

Selei os olhos rapidamente.

– Por que você não me avisou que ele estava pelado? – gritei para Rebecca do outro lado da porta.

– Eu pensei que ele tinha ouvido a nossa conversa – explicou Rebecca. – E assim veria enrolado na toalha ou algo assim.

– E ouvi – falou Jeremy.

– Então porque saiu pelado? – questionei-o.Tateando os objetos em busca da maçaneta,esbarrei nele e em seguida achei a saída.

– Eu escutei sobre a aposta e achei legal levar a Luisse para boate – explicou ele segurando o meu braço impedindo que eu passe pelo batente da porta. – Viktor vai adorar conhecê-la – brincou.

– Esqueça a aposta,porque eu não vou – disse decidida.

– Aposta é aposta – berrou Rebecca.

Exalei um suspiro derrotado.


...




No camarote na área vip privada na boate,acontecia um desfile de louras siliconadas que sempre sentavam ao lado Jeremy,já acompanhado com outras três louras plastificadas.Eu e Rebecca fitávamos abismadas a cena que se desenrolava a nossa frente;Jeremy acariciava a espinha de uma mulher sentada em seu colo que tinha quatro anos mais velha do eu,seu cabelo louro prateado roçava o seu vestido preto justo,encontrava-se inclinada para exibir o do melhor ângulo o seu decote avantajado.

Jeremy alternava os olhos nela e na loura siliconada ao seu lado que alisava os seus cabelos,ele começou a distribuir beijos no pescoço na mulher a sua frente;senti o meu estomago revirar,a cada contado dos seus lábios na clavícula da loura os olhos sádicos do Jeremy me fitava entre as brechas da cortina de cabelo prateado.Desviei o rosto da cena tosca de pegação e,encarei a pista de dança.

As pessoas se agitavam no ritmo da música eletrônica que explodia nos alto-falantes,os canhões de luzes coloridas circulavam nos rostos presos na batida sedutora que os guiavam a um ritmo frenético.Eu não precisava está ali,mas eu estava adorando ver a boate lotada. – Meus amigos iam amar está aqui neste momento – pensei,soltei um suspiro tristonho.Os rostos dos meus amigos afloraram em meus pensamentos:Melissa,Jonathan,Natasha e Siena.Eles iriam surtar quando soubesse que estive num lugar como este.

– Vocês querem companhia? – perguntou um rapaz sentando ao lado da Rebecca.

Os olhos da Rebecca brilharam quando pousaram no rapaz com a pele morena, alto,vestia um blazer preto,uma camisa branca e calça jeans.Tinha um sorriso simpático e olhos enigmáticos.

– Claro que não – interviu Jeremy na frente dele,então apertou a mão do rapaz.

– Não sabia que traria duas belíssimas garotas para o nosso encontro – elogiou o rapaz,lançou um sorriso a Rebecca e depois para mim.

– Nem tente jogar o seu charme para está ai – instruiu Jeremy apontando o indicador para mim – Ela está com Alex – completou.

– Então o nosso Alex é um rapaz de muita sorte – um sorriso malicioso cruzou a sua boca.

Minhas orbitas oculares automaticamente fizeram um giro de 360 graus.

– Meu nome é Rebecca – disse ela,estendendo a mão com um sorriso frouxo nos lábios.

– É um prazer conhecê-la – falou ele,dando um beijo em sua mão pálida.Rebecca derreteu ali no sofá da área vip formando uma poça de nostalgia. – Eu sou o Viktor.

Revirei os olhos com a expressão abobalhada que serpenteou no rosto da Rebecca.

– Está é a Luisse – apresentou Jeremy, antes do Viktor pegar a minha mão Jeremy o interrompeu no caminho e,lançou um olhar agressivo.

– Eu podia jurar que você está com Alex e não com Jeremy – brincou Victor sua voz soou sarcástica.

– Mas o Jeremy a beijou primeiro – falou Rebecca distraída,pegando a sua bebida na mesa de vidro acomodada ao lado do sofá.

– Você beijou a Luisse? – interrogou Viktor,num tom de assombro,com os olhos arregalados.

– Sim,eu vi – informou Rebecca bebericando o refrigerante.

– Não consegui entender o espanto – ironizei – foi apenas um beijo insignificante.Ele tem varias garotas sentadas ali esperando por ele;e é normal ele beijá-las – comentei,encarando as louras tingidas nos seus vestidos apertados,com maquiagens excessivas no rosto e sandálias altíssimas.

– Ele nunca beija nenhuma delas – esclareceu Viktor – É apenas um encontro casual entre duas pessoas.Este meu querido amigo só beijou duas garotas em seus quinhentos anos...Uma está morta e a outra...

– Sou eu – completei,lancei um olhar intrigado a Jeremy permanecia quieto ouvindo todos as coisas que seu suposto amigo Viktor dizia.Amigo?Isto não era mesmo um ato de amizade não tinha o direito de expor a vida do Jeremy assim.Não mesmo.

– É por ironia do destino,você está compromissada com o irmão de sangue dele,o Alex – revelou Viktor – Parece que o meu querido amigo depois de tantos séculos ter perdido a sua amada para o seu irmão James,agora a história se repete e ele perdeu você para o Alex – replicou.Jeremy levantou o Viktor pelo colarinho do blazer e começou torcer o seu pescoço produzindo estalos agudos,porém tudo parecia ter entrado em câmera lenta os movimentos agressivos de Rebecca retardados pela atmosfera pausada deferidos nos braços do Jeremy; puder ver a lentidão dos piscadelas assustadas das mulheres sentadas no sofá encostado na parede oposta.

Um sorriso felizardo chicoteou no semblante do Viktor enquanto o Jeremy o adulterava o sentido real do seu pescoço e,sua boca soletrava uma palavra.Gostou?Então entendi o que se passava a minha volta,era ele que controlava o ambiente.

Viktor.


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Notas finais do capítulo

Os comentarios são todos bem-vindos!